quinta-feira, julho 31, 2014



Tive de acordar cedíssimo, hoje, pra fazer os exames de sangue, que contribuem para o controle do nível de vírus HIV no sangue e para o controle dos estragos que os anti-retrovirais podem vir a fazer comigo, leit@r.
Daí, com o frio, estava preocupado de não conseguir acordar e tudo.
Por isso, meu sono foi espaçado.
Comecei a acordar na madrugada e olhava o relógio e tal.
Quando o relógio despertou, saltei da cama e, o leit@r sabe, foi horrível. No repente de estar de pé, pensei que estivesse passando mal. Eram os efeitos do Efavirens, não sei. Uma coisa fervilhando num lugar imaginário no centro do ser da carne, isso, assim, assim mesmo, indefinível.
Aí, fui meio zumbi pela casa.
Os movimentos da manhã não me despertavam, como de costume, nenhum frescor, nenhuma alvura.
Tinha aquela fervura no centro do ser da carne que me tonteava, mas eu tinha de sair de casa e ir fazer os exames.
Então, porque o Blog Azul é um diário e porque conto tudo aqui, depois de tantos anos sendo acompanhado de médicos, de exames, tendo de tomar os remédios, de esperar nas filas de consultório etc, pensei em voltar pra cama, minha vontade era voltar.
Tou legal disso.
Mas, não.
Fui.

quarta-feira, julho 30, 2014



Muito frio, mas bem agasalhado, em Nikity City.
A casinha de trás e embaixo, que morei por tantos anos com mamãe, foi ocupada, ontem. Assisti, de minha janela, ao Pessoal subindo as escadas com os móveis. Vi, quando eles – os móveis postos na sala - se ressaltaram sobre o novo piso que coloquei.
Eu disse pro Pedro:
- Não há como não acordar com esse piso que pus na casa. Ainda bem que nos quartos, coloquei marron e poderão dormir mais um pouco – e, aí, Pedro disse estar feliz com a nova configuração de minha comunidade-condomínio.
É que ali atrás, ficou pra uma mesma família, o Pessoal de Baixo e o Pessoal de Cima.
Eu também estou contente, leit@r.
Aos, poucos, tudo vai retomando o eixo, porque, você sabe, existe um eixo a que a força das coisas procura e ficamos confundidos, ficamos definitivamente sem saber, onde está a força, o motor de tudo. Onde está a força, leit@r? No eixo ou nas coisas que vão pra o eixo? Onde está o ovo? Onde está a galinha? Cadê o toucinho que estava aqui?
Ui.

terça-feira, julho 29, 2014



Sempre imaginei que, porque os amigos pensassem que eu não fosse escapar da foice do deus do inferno, numa última esperança, assim, num finalzinho de força, num último sinal, colocaram esse coral de anjos iniciando e terminando a música, como indicação, leit@r, de que meu lugar fosse o céu.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Vejam:

segunda-feira, julho 28, 2014

Tenho gostado demais das fotos que a Anye Devalone tem postado em seu perfil no facebook, leit@r. E vi que em algumas aparecem as minh'As Vizinhas de Trás", veja:

domingo, julho 27, 2014



Pedi ao Pedro que “closasse” essa casa, que avisto de minha nova janela, porque eu gostava de morar nela, leit@r. Os sonhos fluem de lá, veja, como de uma fonte.
Estou a, talvez, uns dez metros de quando morei com mamãe, na casa de trás e embaixo. Mas é como se eu estivesse em outro lugar, em outra Niterói, e, no dia frio de hoje, noutro país ha ha ha.
Vejam:

sexta-feira, julho 25, 2014



É incrível como não sei quando alguma coisa que faço cairá no gosto de quem vê.
Eu tinha feito a música “Meu Irmão”, que de algum modo, fala disso, leit@r, e naquela época, para minha alegria, alguns amigos colocaram a música em seus shows: Suely Mesquita num show intitulado Preta Pagã e Ilda Santiago, num show que fui ver no Rio de Janeiro.
Faz algum tempo, Pedro decidiu colocar a ‘Meu Irmão” no youtube. Armou um vídeo maneiro com fotos nossas e tal, sobre uma gravação antiga que tinha aqui, em fita cassete. E um João fez um único comentário pra música, lá no youtube.
Depois é que soube que o João do comentário é o João de BH, da Variável 5, por onde pensamos lançar a campanha de crowndfunding para o Poema Maldito.
Também, para minha alegria, João veio me visitar outro dia, ainda na casinha de trás e embaixo.
E sem que eu desse conta, ele estava fotografando leit@r!
Me mandou as fotos, vejam:






quinta-feira, julho 24, 2014



Eu gosto demais de pão requentado e de silêncio.
Eu adoro.
E o adorável silencioso leit@r sabe: o que há de comum entre as duas coisas é que vão crescendo, vão num movimento de preencher, talvez, explique melhor assim: o sabor do pão requentado com a manteiga amarelada, derretida, o sabor dele ingerido pelas glândulas, o que seja,  na língua, leit@r, e o movimento de imagens adentrando o silêncio, tudo muito sutil, uma frequência de espaço celestial, tudo microscópico dentro do tamanho tão grande de eternidade, também, cubos de gelo que se diminuem, transformando-se em limonada na jarra esverdeada.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

quarta-feira, julho 23, 2014



Era logo depois do almoço, quando voltei pra casa, ontem.

Esse sol de inverno é mais inclinado e as sombras, por isso, por trás das coisas, são maiores.

O portão estava entreaberto.

Logo na entrada, dei de cara com três cachorros de rua fazendo a sesta, ali, atrás do muro.

Tenho medo de cachorro, leit@r.

Estaquei.

Eu disse baixinho:

- Sai – e escancarei o portão, cheio de receio.

Levantaram-se um a um e foram saindo obedientes.

O último deles não tinha uma das pernas traseiras.

Fiquei com pena.

Fui.

terça-feira, julho 22, 2014



A parceira Kali C. me propôs fazer um show juntos, cru como tenho sido, voz e violão apenas. O leit@r sabe que isso faz muito sentido, porque estou prestes a explodir a bolha do disco “Poema Maldito”, que gravei nesse estilo mais heavy no Tomba Records, com Felipe Castro.
E, no domingo, tivemos um primeiro encontro para pensarmos o bichano.
E, leit@r, colocar-se no mesmo compasso de outro, pra gente que é humano, de início, exige treino, você sabe.
Depois, será natural como estar no leito de dois rios que se encontraram.
É certo que eu e Kali mostramos nossas músicas, um ao outro, pelo correr dos anos, como coisa natural. Mas mostrá-las juntos, engrossar o caldo, na mesma força e ritmo do correr das pedras, é diferente.
Estamos animados!
Fui.                
                                Foto feita por Rafael Saar

segunda-feira, julho 21, 2014



Antes que eu entregasse a casa onde morei com mamãe à imobiliária, Rafael Saar e Pedro Paz vieram para fazermos umas músicas na casa vazia. Não sabemos muito bem como usar o que colhemos, pois o leit@r sabe, é um processo.
E quando perguntei ao Rafael sobre o que ele pensava fazer, ele disse:
- Ainda não sei...
Pedro fez o making of.
E escolhi três fotos de que gostei muito, pra mostrar:



sexta-feira, julho 18, 2014



Então, eu não conseguia estar sozinho, quando fechava a porta e janelas. Tinha sempre a cabeça invadida de um burburinho nojento, de que eu não gostava. Uma energia pouco fluida, pesada, dos Vizinhos de Trás.
Ari está arrumando a casa pra entregar na imobiliária.
Não vejo a hora.
Fui.

quinta-feira, julho 17, 2014



Acordei mais cedo que de costume, mas, logo depois do café, me perdi por dentro e paralisei. Há movimento em torno e devo me deixar puxar pra ele, porque em mim, não há.
Fui.

quarta-feira, julho 16, 2014



Olhando paralizado para meu novo apezinho, enquanto resolvo a burocracia de entregar a casa de trás, onde morei por muitos e muitos anos.
Eu disse pra minha Ex-Vizinha de Janela, quando ela me perguntou se já tinha ajeitado as coisas aqui:
- Preciso olhar as coisas, ficar olhando, pra conseguir decidir o que fazer... como reorganizá-las no espaço da casa nova. Eu sei que há o risco de eu nada fazer, de ficar contemplando pra sempre as coisas atravancadas pelo chão. Sou lento.
- Quando estiver pronto, quero ver – ela disse.
Fui.

terça-feira, julho 15, 2014

Dia muito lindo de inverno entrando pra meu apartamento.

Continuo com todos os meus Vizinhos, agora, modificadas as posições. Me reorganizei no mesmo lugar, leit@r, e ganhei visão, me aprumei. A casa onde eu morava, ficou atrás de mim e embaixo. Minha Vizinha de Janela é minha Vizinha de Baixo, agora.

Ganhei noção de onde estou, no centro do vale.

Meu novo apezinho ganha muito espaço, que entra pelas janelas. Ganhei muito céu, tenho visão das casas que sobem pelo final da rua, do arvoredo que desce o encontro dos morros, embaixo das nuvens iluminadas. Tudo muito lindo.

Pedro tirou uma foto noturna.

Veja:


Um Cinema Orly para Ouro Preto:

sexta-feira, julho 11, 2014



Restaurando mais uma de minhas canções antigas, uma parceria com Suely Mesquita, Frankenstein.

Frankenstein – luís capucho/Suely Mesquita

Espalhados na memória restos de dia, cacos
No futuro não se juntam mais pedaços
Quebro a cabeça e não alcanço
Sou tranquila
Guardo imagens absurdas sem traí-las
Centralizo sangue, sugo pedaços
Superponho inventando novo ser
Frankenstein me inspira.

Obs: minha restauração não deixou a música, outra vez, límpida, cristalina, como nova. Mas é a Frankenstein perfeita, com todas as suas emendas de corpo recauchutado.
Fui.


quinta-feira, julho 10, 2014



Frio.
A casa toda revirada esperando pra ser levada pro terceiro andar.
Eu sei que fui eu quem desencadeou o movimento inteiro de subir, mas, agora, ele tem uma estranha autonomia e não é mais meu. Vou no fluxo, de carona nele. Estranho. Em sua autonomia, há muito de obscuro pra mim. Por exemplo, se fosse um movimento meu, claro, iria agora mesmo levando algumas coisas lá pra cima, porque já está vazio e poderia. Mas quando iniciei a mover as coisas pra subir, foram desmoronando coisas grudadas nelas, leit@r, de que não tinha me dado conta, massa, peso, volume, forma, conteúdo, perspectiva, profundidade, altura, medida, sobras, sombras, sombras, sombras, tudo.
Paralisia.
Fui.

quarta-feira, julho 09, 2014



Encontrei na internet uma estatística sobre um dos lugares morados por mim, na infância. Como Marapé, o Varjão da Aurora é um lugar mítico meu, misturado ao sonho, se liga. Tem a mesma substância de um texto, de gosma de girinos, de ritmo e calor de respiração, de pedra gigante, essas coisas, assim, urubus planando.

Veja:

Comunidade Varjao da Aurora, Alegre - ES

Distrito: ALEGRE Subdistrito: ALEGRE
CEPs encontrados: 29500000
Total de endereços encontrados: 4  
Domicílios particulares: 4  
Quantidade estimada de moradores nesse logradouro: 13
  Rendimento médio estimado de moradores nesse logradouro: R$ 401,63


terça-feira, julho 08, 2014

Manhã friorenta em Nikity City.
Minha casa, como o leit@r sabe, mal comecei a tentar ajeitar as coisas reviradas pelo assentamento do novo piso, vagou um apartamento no terceiro andar. E, aí, tudo se revirou outra vez acondicionado nas caixas de papelão, para levar lá pra cima.
O leit@r pode não entender o que sinto, uma falta de certeza absoluta, porque o movimento de se mudar é meu, mas as circunstâncias todas pra que eu me movimente, pra que eu dê os meus passos, precisam ser armadas, mas não por mim, quer dizer, o caminho por onde vou não é meu, leit@r, eu apenas vou andar por ele, ta ligado?
Fico tentando dizer pra o meu entorno o que é preciso pra eu andar, mas neguinho anda tão encafifado, cada qual na suas próprias questões, que a impressão é a de que ninguém ta prestando atenção que vou passar.
Eu sei que não sou um trator, por isso fico angustiado. Se eu fosse um trator, ligava o Foda-se!
Fui.

segunda-feira, julho 07, 2014



De manhã, fico um tempo diante do computer percorrendo as páginas para as quais vou sendo seduzido, até que o meu primeiro fôlego de atenção desapareça. E, aí, leit@r, para um segundo movimento, acho que estou situado no dia e começo.
Penso que deva ser assim também, para os amigos que curtam olhar as páginas do jornal, pela manhã.
Então, antes de qualquer ação, um panorama dos acontecimentos, que dê uma direção, que ache um eixo.
Eu sei, que percorrendo as páginas como percorro, ao léo, pela manhã, o meu eixo fica um tanto deslocado ou, ao menos, minha sensação é a de deslocamento, tipo, o eixo é meu e coloco ele onde eu quero e posso e dá.
O gosto é pela sensação de que eu não saiba do rumo pra onde tudo esteja a ir. A sensação é de esmo, de ermo, quer dizer, sem direção e sozinho, ao acaso.
A sensação é a de ter escolhido nenhuma das opções, ta ligado, silencioso leit@r?
Mas parece que isso é viagem minha.
Fui.

sábado, julho 05, 2014

Tenho acompanhado com o Pedro aos jogos da seleção brasileira nessa copa, leit@r.

Sou um espectador silencioso, e, vez ou outra, faço comentários sobre o que acho que Pedro não viu. Mas ele viu.

Talvez, porque eu não seja um espectador de futebol fora da copa, tem umas jogadas que não entendo direito, não consigo enxergar as bichanas. Quando vejo, elas já estão finalizadas e o jogo já está lá na frente.

Então, os jogos são fantasia, os jogadores vão tecendo ali no campo a partida, como quem fizesse ficção.

Aí, eu disse pro Pedro:

- Engraçado, o jogo é uma brincadeira!

- Não, Luís! O jogo é sério! – ele disse e eu fiquei na dúvida.

Mas, agora, eu fiquei pensando. Se fosse sério, o jogador da Colômbia não teria de ser preso?

Fui.


Desmontando o armário 1 e 2:


sexta-feira, julho 04, 2014



Tumulto das coisas na casa, outra vez, entulhadas pelo cantos dos cômodos dela.
Estamos ajeitando tudo pra levar pro apartamento do terceiro andar, que como meu silencioso leit@r sabe, moro nos fundos de um prediozinho de três andares. Daí, que estou desmontando a casa pra levar pra lá.
Acho tudo impossível, levar coisas, subir os andares, o peso, mas estou indo no devagar do movimento. Pedro ajuda. Quando estiver tudo lá em cima, acredito.
Marquei com o Ari pro dia 12.
Aí, é a vez de arrumar aqui pra entregar pra imobiliária.
Fui.

quinta-feira, julho 03, 2014

Luís Capucho - Ponto Máximo


Ouvindo Ponto Máximo, com Juliana Martins.
A versão dela, com a banda toda no ritmo mais certo da
melodia, é a revelação mais perfeita da música pra mim. Então, voltei a tocar ela comigo só, voz e violão, ontem, aqui na sala, e, leit@r, você sabe, as músicas têm um amadurecimento. Como todas as coisas sujeitas ao tempo, elas se desenvolvem, vão se modificando, se acertando mais, entrando no próprio eixo e
tal.
Eu me lembro de ter encontrado essa letra na sala do
Sacramento, escrita à mão, num papel qualquer, e peguei. Tava lá, assim, como coisa por que não se deu nada e peguei. Talvez, fosse mesmo pra mim. Em casa, coloquei nos meus dois acordes. Foi pro meu disco Lua Singela com arranjo do Rodrigo Campello. 

Como a Mônica e com meu euísmo solto, eu também só falo de
mim.
Voltando ao Ponto Máximo, um dia, no Pedro, pedi ao Rafael
que me filmasse.
Adorei o ponto final que ele deu nela.
Vejam:

quarta-feira, julho 02, 2014



Ontem, encontrei um homem, assaltado em minha rua.
Ele estava chateado com a polícia que, segundo ele, não adianta de nada.
Também ontem ouvi minhas músicas “Ponto Máximo” – luís capucho/Marcos Sacramento - e “Eu quero ser sua mãe” – luís capucho – em versões pro novo disco de Juliana Martins a ser lançado pela Astronauta Discos.
Mesmo introspécto e, talvez, por isso, eu adoro demais cantar as minhas próprias músicas. Mas vê-las cantadas pelos cantores é especial, leit@r. Porque, aí, tenho a oportunidade de saber como é a música vista de fora, ta se ligando? Vejo seu funcionamento com mais distância e entro nela de um outro jeito.
Já ouvi outros compositores dizendo que não sentem o mesmo êxtase com suas próprias músicas que têm com músicas alheias. Ser cantado nos aproxima desse prazer, se liga.
Fui.

terça-feira, julho 01, 2014



Marapé ficou pra mim, como o meu lugar mítico, maravilhoso, leit@r.
Quando vim morar nessa rua, onde moro há mais de dez anos, reconheci na amendoeira da calçada, a aura das castanheiras de Marapé. E na casa abandonada, ao lado, reconheci a mesma tranquilidade do sol que envolvia as vendas que havia lá.
Depois, eu já disse aqui no Blog Azul, Marapé migrou para Paquetá e não existe mais em Marapé. Quando estivemos em Marapé, eu e Pedro, nem as pessoas restavam mais. Só havia o Pingüim e o Antoin. A Lolóia, coitada, era uma fraude de Lolóia. Mas mesmo só havia o Pingüim e o Antoin. Não vou me alongar sobre os outros que sumiram, pra o post não ficar enorme, porque, você sabe, leit@r, não curto posts longos.
E, eu já disse do baile funk que começou nas sextas-feiras de minha rua.
Não sei se já disse que imagino a polícia ter reprimido o bichano, que veio junto com a boca do Pessoal do Tráfico. Eu não sei, porque eu não entendo nada, tudo pra mim é como imaginação e não faz diferença. Por isso, talvez, o Baile Funk volte.
Na sexta-feira, o que eu ouvia na madrugada da rua, nos meus cochilos imensos, que naquela madrugada era como um ir saindo de um coma, o que eu ouvia era um batuque de macumba, que chegava até aqui vindo da Rua de Trás.
E no meu cochilo - que também não é em nada diferente de imaginação e que por isso também não sabe nada - a castanheira-amendoeira de Marapé, que vive na calçada ao lado da entrada para a comunidade-condomínio em que moro, era árvore daquela história que, em época de estudante, uma vez li num livro de antropologia:
Numa tribo africana em que a velha feiticeira estava para morrer, uma menina mais estranha foi identificada como a nova feiticeira. Essa menina gostava de fazer companhia às baleias que encalhavam na praia, gostava de de se acompanhar das árvores mais altas da savana, gostava de andar sozinha a esmo e tal.
Então, de meu cochilo, saltei sonâmbulo no chão da casa e fui até o potinho de sal grosso, que na arrumação da casa, descobri, deixado por mamãe, que ela tinha suas manhas, se liga.
Aí, abri a janela e joguei três pitadas de sal lá fora, na madrugada, no batuque da macumba, perto da árvore.
Era três horas, em ponto.
Alívio.
Sonho.
Dormi, outra vez.

Fora isso, veja As Vizinhas de Trás de mudança para Sampa, que Pedro ajeita: