terça-feira, abril 23, 2024

Bach-bei seu violão (luis capucho/Mario Newman)

O Tulio Staffuza, com quem conversei no aniversário do Alexandre, me disse que minh’As Vizinhas de Trás lembravam a ele as composições do Bach e me deu o número de uma delas, pra que eu conferisse, a Fuga em sol menor BWV 1000, que é a repetição de um mesmo tema durante toda a música, em várias alturas, como entendi. Então, me lembro que há anos, musiquei um poema do Mario Newman, meu colega de escola, que tem o nome de Bach-bei seu violão. E vi que tenho um registro antigo dela, que fiz numa fita cassete, na casa do Naldo ou Suely, um dos dois. E pedi ao Pedro que juntasse o áudio, Às Vizinhas. Então, tem Rubia, Debora, Walter, Julião, Ana Maria, Pedro, eu, Jack, Roser:

sábado, abril 20, 2024

Nesse início de ano fiz duas visitas ao sul do Espírito Santo, de onde sou. Nasci em Cachoeiro de Itapemirim e, aos sete anos, quando precisei entrar na escola, minha mãe tirou minha certidão de nascimento, na cidade de Alegre, onde me alfabetizei, no Professor Lellis. Meu primo Adão, se lembra de quando nasci e me contou os detalhes do episódio, tipo, a cor do carro que me e levou a mim e mamãe do hospital para casa, que era um carro amarelo, esqueci o nome do carro, vou perguntar-lhe. E, quando nasci, fomos pra casa dele, no alto do Sumidouro.

Zélia, mulher do Adão, faz pinturas lindas:


 

sexta-feira, abril 19, 2024

 

Quando eu era pré-adolescente, comprava nas bancas umas novelas eróticas que faziam parte de uma coleção que tinha o nome de coleções médicas, algo assim. Não encontrei na internet, para relembrar. Dessa vez, meu primo me disse que uma de nossas brincadeiras de pequeno, nos anos 60 ainda, tinha sido inspirada por um unicórnio desenhado numa embalagem de biscoito Alcobaça. Também não encontrei...

2ª EDIÇÃO FESTIVAL VELHO BANDIDO (13/04/2024)

Pena que o som ficou ruim, mas talvez melhore:

quinta-feira, abril 18, 2024

Eu e Felipe, com a Dinastia Zé – Mario, Lemão e Jesus – cantando e tocando Provar, música dele. E abrindo o Festival Velho Bandido, em Cachoeiro de Itapemirim.

É a segunda edição do Festival e a Dinastia Zé foi chamada para abrir, por ter sido a vencedora da primeira edição com a música Os Raios.

E Felipe me chamou.

Tudo som e amor.


 

quinta-feira, abril 04, 2024

 


Estes são meus livros em estado de sono, com Dona Linda Evangelista. Faltam, na foto, os discos, também em sono. E alguma d’As Vizinhas de Trás, silenciosas, mas essas não dormem.

Eu disse, uma vez, que me tornei artista, porque me alfabetizei. Tem uma plantinha rasteira, com folhas como lacraias, e que vivem nos pastos, que tem o nome de dormideira. Também lembro de um caderno: eu estava me alfabetizando e tinha aquele caderno. Ele tinha letras grossas desenhadas na capa, azuis, com um fundo branco. E não tinha nada escrito nas suas folhas.

Os meus livros e as minhas músicas e minh’As Vizinhas de Trás me lembram aquele caderno e me lembraram que eu não tinha me alfabetizado ainda, quer dizer, não sabia escrever.

quarta-feira, abril 03, 2024

terça-feira, abril 02, 2024

Luís Capucho - Lua Singela

Lua Singela começa meu primeiro disco, de 2003, com esse mesmo nome. Depois, no disco La Vida es Libre, canciones de luís capucho (Porangareté/2023), Lucia Santalices fez uma versão lindíssima, suingada, que vai levando a gente sempre mais pro alto, sem asas, porque a gente vai se juntando no éter, no vazio, na escuridão do céu organizado, vai ficando uma coisa só, claro e escuro, com os relevos bem marcados, subindo pro alto.

Honestamente, me aflige estar noutros momentos que não sejam os momentos de fazer música e livro, porque não acho que vá fazê-los, não sou o artista que sabe fazer e que, por isso, tem certeza de sua fertilidade. Noutro momento diferente de estar fazendo, sou estéril, não sei se vou fazer. Também, já estive pensando na desimportância disso. Do que adianta me afligir?

terça-feira, fevereiro 27, 2024

Cinema Orly, de Luís Capucho, nova edição no Brasil

A editora carambaia, abriu, com a segunda edição do Cinema Orly, uma coleção de clássicos eróticos, chamada Sete Chaves. Também abre a coleção o livro Rosa Mística, de marosa di giorgio. Eu fiquei agradecido demais que a editora mandou um livro pra o Tive Martinez, tradutor do Cinema Orly para o espanhol, com o selo editorial la abaporu.

Também feliz demais como Tive apresenta o livro pra os brasileiros:



sexta-feira, fevereiro 02, 2024

 

Sempre que mexo n’alguma coisa na casa, no meu ciscar delas que nunca é uma, se eu fosse um frango, se eu fosse uma galinha no quintal, não haveria de nos meus movimentos ter nada que abalasse o funcionamento do quintal. Ele continuaria recebendo o sol, os dias e as noites, e na manhã seguinte, eu estaria de novo ciscando, no passar comum e rotineiro dele. E pronto.

Só, que em casa, à medida que vou desencavando as coisas na estante, nas caixinhas e gavetas, outras vão aparecendo e vão aos montes se acumulando em torno à minha busca, de modo que eu passaria o dia todo em função de ordenar tudo outra vez, as coisas que reapareceram num novo conjunto e, aí, ficaria para sempre rearranjando tudo, porque seus novos arranjos são sempre sugestivos de outros arranjos e outros e outros.

Uma galinha sem ciscar não é uma galinha e o quintal é o mesmo, com ou sem ela. Por exemplo, Dona Linda está sempre, fica no entorno das coisas, se mexo, porque pode ser que apareçam baratinhas.

É isso.


 

segunda-feira, janeiro 15, 2024

Cinema Íris - cifra

Pendurado, presa no tempo feito roupa no varal, a Cinema Íris é irmã-hit da Cinema Orly. Cria play list de cifras, cria de toca, no violão, de Sta Rosa em casa. Repetir para comentar, inscrito no canal, popular e hit, cria, recebem novidades:

domingo, janeiro 14, 2024

..."Nos anos 2000, Capucho conseguiria retomar sua carreira musical e lançaria uma série de discos, o mais recente é uma coletânea chamada “La Vida Es Libre – Canciones de Luís Capucho, Vol.1” (2023), com uma série de releituras feitas por nomes como Nehedar, Arthur Nogueira, Luiza Brina e Gustavo Galo. Uma parte dos escritos de Capucho inspirou a narrativa do excepcional filme poético-biográfico “Peixe Abissal”, de Rafael Saar, que conferimos por aqui na 15ª edição do festival In-Edit."...

https://screamyell.com.br/site/2024/01/13/literatura-cinema-orly-reconta-as-andancas-de-luis-capucho-pelos-corredores-de-um-cinema-pornografico-carioca/ 

sábado, janeiro 13, 2024

O Cartas para o Edil, publicado pela É selo de Língua, por onde também publicamos o Diário da Piscina, é o meu quinto livro e nele tem escritos de muito antes, de quando eu já imaginava mesmo fazer livros, mas que eu não tinha esse caminho.

Agora, o primeiro deles, Cinema Orly, foi reeditado muito belamente - emoldurado numa coleção de clássicos eróticos pela Carambaia, uma coleção que chama Sete Chaves, com curadoria da Eliane Robert de Moraes - e penso que esse caminho até aqui, sem que tivesse ainda pavimento, começa a ser no Cartas para o Edil.

Eu acho bonito ser um autor não profissional, que quis lançar um livro que não foi escrito pra ser livro, mas que é um. São cartas, mas livro. E pedi ao Edil que me autorizasse publicar, porque o exponho como destinatário. Ele me disse que ser exposto dessa maneira, tudo bem! Então, com seu assentimento, está exposto...

Voltando ao assunto do escritor não profissional, que é tido como artista underground, como artista maldito, obscuro, de novo, sem pavimento, tenho pensado que esses adjetivos todos e outros da mesma floresta, tipo quando dizem que sou selvagem, é na verdade, um desejo social para que eu fique sem chão, quer dizer, não estou fazendo queixa nenhuma, se liga, porque assim, sem chão, sou um artista voador, um passarinho do Seu Mário, não tenho que precisar mesmo um chão.

Eu e a É Selo de Língua temos o Cartas para o Edil. Quem se interessar, entra em contato com a gente, plis!

- Aêêêh, quem vai querer?!!

 


 

sábado, janeiro 06, 2024

O meu maracujá-pimenta, que tem uma história e nem mesmo meu é, está subindo pro telhado do prédio. Com a vassoura tentei empurrá-lo pra minha área e a ponta dele quebrou.

E eu, que me distraio com as relações de uma coisa com as outras, vi que as histórias que a gente vai consertar, se quebram e quebrou o maracujá com suas histórias fortes demais no corpo inteiro dele, subindo pro telhado e eu tentando trazê-lo pra minha área.

Vejam: