terça-feira, outubro 31, 2006

Meu computer tá com problema. Serei breve.
Vou acender uma vela para Deus Sacana. Vou rezar pros Eguns. Pro capeta deixar de sacanear minhas coisas.
Falou!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Estou ouvindo uma rádio de Ribeirão Preto!
Apenas ouço rádios nos ônibus daqui, de Nikity, porque meus vizinhos, quando põe som alto, colocam disco. Os vizinhos de baixo, ouvem música brega e o pessoal que se mudou para a casinha dos fundos, ouve discos de boa MPB nos finais de semana em alto e bom som, enquanto fazem churrasco no quintal minúsculo e acimentado que tem a casinha.
Essa rádio de Ribeirão Preto, ouço através do Pedro. E tem músicas muito diferentes das que ouvimos em rádios por aqui. Isso é uma conclusão que tiro através das rádios que tenho ouvido nos ônibus que servem a minha rua, o 30.
Ribeirão Preto é outro mundo e meu bom
leit@r há de entender-me.
Dito isso, esse blogueiro que vos fala, vai na Dona Glorinha buscar um desentupidor, pois a minha privada entupiu. São os eguns que trabalham nela, o Deus Sacana, é o capeta!

domingo, outubro 29, 2006

Alguma pessoa começou a pintar flores nas bases de todos os postes enfileirados na longa extensão de minha rua. Meu vale agora, abaixo dos fios de eletricidade extensos, é um jardim florido. E sobre cada pintura estão palavras explicativas, caso não reconheçamos a flor. Assim, num poste está escrito sobre o desenho: copos de leite. Noutro: gerânios. Noutro: margaridas. Noutro: rosas. Noutro: botões de rosa. Noutro: Dália.
As flores já chegaram no poste na direção de minha casa. Que coisa, minha rua ficou maluca, bom leit@r, ela ficou maluca! E meu bairro mais legal!
É isso aí!

sábado, outubro 28, 2006

O Pedro fez, no Orkut, uma comunidade para o Cinema Orly e outra para o Lua Singela. Eu adorei, bom leit@r! Entrei na duas. E estreei os fóruns delas.
Vou colocar os links respectivos:
Cinema Orly
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=22693225

Lua Singela
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=22662472



As palavras, formando as idéias, dão onda, são poderosas fonte de poder. Por isso é que os escritores são seres mágicos, têm um halo estranho em torno do corpo. Quando ainda era estudante e vi a Lygia Fagundes Teles no corredor, foi impossível não pensar nas luzes em torno às múmias egípcias.
Algo parecido se dá, quando encontro Mathilda Kóvak ou aquela vez que vi o Zeca Baleiro. Não, que as múmias egípcias se aproximem de todo artista que vejo. Elas somente chegaram para anunciar a escritora Lígia Fagundes Teles, bom
leit@r. Mas é parecido, porque luzes estranhas e de outro mundo sempre se aproximam de Mathilda Kóvak. E na vez em que vi o Zeca Baleiro elas também vieram. Tudo parece ter sido apenas encantamento e viagem de uma pessoa comum, quando avistou-se com os artistas citados. E quando eu me encontrar, o que vai surgir, quem?

sexta-feira, outubro 27, 2006

Bernardo deu-me uma outra camiseta, hoje, quando fui nadar.
E eu fiquei explicando sobre as roupas com que devo ir a certos lugares e, agora, ao lembrar de nosso papo, estou lembrando outra coisa, porque na piscina, também combinei com a Thaís de lhe enviar músicas minhas por e-mail.
Conversando com o Bernardo sobre as roupas com que devo ir em alguns lugares, eu lhe falei sobre a Daspu, sobre o funk e eu senti outra vez aquilo que tenho sentido n’algumas vezes, quando sinto que a gente faz sempre uma viagem sozinho, porque o universo de coisas que nos passa pela cabeça é só nosso e por mais que a gente esteja afim e tente demonstrar como ele funciona e como ele se dá, pros outros, é foda, ta se ligando?
Então, se a gente ta precisando de alguém, a gente tem de aprender a se mostrar e fazer alguém entrar dentro de nossa cabeça e assistir às coisas que se passam nela, com simpatia.
Ou, então, se faz uma viagem solitária, assim, esquizofrênica, sem precisar dividir o que se passa conosco, agressivo, muito na nossa mesmo, ta se ligando, bom
leit@r?
Sobre as roupas com que devo ir a certos lugares, se não estou bem com a roupa, ou não tenho a roupa com que ir, então, não vou. Vou pra outro lugar.
Ou fico em casa sozinho!
Que merda!

quinta-feira, outubro 26, 2006

Quando estive em Curitiba, o senhor Mavinho fez pra mim um disco de mp3 que ele próprio intitulou “Divas”. Muitas músicas da Sade, que delícia!
Claudia me telefonou, ontem, pra combinar sobre o feriadão de Finados. Iremos ver Marilu, João, Ciro. E vamos conversar muito, porque meus amigos curtem isso, gostam de papear, que delícia!
Mamãe estava de mau humor e deitou mais cedo. Seu mal humor deveu-se ao fato de Rodrigo estar envolvido com a produção de sua festa funk, e não ter vindo pra nossa casa dormir.
Falei com Pedro antes de me deitar.
Temos muitos planos!
Ele é o Cara!

quarta-feira, outubro 25, 2006

O Pedro vai vir em Nikity em novembro!
Eu já estou feliz, porque penso nas coisas que podemos fazer juntos.
Não fico feliz pelas coisas, porque em Nikity City as coisas estão sempre as mesmas, acostumado que estou as suas maravilhas, mas pela presença do Pedro aqui, comigo, na minha cidade, então, se ligou, bom
leit@r?
Eu já estou mesmo olhando para ela com os olhos que terei quando de sua chegada.
O MAC visto em cheio da Praia das Flexas, com a pedra do Pão de Açúcar atrás, só faz sentido pra mim porque o Pedro vai chegar, vai estar a meu lado e quer conhecer o bichano.
Mamãe também está feliz, porque Pedro já conversou muito com ela no telefone e combinaram muitas coisas que fazer juntos.
Estou contando os dias!
Vejam:

Eu e Baiano no show da Sala Funarte Sidnei Miller. Foto tirada por Jorge Ferreira dia 23 de agosto de 2006.

terça-feira, outubro 24, 2006

Quando o Sergio, um terapeuta do Rio, esteve aqui em casa com o José, para comprar-me um Cinema Orly para seu paciente e outro para ele próprio, recebemos os dois na sala. Estávamos eu, mamãe e Zenilda. E ficamos os cinco na sala a conversar. Era a primeira conversa que tínhamos, conversa de quem nunca antes tinha se visto. Por isso, estávamos meio travados, eu precisava ir buscar o que dizer, estava sem graça, sem naturalidade, pela estranheza de estarmos juntos, nós e meus leitores, pela primeira vez.
Os meus
leit@res, estavam mais sem à vontade que nós, eu sentia, apesar de recepção amiga da gente, se liga.
Saí da sala e vim a meu quarto pegar os livros, quando ouvi mamãe dizer:
- Eu ajudei meu filho a escrever esse livro! – então, eu entrei, navamente, na sala e vi meus
leit@res olharem, sem entender, para mamãe. E ela continuou:
- Quando fulano de tal veio me dizer que Luís tinha escrito esse livro,
respondi: sim, eu ajudei ele a escrever. Claro, ajudei ele a escrever, sabe! Ajudei, porque é a vida!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Jack

Hoje foi dia de ir na jack!
Ela me disse que minha pressão é mais difícil de controlar que os vírus hiv. Que devo me preocupar mais em fazê-la ficar boa, e não ficar como eu fico: alheio.
Passou encaminhamento para um cardiologista e também um ortopedista, que possa ver minha dor lombar. Ela disse:
- Você sabe que tem ortopedista especializado para todos os ossos: os ossos das
pernas, outro pra os ossos da face, outro pra os ossos da coluna. Vou te encaminhar, tomara que consiga marcar – mas, bom
leit@r, não consegui. E consegui cardiologista apenas para janeiro. Ela disse que queria que eu controlasse minha pressão antes de reiniciarmos, em dezembro, o uso dos anti-retrovirais, os remédios que matam o vírus hiv. Mas não deu certo!

domingo, outubro 22, 2006

Algo Assim

A primeira parceria com Mathilda Kóvak foi Máquina de Escrever, sucesso com Pedro Luís e a Parede e depois com Patrícia Ahmaral. Ela me passou a letra por telefone, eu dei uma aparada e coloquei a melodia. Depois, quando tive o coma e saí do hospital com as sequelas motoras não pude mais fazer músicas. Mas podia fazer letras e, então, perguntei pra Mathilda se poderia colocar melodia em Algo Assim.
- Claro - ela disse.
Então, ela deu uma melhorada em minha letra e me devolveu Algo Assim, que primeiro foi cantada em show por Suzie Thompson, depois Luciana Pestano, a Tigra, e, agora, Lanna Rodrigues.
A letra fala desse estado em que saí do hospital, mudo, paralítico, chocado com a minha nova condição, abatido, porrado, pelo vírus da Aids, e, assim, todo fodido, não me senti derrotado, vejam:


Algo Assim(Mathilda Kóvak/Luís capucho)
Com isso eu era pra estarMagoado, deprimido

Com isso eu era pra estar
Chateado, enlouquecido
Eu era pra morrer enforcado
Tomar veneno, me jogar da ponte
Algo assim, algo assim
Mas não estou nada Luís
Estou mais Claudia, mais Lestat
Em meu juízo final, fui o único juiz
Eu resolvi me perdoar
Com isso eu fiquei um pouco Cazuza
Com isso me tornei um pouco Brás Cubas
Um pouco Indianna Jonnes
Um pouco Indianna Jonnes
Algo assim, algo assim
E quero roubar um pouco de dinheiro
E quero matar um pouco de inimigo
Quero amor, muito amor
Algo assim pra eternidade
Algo assim, algo assim
Algo assim

sábado, outubro 21, 2006

outro blog

meu outro blog melou, por isso acabo de criar esse a passei as mensagens que não apareceram lá, abaixo:


lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá


Minhas costas ainda não estão boas, por isso não fui fazer os meus exercícios cotidianos. Além disso, em Niterói está um dia de inverno, com chuvisco e céu pesado de nuvens. Por estar embrulhado nesse casulo, passei toda a manhã na cama e andei reparando nas minhas costas, em sua dor, para ver se lhe descobria o sentido.
Estou pensando que minha coluna esteja a se reajustar a minha nova postura, a um novo jeito de estar, porque eu, que estou para entrar nos meus 45 anos, não tenho mais a mesma postura dos inseguros 25.
E porque estou colocando minha coluna cervical, finalmente, a serviço de minha quantidade de tempo, ela dói. Ta se ligando, bom
leit@r?
Todo esse tempo que tenho vivido e que está a dar sentido a minha dor, na minha coluna, embaixo, na base, perto de minhas nádegas pequenas, é um tempo muito curto, espremido no pequeníssimo e concentrado fio de vida que tenho.
Um dia e pluft, escapulo.