segunda-feira, outubro 31, 2011

-Making Off- Releitura "A Rendeira"

Chuva!

Já vi um texto sobre leitura que se iniciava com a descrição de uma pintura de Renoir, “A Leitora”. Há dois dias, viajando na internet, vi uma outra pintura do holandês Vermeer, chamada “A Rendeira” que imediatamente me lembrou aquele e outros textos sobre leitura, por conta da idéia de que a escrita é um tecido que o bom leit@r vai tecendo e tal.

Aí, tinha esse vídeo no youtube:

sábado, outubro 29, 2011

Manhã deliciosa na comunidade, dia lindo de sol quente.

Da casa fechada ouço a animação. O comentário sobre os ratos, que ainda não foram eliminados. Parece que subiu um pela parede da casa de trás, ali...

Fui.

sexta-feira, outubro 28, 2011

Taruíra - Bolero de Ravel

Há mais ou menos dois dias tenho reparado que tenho companhia em minha casa. Como disse em outro post os ratos estão subindo pelas paredes do vizinho de baixo, da frente e de trás, quer dizer, eles estão por todo o lado, assim como os mosquitos, mas a minha companhia de uns dois dias, e ela aparece sempre à noite, meio que entre a sala e o quarto, é uma taruíra. Eu já tinha visto essa taruíra uma vez ou outra, mas penso que ela tem aparecido mais porque cresceu. Nas vezes em que a vi, era pequenininha e aparecia, muito de vez em quando, quando eu tirava alguma coisa do lugar, onde se escondia. Agora, ela ta grande e sem medo. E aparece mesmo que não goste de ser vista.

Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

quinta-feira, outubro 27, 2011

Fui bom, silenciosos leit@res, mas não deixei que Elias Canetti fosse com aquilo até o fim. Ainda assisti por um bom pedaço que Therese, às costas de Kien, subisse as escadas do prédio com a dura saia azul e vi as brigas com o porteiro e com Ficherle, e vi o tesão que ela tinha por Bruto, mas, depois disso, da bagunça incompreensível, resolvi dar um basta.

Abandonei a leitura!

Fui.

quarta-feira, outubro 26, 2011

Tenho ouvido, de minha casa fechada, que os ratos e mosquitos têm invadido as casas do vizinho de baixo e também do vizinho de trás. Sem mamãe, tenho sido como aquelas mulheres frígidas e sozinhas em casa, que não aparecem à porta ou janela, para um dedo de prosa na comunidade. Ou tenho sido como aqueles homens solteirões que trancam a porta e, quando saem, não olham para os lados. Ambos ligados, mulher frígida ou solteirão arredio, mosquitos e ratos não chegaram aqui, por enquanto.

O homem da prefeitura veio e inspecionou minhas plantas.

O vizinho da frente disse que os ratos estão pulando o muro da casa abandonada ao lado e subindo por suas paredes. Que são enormes.

A vizinha de trás também disse.

A de baixo disse que a prefeitura não faz nada.

Estranho...

terça-feira, outubro 25, 2011

A primeira música que fiz nessa nova versão de mim mesmo chama-se “Inferno” e tem letra de Marcos Sacramento. Tinha decidido que não conseguiria fazer mais música, mas desafiei essa possibilidade e quando consegui tirar um acorde do violão, fiz:

“Aqui é meu inferno, meu inferno, meu infernoooo

Seta no rabo

Aqui é meu inferno, meu inferno, meu infernoooo

Rabo arrastando

Aqui é meu inferno, meu inferno, meu infernoooo

Pobre diabo

Aqui é meu inferno, meu inferno, meu infernoooo

Meu rabo, meu lugar, meu infernooooo

Pobre rabo

Pobre inferno

Pobre de mim....

Pa pa pa pa pa pa pa pa pa pa pa....

Já faz tempo, criei uma conta no youtube, além da conta do Pedro, para colocar os vídeos que eu fizesse aqui, sozinho comigo mesmo, no esculacho e tal. E fiz um vídeo do Inferno e postei. Peguei na web umas fotos do fotógrafo americano Mapplethorpe e postei. O vídeo era muito visitado, por causa delas. E por causa delas recebi uma mensagem que meu vídeo tinha sido tirado do ar, ó:


segunda-feira, outubro 24, 2011

Andei sob a fresca das árvores da calçada até ao correio para postar um Cinema Orly vendido para São Paulo. O bairro está se modificando muito. A cada ponto, um novo arranha-céu em construção ou construído de pouco. O casario antigo das ruas, com as lembranças de antigamente, aos poucos, vai deixando de lembrar, de existir, vai ficando pra trás. Enquanto caminhava, vieram-me na cabeça aquela manchete de jornal que vi outro dia “jornalismo não é arte, é trabalho coletivo” e aquele ditado popular “uma andorinha sozinha, não faz verão”. Então, silencioso leit@r, fui até ao correio devaneando na confusão entre uma frase e outra, sem conclusão outra que não a de ter postado o Cinema Orly pra Sampa.

Fui.

sábado, outubro 22, 2011

Nós éramos menores que a escadinha

Dia frio e silêncio na minha comunidade.

Busquei na internet uma foto da Escola Estadual Professor Lellis, onde fui alfabetizado.

Fica em Alegre, ES.

Que emoção! Tinha sete anos e era 1969.

Ficávamos formados em fila, quando batia o sinal, para que nossa entrada no prédio fosse sem algazarra. Não me lembro direito, mas acho que cantávamos o hino nacional, antes que entrássemos.

Uma vez, numa data especial, a professora pediu que eu decorasse um texto. Decorei, aí, silencioso leit@r, ela colocou um ovo na minha mão e, naquela escadinha de entrada, diante da turma de alunos, eu declamei o que tinha decorado.

Que coisa!

Não tenho a menor idéia do motivo porque ela fez isso comigo...

Reformaram o bichano ( e aqui é que aparece a escadinha):

sexta-feira, outubro 21, 2011

Tenho frequentado a quitanda do outro quarteirão.

Não consegui parar com o café, mas depois que discuti com aquele senhor por não ter entendido que eu queria um quarto de queijo, deixei de frequentar o clima evangélico da quitanda da frente. Minha Vizinha de Janela disse que também não frequenta, que são muito antipáticos. Quer dizer, o mundo é dos comerciantes, mas tem jogo, silencioso leit@r.

quinta-feira, outubro 20, 2011

Eu tinha dito outro dia que não curto ler livros que me põem pra trabalhar.

Sou em leit@r passivo.

Gosto de estórias que tenham encadeamento e não seja um troço sem pé nem cabeça, porque sem pé nem cabeça, já basta eu mesmo.

Já sou caótico, dentro de mim, então, não gosto de estórias complexas demais, desordenadas, que me ponham pra descobrir sua lógica, cujo fluxo não me dê um sentido, assim, logo.

Sou sem sentido e as estórias devem me prometer algum, se liga, bom leit@r.

Mas, aí, ganhei um livro desses, um livro de que eu não gostaria.

E estou sendo conduzido no limite, é meio lá e meio cá.

De modo que estou indo, interessado.

Chama-se Auto-de- Fé, de Elias Canetti.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Na madrugada, numa hora em que, saído do sono, fiquei consciente de meu quarto, de minha casa e de meu bairro, achei que estivesse a ouvir barulho de chuva lá fora, mas não podia ter certeza, porque não era, assim, um temporal. Então, comecei a concentrar-me nos sons dos automóveis que passavam na rua e tentar ver pelos barulhos, se eles atravessavam poças d’água, se os barulhos dos pneus rodando na rua, eram barulhos úmidos. Mas, silencioso leit@r, não consegui perceber nada e não soube se chovia. E fiquei prestando atenção à penumbra do quarto e achei tudo tão lindo, mais lindo do que é o meu quarto pela manhã.

E dormi outra vez.

terça-feira, outubro 18, 2011

Fiz uma sopa de inhame para tomar no frio de ontem.

O meu bom leit@r poderia ter algum motivo para criticar meus velhos posts do Blog Azul, mas, se tivesse oportunidade, não teria nada que dizer de minha sopa!

Ficou ma-ra-vi-lho-sa!

Minha vizinha de janela ficou de me dar uma abóbora.

Para o frio de hoje, vai haver uma ma-ra-vi-lho-sa sopa de abóbora.

segunda-feira, outubro 17, 2011

Dia frio de chuvisco.

Do vizinho de baixo sobe um cheiro delicioso de peixe ensopado.

Me deu vontade de ir ao mercado São José comer peixe ensopado.

Pela manhã, sonhei com um dia de neve lá fora.

Deve ser muito bom comer um ensopado de peixe bem quentinho, com neve lá fora.

Fui...

sábado, outubro 15, 2011

Íncubos Luis Capucho

Me lembro que Sacramento morava no Valfredo e que eu morava em Papucaia.

Uma vez em que estive lá de visita, levei a idéia de música que eu tava fazendo, “Íncubos”. Então, terminamos de fazê-la na sala do Valfredo.

Quando pensamos em fazer o Lua Singela, não havia nenhum registro dela, só o registro da letra, no “Cinema Orly". Então, quis colócá-la.

Aí, Sacramento registrou pra mim, em grande estilo he he he.

Ontem, Helizeti, de Salvador, de BH, colocou no youtube.

Eu adorei:

sexta-feira, outubro 14, 2011

Ontem foi que me dei conta de que na terça-feira tinha colocado aqui no Blog Azul a letra d’O Sapo Principal incompleta. E consertei.

Os meus amigos de rapazinho e que não vejo há muito tempo, quando se encontram comigo, me perguntam por ela e, agora, bom leit@r, posso dizer, que a bichana esteja em restauração. Daqui a um tempo, terei quase um show de músicas recuperadas. Algumas mais, outras menos recuperadas, músicas mais ou menos de rapazinho... he he he.

Vejam:

1- Velha – luís capucho.

2- Ella – luís capucho/mario newman

3- Humilhante – luís capucho

4- O Camponês – luís capucho/marcos sacramento

5- Terça-feira - luís capucho/marcos sacramento

6- Cavalos – luís capucho

7- O Sapo principal - luís capucho/marcos sacramento

quinta-feira, outubro 13, 2011

Quando me deitei pra dormir, essa noite, pensei no café da manhã que eu faria muito parecido com o café de mamãe e, silencioso leit@r, achei que acordar, só por isso, já valeria, quer dizer, não consigo parar com o café, mas tenho feito um pote com menor quantidade.

Acordei na madrugada com um porco gritando ao longe e, aí, vi que aquilo tinha entrado no meu pesadelo.

G., de São Paulo, me mandou um link em que é citado o Cinema Orly:

http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/resources/anais/3/1308365658_ARQUIVO_ArtigoCONLAB-MarceloPerilo.pdf

terça-feira, outubro 11, 2011


Comecei a pegar outra das músicas de adolescente.
Naquela época, depois de uma única tentativa frustrada defazer músicas em sua varanda, Sacramento ía pra minha casa, onde trabalhávamosà sombra de mamãe.
Uma vez, ele chegou com uma letra que não sei por qualmotivo, não vingou em música.
E eu tinha gostado muito do verso do início, que era
“O prícipe cantava alegremente, o príncipe...”
E me lembro que a letra continuava dizendo que o príncipetinha se metido numa maçada e que essa palavra eu não conhecia.
Aí, depois que Sacramento foi embora, peguei o primeiroverso da letra e fiz outra coisa, a que Sacramento, no dia seguinte, além de meajudar a fazer a melodia, de ajustá-la à letra, intitulou tudo de O SapoPrincipal.
Ficou assim:

O Sapo Principal
(Luís capucho e Marcos Sacramento)

O príncipe cantava alegremente, o príncipe
Até que a bruxa o transformou em um saptchuru, tchuru,tchuru tchuru
Cantava perto do som do coachar dos saptchurus
E também ao som de um alaúde imperial
Mas mal sabia o coitadinho
De seu destino seu caminho
Que ao cair daquela tarde
Já era tarde pra voltar

E o palácio de seu império o príncipe imperial
Viu transformar-se num pântano verde de saptchurus
Que coachavam alegremente
Na noite linda com a lua
E o príncipe no fundo da lagoa
Tentava seu principado encontrar

A realidade é que o príncipe saptchuru, saptchuru príncipe era um príncipe sapo a coachar

Coachamentos, tristonhos mergulhos, os do príncipe sapo no fundo daquela lagos real

Achou brilhante brilhando um anel de brilhantes realmente imperial

Com o achamento do anel real o príncipe sapo passou

A lua tentando seu dono encontrar


E assim se passou a lua

E logo que raiou o dia

O príncipe viu que era um sapo

Com um anel pra entregar



E teve medo principalmente ficou tão triste que o prínipesapo começou a secar
Se pôs ao sol e naquela noite parou de respirar
O anel sobre o seu corpo
Brilhava de sol e de lua
Se coroava de luzes
De anel o príncipe morto

Enquanto isso do outro lado da lagoa
A linda nobre menina princesa se lembrou
Que seu anel de brilhantes
De seu dedo se perdeu

E teve medo principalmente ficou tão triste que a belaprincesa menina começou a secar
Se pôs ao sol e naquela noite parou de respirar
Sem anel sobre o seu corpo
Sem brilho de sol e sem lua
Sem coroa e sem luzes
Bela princesa acabou.


segunda-feira, outubro 10, 2011


Na casa fechada, vêm os barulhos dos passarinhos engaiolados do vizinho de baixo, que estão eufóricos. Também vêm barulhos de passarinhos de mais longe, barulhos de aviões passando, ônibus, telefones que tocam, quer dizer, bom leit@r, a segunda-feira, pela manhã, está a toda.
Será amanhã o show de Sacramento no Solar.
Estou bem contente, porque ele está de repertório novo, para o seu próximo CD, cujo título será “Um Carnaval” e vai cantar seus parceiros.
Vai cantar nossa parceria mais recente,  “X Tudo”.
Também vai cantar o samba que fiz pra ele,  “Cérebro Independente”.
Vai ser muito bom as músicas crescidas, com cantor e banda de verdade.
Amanhã.

sábado, outubro 08, 2011

Alfred Deller - Purcell - The Plaint from "The Faeries Queene"


Não sei porque, um dia, quando fui blogar e estava na “coxia” do Blog Azul com o texto já preparado para postar e não sei, devo ter cutucado sem querer em alguma coisa, porque apareceu um post muito antigo, de uma época em que o Shiraga veio aqui e deixou um recado: ele estava ouvindo uma música de um compositor inglês de nome Jonh Dowland na voz do Sting e pedia que eu procurasse, que era lindo.

Na época de seu comentário, não tinha visto, então fui procurar agora.

Parti para o youtube.

E, aí, silencioso leit@r desse meu quase sempre silencioso blog, hoje vai ter música, porque chegando à música indicada pelo Shiraga, fui abrindo caminho e de picada em picada, de link em link, cheguei a um cantor de nome Alfred Deller.

Ouçam a maravilha:
O let me weep, for ever weep,
My Eyes no more shall welcome Sleep;
I'll hide me from the sight of Day,
And sigh, and sigh my Soul away.
She's gone, she's gone, her loss deplore;
And I shall never see her more.

sexta-feira, outubro 07, 2011

Chegando do médico.
Fui atendido por um novo infectologista. Não tive que esperar muito.
Me senti bem com a troca.
Depois, fui almoçar na varanda do hospital.
Tinha umas mulheres na espera do almoço, quando cheguei.
Eram meio sem noção de privacidade, parecidas com aqueles transex da outra vez: falavam alto chamando atenção pra si, de modo que todos ficaram com os ouvidos à mercê de seus assuntos.
Falaram dos maridos, de sequestros, de assaltos, de drogas, de polícia...
Almocei e vim embora.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Além de cantar e compor, Marcos Sacramento é também amante da história da música brasileira e seus grandes personagens. Assim, vem se dedicando a montar espetáculos temáticos sempre atualizando e mantendo viva a obra de artistas como Noel Rosa, Cartola, Assis Valente e Pedro Caetano. São músicas que estão em sua memória afetiva, costuma ouvir em casa e faz questão de mostrar ao público.
Ao mesmo tempo, a arte de Sacramento pulsa moderna com os contemporâneos. Entre seus projetos mais recentes, fez a direção artística do novo CD do compositor Luís Capucho e gravou um álbum com 14 parcerias inéditas de Zé Paulo Becker e Paulo César Pinheiro, com previsão de lançamento para o final do ano.
Ao longo de 27 anos de carreira, mesmo estando fora das programações das rádios comerciais e da grande mídia, seu nome vem se consolidando como um dos grandes intérpretes da MPB. A grande divulgação de Marcos Sacramento nesse tempo vem sendo o famoso boca-a-boca, que o leva a cantar em todo o Brasil e na Europa, além de recentemente ter sido convidado para fazer parte das trilhas sonoras de novelas como “Insensato Coração”, das séries “As Cariocas” e “As Brasileiras” e, participado de duas edições do “Som Brasil”: Noel Rosa (2007) e Assis Valente (2011), esse último ao lado de Soraya Ravenle
No meio de tanta função, ainda acumula repertório autoral inédito, que será gravado em seu próximo CD e apresentado em primeira audição no show “Um Carnaval”, no Solar de Botafogo, com músicas compostas em parceria com Luís Capucho, Zé Paulo Becker, Luiz Flávio Alcofra, Moyseis Marques e Mauro Aguiar.
Sacramento estará no palco em companhia dos músicos: Luiz Flávio Alcofra – violão, Pedro Aune – contrabaixo e Bernardo Aguiar – percussão.
Serviço:
Marcos Sacramento – voz  (Luiz Flávio Alcofra – violão, Pedro Aune – contrabaixo e Bernardo Aguiar – percussão)
Local: Solar de Botafogo – Rua General Polidoro, 180 – Botafogo – Rio
11 de outubro, terça-feira, às 21h30
Tel: (21) 2543-5411
 – Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia entrada)
Formas de pagamento: Dinheiro e Visa Eletron (bilheteria aberta a partir das 16h)
Vendas pela internet: www.ingresso.com
Capacidade: 160 lugares; censura: 14 anos

terça-feira, outubro 04, 2011

Tem dias que meu café sai delicioso como o café de mamãe, tem dias que, não.

Não consegui parar com o café e não consegui deixar de ir ao mercadinho da frente. A última vez que fui, discuti e fiquei muito nervoso com o balconista. Depois, me arrependi de ter discutido e ficado nervoso, porque podia ter evitado.

A questão foi que pedi um quarto do queijo que vi na geladeira e o moço me deu 250 gramas. Quando eu disse que era pouco, o moço foi grosso:

- Mas você não sabe o que quer, não? Eu parti um quarto de queijo, um quarto de queijo é isso aí!

Então, silencioso leit@r, eu não sabia que um quarto de queijo, era um quarto de um quilo de queijo. E eu queria um quarto do queijo inteiro!

E eu fiquei puto, porque eu sabia o que queria.

Ele é que não sabia que na minha lógica, um quarto de queijo é um quarto do queijo inteiro e não de um quilo do queijo.

Moral da história: não vou mais lá...he he he.

segunda-feira, outubro 03, 2011

No Liceu, para recadastramento funcional:

... era pra ser com hora marcada, mas ficamos na fila para ser atendidos por ordem de chegada.

Adolescentes uniformizados passando pra lá e pra cá.

Nessa idade, as meninas são muito mais bonitas que os meninos.

Depois, os meninos ficam mais bonitos...

Uma aposentada, na fila, começou a encher o saco do rapaz que atendia.

Exigia ser atendida na hora marcada.

Tinha o tom de voz áspero e poderoso, de quem não admite a mudança do negócio e, aí, bom leit@r, todo mundo na fila, sentindo a sua viagem sem noção, desdenhou a coitada. O cara que atendia também não atendeu na hora que ela tava marcada, mas disse que ela entrasse na fila.

Ela entrou na fila...

As senhoras que chegaram primeiro, estavam sentadas em cadeiras escolares colocadas na meia porta aberta do corredor. Os adolescentes uniformizados, meninos e meninas, que passavam pra lá e pra cá esbarravam com estrondo na porta e as senhoras ficavam comentando a falta de educação.

Uma senhora disse:

- Os alunos de hoje, nessa escola, estão muito precoces – ela disse isso se referindo aos esbarrões que eles davam na meia-porta fechada.

Aí, veio uma adolescente e pediu licença para abrir a porta totalmente.

Abriu a porta e disse:

- Assim fica melhor para as senhoras esperarem, porque entra muito mais luz – e saiu para o pátio toda faceira.

Realmente, entrou muito mais luz. E eu gostei muito disso.

Depois, antes que eu fosse atendido, fiquei olhando pras senhoras e senhores da fila e vendo de quais pessoas eu tinha gostado.

E eu não gostei da maioria, silencioso leit@r.

Que coisa!

domingo, outubro 02, 2011

Diário da piscina:

2 de outubro de 2000

Dia lindo de sol. Melhorei minha pernada de peito. Quando cheguei, ainda na arquibancada, conversei um pouco com a filha do senhor da cadeira de rodas. Ele estava n’água com Lucio. Na piscina coberta, de luz artificial, sente-se o dia pela temperatura da atmosfera e pelo jeito dos nadadores.

Entrei na água e Lucio falou comigo, cumprimentando-me.

Nadei.

Soraia estava animada e chegou a senhora gorda de maiô preto para a fisioterapia. O senhor da cadeira de rodas tinha acabado e ido embora com sua filha. A senhora de maiô preto e Lucio começaram a andar de um canto a outro da piscina conversando baixinho, no tom dos namorados.

Noutro canto da piscina, a senhora de cadeira de rodas era atendida por sua fisioterapeuta.

Nadávamos apenas eu e Lino, que nada muito mais rápido que eu. É jovem e grande com pernada e braçada que valem mais que as minhas.

Fui o último a sair. Sem saber quanto nadei.

Ao sair do banheiro, habituei-me a beber um pouco d’água no bebedouro da academia, lugar onde, assim como no banheiro, é comum que eu me encontre com os deuses tranquilos. Eles vêm como animais saídos da floresta, cuidadosamente, matar a sede à luz da lagoa. O bebedouro, nos fundos da academia e à cabeceira da piscina, fica num vão mais abaixo, de modo que desço três degraus para alcançá-lo.

A nova zeladora, substituta do zelador casca-grossa, estava bebendo água. Sentindo-me descer os degraus da escadinha, torcendo-se, olhou e sorriu pra mim. Bebi água pensando em como ela era melhor que o zelador casca-grossa.

Não tinha o assombro de quando me deparo ali com um deus tranquilo.

Vim embora.

sábado, outubro 01, 2011

Não tenho resistido e, munido de meu novo recurso de registro, tenho feito minhas gravações das músicas que tenho recuperado. Registrei “Terça-feira”. Não domino bem o programa e fica um registro sujo, mas suficiente para o que quero.

A idéia é que daqui a um tempo, eu grave outra vez para ver o que consegui melhorar. Isso porque se ouvir quietinho parece ser mais objetivo do que se ouvir enquanto tocamos e cantamos.

Tive o ímpeto de repetir um videozinho no youtube com a nova versão, mas me contive e vou dar mais um tempo para firmar melhor a nova versão.

É foda, porque os recursos ficaram outros, mas a música é a mesma.

Então, muito no fundo, surge o desejo de que eu faça igual ao que era.

Acontece, que melhorar, agora, não é o mesmo que voltar ao que era, porque as condições atuais da música, pede uma outra direção, se liga, que papo é esse?

Fui.