sexta-feira, setembro 30, 2016

Esses meus posts curtos reclamam mais estória, por isso, venho todos os dias aqui.
Veja, generoso leitor:
Quando cheguei da rua, em casa, ontem à noite, me sentia tão cansado que a sensação era a de que eu estivesse adoecido. E pensei, se o que estava me exaurindo assim, como um doente, não era o meu estômago lutando ainda contra a cica daquela banana meio verde que eu havia comido antes do almoço.
Você sabe, tomo esses remédios há tantos anos... ou o meu estômago é mesmo como o de mamãe, que um dia e outro dizia, sentada ali na sala, com a televisão, que tal coisa tinha-lhe parado no estômago. E, aí, eu tava cansado, porque o estômago tava lutando pra tirar aquela banana cheia de cica de antes do almoço e parada nele.
Eu também, não fico batendo cabeça na noite.

Como de costume, logo que cheguei, era cedo ainda, tomei os remédios e fui dormir... 

quinta-feira, setembro 29, 2016

A gente ta combinando de amanhã, ir no estúdio do Pedro Carneiro, eu e Felipe, pra pensar, no sentido de cuidar e proteger, assim, dar um corpo além da estrutura dela, no esqueleto ainda, voz e violão, a música Crocodilo.
Essa música foi escolhida para dar título a um disco que estamos aprontando e cujas músicas foram distribuídas entre outros compositores, que tão dando a força deles, pra encorpar elas.
Estão quase todas as 8 músicas que comporão o Crocodilo já bem andadas e é maravilhoso demais pra mim...  assistir ao encorpamento delas. Isso é um privilégio meu e o leitor pode imaginar.
Então, as músicas ficaram distribuídas assim:

Antigamente (luís capucho) – o corpo de Gustavo Galo
Cérebro independente (luís capucho) – o corpo de Lucas de Paiva
Crocodilo (luís capucho) – o corpo de Felipe Castro
Edson do Rock (luís capucho) – o corpo de Pedro Carneiro
Girafa (luís capucho) – o corpo de Claudia Castelo Branco
Jôsy (luís capucho- Douglas Oliveira) – o corpo de Bruno Cosentino com o Exército de Bebês
Quando é noite (luís capucho) – o corpo de Pedro Carneiro
Triste (luís capucho) – o corpo de Marcos Campello
Vale (luís capucho) – o corpo de Evaldo

Crocodilo
(luís capucho)


Sou um crocodilo na beira do Nilo
E nem respiro para te pegar,
Nem abro meus olhos pra te engolir inteirinho,
Não sinto calor,
Minha casca é grossa, mas minha alma é macia... cthururu.
Aerodinâmica elaborada por milhões de anos,
estou na margem,
Sou sofisticado como um olho digital, faço a varredura,
Voam palavras, línguas de palavras se insinuam, insetos de palavras,
serpentes de palavras rastejam,
balançam no vento as flores do campo, caem das árvores as folhas secas,
Num caos tão lindo como se estivesse mih’alma a cantar... cthururu.
Estou na margem, voam palavras, línguas de fogo lambem a melodia,
arde o frio acorde do rio, porque eu..
Sou um crocodilo na beira do Nilo la ra ra ra ra
Um crocodilo na beira do Nilo la ra ra ra ra ra.
Um crocodilo na beira do Nilo la ra ra ra ra ra
Um crocodilo na beira do Nilo la ra ra ra ra ra.



quarta-feira, setembro 28, 2016

Mahmundi - Calor do Amor | Rio Música Contemporânea

Eu tava ouvindo umas músicas da Marina Lima nesse final de
semana e, assim, depois de tantos anos, eu já não tava mergulhado ali, em mim,
porque a Marina fazia MPB e eu me lembro de uma época em que ela reivindicou
fazer rock and roll e ela tem razão, a MPB pode ser rock, não samba nem jazz
nem funk.
E eu tava ouvindo e vendo que ela incorporou uma geração de
brasileiros, comigo dentro, e que não estavam ali na zona sul do Rio e que
gostavam da sua música de moça chique, uma coquete cheia de talento, com uma
banda, que tinha arranjador, gravadora, tournée, quer dizer, tinha todo um
fluxo de coisas e pessoas acontecendo em seu torno e a que ela dava a voz e
tudo.
Então, eu que não sou diferente de ninguém e que estou
sempre pensando as coisas em relação a mim mesmo e vendo as coisas, os
acontecimentos, que confluem pra minha pessoa artística, eu que tenho me movido
aqui nessa posição em que estou, de artista singular, ensimesmado, deslocado, e
que, sem dar voz a um grupo, a uma geração, a uma classe, como fez, por
exemplo, Odair José, como fez Savannah, Leonilson, ou como está a fazer agora o
MC Pedrinho e tudo... e que tou aqui dando a minha visão, sem que eu consiga
dizer o que eu sou, o que meu trabalho é, por que uma situação e uma coisa tem
sempre seu ponto de vista e, assim, na internet, somos muitos e há visões por
todos os lados, de frente, de trás, de baixo e de cima, inclinado, deitado e de
pé. E, aí, por coincidência, vi aqui na internet que, nos dias de hoje, é dito que Mahmundi é que tem a potência pra ser o que foi a Marina, porque estamos todos
linkados, embora, depois de tantas anos, já não esteja mais ali, em mim a Marina, que tinha razão em fazer rock, por que a MPB pode ser rock, não samba nem jazz nem funk. 


Vejam:

terça-feira, setembro 27, 2016

Luís Capucho - Poema Maldito (full album)

Ainda sobre esse lance de sono, de cama, que é uma coisa que
no frio que ta fazendo em Nikity City, vou dizer que tenho me deitado muito
cedo e que, como disse ontem, começo o quicar no rio do sono, na madrugada,
ainda de noite, quando os homens da garagem começam a chegar, a ligar os
ônibus, a passar na rua, na frente do prédio...
E num dos quiques, fiquei pensando nisso, de a garagem ser
um mundo de homens, uma corporação deles, com uma bicha ou outra contratada
para cobrador, nunca motorista, e mulheres apenas para os serviços internos de
faxina e tudo. Aí, isso me fez lembrar de quando eu acordava cedo pra ir pra
escola e havia os caras indo pro trabalho no meu caminho solitário e...
E com isso de computador, de internet, em que todos postam o
que querem postar, eu que, não por natureza, me tornei esse cara pensativo e
que venho falando de mim mesmo por todos esses anos aqui, hoje vou ouvir o
Poema Maldito que ta no youtube, porque, no dia 6, a gente está pra conversar
sobre o disco na Letras da UFRJ.
Também, vou retomar um pouco a pintura de minh’As Vizinhas
de Trás...


Vejam:

segunda-feira, setembro 26, 2016

O leitor que seja desconfiado, que não esteja apenas passando os olhos em meu Blog Azul, pode supor que eu esteja dichavando, que eu na verdade não queira dizer tudo.
Desde a madrugada que eu vinha acordando, essa noite. Foi como se eu viesse quicando, sabe, aquelas pedras redondas que jogamos inclinadas na água do rio e ela vai costurando a água até mergulhar de vez. E, agora, eu tou aqui, mergulhado no dia!
A cada quicada deve ter havido um sonho, mas sou aquele tipo que não se lembra. Às vezes, consigo me lembrar dos que aconteceram no restinho do sono, que no caso essa noite, seria a lembrança do sonho no último quique.
Mas, dessa vez, não rolou lembrança.
Mergulhado aqui.


sexta-feira, setembro 23, 2016

Já faz um tempo que eu vejo que um e outro, de algum lugar do país, se antena no meu trabalho literário ou na minha música. Fora do Rio de Janeiro, os primeiros que se antenaram, foi uma turma de Salvador, ligada ao Rock and Roll. Aí, eu conheci o Tarcisio Buenas e fui tocar num bar da cidade, no Rio Vermelho, de um conhecido dele. Era a época do Lua Singela.
Ainda nessa época, estivemos também em Brasília e tinha o Vitor Valentim e o Cabeto. Aproveitamos pra lançar o Rato(Rocco/2007) e mostrar o Lua Singela.
Então, muito aos pouquinhos e sem ser um artista conhecido, uma e outra antena vai se ligando nos meus sinais, como foi o caso do João de BH, o Silvio de Belém do Pará, o Fabrizio de Vitória, e na época do Cinema Íris, o Alexandre de Franca, onde devo voltar outra vez, agora, em novembro, para o 1º Festival Amálgama Brasis, para mostrar o Poema Maldito.
E tem São Paulo maravilhosa, cheia de gente que se antena e tudo.
Tem gente de Curitiba, de Poa, gente de Campinas –onde apresentei o Cinema Íris na calourada do pessoal de filosofia e letras - gente de Natal, de Fortaleza, Arapiraca, gente que se antena no meu trabalho artístico.
E, outra vez, o pessoal de Salvador, que me chamou pro Desfazendo Gênero e não vou falar das pessoas que não me curtem, porque elas têm antenas também e escrevem isso por aí, que eu sou um bosta,  e que eu vejo.
Mas, o post é pra falar que outra vez o Rio de Janeiro e o Poema Maldito.
É um convite, de grátis.

Vejam:

Fui me deitar, ontem, era bastante cedo. Fiquei na cama pensando, tava bem frio, e logo desapareci no sono mais comum. Hoje de manhã, o dia ta lindo aqui em Nikity City, sem eu me lembrar dos meus sonhos.
Eu gosto muito de ler os sonhos da Aline, quando eles aparecem pra mim, na minha timeline, no facebook. São sonhos muito vivos, fortes, assim, cheios de energia e de gente envolvida e tudo mais.

Os meus, que são tênues e esbranquiçados, assim, esmaecidos, deles não me lembro. Não tenho a prática de me lembrar...

quinta-feira, setembro 22, 2016

Quando me deitei pra dormir, ontem, tinha um cachorro chorando, pro lado dos Vizinhos de Trás. Quando eles estão uivando, o que eles fazem assim meio em grupo, é bonito, embala o som da noite com uma capa de melancolia e tudo, um lance assim que corresponde a meu estado, sem ferir, mas, ontem, um cachorro sozinho e chorando, era muito mais que melancolia, silencioso leitor, era triste demais, aí, cortava o coração e fiquei rolando na cama, sem conseguir relaxar a cabeça e devanear pra dormir.
Depois, ouvi que alguém falou com o cachorro, foi um lance rápido, de alguém que chegou nele e tudo. E parou o choro.
Eu já disse aqui no Blog Azul, esse meu lance meio de paranóia de achar que todas as coisas têm a ver comigo, um lance meio paranóico e meio egocêntrico, de achar que tudo está em sincronia comigo, nos meus sentidos, um lance infantil de, por exemplo, achar, quando chove, que alivia a gente também. Então, eu tenho sentido esses sinais dramáticos a meu redor, que ficam me dizendo coisas tristes.

É isso.

terça-feira, setembro 20, 2016

Eu queria fazer fotos que me representassem agora, nesse momento.
Aí, pedi a minha Vizinha de Baixo, em sua fase de abstratos, se ela faria as fotos pra mim, em seu celular. E desci, com meus livros e discos.
Como estava muito cansado, para os livros, coloquei-os em minha cabeceira e me fingi de morto, assim, um Brás Cubas.
Para os discos, coloquei minha camisa de fazer show - ainda sem a pedra de pirita que apareceu pra mim para o show de SP e ainda sem a âncora que Hayge Mercúrio me deu, no show de lá. Pintei meu olho, como tenho feito para apresentar as músicas, desde quando gostei de o Rafael Saar ter me dado esse risco meio Ney Matogrosso num olho. Então, coloquei os discos , incluindo o disco coletivo “Ovo”, na borda de uma tela que minha Vizinha ainda não tinha pintado, e como se eu mesmo fosse um seu abstrato, me sentei na frente da tela e ela fotografou.
Fora isso, ontem, Pedro deu mais uma atualizada no site. É um trabalho minucioso, demorado, aí, ficaram ainda algumas coisas por fazer -  http://www.luiscapucho.com/musica



segunda-feira, setembro 19, 2016

Cada show tem uma energia, um fluxo, uma mágica diferente, e quanto mais a gente estiver esquecido disso, mais entramos em sua correnteza. Então, eu gosto de ensaiar muito, de estar acertado com tudo, pra que na hora da apresentação das músicas, a rédea possa ser solta e correr tudo bem.
Então, isso, de deixar correr, é um outro tipo de treino. E é necessário fazer muitos shows, pra conseguir saber sobre isso. Na minha lembrança, essa é a época em que mais tenho embicado os shows, daí é que sinto que mais tenho aprendido com eles. Por que o leitor sabe, para se colocar no centro da atenção de outras pessoas, enquanto mostramos as músicas, é necessário que estejamos muito seguros de nós mesmos e delas, quer dizer, que nós, com as músicas, iremos fazer sentido pra todas as pessoas que estão a nos ver, de uma a uma, e tudo. E que a gente tenha coragem de estar inteiro ali, porque já aconteceu muito de eu ligar o automático e ficar pairando na paralisia, enquanto a música corre por baixo, e eu trancado em cima, na nuvem negra, estanque.
Então é isso, eu tou aprendendo a ficar ali, com meu violão e meu corpo mesmo, no fluxo das músicas, no seu movimento, junto delas, sem escapulir e me prender por fora da sua corrente, parado, escondido, mas ali, por fora, se liga.
E foi especial pra mim, participar do Bem-me-cuir junto ao Prática de Montação, que está montando para encenar a peça Cabeça de Porco, baseada em minha obra lítero-musical.
Tudo muito lindo, os menin@s demais!

Pedro fez uma foto pra mim:

sábado, setembro 17, 2016

Conheci o Diêgo Deleon de uma vez que ele esteve aqui no apezinho, com o Rafael Saar e o Érico. Depois, ele me mandou um in box, dizendo que para trabalho de final de curso em direção teatral na Unirio, tava pensando encenar meus textos e música, porque minhas buscas tinham a ver com as dele e se eu gostava da ideia.
Então, eu gosto muito de estarmos todos num mesmo fluxo e, hoje, a gente vai experimentar tudo junto no bem-me-cuir, assim, de pronto, os menin@s do Prática de Montação intervindo em momentos de minha apresentação das músicas.
Primeiro, eles farão o espetáculo Prática de Montação, depois, Theodoro Oliveira apresenta suas músicas autorais e, depois, eu.
Tudo num único módico preço.
Quem cuir?

sexta-feira, setembro 16, 2016

Quando terminei o show do loki bicho, esse último que fizemos em SP, a menina do loki, esqueci o nome dela, que tem um nome diferente... a sócia do Alan, nos shows... Pedro lembrou o nome dela: é Hayge Mercúrio... então, ela cheia de amor me presenteou com um botão antigo, de marinheiro, com uma âncora desenhada em alto-relevo. Disse que era pra eu colocar na camisa de fazer shows.
Ainda não peguei a camisa pra olhar onde ele ficaria compondo bem as outras coisas que preguei nela. A camisa chegou num momento em que é preciso pensar os espaços livres, pra ver onde melhor se entoa uma nova coisa.
Gostei bastante da ideia de ter uma âncora no corpo, na camisa, a ideia de que eu seja um barco, aparelhado, as apresentações no mar, nos portos, e tudo.
E vou costurar, hoje, pra o show que faremos amanhã, no Bem-me-cuir, com a Prática de montação e Theo Oliveira.
Vejam:


quinta-feira, setembro 15, 2016

É muito incrível como o que acontece com a gente vai se completando em sentidos que vão nos enredando, aprisionando a gente e, aí, temos de gostar da prisão, fluir nela, nas coisas que a prisão nos revela, gostar, pra que seja um prazer e tudo.
Eu tou dizendo isso, por causa da peça Doida, que o João, a partir de um conto do Carlos Drummond de Andrade, escreveu pra Teuda Bara. E que ela encena com seu filho Admar Fernandes, que foi como um menino saído de um livro. E que a gente assistiu, ontem.
Eu me esqueci das pessoas à minha volta, com excecção do Pedro que, a meu lado, tava enredado de seu jeito e de uma moça que estava na cadeira da frente e que tinha se enredado soltando gargalhadas constantes das doideiras da doida.
Fora, isso, e ainda no mesmo tema da prisão, isso é uma coisa que todo mundo sabe, porque todo mundo se amarra nas coisas, como eu falei na segunda-feira aqui no Blog Azul, que gosto dessa gíria nova e terrível, descida do morro: Ta amarrado!
Porque essa sempre foi uma questão pra mim. E as coisas bonitas, mas na forma de amarração, é que vão soltando a gente.
É isso!


quarta-feira, setembro 14, 2016

Vai querer?

Eu gostei demais de assistir, ontem, outra vez, o show do compositor e cantor Mateus Aleluia. Ontem, foi um show voz e violão e, outra vez, me identifico, porque o Mateus faz um show em que ele se volta pra sua origem, os deuses, onde ele se organiza. E porque ele é baiano de Cachoeiras, também se organiza lembrando a África, mas brasileiro, leitor.
E, ontem, foi especial, porque nos corredores externos do Teatro da UFF, onde ele se apresentou, tinha uma exposição, onde numa sessão, estavam colocadas muitas fotos desses retratos-molduras - aquelas fotos ampliadas e coloridas que o pessoal do interior punha emolduradas nas paredes das salas – e que são as fotos que imagino ser origem de minh’As Vizinhas de Trás, sobre o que tenho me organizado, ultimamente. Então, tudo é em torno da origem, ta se ligando, as fotos dos antepassados, os deuses, as Vizinhas serem mulheres como mamãe, como eu, como Eva e, numa outra parede, tinha muitas fotos dos santos, que o pessoal da roça, punha também nas paredes e sob o que também se organizam... e que, estou pensando numa série em que minhas Vizinhas se desdobrarão, as Vizinhas –santas. Tudo muito coincidente, tudo muito dizendo coisas, sabe.
Da primeira vez que vi o Mateus Aleluia, escrevi aqui no blog Azum, em 18 de novembro de 2014:
“Essa Semana a gente foi assistir ao show do cantor Mateus Aleluia.
Eu me identifiquei, leit@r. Ele estava todo de branco e tinha uma voz rachada, escancarada, que explodia antes de sair da boca, na garganta, ta se ligando, e era acompanhado por seu violão tranqüilo.
Havia outros músicos, que formavam com ele no palco, assim, uma meia lua. E sua filha, que tocava um teclado e que dividia o vocal com ele.
O Mateus Aleluia foi de uma banda do recôncavo baiano, Os Tincoãs, que atuou nos anos 60, bom leit@r. Nós, eu e Pedro, estivemos em sua terra natal – Cachoeiras - sem saber que ele existia. E tivemos muitas lembranças, porque foi lá que fizemos o vídeo do” Vai Querer?”, minha música com Suely.”

Veja:
https://www.youtube.com/watch?v=izzSSq2bZqw

terça-feira, setembro 13, 2016

Particularmente, não sinto que eu seja militante, mas sou.
Quando estive em Salvador para o 2º seminário internacional desfazendo gênero, foi que ouvi pela primeira vez a palavra artivista. Achei que foi uma forma de o pessoal da guerrilha queer incorporar os artistas cujos trabalhos se referiam a essa questão sexual encabeçadas pelo masculino e feminino, mas com as brechas todas que se escalonam entre um e outro.
Quer dizer, longe de mim querer ser historiador de mim mesmo, mas acho que principalmente, o meu trabalho literário – devo ser homenageado pela câmera municipal de Niterói, por agora – é pretexto para conquistas sociais e políticas, de espaço, ao mesmo tempo em que é resultado dessas conquistas, pelos que vieram antes de mim, leitor.
Então, eu tou bem orgulhoso de participar do Bem-me-cuir, aqui no Rio, em Santa Teresa. Isso de os artistas reunirem seus trabalhos em torno a essa questão, é um lance impensável para bem pouco tempo atrás, daí, o meu orgulho de fazer parte.
No sábado, agora, seremos três em um, vejam:


segunda-feira, setembro 12, 2016

Vejam que emoção a minha: a vizinha de trás que a Zuva Yoko Zone colocou pra viver:

Ontem, fiquei junto ao Pedro organizando a sessão “Imprensa” do site que o maravilhoso e encantado Rafael Saar fez pra mim. A gente não conseguiu atualizar totalmente, ficaram algumas poucas coisas pra serem colocadas no final da semana que vem. E a gente ficou emocionado com a estória se fazendo assim, numa envergadura artística, o leitor entende, uma envergadura que é maior que a envergadura de meu corpo cotidiano e tudo.
Isso é um lance de que eu gosto muito, eu sempre disse isso, que eu adoro. Ver que meu trabalho – de novo, tenho de falar em trabalho – vai ficando um bolo maior, na lembrança do ditado que mamãe, maravilhosa e encantada, gostava de repetir: o diabo só caga em monte grande!
Então, o meu monte vai se preparando cada vez mais como um lugar bacana pra o diabo fazer suas necessidades he he he!
E a primeira vez que fui citado num jornal, foi quando, numa matéria sobre o Retropicalismo de Mathilda Kóvak, na folha de São Paulo, fui comparado ao Jean Genet da MPB.
Depois, no Globo aqui do Rio, numa matéria de capa, do ACM, fui alçado à poeta maldito, isso em 97, e eu apareci de boné na foto, porque os remédios tinham caído com meu cabelo um pouco...rs.
Aí, começaram a vir os livros, os discos e vez ou outra, um outro estado, uma capital, ía me descobrindo. Tudo documentado nas matérias e tal. A gente ficou acompanhando, enquanto recolocava as postagens de Rafael no site...
Dentro disso, faz pouco, fiz umas apresentações, voz e vioão, de minhas músicas, no Bar Semente, em que as intitulei ‘Ocupa Capucho’. E na minha explicação para a ocupação, eu me via dizendo de meu sentimento de que isso não era suficiente e tudo. No show do Loki Bicho, em SP, eu também dizia de um outro jeito, do meu sentimento de insuficiência das coisas, sob a forma de eu ser um cara travado. Eu sempre sinto isso, que eu tou travado. Porque eu sinto que eu poderia pegar o fio da meada de tantos lugares, que fico na indecisão, inseguro, se o lugar que eu pegar, vai dar certo, se vou conseguir linearizar a partir dele, ta ligado, leitor?
No fim, se eu não me estresso com isso, dá tudo certo e tudo flui. Mas eu estresso. Por isso que adoro aquela gíria que desceu do morro, acho que dos centros evangèlicos: Ta amarrado! Que é um lance que eu sinto desde a época adolescente, no Buraco, onde a gente se encontrava.
Então, eu adorei, ter cantado logo no ínicio, depois de pegar o bastão com o Gustavo Galo, na Lua Singela, ter cantado a ‘Soltando o dia preso’, minha parceria com o Renato França, que como eu já disse, é uma letra adolescente que dei pro Giba e que há pouco ele me mandou escaneada e fizemos a música. Porque, depois de cantá-la no loki, eu ía dizendo da minha impressão de travado, ao mesmo tempo em que as músicas íam soltando tudo, leitor.
O post ta ficando grande, e você sabe, melhor, não.
Vejam o que a gente ta aprontando:

sábado, setembro 10, 2016

luís capucho - soltando o dia preso - show loki bicho

Um dia frio.
Depois que voltamos de São Paulo, não consegui pegar de volta o fluxo em que estava. Na verdade, acho que não tenho que pegar de onde saí, quando fomos.
Não vou me deixar ficar tenso, por não ter omnisciência do que acontece comigo. Não vou ficar tenso, antes de encontrar de volta o ponto onde eu estava.
O fato é que no sábado que vem, me apresentarei no Bem-Me-Cuir 2016, em sua terceira edição. As apresentações de arte queer estão acontecendo no Centro Municipal Cultural Laurinda Santos Lobo e Casa Nem, além do Instituto de Artes-UERJ e Casa 24.
O pessoal que se interessar pelo jeito como o evento se organiza, pode chegar e ver a programação aqui:
https://www.facebook.com/events/277482659281666/
No sábado que vem, o Prática de Montação, dirigido pelo Diêgo Deleon, apresenta o seu espetáculo de teatro, depois o Kaique Theodoro inicia a parte musical e, depois, pego o bastão e apresento as minhas músicas, voz e violão, com intervenções do Prática de Montação.
Vai ser lindo!
E, porque eu adoro repetir, o leitor sabe, através da repetição é que chegamos ao primor das coisas, vou mostrar outra vez a música que fiz com o Renato França, cuja letra fiz na época do Buraco:
https://www.youtube.com/watch?v=0_43oLKWY_Y





quinta-feira, setembro 08, 2016

luíscapucho - peixe3set2016lokibicho

Foi muito incrível esse show que fizemos em SP, no loki bicho.
Isso é um lance que vem se gerando faz um tempo, desde quando estive tocando pra os calouros da UNICAMP – acho que no início de 2014 - e conheci o Vitor Wutzki, que também foi pro loki, me acompanhar com seu violão, que ele colou no meu.
Depois disso, conheci o Gustavo Galo e o Alan Athayde, numa participação que fiz no show do Bruno Cosentino, ano passado. Então, combinamos de levar o Poema Maldito pra SP e, aí, fomos eu e Felipe Castro tocar com o Gustavo no Bar do Mancha, na Vila Madalena.
A gente queria repetir, porque tudo tinha sido muito lindo.
Paralelo a isso, eu e Bruno tínhamos combinado de ele produzir um disco pra mim, que vai se chamar “Homens Machucados”. E das músicas que sobraram, o Felipe teve a ideia pra um segundo disco, o “Crocodilo”.
Então, a gente pediu aos amigos, que pudessem, que cada um produzisse uma das músicas do Crocodilo, que ficaram distribuídas assim:

crocodilo - felipe castro
cérebro independente - lucas de paiva
jôsy - bruno cosentino
edson do rock - pedro carneiro
antigamente - gustavo galo
girafa - claudia castelo branco
vale – evaldo luna
triste - marcos campello

Isso pra dizer, que o Gustavo tinha me dado a opção de fazer aqui no Rio ou em SP, a “Antigamente”, música que ele ficou de produzir pra mim. E eu escolhi que ele fizesse ela em SP, porque vocês sabem, tem um sotaque musical lá, que era legal ter no disco. Então, combinamos que eu iria, em setembro, colocar voz na Antigamente e aproveitaríamos par repetir uma apresentação do Poema Maldito, que meio virou uma outra coisa, o leitor sabe, o tempo vai fazendo e desfazendo tudo.
A gente pensou em alguns lugares que fizessem sentido pra o show, quando o Alan falou do loki.
Ele disse:
- É a sua cara, capucho!
E foi.
Fora isso, não conseguimos que eu colocasse voz na Antigamente e combinamos de eu voltar em outubro, quando a É selo editora, da Julia Rocha, deverá publicar meu quarto livro: Diário da Piscina.
E teve o Joaquim Castro, amigo do Rafael Saar, que filmou.
Tudo no último!
Pedro, estratégico, fez um vídeo no seu celular:

luís capucho - poemamaldito3set2016 lokibicho

De surpresa, tinha uma equipe filmando o show que fizemos na
loki bicho, era o Joaquim Castro. O celular do Pedro, parado estrategicamente,
pegou tudo.


Tive Martinez é o cara!

quarta-feira, setembro 07, 2016

luís capucho - aexpressãodaboca 3set2016 lokibicho

Foi muito lindo tocar A Expressão da Boca com o Vitor Wutzki.
A gente foi junto na força do ritmo e o que ele pediu, a gente deu.
Fiquei, nos instantes finais, na paranóia de que não fosse conseguir satisfazer às exigências motoras dele, grilei de rolar uma incoordenação. Sei lá, mas correu tudo bem, tou mandando bem na mão direita.
Tava vendo, emocionado, os comentários lindos das meninas no post também lindo sobre o show que o Arthur Braganti fez: artigue, nossa senhora, milagre, que carinho...
Vejam:

luis capucho - eu quero ser sua mãe 3set2016 lokibicho

Ainda no Loki Bicho, do show de sábado que passou, em SP, a tentativa de explicar o Vitor Wutzki – o salvador – e também Eu quero ser sua mãe:
https://www.youtube.com/watch?v=hHIa42f_S8I

segunda-feira, setembro 05, 2016

a pedra de pirita, gustavo galo, luís capucho, vitor wutzki e para pegar

Já é a segunda vez que vou a SP tocar num show armado junto com o Gustavo Galo. 

Eu fiquei feliz demais, quando ele disse que iria gravar a Para Pegar no seu disco Sol, que é lançado agora, depois de uma campanha de crowndfunding. A gente tem planos de fazer mais coisas, de eu voltar aqui e tudo. Também, ele está produzindo uma de minhas músicas, a "Antigamente" para um dos discos que estou pra fazer, o Crocodilo.

Isso tudo é pra deixar a  gente quieto, porque a gente não tem muito como começar tanto assunto.

No loki bicho, depois da Lua Singela, fizemos, juntos com o Vitor Wutzki, a Para Pegar, que, no Sol, não ouvi ainda e tou na maior expectativa. 
Como é costume se dizer agora: gratidão!

Vejam:

luís capucho - o tótem, as vizinhas de trás e homens machucados 3set201...

"... eu achei que elas eram minha mãe, que elas eram eu... e achei que elas eram, assim, a primeira mulher, a mulher principal que é a minha mãe, mas que é a mulher principal também. E eu pensei na Eva...."

domingo, setembro 04, 2016

luís capucho - soltando o dia preso - show loki bicho

O show de ontem, aqui em São Paulo, no loki bicho, com o Vitor Wutzkime acompanhando no violão, ficou lindo também no celular do Pedro Paz. A gente abriu com o Gustavo Galo cantando Lua Singela conosco. Depois, cantei "Soltando o dia preso", minha parceria recente com Renato França.
Vejam:

sábado, setembro 03, 2016

luis capucho - Soltando o dia preso

À  noitinha, apresentarei minhas músicas  aqui em SP.

Tocarei com  Gustavo Galo e o Vitor Wutzki.

Entre minhas músicas, apresentarei essa inédita, uma parceria com o Renato França.

É uma letra da época em que frequentei o Buraco, que outro dia o Giba escaneou e mandou pra eu ver. Era uma folha de caderno amarelada que ele tinha entre os seus papéis, aí me mandou. Não tem data, mas o Buraco é do início dos anos 80. E como reencontrei o Renato e ele continua fazendo músicas assim meio como o que se ouvia no Buraco, mandei a letra. Ele fez uma melodia linda demais e, como a gente tava de bobeira aqui na É, da Julia, que, aproveitando o ensejo, é quem vai lançar o Diário da Piscina, o Pedro fez esse vídeo que ficou maravilhoso, com essa torre que se desmancha  pra sempre na noite de São Paulo.

Vejam: