Pra mim, é uma alegria muito grande ter a Ruth nessa lista.
Nos conhecemos, por conta da música, logo nos meus primeiros
shows pós-coma, em que já estava essa versão mais punk de mim mesmo. Desde,
então, ela esteve sempre próxima. E fizemos muitos shows juntos. Tem história.
Quando pedi pra me cantar, aceitou de pronto e, aí, está a
beleza.
Vejam:
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Poema a mil é a sétima apresentação do festival. É da mesma
época de O Camponês, que lizzy apresentou. É também, como O Camponês, uma
parceria minha com Marcos Sacramento, E que o próprio me deixa feliz demais por
cantá-la em especial para nós.
Acho que é uma marchinha, mas pode ser também abelha ou
qualquer coisa doce.
Vejam:
O Lucas Fidelis lançou um disco nesse ano em que, talvez,
tenha colocado uma de minhas parcerias com Kali C Conchinha ( A Masculinidade).
Não consegui acompanhar como isso andou, mas ele fez um registro de estúdio
muito lindo dessa música. Eu tou falando dele, porque quero colocá-lo nesse
festival com sua versão, voz e violão, para Mamãe me adora, que ele me deu já
há um tempo, mas que faz todo sentido, aqui.
A Mamãe me adora está no Antigo, e ela é mesmo muito velha,
quer dizer, nem tanto assim, é dos anos 90. E foi o motivo de num jornal eu ter
sido citado como o Jean Genet da MPB.
Lucas esculachou, vejam:
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Vocês verão agora que a Lizzy foi uma coisa linda, quando esteve aqui em casa e toquei pra que ela cantasse a música O Camponês (luís capucho/marcos sacramento). Enquanto que Pedro, com o cuidado dele, fez o vídeo que tou subindo aqui.
O Camponês é uma das muitas músicas que fiz em parceria com o Sacramento, no início dos anos 80, quando eu morava numa cabeça de porco no centro de Niterói. Essa época serviu de pano de fundo pra o meu livro Rato (Rocco/2007), mas no livro, diferente do que fiz no Cinema Orly (ficções de interlúdio/1999), não falei em música.
O Camponês está no meu disco Poema Maldito, de 2014, então, a gente vê que ela vai cabendo em muitas épocas e lugares. E cada vez vai ficando mais justa, vejam:
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Quando foi publicado o Cadernos de Música comigo com texto
do Rogério Skylab sobre a minha obra lítero-musical, eu disse a Ana Paula que pra
mim aconteciam coisas maravilhosas de tempos em tempos e que aquela publicação
era parte dessa lista de coisas. Dessa vez, a maravilha é esse Festivalíntimo e
vocês verão o como vai valer apenas conferir as maravilhas que ainda virão, dos
vídeos que postarei nos próximos dias.
E quero agradecer demais aos que me mandaram e que ainda mandarão
suas músicas escolhidas, agradecer ao Murilo que ta fazendo as capas dos vídeos
pra mim - o Murilo tem um projeto chamado RG: Murilo – então, faz sentido, se
liga, também no Pedro, que filma e faz a edição pra mim, dos que vêm me cantar
aqui em casa. Isso são os que estão mais próximos, mas tem muita gente ligada e
quero agradecer a conexão.
Pra quem perdeu algum dos vídeos, aqui estão os primeiros da
lista, que o youtube faz pra gente:
#festivalintimo
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https://www.youtube.com/channel/UCadM7zbVb-HfOgv_9uaP3Rg
https://www.youtube.com/playlist?list=PLgKrU4qrSULpv5tCJgukIDForXlixbfAK
Quando eu pedi um pequeno texto de apresentação para o
Walter, ele disse: um bobo mais alegre do que triste. É isso, mas Walter é um
amigo que mora em Nova York e quando vem ao Rio de Janeiro, numa de suas saídas
em que parou numa livraria, começou a folhear o meu recém-publicado Cinema
Orly. Daí, me achou no Orkut e somos amigos.
Ficou muito linda a sua versão, feita em cima de um vídeo de
show que fizemos, eu e Paulo Baiano, na sala Baden Powell, em Copacabana. Foi
um show no conjunto de comemorações das conquistas LGBTs, na cidade. Isso foi
em 2009.
No fim, o Walter sopra e ficou um misto de soprar pra curar
e acalmar a gente na música e soprar para aliviar-se a si mesmo, que estava no
lugar incomum dela, quer dizer, no mesmo tom que eu.
Ta muito lindo esse #festivalintimo. Venha e participe dessa
loucura, loucura!
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Vejam:
Chamei de Florão da América à playlist desse festival íntimo/particular.
Acho bonito esse nome, uma coisa que ilumina e se expande, uma coisa que é uma jóia da natureza, uma beleza, um estouro, assim mesmo como é o Pedro. E o vídeo-mimo que ele me deu.
Ele escolheu a música Savannah,
parceria com Suely Mesquita e que tá no meu disco Antigo. Também está no Cinema
Orly e tem como música-irmã a Cinema Íris.
Participe você também desse Festival Íntimo. Curta o meu
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Vejam:
O segundo do mimos para esse festival recebi do Paulo Ohana,
que acabou de lançar o videoclipe/single da música "Caminho Caminho",
uma das dez faixas de seu álbum inédito "O que aprendi com os
homens", que tem lançamento previsto para outubro.
É a minha música que mais tocou no rádio, em parceria com
Mathilda Kóvak.
E tocou entre o fim dos anos 90 e o início dos 2000, com
Pedro Luís e a Parede. Uma lindeza o jeito do Paulo tocar e cantar, mais
parecido com o meu jeito, no Antigo, porque ele faz a letra inteira sem
intervalo entre os versos.
Vejam:
Como disse, quero dar um movimento no meu canal de youtube,
onde mantenho listado os meus discos pra quem queira conhecer ou ouvir. Então,
tou convidando/ pedindo a quem conhece minha música, se pode me cantar num vídeo
assim a modo de um retrato, pra que eu suba lá.
Recebi quase 20 vídeos e vou começar a subir um por vez pra
dar tempo de receber os outros, que me estão prometidos. Pra um autor, isso que
estou fazendo, que é assim um lamber de cria, é a coisa mais linda e os vídeos me
fazem chorar. Embora, às vezes, me passe o pensamento de que não deveria pedir,
porque fico achando que estou querendo muito mimo.
Mas, pronto, eu os assumo!
O primeiro deles, mais ou menos na ordem em que os recebi, é
do Marcelo, um rapaz de SP, que me surpreendeu e presenteou com sua versão de eu quero ser
sua mãe.
O Festival Íntimo começou:
(se inscrevam no canal, pra que recebam as próximas surpreendentes
notificações)
Tou fazendo uma playlist no meu canal de youtube com as
cifras de algumas das músicas que fiz. Um bom violeiro há de tocar bem melhor
que eu, mas é pra ter uma ideia, ao menos, de como a música surgiu no original,
no seu esqueleto sem carne, mas vivíssimo...rs.
Fora isso, dos vídeos que pedi, pra que vocês me cantassem
assim num formato 3x4, recebi até agora 22 deles. Estou ansioso e está na hora
de começar a publicá-los, embora haja quem tenha dito que ainda irá me cantar.
Publicarei um a um e, aí, vou montando essa outra playlist, enquanto, ainda vou
recebendo os que faltarem.
Mas vejam essa, pra me cantar em casa:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLgKrU4qrSULqyF4E9r_Od0r02nTuEh0Xc
Eu gosto muito de cantar as músicas que faço muitas vezes
pra eu ir encontrando-as cada vez mais. Acho que isso tem a ver, mas, ao mesmo
tempo, um contraposto, com o que estive pensando nessa semana de pessoas que
não alcançam o que a gente diz, porque estão muito dentro delas mesmas.
E voltando ao que estou tentando dizer, o que me dá a
sensação de que não estou conseguindo dizer, é que gosto muito de cantar muitas
vezes minhas músicas pra cada vez mais ir chegando nelas. Por que com a repetição
elas vão se polindo e vão chegando cada vez mais, se encaixando no que elas são
de verdade.
E, aí, é que nessa minha proposta de que os amigos me
cantem, ao ver os vídeos deles, vou vendo que isso também é uma forma de
aperfeiçoá-las. Eu tou aprendendo um monte e descobrindo modos de fazê-las mais
bonitas a partir do aperfeiçoamento que é outra pessoa te cantar. Que beleza!
Recebi 15 vídeos até agora. Quem ta faltando?
Continuando a falar do centro de força, que em última
instância vem do sol, vem da luz, vem do calor, e ainda falando de sua mudança
de lugar para a árvore e para o bicho, faz um tempo, sentado no banco do
ônibus, sentado em minha cadeira acolchoada, antiga, de cozinha, mas que aqui no
meu apezinho fica na sala, por ser a cozinha pequena ou, ainda, pensando ao
subir a escada, no subir dela, também tenho pensado que o fato de o meu corpo
ter ficado com as sequelas, o fato de ter havido no meu corpo, desconexão entre
carne e nervos, isso, à medida que fui estabelecendo outra vez conexão e
harmonizando os movimentos, automatizou um ar parado, um olho fixo, automatizou
um limite de corpo, eu não giro mais, eu não pulo, eu não saio correndo de
alegria.
Isso que disse no parágrafo acima é uma introdução para onde
estou. Quero desenvolver isso. Todas as palavras têm a direção de entrar e sair
do meu mundo ao mesmo tempo, atmosfera em torno à terra, desenvolvendo-se no
azul, na luz, no ar.
Não sei ao certo, mas tenho a impressão de já ter escrito
aqui no blog sobre estar acordado e isso ser sempre uma irradiação de energia,
que no meu corpo e no seu corpo se irradia de um mesmo centro, num ou noutro
corpo, o centro de onde ela vem a energia é o mesmo. E que, eu estava achando
que vinha sempre do sexo, mas já faz um tempo que alguém me disse que não, que
vinha do umbigo.
Também tenho pensado que podemos mudar esse centro de lugar
com a nossa força, mas que é melhor deixa-lo onde está mesmo, no sexo, no
umbigo, ou num lugar entre os dois. Por exemplo, onde está o centro de força de
meu primo Gil, está na mesma posição ou ele mudou seu centro de força de lugar?
Foi pra lombar, está no pescoço? Onde fraqueja, onde dói?
Hoje, eu tive um sonho. Sonhei que estava mostrando à Leda os
meus canteiros. Eles ficavam de um lado e outro do caminho que passava em
frente a minha casa. Era uma casinha e tinha uns arbustos num canteiro mais
colado a ela que eu disse pra Leda:
- Esses ficarão lindos, são rosas!
E tinha um outro canteiro mais afastado, à direita da casa e
que ficava do outro lado do caminho, a casa de um lado do caminho e esse
canteiro do outro lado. Também falei algo sobre esse canteiro, mas não me
lembro o quê.
Obs: acho que esse sonho tem a ver com esse projeto dos
amigos me cantando.
