sexta-feira, novembro 30, 2007

Vou recomeçar a ler o Dom Casmurro do Machado de Assis, pois comecei a ler faz meses e parei. Eu gostei do ambiente das casas, leit@r. De Botafogo daquele tempo. Parece até que eu reconheço, mas não pode. Botafogo naquele tempo, não pode, pois não fiz ainda sequer 50 anos.
Pow...50 anos...que coisa!

quinta-feira, novembro 29, 2007

Essa noite estive sonhando que estava a escrever meu novo livro e que o escrever era, ao mesmo tempo, ler o que estava escrevendo aquela escritora que tem os cabelos, assim, muito velhos, como se seus cabelos fossem do tempo das esfinges do Egito, aqueles cabelos milenares, leit@r, como são os cabelos das madames de toda Zona Sul, ta ligado? Como é mesmo o nome dela? Ah, lembrei: Ligia Fagundes Teles.
Abaixo, eu e Pedro em Paquetá:




quarta-feira, novembro 28, 2007

Mathilda Kóvak e Suely Mesquita lançam juntas livro na Travessa de Ipanema

Attention, please:

No próximo domingo, dia 02, na Travessa de Ipanema, a caixa de Pandora vai se abrir e, de seu interior, sairá o livro que fará par com "Alice no país da maravilhas", na história da literatura infantil: "A caixa de Pandura." De quebra, um pocket-show de inesquecíveis cinco minutos, com o trio "Enciclopedistas Ciclistas", composto pelas autoras e pelo dono da livraria, Pedro Montagna. Apareçam com ou sem seus petizes! Beijos.

Lewis Carrol (mensagem psicografada)

terça-feira, novembro 27, 2007

Ontem, mamãe disse:
- Os passarinhos estão agitados. Vai chover – e hoje o dia amanheceu fechado.
Fizemos um passeio lindo, eu e Pedro, em comemoração a seu níver. Fomos até a ilha de Paquetá, onde nunca tínhamos ido antes. Para os nossos olhos de turistas, a ilha é quase um sonho com seus pedaços lindos na beira do mar, os pássaros e seus habitantes, como que habitantes da roça, leit@r, sem trânsito de automóveis e os casarões velhos, assim, o ambiente da ilha fazendo a gente ficar em estado de imaginação, ta se ligando, bom leit@r?
Sinistro, aí!

sábado, novembro 24, 2007

Estou muito feliz, porque muito aos pouquinhos e muito devagar, minhas melhores músicas vão aparecendo pro grande público. Só não estou ótimo, porque com a volta dos remédios, meu rim começou a dar sinal de vida, coisa que ele jamais poderia fazer.
Meu rim tinha de trabalhar quietinho, filtrar meu sangue muito bem e em silêncio, submisso, sem que quisesse nenhum reconhecimento por seu trabalho. Tem que trabalhar, pow! Nada de querer aparecer, de ficar me dizendo: olha, eu estou aqui, bebe mais água, tenha mais cuidado e tal.
Agora, vou na casa de meu amor!

É isso!

terça-feira, novembro 20, 2007

A simone é uma amiga que fiz quando estudei na UFF. E quando fui na festa dos UFFssauros eu a reencontrei. Ela foi no meu show e comprou meu disco. Hoje fui surpreendido por um vídeo que ela fez do Algo Assim. Veja, generoso leit@r, que singelo:

Algo Assim

A simone é uma amiga que fiz quando estudei na UFF. E quando fui na festa dos UFFssauros eu a reencontrei. Ela foi no meu show e comprou meu disco. Hoje fui surpreendido por um vídeo que ela fez do Algo Assim. Veja, generoso leit@r, que singelo:

Tem feito dias frescos em Nikity City.
Preciso esvaziar meu computer, que ta muito cheio.
Apareceu um filhotinho de taruíra na parede de meu quarto.
Hoje é feriado de Zumbi, aqui no Estado.
Geraldo me disse que Zumbi é o Tiradentes da raça negra.
Eu achei segregacionista haver um prêmio apenas para artistas brasileiros negros, na televisão. E Celso concordou e falou que é contra a cota de negros pra universidade. Ele falou:
- Então, tinha que haver uma cota para asiáticos ou índios...
Que coisa!

segunda-feira, novembro 19, 2007

Hoje, avisei ao pessoal da piscina sobre o Amor é Sacanagem no Programa do Jô.
A maioria disse que vai assistir. Mas o Paulo disse que não curte o Programa do Jô, porque ele não gosta de gente debochada. Disse que o Jô, mesmo quando entrevista pessoas sérias, é debochado e ele não curte.
Quando eu estava vindo embora, ele ainda disse:
- E olha que ele nem pode debochar tanto, porque ele adora dar aquele bundão dele! – e fui saindo, querendo gargalhar...rs.

sábado, novembro 17, 2007

A Marga deixou um recado em minha comunidade do Orkut, vejam, é sobre minha música que a Clara ta cantando:

Marga
programa do Jô, dia 20 terça-feira
Clara Sandroni no programa do Jô, terça-feira, dia 20 de novembro, cantando "Amor é Sacanagem", música escolhida pelo programa!

quarta-feira, novembro 14, 2007

Nikity City começou a enfeitar-se para as festas de final de ano.
Então, é Natal!
Hoje, Pedro apareceu na piscina, tirou muitas fotos e filmou um pouco.
Agora, à noite, iremos juntos para um festival de curtas promovido por um barzinho daqui. Estou animado para estar, finalmente, na rua, porque aqui dentro de casa ta muito calor.
Vejam a fera:

Luís Capucho

terça-feira, novembro 13, 2007

Minha ex-aluna e, agora, amiga de correspondência, Vivianne, criou no Orkut uma comunidade para mim:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=41627869

Eu e Pedro fomos ver Pai e Filho, um filme russo que tem uma estética estranha, de sentido truncado.
Eu disse:
- Esse cinema é muito cult.
- Esse filme é um sonho – Pedro concluiu.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Quinta-feira vi o melhor show de Marcos Sacramento.
Sentamo-nos, eu e Pedro, na elegante arquibancada, onde se assiste a corrida de cavalos, e ficamos esperando ele entrar à nossa frente. Atrás de onde ele ficaria cantando com os músicos estava a pista de corrida, invisível na noite, e longe, cheios de luz, a concentração dos edifícios da Gávea.
Logo à entrada, um grupo de garçons serviu-nos uma taça de champanhe.
Eu estava tenso, como ficamos tensos ao ver a apresentação de um amigo.
Meu bom leit@r que tenha amigo artista, irá entender sobre a tensão de que falo, assim, ver alguém de nossa intimidade a expor-se pra muita gente e tal.
Ninguém é perfeito e eu estava tenso.
Sacramento chegou com os músicos. Tinha aquele riso sardônico típico dele, quando não há nada engraçado. Não disse nada e começou a cantar.
Fiquei olhando, com olhos críticos de amigo. E tenso.
Então, as peripécias todas que Sacramento sabe fazer na voz, as peripécias todas de corpo que ele se deixa fazer acompanhando os desenhos de sua voz na melodia foram me soltando, eu fui me abrindo, relaxando, fui me sacudindo a alma nos solavancos dos sambas, fui me repicando, me brecando, me gingando, me sambando dentro e aqueles sambas todos tão tristes e, contraditoriamente, tão serelepes, foram me emocionando, me emocionando e eu comecei a chorar na música da Fátima Guedes e, outra vez, naquela música que falava das fichas nervosas.
Nesse momento, na arquibancada aberta para a noite, nas mesas em torno ao palco, ninguém mais conversava entre si. Ficaram todos ligados no Sacramento. Ele tava arrasando, bom leit@r!
Que lindo!
Que coisa!
Senti, quando Eleonora, a meu lado, enxugou sua lágrima.
Pedro estava filmando.
Quando saímos, comemos um X-tudo na praça do Jóquei e pegamos um ônibus de volta pra casa.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Outro dia nublado e vontade de fazer nada.
Não tenho mais feito música, mas tenho tocado um pouco de violão.
E tenho tido idéias para um terceiro livro. Ficará bom.
Amanhã, será dia de levar minha mãe ao médico.
À noite, iremos ver Marcos Sacramento cantar, no Jóquei.

Vou nadar...

quarta-feira, novembro 07, 2007

Mais um dia quase chuvoso em Nikity.
Iria ficar na cama até mais tarde, mas um de meus vizinhos colocou o rádio alto e meio dessintonizado em meus pobres ouvidos. Ninguém merece...
Preciso ir no mercadinho em frente a minha casa comprar algo pro almoço.
Vou comprar giló e inhame.

E ovo.

terça-feira, novembro 06, 2007

Estou convocando meu generoso leit@r para que vá no site do Marcos Sacramento e clique no pedido da música Desconsideração para ser tocada na MPBFM:

www.marcossacramento.com.br

segunda-feira, novembro 05, 2007

Está chovendo em Nikity, o que me faz lembrar do implicante do senhor Mavinho, que dizia que meu blog era meteorológico.
Estive, como nunca fiquei antes, por um tempo enorme, diante de meu Word aberto e branquíssimo, sem saber o que dizer a meus generosos leit@res para, no fim, decidir que iria falar, com grande cabimento e sem receio algum, sobre a chuva que agora, deliciosamente, barulha em minha janela.
Essa chuva que barulha branda e que é tão linda, bondoso leit@r, tão linda!
Vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Vivaaaaaaaaaaaaaa!

domingo, novembro 04, 2007

sexta-feira, novembro 02, 2007

Eis o link:

http://br.youtube.com/watch?v=d_1I4C3DBMQ&locale=pt_BR&persist_locale=1
Mathilda escreveu:

"Queridos amigos, admiradores e/ou detratores:

Aqui vai o link para inolvidável e inefável momento de minha retumbante carreira de popstar, que durou exatamente 48 horas. Explico: fui convidada por meu amigo e parceiro, Zeca Baleiro, a participar de seu Baile. Rumei pra SP, no dia 15 último. Aportei no estúdio, para ensaio, com pontualidade britânica. Errei tudo, como de costume, mas o Zeca dizia: "tá muito bom, Mathilda. Tá ótimo." E eu: "sei bem, seu safado, que isto faz parte de um plano sórdido pra demolir minha promissora carreira de estrela da cena pop..." Mas ele jurava que não, que eu estava me saindo muito bem... Rossana, sua empresária e minha amiga também, já havia cantado a pedra de que eu tinha um quê de Lucille Ball, mas não podia supor que realmente iria encarnar Lucy Maguila Guilan, e Zeca, por sua vez, Ricky Ricardo, com tanta fidelidade.

Na terça-feira, dia 16, data de minha estréia triunfal, dirigi-me ao Carioca Club - o que, por si, só podia ser uma sacanagem comigo, né? - e passei som, ainda errando as três canções que iria interpretar: "Fiz esta canção", minha e do Baleiro; "Banho de lua", sucesso de Cely Campello, a quem queríamos homenagear, como a maior roqueira paulistana de todos os tempos, e "Mosca na sopa", que eu inventei que queria cantar, pra honrar a memória de meu antecessor, Raul Seixas, que nascera no mesmo dia 28 de junho em que fui dada à luz, e na mesma hora, mas 15 anos antes. Sentia-me uma predestinada, porque fui de carona até São José dos Campos, com uma amiga, e, em seguida, peguei um táxi até SP, com um, pasmem!, fã de Raulzito, que foi me contando a vida inteira do ídolo e cantarolando suas músicas. Portanto, estava convencida de que Raul me abençoava, eu, que, como ele, sou profeta do Apocalipse. Eis que, no dia 16, como dizia, vou pra casa da Rossana, tomo um banhozinho e volto ao clube, cheirozinha, pra dar a pinta que esperavam. Entretanto, ao entrar na Cardeal Arcoverde, onde o grande acontecimento se daria, me deparo com um engarrafamento às dez horas da noite e guardas desviando o trânsito da rua, que se via às escuras. Pra resumir: um ônibus, ao desviar de um bêbado, batera num poste, acabando com a energia elétrica justo do quarteirão onde eu iria me apresentar. Rossana liga: "Mathilda, o que você fez?" Eu jurei que não tinha nada a ver com aquilo, porque, sim, é verdade, sou capaz de causar desastres, tais como tirar uma rádio do ar, como fiz nos anos 80, ao esbarrar num botão, mas nada assim que pudesse deixar a Eletropaulo de fios desencapados em pé. Persuadi o guarda a me deixar adentrar a rua, sob o argumento de que eu iria cantar com o Zeca. O guarda abriu passagem para o meu táxi. Cheguei ao clube e encontrei o Zeca e os músicos todos, cabisbaixos. O roadie me deu uma sacaneada: "foi você, Mathilda. Foi você." Enfim, só nos restou afogar as mágoas em whisky com redbull. Nossa mãe! Saí dali, quicando, não sem antes querer convencer a tropa a abrir os portões do lugar ao público já ali aglomerado, para fazermos um show acústico a luz de velas, que, argumentei, seria avant garde pura, o primeiro da era do apagão energético... e só ouvi a indefectível sentença: "cala a boca, Mathilda!" Fomos todos, no breu, numa procissão de carros, terminar a noite em Vila Madalena. O show, por sua vez, transferido para a terça seguinte.

Não houve ensaio e eu cheguei pra passagem de som às cinco. Errei tudo, de cabo a rabo. Mas o Zeca tornou a dizer: "tá soando muito bem, Mathilda. Tá bem I love Lucy." E lá fomos nós pro camarim. Tinha, finalmente, um camarim só meu, com meu nome na porta e uma estrela. Achei o máximo! Estava me sentindo a própria Liza Minelli, à época de "Cabaré". E comecei a testar figurinos, regando tudo a algumas latinhas inocentes de cerveja, pois que Rossana já havia me lembrado os efeitos deletérios da combinação diabólica de scotch com testículos bovinos sobre meu organismo vulnerável. Quando finalmente acertei a indumentária, um traje que chamei de pomba gira cyber, faltava apenas uma música pra que eu, at last, fizesse minha rentrée nos palcos da Paulicéia. O Zeca cantou minha música, Mary Shelley, e, enquanto ele descrevia o "monstro" inventado por mim, entrei passando um desdorante debaixo das axilas e fazendo pose de fisioculturista. A platéia rindo. O Zeca olhou pra mim, com aquela cara de quem pergunta:"mas você já entrou?" Posto que o combinado era eu entrar na vinheta "Mathilda, Mathilda...", de Harry Belafonte, que os meninos e ele, tão gentilmente, haviam preparado para meu emocionante irromper . Mas tudo bem. Dancei ao som da vinheta, que emendou com "Fiz esta canção", que vocês podem ver, ao clicar abaixo, no link. Fiz tanta zona no local, que até o Zeca cantou por engano "eu sou a sopa que pousou na sua mosca..." Mas, ainda assim, foi uma noite de glória. Dei autógrafos aos fãs. Posei pra fotos. E ainda fui chamada de gostosa pelos menininhos de vinte anos. Meu ego ejaculou aquela noite, terminada, outrossim, no Genésio, com direito a um encontro breve com a genial Grace Gianukas, que foi chamado, pela Adriana, assessora de imprensa do Zeca, de "quando malucas se encontram..."

Uma fã do Zeca gravou parte deste mico e eu agora confirmo o que sempre suspeitei: nasci para o palco, mas não para cantar. E, sim, para bailar, porque, mesmo desafinando, atravessando, como vocês podem notar, não perdi o rebolado. Divirtam-se, pois, com este momento em que Zeca Baleiro e Mathilda Kóvak puseram Fred Astaire e Ginger Rogers, se não no chinelo, numa pantufinha acolchoada. A star is a bore. A starlet is born! Beijos, meus amores! Vocês são ma-ra-vi-lho-sos, ui!

quinta-feira, novembro 01, 2007

O remédio do coquetel para Aids, que comecei a tomar faz, talvez, dois meses, não tem me dado mais o efeito de “vaquinhas amordaçadas”, cujo episódio, meu bom leit@r há de se lembrar ainda.
E costumo tomar o bichano na hora de dormir.
Mas ante-ontem, por causa do calor que em Nikity City começou a fazer, fiquei na sala vendo televisão com mamãe e com a vizinha de flores na janela e, disso, meu bom leit@r também há de se lembrar, minha vizinha de janela, que pinta flores.
Então, quando deu a hora em que costumo dormir, tomei o remédio, mas fiquei na sala vendo tevê.
Minha mãe e a vizinha mais fofocavam que viam televisão, mas eu estava concentrado no programa, se liga.
Então, de repente, me senti petrificado no sofá. Olhei para mamãe e para a vizinha, olhei para a televisão. Estava tudo normal na sala, a única mudança era eu estar, de repente, sentindo-me petrificado no sofá. Comecei a pensar como eu faria para sair dali sem que elas percebessem meu estado de pedra. Queria me jogar em minha cama e me esquecer nela. Então, disse de supetão:
- Boa noite – e me agarrando pelas paredes vim para meu quarto. E me joguei na cama feito uma pedra gostosa.
Que delícia!