segunda-feira, agosto 31, 2015

Preparando-me pra apresentar o Poema Maldito e meus livros em Salvador, no II Seminário Internacional Desfazendo Gênero. Ansioso por tudo o que vou aprender, as pessoas que vou conhecer e consciente de que a minha produção participa dessa rede de força boa que vai mudar o mundo, bom leit@r:
“O tema definido para o II Desfazendo Gênero, Ativismos das dissidências sexuais e de gênero, reafirma o compromisso em realizar um seminário que aposta nas perspectivas que, de uma forma ou de outra, criticam as normatizações, normalizações, naturalizações e binarismos sobre as diversidades e/ou dissidências sexuais e de gênero. Com esse tema, o encontro também reforça o seu caráter político, em sentido amplo, de problematizar e recriar de forma permanente a produção de conhecimento em nossa área, de compreender que essa produção também é política, de entender que o ativismo também produz conhecimentos e de que toda essa produção precisa estar à serviço de políticas para que as pessoas respeitem, reconheçam e aprendam com as múltiplas sexualidades e gêneros que existem em nossas sociedades.
Para discutir o tema geral do II Desfazendo Gênero, a comissão organizadora convidou a filósofa Judith Butler para realizar a conferência de abertura, montou sete rodas de conversa, chamadas de Encontros de Diálogos Interdisciplinares (EDIs), e organizou seis mesas redondas com pessoas ativistas, artistas e/ou pesquisadoras, em especial as que atuam em países da América Latina e de Portugal e Espanha. A ideia é que, com isso, ao final do evento, possamos pensar na criação de uma Rede de Dissidências Sexuais e de Gênero (REDIS) que passe a ser um espaço horizontal e não institucional de trocas permanentes entre as pessoas da área e que também problematize outra geopolítica da produção do conhecimento, ao enfatizar a grande colaboração da América Latina aos estudos e políticas para o respeito às diversidades e/ou dissidências sexuais e de gênero no mundo.”
Veja:


sexta-feira, agosto 28, 2015

luís capucho - O Camponês - na Casa da Árvore - junho2015

As coisas acontecem de um jeito que escapolem da gente, o
generoso leit@r sabe disso tanto quanto eu. Ou seria melhor dizer que as coisas
acontecem de um jeito escapolidas da gente. O fato é que só agora Pedro
despejou uns arquivos de shows Poema Maldito, no meu computer e peguei “O
Camponês” (luís capucho/Marcos Sacramento) do show na Casa da Árvore, que, com
Felipe, fizemos em junho desse ano. Naquela época, minha camisa de fazer show
estava apenas na base. O pessoal da Casa da Árvore é um brinco, leit@r, e foi
lá, onde conhecemos Lucila, um brinco também.


Vejam:

quinta-feira, agosto 27, 2015

Homens Machucados - luis capucho

Porque eu fico amarelando na hora de mostrar o disco, os
shows Poema Maldito têm sido a apresentação das músicas dele num outro formato,
que não o seu “voz e violão” com as interferências tecnológicas do Felipe, que
tem me acompanhado com outros instrumentos, às vezes baixo, às vezes, violão e
tal.
Desde o penúltimo show, em São Paulo, ele tem trocado o
acompanhamento de violão, por uma guitarra, o que pra os ouvidos soa mais
brilhante e o meu boníssimo leit@r sabe, esse som com mais brilho tem mais a
ver com minhas letras cheias de imagens e tudo.
Além das músicas do disco, a gente toca músicas de outros
discos meus, tipo, Eu quero ser sua mãe, Maluca, Cinema ìris... e para o
próximo show, como o Felipe não vai poder ir para Salvador, irei apresentar o
disco o mais próximo que eu consiga de sua gravação original, quer dizer,
somente na voz e violão, porque fui honrado com um convite para participar do
II Seminário Internacional Desfazendo Gênero, na Universidade Federal da Bahia,
onde no dia 4 de setembro, 20 h, apresento o Poema Maldito. E no dia 6, com a
Professora Denise Carrascosa vou falar dos livros que escrevi, o Cinema Orly, o
Rato e o Mamãe me adora.
Voltando aos shows, decidimos colocar neles, a partir de
agora, uma música inédita, a Homens Machucados. Ela ainda não ficou ensaiada o
suficiente para o show do Bar Semente, mas numa primeira forma, ela já é.
Vejam:
                                                
Homens Machucados
                                                                       
            luís capucho

Eu era um menino quando homens machucados eram mais bonitos
pra mim
Um homem machucado de todo perfeito
O peito ferido, belezas escorrendo dos olhos dele
Do corpo dele, no pescoço, pelos flancos, no seu centro,
dentro dele,
Pernas abaixo
Beleza assim de Cristo na cruz
Os braços abertos, sagrado coração
Cabelos sangrentos no vento frio
Chagas abertas, coroa de espinhos
Sangue vermelho no céu azul
Homens machucados eram mais bonitos pra mim
Lindeza de Jesus, que veio me salvar
Que vai morrer por mim
Homens machucados eram mais bonitos pra mim
Lindeza de Jesus, que veio me salvar
Que vai morrer por mim. 

terça-feira, agosto 25, 2015

Inferno com marcos sacramento

Eu gostei demais da participação do maravilhoso Marcos
Sacramento no show Poema Maldito que fizemos no Bar Semente, dia 22 de agosto,
agora. Ele participou de uma música que não está no disco, mas que faz parte de
nossa estória particular – o meu silencioso leit@r sabe que Sacramento é meu
amigo particular ainda do século passado - e no século passado, por conta das
sequelas motoras de um coma de um mês que me pegou, fiquei uns três ou quatro
anos para conseguir voltar a fazer um mi maior no violão. Quando finalmente
consegui tirar um, mais ou menos limpo, pedi a meus parceiros da época que me
dessem letras simples de interpretação, porque além de ser apenas um acorde,
minha voz estava mais, mas muito mesmo, monocórdia do que ela naturalmente é. Então,
Sacramento me deu a letra de Inferno, que foi minha primeira música nessa minha
nova versão de luís capucho. Antes, tinha feito apenas letras e a única que
sobrou foi Algo Assim, musicada pela Mathilda.
O Sacramento está com uns shows aí pela frente e às quartas-feiras
está fazendo o Bar Semente, bom leit@r.
No Inferno ele fez uma corneta celestial que foi a nossa
maravilha, a minha, a dos olhos baixos de demônio do céu de Felipe e do pessoal
que tava lá e, agora, de meus particulares leit@res. Tudo no celular do Pedro.
Vejam: 

segunda-feira, agosto 24, 2015

Poema Maldito - luís capucho

O Poema Maldito para além do que me aconteceu na praia de
Icaraí, é resultado de minha amizade com o Tive – José Maria Martinez – , amizade
que começou quando ele virtualmente traduziu para a sua língua espanhola o
Cinema Orly. Depois, ele me disse que ficou sabendo saber fazer poesia e quando
eu lhe contei o acontecido na praia, alguns dias depois de silêncio mortal, ele
me devolveu a estória na letra de Poema Maldito, que intitula o CD.
Eu digo estória, porque no entusiasmo de lhe contar o que
tinha me impressioando e também na impossibilidade de contar o lance no seu
cerne, as palavras que eu lhe escrevi em português foram inventando a estória,
o que certamente ficou aumentado em ficção e em proximidade ao que hoje chamam
“nuvem”, ao ele me devolver o bastão na forma final de Poema Maldito, o poema,
a letra.
Depois, quando coloquei a melodia, o caso ganhou mais um degrau
de afastamento do original e subiu mais um pouco. No show do Bar Semente, ao
final, eu tentei trazer de volta o caso pra sua origem, para o chão.
Vejam: 

domingo, agosto 23, 2015

generosidade - luís capucho

O show de ontem foi emocionante demais pra mim.
Eu fiquei triste no início porque, o boníssimo leit@r sabe,
minhas músicas são pouco conhecidas e o meu pequeno público muito esparso pra
que se possa concentrá-lo num dia de show e tal, mas depois que começamos a
tocar, eu via que era aquilo mesmo e que as músicas precisam de prática para
serem vivas e, aí, elas foram me pegando com sua força boa, a gente foi indo na
correnteza delas e fomos curtindo, de modo que a gente – eu e Felipe - e o
pequeníssimo público não ficou triste mais.
Dessa vez, Pedro filmou bastante coisa e quero editar
algumas, a participação maravilhosa do amigo Marcos Sacramento, minhas explicações de músicas, a explicação de minha camisa de show, tudo, antes de mostrar. Também ele descarregou no meu computer umas gravações
que fez do show que fizemos na Casa da Árvore e quero aprontar melhor tudo para
levantar na internet.
Ele pegou um trecho de generosidade e gostei demais de ele
cantando junto.


Vejam:

sábado, agosto 22, 2015

É hoje:
foto:Ana Rovati

LUIS CAPUCHO | SHOW POEMA MALDITO | PARTICIPAÇÃO MARCOS SACRAMENTO


LUIS CAPUCHO | SHOW POEMA MALDITO

"Depois de viagens ao Espírito Santo – Cachoeiro do Itapemirim – e Aparecida do Norte para as filmagens do documentário-ficção Peixe - Fish”, um longa metragem do cineasta Rafael Saar sobre a sua produção lítero-musical, e de seu primeiro show autoral em São Paulo, na Casa do Mancha, Luís Capucho, cantor, compositor e escritor, apresenta o álbum Poema Maldito pela segunda vez no Bar Semente, na Lapa do Rio de Janeiro.

Rotulado ‘maldito’ pela mídia, Capucho é um fantasma da transgressão. A crueza dos arranjos, da poética, do seu canto e seu violão, misturados com momentos de sutileza e delicadeza, revelam um artista sofisticado que se aprimora e, na brutalidade de sua interpretação, se refina.

Neste show, Luís é acompanhado por Felipe Castro no baixo e terá a participação de honra de Marcos Sacramento."

Serviço:

Serviço:
Data: 22 de agosto, 20h
Bar Semente
Rua Evaristo da Veiga, 149
Lapa- Rio de Janeiro

Reservas: contato@barsemente.com.br ou
(21) 2507-5188 e 99781-2451

sexta-feira, agosto 21, 2015

Acordei cedinho e atravessei a ponte para encontrar o Bruno Cosentino e conversar pela primeira vez com ele sobre o que era um improvável meu disco novo. Toquei para ele umas músicas que tenho aqui, e quando eu me despedia, ele me perguntou se poderia falar de nosso encontro. Eu disse que sim, porque eu queria compartilhar dele o que ele dissesse.
Tenho sido muito feliz, bom e silencioso leit@r, pelo modo como outros artistas, a exemplo de Rogério Skylab, Michel Melamedgustavo galoRafael Saar, Ney Matogrosso, Bruno Cosentino e outros têm olhado para meu trabalho de música.
Vejam a postagem dele:
Bruno Cosentino
Quem me apresentou ao som do Luís Capucho foi meu amigo Marcos Lacerda, dizia que era um compositor maldito, maravilhoso, escritor, gay, que tinha um discurso muito direto sobre a sexualidade. Era tudo o que eu sabia. Aí fui fazer um show no Teatro Café Pequeno e finalmente pude ouví-lo. Amei, fiquei tarado, e o convidei para participar do show. Ele topou, o que me deixou no céu. Cantamos a linda "A expressão da boca", que pretendo gravar num dos meus discos em andamento, que vai se chamar "Canto é brilho". Ficamos em contato cada vez mais estreito. Desde então, como acontece bem raramente comigo, tenho ouvido o disco dele sem parar há muitos e muitos meses e ainda outros virão, eu sei. Não me canso, choro, acho lindo, triste, bem humorado e com um olhar pras coisas do mundo tão sem mediação que às vezes parece até naif (como naquelas belezas do jorge ben também). Gravando há umas semanas o programa "Vídeo retrato" com a Ana Rovati e o Vinícius Guerra, depois da sessão, ele mostrou uma canção nova chamada "Homens machucados", tão linda, de chorar de novo muito. Todo mundo ficou em estado de graça no estúdio. A conversa foi fluindo e surgiu um convite para eu produzir seu próximo disco, que vai ter o mesmo nome da música "Homens machucados". Fiquei feliz pra caralho, animado, excitado, porque sou fã demais dele. Hoje, depois de umas conversas por telefone e email, foi nosso primeiro encontro ao vivo, ele me mostrou outras músicas, vamos ouvir longamente todas e escolher as oito que vão para o álbum. Obrigado, Capucho, por essa oportunidade de ficar mais tempo ao seu lado, lugar onde aprendo e me encanto muito. Em breve mais coisas incríveis para nós! Por enquanto, quem não o conhece, pode ouvir o disco maravilhoso que é o Poema Maldito", produzido pelo Felipe Castro, e que está na internet neste link aí: https://www.youtube.com/watch?v=7VayLXwS3eY






quinta-feira, agosto 20, 2015

LUIS CAPUCHO | SHOW POEMA MALDITO

Depois de viagens ao Espírito Santo – Cachoeiro do Itapemirim – e Aparecida do Norte para as filmagens do documentário-ficção Peixe - Fish”, um longa metragem do cineasta Rafael Saar sobre a sua produção lítero-musical, e de seu primeiro show autoral em São Paulo, na Casa do Mancha, Luís Capucho, cantor, compositor e escritor, apresenta o álbum Poema Maldito pela segunda vez no Bar Semente, na Lapa do Rio de Janeiro.

Rotulado ‘maldito’ pela mídia, Capucho é um fantasma da transgressão. A crueza dos arranjos, da poética, do seu canto e seu violão, misturados com momentos de sutileza e delicadeza, revelam um artista sofisticado que se aprimora e, na brutalidade de sua interpretação, se refina.

Neste show, Luís é acompanhado por Felipe Castro no baixo e terá a participação de honra de Marcos Sacramento.

https://www.facebook.com/events/155878038080555/


terça-feira, agosto 18, 2015

Foi linda demais a oportunidade que o Gustavo Galo criou de irmos pra São Paulo apresentar nosso Poema Maldito, n’A Casa do Mancha. E antes que apresentássemos nosso disco, ele tocou suas músicas inéditas somente na voz e violão. Foi meia-hora de contemplação, em que o Gustavo iluminou a paisagem que se moveu pro pessoal sentado no chão.
Depois, quando eu e Felipe tocamos o Poema Maldito ele veio cantar Velha e Cavalos com a gente. A gente sente quando não rola mágica numa apresentação, o silencioso leit@r sabe. No momento do show, a gente não consegue fazer idéia dos nomes que podem vir à cabeça pra dizê-lo, porque os shows são um mergulho ou um vôo de asa delta, se a gente se imbui dele. E n’A Casa do Mancha estivemos todos imbuídos, nós e quem assistiu.
Na foto, para esse show, minha camisa ganhou uma escama que se perdeu do corpo de Tritão e que está reluzindo na altura de meu peito, no centro do breve que mamãe me deixou – o bondoso leit@r que tem acompanhado meu Blog Azul sabe o extraordinário da estória.
Pedro tirou foto.

Vejam: 

quinta-feira, agosto 13, 2015

Eu e Felipe Castro apresentaremos, ao vivo, o Poema Maldito, no domingo em São Paulo. Teremos a participação especial de Gustavo Galo, que também vai apresentar na voz e violão as músicas de seu CD Asa.
Coincidiu de nesse dia o pessoal das panelas ter sido convocado pra sair às ruas, por a cara no sol. Isso me confunde um pouco, mas estaremos ao largo disso, na Casa do Mancha, 20 horas.
Depois, no sábado seguinte, dia 22, apresentaremos o show no Bar Semente, dessa vez, com as participações especiais de Bruno Cosentino e Marcos Sacramento. Além do totem, do Alan Lanzé.
Em seguida, no início de setembro, vou apresentar o disco somente voz e violão, no Seminário Internacional Desfazendo Gênero, em Salvador.
Todos convocados!

Fui!

quarta-feira, agosto 12, 2015

GUSTAVO GALO E LUÍS CAPUCHO

Cantores fazem show domingo na Casa do Mancha

Última publicação: 11/08/2015

  • Gustavo Galo
    Gustavo Galo
    Créditos: Divulgação

INFORMAÇÕES DO EVENTO

  • Data(s): 16 de agosto de 2015
  • Horário(s): 21h
  • Preço(s): R$ 20
  • Onde: Casa do Mancha
    Rua Filipe de Alcaçova - Pinheiros | Como Chegar >
Os cantores Gustavo Galo e Luís Capucho se apresentam domingo, dia 16 de agosto de 2015, naCasa do Mancha.
O vocalista da Trupe Chá de Boldo mostra as faixas de seu primeiro o disco solo, ASA, lançado em 2014 com produção de Gustavo Ruiz e Tatá Aeroplano. Já o cantor, compositor e escritor Luís Capucho faz show acompanhado por Felipe Castro (baixo) e Theo Barreto (iPad).
Leonardo Paladino redator(a)

terça-feira, agosto 11, 2015

O meu olho esquerdo estragou, o bom leit@r sabe.
Há um mês, além dos de costume, eu tou tomando a batelada de remédios para trazê-lo de volta e melhorou um pouco, mas ainda não consertou de tudo. Esse negócio de meu corpo ir se estragando pelo meio do caminho, começou já faz tempo e ser atingido no olho é mais desesperador pra mim, o leit@r entende. E tem de os serviços de saúde serem essa bagunça e esse descaso que todo mundo vê, e tem de eu não estar plantado na parte de cima da carne seca...
Tem também a fatalidade de o corpo da gente estragar, ir estragando, mesmo que os recursos todos estejam disponíveis pra gente.
O boníssimo e generoso leit@r pode pensar que no caldo, no sumo desse meu assunto, esteja rolando na verdade uma gabação de minha parte, porque ninguém há de vir pra internet para desfazer-se de si mesmo e, aí, que eu tenha vindo aqui pra dizer aos leit@res que eu me fodi, sim, mas que todas as vezes que isso aconteceu, consegui me tratar, tou me tratando e tudo. Mas o certo é que não há gabar-se de remédios e nem há porque me detonar dizendo-me caolho.
Essa última semana de remédios há de limpar tudo.
Do dia 11 a 18 de agosto:
6 h – 2 comprimidos de Sulfadiazina
6:30 h – 1 comprimido de pirametamida
11:30 – 1 ácido folínico – dia, sim, dia não: quarta – sexta – domingo – terça...

Fui.

sábado, agosto 08, 2015

A Dra Patrícia Diez Rios é advogada no Pela Vidda – Niterói. E tem uma luta importante pelos direitos das pessoas vivendo com o HIV, e particularmente, em 1997, antes de haver a distribuição gratuita, por sua iniciativa, através dos amigos que a procuraram, moveu uma ação judicial para que eu recebesse da Secrataria de Saúde do Estado os remédios do coquetel de remédios da Aids, que eram horrorosos demais naquela época, mas que me deixaram vivo, o silencioso leit@r sabe.
E, há pouco, por pressão das empresas de ônibus, o Estado reduziu drasticamente o direito à gratuidade nos ônibus urbanos que a gente que faz tratamento tem. Então, eu procurei o Pela Vidda-Niterói e, através da Dra, documentamos todas as minhas necessidades, a que ela juntou um texto argumentativo, e conseguiu que um juiz decretasse a ampliação de minha gratuidade nos ônibus aqui na cidade.

Na real – a vida é real - de meu ponto de vista, é dever da Secretaria de Transportes garantir a gratuidade não apenas para os idosos, os deficientes, as gestantes, os doentes... mas pra todo mundo. E é através de ações como esta que a gente um dia vai chegar lá...

quinta-feira, agosto 06, 2015

Ontem, no ensaio do Poema Maldito, ao vivo, exorcizamos um pouco o roubo dos instrumentos do Theo. O bom leit@r pode ver que as forças que vêm na direção da gente, têm a mesma proporção da força que a gente gerou com a gente mesmo, com o som que a gente pensava estar fazendo com ela, a força que ficava reproduzindo-se a si mesma, se multiplicando, saindo e entrando dentro da gente, que a gente tava projetando, meio loucos, à espera de serem catalizadas pelo totem que Alan está a construir pra os shows, Poema Maldito, que de verdade é um mundo de gente, um clã de gente, uma tribo, mas que estava no movimento de nossa concentração de ontem, em eu, Felipe e Theo, apenas, exorcizando o roubo dos instrumentos.
E pode ver que isso é um Deus nos acuda, um pega pra capar danado, um não tinha de ser, um já era, já é, rumo ao Show da Casa do Mancha, dia 16 de agosto, 20 horas, com Gustavo Galo.


terça-feira, agosto 04, 2015

O Poema Maldito –Theo - foi roubado por ladrões da Tijuca, no domingo à noite.
Depois de nosso ensaio, o Theo me contou que a casa de uma sua amiga na Tijuca tinha sido invadida por um bandido na noite anterior e que ele iria pra lá, passar a noite com ela. E eu não tive o espírito de lhe pedir cuidado.
Eu sei que somos todos culpados de a cidade estar a cada dia mais difícil, de a nossa liberdade ir ficando a cada dia menor.
E no domingo mais cedo, o Theo tinha deixado um recado que se atrasaria um pouco, porque passaria numa emergência para tratar o seu pescoço, que estava doendo muito.
O relato que ele fez do que está sentindo é de deixar a gente muito triste e foi justamente no pescoço que lhe pegaram.
A gente vai substituir tudo.
Vejam:

“Fui assaltado ontem, na Tijuca, por dois caras a pé com uma garrafa quebrada na mão, ameaçando me cortar a garganta se eu não passasse a mochila e o celular. Perdi.
Na minha mochila tinha tudo que eu mais usava e precisava. Coisas de valor, sim, mas muito mais coisas insubstituíveis. Mas se coisas fossem apenas coisas, não faria nenhum sentido estar aqui reclamando. As coisas realizam desejos, suprem necessidades (criadas e reais), alimentam fetiches e sonhos. Ferramentas são braços que nós não temos. De qualquer forma não temos nem braço-ferramenta nem coisa nenhuma, perceba que a posse é uma coisa bem sútil, num dia eu tenho e no outro não tenho mais, num dia gozando das coisas e no outro lamentando por elas, sem ter feito qualquer coisa que claramente me levasse pra esse caminho de perder.
Perdi meu Ipad, que era meu instrumento pro show que ia fazer com o Luis. Isso é realmente triste e trágico... os resto é lamentação por coisas que tem volta. Perdi meu “1984” numa versão antiga, perdi todas as anotações do período passado da faculdade e sobre as músicas do Luis, perdi minha chave de casa e das bikes, minha garrafinha companheira, meu STP, minoxidil, cicatricure, os remédios pro meu pescoço fodido, uma cueca, perdi minhas luvas pra bike, meu celular e comidas que tinha acabado de comprar. Perdi todos os documentos - que nem eram tão meus assim. Perdi a força. Perdi um pouco de coragem. Perdi um pouco de amor pelo outro. Perdi a confiança nas pessoas que andam na rua à noite.
Depois de uma conversa esquizofrênica com a atendente de telemarketing na qual eu tive que simular que era irmão “da” titular da conta, consegui bloquear meu chip. Alguém sabe como faz pra bloquear o Ipad remotamente? Ou excluir os dados, ou sei lá. Se tiver como ele se auto-destruir, eu prefiro.
Tudo é violento. mundo bizarro e em barbárie.
Enfim, vou estar meio off-line por enquanto. Luís Capucho, pretendo ir no ensaio quarta.”

segunda-feira, agosto 03, 2015

Eu me lembro de que há muitos anos atrás, num trabalho de escola, eu ter relacionado a tragédia do Édipo, à lenda amazônica do guaraná, porque, nas duas estórias, achei que do que se falava, era de força. Então, agora, que estou indo para a quarta semana de tratamento de minha uveíte, essa lembrança me voltou, boníssimo leit@r, porque nas estórias o olho é que simboliza isso, como aquilo, do olho turco, e tudo.
Quando a atriz Teuda Bara veio ser mamãe comigo aqui no apezinho, cheguei a comentar com ela a minha desconfiança, de que minha uveíte tivesse essa simbologia de estar perdendo a força, tipo, cada doença faz o seu sentido, leit@r.
Aí, a Teuda foi boa comigo, feito mamãe.
Ela disse:
- Não, luís, fica tranquilo, você não tem esse Édipo, não.

Fui.

domingo, agosto 02, 2015

Gostei demais de ter participado em "Deixa" do "Desterro e Carnaval", o último trabalho de canções do Rogério Skylab. 
Pra o pessoal que curte poesia, ele deixou tudo para download gratuito na internet:

sábado, agosto 01, 2015

Gustavo Galo no Cultura Livre

Estou terminado a 3ª semana de tratamento para curar minha uveíte e já vejo as cores, mas embaçadas. Eu achava que os remédios fossem me tirar a fome, mas, não.
Comi mais que o normal e ganhei mais que 5 quilos.
Nós estamos adorando demais essa oportunidade que aconteceu de irmos para São Paulo apresentar o Poema Maldito ao vivo, com Gustavo Galo.
Eu e Felipe estamos mais entrosados nas músicas e nos ensaios ficamos vendo o Theo colocar seu ipad nelas.
Vai ficar bonito.