sexta-feira, dezembro 11, 2015

Leonardo Giordano
34 min
CÂMARA APROVA HOMENAGEM AO ESCRITOR E COMPOSITOR LUÍS CAPUCHO
Há quase 20 anos, Luís Capucho teve a carreira de músico interrompida numa tragédia que poderia ter encerrado uma brilhante carreira. Mas dela, surgiram romances que abordam temas que não se pode calar. A importância da vida literária de Capucho é relevante na luta por identidade e direitos da população LGBT. Emoticon heart Saiba mais:http://bit.ly/1NZUdq2

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Meu Bem luís capucho Cine Jóia

Esse ano, a gente mostrou muitas vezes o Poema Maldito, ao
vivo.
Esse é o disco, talvez, por conta de sua simplicidade - voz
e violão – em que senti mais o seu movimento. Eu sei que os outros – o Lua
Singela, o Cinema íris, o Antigo – se movimentaram muito também, mas, não sei, embora
soubesse, não sentia o movimento deles.
Sei também que esse movimento de que falo e que sinto agora,
se deva ao que os outros, os disco anteriores, se movimentaram sem eu saber. Quer
dizer, boníssimo leit@r, não somente os discos anteriores, mas também os livros
Cinema Orly, Rato e  Mamãe me adora,
sinto que dão potência a esses shows. É como se os shows fossem a concentração
de todos esses trabalhos de arte que tenho feito e que a partir de agora têm
suas forças, suas energias - cada uma delas um capítulo - filtrando-se, decantando-se
no tótem Poema Maldito, com que o artista Alan Lanzé nos presenteou.
Isso sem falar no Felipe Castro, no Rafael Saar e no Pedro
Paz, também, capítulos à parte.


Fui.

sábado, dezembro 05, 2015

Cine Jóia Camponês

O Camponês é de quando eu morava com mamãe numa cabeça de
porco no centro de Niterói. Eu fiz um registro parcial desse tempo em meu livro
Rato, se não me engano publicado em 2007, pela Editora Rocco. Também tenho
engavetadas um registro grande de canções que fiz ali, grande parte delas em
parceria com Marcos Sacramento, como é o caso d’O Camponês. Mamãe, ao nosso
redor em sua lida, a que não dávamos importância, estava muito ligada na gente,
mas também não nos dava atenção, quer dizer, bom leit@r, ela tinha mais o que
fazer, se liga. Esse baixo que Felipe fez, que sombreia ao redor de meus
acordes, cama da melodia, me lembra a mim mesmo, de como fiquei ao redor do
corpo de mamae morta, no Mamãe me adora.


Fui.

sexta-feira, dezembro 04, 2015

Luís Capucho Cine Jóia Mais Uma Canção do Sábado

Essa música “Mais uma Canção do Sábado” é um presente de
letra que o Alexandre Magno me deu, a partir d’A Música do Sábado, minha música
com Kali C. e que gravei no disco Cinema Íris.
Tenho sorte, bom leit@r, de ser presenteado com letras que
têm a ver com o meu universo poético, desde Fonemas, letra que Marcos
Sacramento me deu para o Lua Singela até a letra da música-título do Poema
Maldito, presente do Tive, meu amigo espanhol.
O Sacramento é meu amigo de perto e é com naturalidade que a
gente faz as nossas parcerias, porque a gente pôde ou pode viver muita coisa
juntos e tudo. E é um orgulho pra mim, poder partilhar assim a emoção da gente
em algo que vai ainda ser partilhado depois, bom leit@r, pelos que por ventura
vierem a conhecer e curtir nosso trabalho. Mas também, partilhar minhas músicas
com esses amigos distantes é lindo demais  – o Alexandre Magno é de Franca e o Tive é de
Betxi - com universos tão diferentes, com outras estórias e tal... por exemplo,
o Tive atravessou o oceano da língua pra dar aqui, em mim, leit@r. Tudo foda!
Tudo do caralho! Da buceta!
Vejam]

quinta-feira, dezembro 03, 2015

Show Poema Maldito Cine Jóia Luís Capucho

A Máquina de Escrever, música que fiz com letra que Mathilda
me passou por telefone, está no meu disco Lua Singela e foi gravada por Pedro
Luís e a Parede, além de Patrícia Ahmaral, mineira de BH. A versão mais legal
dela, além da original, do meu disco Antigo, é a versão que Mathilda fez pro
disco dela – A Evolução de Minha Espécie. Mas eu gosto muito dessa versão que
consigo tocar agora, com o baixo do Felipe. Eu sinto que a música andou, que
ela foi encontrando um lugar mais no seu eixo, leit@r, e que a despeito de
alguns “erros” meus, ela continua na direção de seu próprio centro, como se à
medida que a gente fosse executando ela mais se voltasse pra dentro dela mesma,
como uma serpente que fosse acertando o seu caminho, na sinuosidade do próprio
corpo, ta se ligando, boníssimo leit@r?
Ficou muito legal essa junção Poema Maldito, comigo na voz e
violão, Felipe Castro no baixo, Rafael Saar nas projeções e Pedro Paz no
celular:
Vejam:


quarta-feira, dezembro 02, 2015

Bolo - Luís Capucho - Cine Jóia

O show Poema Maldito no Cine Jóia foi lindo desde quando saí
de casa, com aquela chuvinha peneirada, romântica, de hotelzinho barato em
beira de rodoviária. O Pedro filmou várias músicas e vou começar mostrando essa
música que nem é do disco, mas é do show. É a primeira parceria que tenho com
Felipe Castro, que tornou-se tão Poema Maldito como tudo o mais. Como o Rafael
Saar que fez as projeções e como Pedro Paz, que filmou a gente.
O show foi o último do ano e de presente o artista Alan
Lanzé, nos levou um tótem Poema Maldito, que achei lindo demais por juntar-se a
nós, o tótem e o Alan. Ele tem a mesma onda da minha camisa de fazer shows e a
gente vai poder ir modificando ele, à medida que os shows forem se passando. Entusiasmo!
O silencioso leit@r pode vê-lo entre eu e Felipe, no chão do
show!
Eu tinha sugerido ao Rafael que projetasse uma mulher nua,
quando tocássemos a Bolo. Mas ele, sem que soubéssemos, projetou esse homem
magro e lindo, de pauzão, dançando. E eu achei que ficou muito mais lindo.
O silencioso leit@r sabe, o Poema Maldito é nóis. E nóis é
assim, vejam:
Bolo
(luís capucho/Felipe Castro)
Eu tenho a alma nua
uma intuição de que eu sou um bolo
um bolo lindo que te aguarda esperando, acordado, inventado,
morto
pra morrer aqui, eu morri, agora
nas suas mãos de destino, nos movimentos delas quando
escrevem
pelo avesso, todo virado, todo errado, todo torto
escorreguei entre os dedos
eu sou um bolo quentinho
eu sou um bolo e vou te provocar
eu sou um bolo, tou te esperando


um bolo um bolo um bolo um bolo um bolo...

segunda-feira, novembro 30, 2015

POEMA MALDITO
luís capucho
+felipe castro
e projeções de
rafael saar.

30/11 SEGUNDA-FEIRA
CINE JOIA
$25,00 na hora
$20,00 lista amiga

///
O Poema Maldito, novo trabalho de Luís Capucho, imerge.
A estória viva percorrida perambulante por cinemas como o Íris e o Orly, num mergulho sublime, volta agora por estes caminhos.
Subindo ao palco, subindo à tela, o Cine Jóia é o novo lar nessa noite densa de segunda-feira.
Tocaremos eletrizados, e iluminados pelas tocantes imagens de Rafael Saar.

Imergindo: adentrando; afundando; banhando; introduzindo; mergulhando; metendo; penetrando; submergindo.
Imergir: v.t.d. v.i e v.pron. Afundar; mergulhar em um líquido: o nadador imergiu durante alguns minutos; depois de minutos o terreno imergiu; imergiu-se no oceano.
Lançar;-se; fazer continuar ou permanecer imerso.
v.t.i e v.pron. Adentrar; introduzir em algum local ou em alguma coisa.
v.pron. Figurado. Tornar-se invisível; desaparecer-se.



domingo, novembro 29, 2015

Amanhã, apresentaremos o Poema Maldito, ao vivo, no Cine Jóia, em Copacabana.
Será o mesmo show que viemos durante esse ano apresentando, eu e Felipe Castro. Silencioso leit@r, convidei o cineasta Rafael Saar e ele topou projetar, durante as músicas, imagens na tela.
Além disso, porque é um cinema, iremos tocar a Cinema Íris e a Cinema Orly, que é uma música que nunca apresentamos antes, a não ser sua letra, parte da narrativa do livro Cinema Orly.
Estão todos convidados.

Será o nosso prazer!

sábado, novembro 28, 2015

Cinema Íris - luís capucho

Foi uma doideira sair ontem do centro do Rio, de madrugada,
cheio de instrumentos, procurando o lugar onde estavam passando os ônibus pra
Niterói. A gente passou por muita gente doida, ali, nas imediações da Central,
grupos de gente doida e a população de rua dá muita dó, leit@r, esmagada no
chão das calçadas, procura ficar no movimento iluminado das estações, onde
tenha mais pessoas e onde se sinta mais protegida e tudo. À noite, o centro da
cidade é mais imponente, iluminado com a luz mais baixa das lâmpadas elétricas,
os prédios ganham grandeza e eu tava curtindo o caminho, depois de, com Felipe
e Pedro, apresentar o nosso Poema Maldito, ao vivo, e depois de ter visto o
show muito lindo do Bruno Cosentino com o Exército de Bebês, ladrilhados pela
luz muito especial da Cristina Amazonas.
Eu tinha visto esse show do Bruno, no Cine Jóia, em
Copacabana, onde também nos apresentaremos na segunda-feira, com o Poema
Maldito e projeções do cineasta Rafael Saar. Mas no Escritório, a luz da
Cristina ficou mais legal pra mim, pude ver melhor, sei lá, onde eu estava que
não me dei conta na primeira vez. Ou, sei lá, onde eu estava ontem que me dei
conta dos ladrilhos ladrilhando a cara do Bruno, a cara dos meninos do
Exército, coloridos, iluminados, cheios de fantasia.
Pedro filmou no celular um pouquinho da Cinema Íris.
Vejam:






sexta-feira, novembro 27, 2015

Então, a gente vai apresentar hoje o Poema Maldito, ao vivo, na Rua da Constituição, 64 - CENTRO/RJ, no Escritório, na Lapa do Rio, com Bruno Cosentino. Conto a estória aqui, de como ele deu um start na minha camisa de fazer show:
No Cine Jóia, onde nos apresentaremos na segunda-feira, eu e Felipe Castro com projeções de Rafael Saar, ele aparece com o Exército de Bebês tocando Homens Flores, que fizemos eu e Marcos Sacramento:
Então, silencioso leit@r, é nóis hoje.
Tamo tudo junto:


quarta-feira, novembro 25, 2015

Alguém publicou essa foto no instagran on line. Estava escrito: ele fez no cinema. #capucho.
É isso silencioso leit@r, ele fez no cinema.

terça-feira, novembro 24, 2015

Há exatamente um ano atrás, no dia 24 de novembro de 2015, o Felipe publicava essa imagem em seu perfil com o título de nascimento do Poema Maldito. A imagem ficou como um registro, uma certidão, um marco da existência do bichano. De lá pra cá, muita água tem rolado de baixo de nossa ponte e, hoje, a gente faz um ensaio aqui no apezinho, portas abertas, pra os shows de 27, no Escritório, na Lapa, e show de 30, no Cine Jóia, em Copacabana.

Fui.

domingo, novembro 22, 2015

Depois da escama saída do corpo de Tritão – Ney Matogrosso no filme Peixe, de Rafael Saar - e que costuramos sobre o breve que mamãe me deixou, coloquei, como patente, num dos ombros, a escama de pirarucu, que Rafael me deu, em nosso último show Poema Maldito. Essa nova patente, conversa com a patente do show mais anterior, uma patente que Ruth Castro me deu, e que foi retirada de uma das roupas de Prince.
Então, silencioso leit@r, isso é complicado de explicar, porque vai sendo contada uma estória, à medida que novas coisas vão sendo coladas a ela, à camisa, assim, como se fosse uma cruz que eu levasse, ou uma árvore de natal he he he.
Tenho pensado, se minha camisa não se tornará uma caricatura idiota de um espírito idiota que visto ou se conseguiremos mantê-la como objeto sagrado, de culto, respeito, poder, ta ligado? Como se as coisas colocadas nela, se imbricassem de tal forma, que ficasse centradas nela, força e beleza, luz, e ela fosse uma espécie de brasão meu, de minha bandeira, meu selo, meu tótem.
O fato é que para o próximo show no Escritório, com Bruno Cosentino, Exército de Bebês e Felipe Castro, colocamos dourado sobre o branco da escama de pirarucu, para que os olhos postos sobre ela, possam correr para as franjas douradas do breve que mamãe me deixou e para a escama dourada de Tritão, que colocamos em seu centro.

Pedro tirou fotos, vejam:


sábado, novembro 21, 2015

Não sou um compositor, um artista fértil, assim, bom leit@r, se a minha cabeça e coração fossem parte da composição de um útero, não seriam o útero de uma matrona, uma potranca, que tivesse tido ou que prometesse ter uma fileira de filhos e tudo. Então, nunca sei, quando é que uma ideia e a emoção dessa ideia vão se incubar pra ser depois um novo trabalho, ta ligado? Tudo é meio acaso sem querer...
Daí que sempre penso nos artistas que desaparecem, de repente, ainda vivos e que ninguém mais sabe deles, por terem se tornado, definitivamente, estéreis e não alimentarem mais a expectativa de qualquer novidade em sua obra. E são esquecidos e tudo. No meu caso, ser esquecido antes mesmo de ter chegado ao lugar de onde possa ser lembrado, se liga...
E me lembro bem que Generosidade surgiu na mesma safra de músicas que vieram próximas a “A vida é livre”, música que incluímos no Lua Singela. Depois, quando fizemos o Cinema Íris, tentei incluí-la no CD, mas não rolou.
Então, essa música ficou para o Poema Maldito e gostei demais pra solução que, junto ao Felipe, demos nela, um papo reto.
Vejam:

sexta-feira, novembro 20, 2015

O Lua Singela é o primeiro disco que fizemos.
Eu tinha experimentado antes, com o Cinema orly, com a gravação de Cassia Eller de minha Maluca, no seu disco “Com você meu mundo ficaria completo”, com Máquina de Escrever – com Pedro Luís e a Parede – tocando no rádio e tudo, eu tinha já experimentado, antes do disco Lua Singela, esse lance de ter um trabalho meu circulando, assim, majoritariamente, entende leit@r, então, já tinha experimentado isso, de saber que alguém de quem nunca eu fosse ouvir falar, alguém de muito longe, pudesse se envolver com uma produção minha de um jeito profundo, muito íntimo, bem de pertinho, porque esses meus lances, que eu sei cheios de pensamento, têm uma carga de emoção muito grande dentro e, aí, eu sabia que neguinho iria entrar naquilo e fazer a viagem dele ali e tal.
Depois vieram os outros trabalhos, o Antigo, o Cinema Íris, o Mamãe me adora, Rato, d’As Vizinhas de trás... e a experiência de se saber escutado, lido, visto, mesmo que por um leque pequeno de gente, veio aumentando e, agora, com o Poema Maldito, sei que tem mais uma galera se chegando sem eu saber, e mesmo que eu não saiba, sinto a alegria disso, tão se ligando?
Eu tou falando assim, isso aqui, porque aqui é mesmo o escoadouro por onde essas coisas precisam ser ditas e porque sempre vai haver a oportunidade de um, que não tenha a menor ideia do que eu esteja falando, venha se deparar com um lance meu e curtir, ali, pertinho, aqui.
Aí, vou terminar o post com um link de um texto do fantástico Rogério Skylab sobre minha produção:

quinta-feira, novembro 19, 2015

Depois que eu tive a uveíte, durante a filmagem do Peixe, e que fiquei com baixa visão no olho esquerdo – finalmente a médica me explicou que fiquei com uma cicatriz enorme dentro do olho, numa área que ela chama de nobre, e que devo torcer pra uveíte não voltar e comer mais um pedacinho ali. Ela me explicou isso com mais detalhes nem tão compreensíveis e simulou tanto amor na explicação, que eu tive o ímpeto de beijá-la e abraçá-la. Cheguei a me armar inteiro pra esse gesto, mas quando ía saltar sobre ela, saquei muito rápido que ela estava saindo da sala e me contive. Vim embora.
O que eu quero dizer é que esse lance do olho, me tirou um pouco do entusiasmo com As Vizinhas de Trás. Mas, ontem, encomendei uma tela maior, para fazer apenas um Vizinha nela. Tou curioso pra saber como ela vai aparecer pra mim.

Fui.

quarta-feira, novembro 18, 2015

Luís Capucho - Poema Maldito (2014)

A manhã passa num pulo.
Eu tava vendo um texto aqui, que achei muito interessante, do
cara dizendo que gostaria de ver um filme sem antes ouvir nada sobre ele, nem
ver o teaser e tal. E que isso era muito difícil hoje, porque tudo nos chega já
com uma idéia que conduz a leitura da gente, que a gente vai fazer, e tudo. No
fim, que ele queria ver um filme com a leitura dele, sem que ele fosse
sugestionado. E, aí, Michel Laub – como ele se chama - explica que sabe que
ninguém é ignorante, de não saber nada, antes de ver uma coisa, porque a gente
não nasceu ontem, nem nascemos nessa manhã, eu digo, silencioso leit@r. Quero
dizer, a gente sabe das coisas... e que, no fundo, ele dizia, seu desejo de ver
um filme de modo inaugural era uma utopia, embora ele desejasse.
Daí, desejei compartilhar o Poema Maldito, agora, pra os
ouvidos virgens que, segundo ele´, é o que há de mais moderno nessa relação de
amor.
Ouçam:


https://www.youtube.com/watch?v=7VayLXwS3eY

terça-feira, novembro 17, 2015

Bruno Cosentino - Homens Flores

O Cine Jóia é um cinema bem pequeno e de cadeiras coloridas
que fica no subsolo de uma galeria na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Eu e
Pedro estivemos lá uma vez para assistirmos ao show do Bruno Cosentino
acompanhado da Exército de Bebês. Foi quando eles tocaram a Homens Flores, que
tem uma letra sobre a qual, eu e Marcos Sacramento, quando escrevemos a bichana
naquele guardanapo de bar, bêbados, não nos demos conta do caráter messiânico
dela, que diz sobre o semeador de humanidade nos campos da terra, porque foi
isso que ouvi o Bruno cantando no Cine Jóia, tão ligados?
E, agora, depois de tocarmos no Escritório, dia 27, logo
depois, no dia 30, eu e Felipe Castro apresentaremos o Poema Maldito no seu
escurinho, com projeções do cineasta Rafael Saar.
Vai ser muito lindo tudo isso, depois do Cinema Orly e do
Cinema Íris.


Vejam:

segunda-feira, novembro 16, 2015

Luís Capucho - Eu quero ser sua mãe - Bipolar Show

Para quem não conseguiu assistir o Bipolar Show do Michel Melamed no Canal Brasil, uma semana atrás, pedi ao Pedro que filmou pra mim, em seu celular, minha apresentação de “Eu quero ser sua mãe”.

Vejam:
É meio cego falar de uma coisa na qual estamos dentro, mas leit@r silencioso, o Poema Maldito, ao vivo, é uma vibração forte pra gente que tem conduzido ele, eu e Felipe Castro, e pelo ensaio de ontem, estou sempre agradecido demais aos que se chegaram, aos letristas amados que vieram fazer parte desse show com a gente, ao Pedro Paz que é parte dele, aos amigos todos, à galera grande que contribuíu no crowndfunding pra que o disco físico existisse, aos grandes artistas que se chegaram, tudo, todos vibram com a gente e é o que a gente manda.
Eu sei que sou ingênuo em me deixar conduzir assim quase abatido pela força onde entramos, porque, afinal, dizem que a arte é fingimento e tal. Que é mentira, ta ligado? E fico mesmo, às vezes, foro dos trilhos, do prumo, dentro dessa ilusão, e noutras vezes domino, conduzo aprumado tudo, quase como se eu fosse de fora, como se as músicas não fôssemos nós, quer dizer, como se não fizéssemos parte, parte do show.
E nesse final de ano, a gente vai fazer três apresentações a que convidamos o boníssimo leit@r. Dia 27, no Escritório, com a maravilha do Bruno Cosentino e Exército de bebês. Dia 30, eu e Felipe, no Cine Jóia, em Copacabana, com projeções do maravilhoso Rafael Saar. E dia 3 de dezembro, a gente repete o Bar Semente.
Tudo lacrado no nível, como dizem os mineiros de BH!

domingo, novembro 15, 2015

O Poema Maldito é o disco de que mais fizemos apresentações.
E, silencioso leit@r, mesmo que a gente possa ficar tentando lembrar dos fatos e que possa fazer as ligações possíveis entre uma coisa e outra, não ficamos procurando as explicações disso, porque a gente vai falhar sempre pra dizer, então, a gente ta curtindo muito que esteja acontecendo assim, estamos mergulhados na corredeira e ainda temos fôlego e tudo. E o que a gente faz, é ficar se dando conta das possibilidades que temos nas músicas, e, aí, ficamos pensando, construindo, aprendendo como mostrar as bichanas, vendo como elas se movem de um lugar pro outro, sem fazer casca, assim, elas continuam cruas e imperfeitas, como são as feridas e como são no registro do disco e tudo.
Então, ter pensado nisso agora, nas feridas, me faz lembrar de que muita gente tem chorado com o disco, por causa do seu jeito de crueza de ferida exposta, quer dizer, eu não entendo muito bem onde os que ouvem são atingidos, porque isso sempre vai depender do lugar onde a pessoa esteja, ta se ligando... e eu estou aqui, desse lado, onde estamos.
Também penso que nos shows, com o mover das músicas, com o jeito como elas têm se encaminhado na minha voz e violão e na guitarra e baixo do Felipe, que as músicas não ficam, assim, de chorar, leit@r, embora cruas e expostas, são músicas de ouvir com deleite e tudo.
A gente tem conversado, meio doidos, sobre o modo como nos sentimos apresentando as músicas do disco, tem conversado sobre como queremos nos sentir, sobre onde estamos e tal e isso, essas conversas, esses nossos encontros de ensaios, vão fazendo outras coisas chegarem, irem entrando e coisas vão indo embora, vão saindo.
De modo que, por último, nos shows, estamos tocando uma parceria nossa:

Bolo
(luís capucho/Felipe Castro)

Tararara tarararara tararara...
Tararara tarararara tararara...
Eu tenho a alma nua
Uma intuição de que eu sou um bolo
Um bolo lindo que te aguarda esperando acordado, inventado, morto
Pra morrer aqui, eu morri agora
Nas suas mãos de destino
Nos movimentos delas quando escrevem
Pelo avesso, todo virado, todo errado, todo torto
Escorreguei entre os dedos
Eu sou um bolo quentinho
Eu sou um bolo e vou te provocar
Eu sou um bolo, tou te esperando...
Um bolo, um bolo, um bolo, um bolo, um bolo, um bolo, um bolo, um bolo...
Tararara tarararara tararara...
Tararara tarararara tararara...
Tararara tarararara tararara...


sexta-feira, novembro 13, 2015

Luís Capucho - Recorte Cultural - Michel Melamed

Eu continuo meio doido.
Sinto que sou irremediavelmente meio doido.
Hoje acordei pensando que a menina linda deva me perdoar,
por minha alma ter aquele movimento de cachorro, quando desencharca o pêlo
depois do banho, quando passou por mim na Amaral Peixoto.
Quando fico menos doido, eu morro de vergonha de mim mesmo.
E devo me perdoar também. Ou continuar meio doido, ta ligado, boníssimo leit@r?
Não é a primeira vez que participo de um programa do Michel
Melamed. O Rafael postou um vídeo de minha participação num outro programa
dele. E disse que ficou como se o Bipolar Show do Canal Brasil fosse uma
continuação do outro, onde também termino cantando “Eu quero ser sua mãe”.
Vejam:


https://www.youtube.com/watch?v=CkljmaLpjlQ&feature=youtu.be

quinta-feira, novembro 12, 2015

Me sinto meio doido, assim, bem triste.
As meninas lindas que vejo na rua, quando saio, me causam tremor na alma.
Ontem, quando passava ao lado de umas outras meninas bagaceiras que ficam ali na Amaral Peixoto, uma delas passou por mim. Meu coração, minha alma se sacudiu, expulsando a imagem. Eu sei que eu tou meio louco. E, aí, quando eu olhei pras meninas bagaceiras encostada ali na parede do edifício da Caixa Econômica, na Amaral Peixoto, elas estavam feiosas e muito sérias conversando, enquanto não vinha um cliente qualquer.
E meu coração ficou mais quieto, sem abalo.
É muito louco tudo, não apenas eu, silencioso leit@r, e a gente não consegue onisciência de nada. É tudo um ir no fluxo. E o meu era na direção da loja de comprar as cordas pro meu violão, pro show do Escritório. Eu estava todo aprumado, assim, eu me sentia um lorde, um Dom Quixote solitário e honrado e triste e tal, me sentindo doido. Aí, quando entrei na loja, fui direto no balcão e comecei a ordenar tudo, a dizer o que eu queria, a fazer perguntas sobre as cordas e tudo. E eu senti que o vendedor não sabia de nada. E eu continuei ordenando, dando a direção de tudo. No final, o balconista correspondeu ao Dom Quixote que eu era, parecia que ele iria se curvar a mim, num cumprimento, quando me despedia.
Que maluquice!
Ainda não troquei as cordas, vou trocar, agora...
27
NOV
Sex 8 PM· Escritório

terça-feira, novembro 10, 2015

Conheço o Bruno desde que participei de um show dele no Café Pequeno, um teatrinho no Leblon. Eu expliquei sobre isso num show do Bar Semente, mas o silenciosíssimo leit@r sabe, quando a gente conta as estórias, o leit@r sabe, no percurso em que as lembranças vão se abrindo pra gente dizê-las, quando abrem-se mais de uma lembrança ou ideia, a gente escolhe por uma delas e a outra some na escuridão e tudo. Então, as estórias nunca são bem contadas, por causa disso, daquela ideia que se apagou em prol daquela que a gente escolheu pra dizer. Por muito tempo, eu escolhi não dizer nada, isso de poder escolher, sempre me deixou confuso. Eu fico muito bem no silêncio, mas depois de eu ter cantado Formigueiro, com Felipe, eu contei.
Aqui está a estória:

Agora é a vez de mais uma beleza, com Bruno:


sábado, novembro 07, 2015

Essa semana bombou pra mim.
A comemoração de aniversário da Astronauta Discos do Leo Rivera, no Teatro Popular, o programa na rádio universidade do Maranhão, com a locução do Gilberto Mineiro que me encheu a bola, o Bipolar Show com o Michel Melamed, cheio de bolinhas no Canal Brasil, e também a gente começando a entrar na onda do Poema Maldito pro show do Escritório, que faremos com o Bruno, no dia 27 desse mês.
Eu e Felipe, ainda faremos no dia 30, o Poema Maldito no Cine Jóia, em Copacabana, com projeção de Rafael Saar.
Podia ser sempre assim, bom leit@r!

Fui.

quinta-feira, novembro 05, 2015

Eu tinha saído da casa do Sacramento, em Santa Teresa, e descia a rua, quando, mais ou menos em frente àquele convento de muros enormes, meio enterrado e meio pra fora do chão, num cantinho de trilho do bonde, tinha umas contas, um cordão. Imediatamente, pensei na minha camisa de fazer shows. Depois, quando olhei direito, vi que era um pedacinho de terço, com 11 contas. E para a apresentação de ontem, costuramos ele na manga da camisa de culto, de shows.
Tocamos na entrada do teatro, protegidos pelo pavimento superior, não sei muito bem explicar isso, e foi muito lindo ver o temporal caindo no pátio e as trovoadas interferindo no som e tudo. Eu e Felipe dividimos o show com Ju Martins e Carlos Poubel, com o som cheio de pensamento e emoção que eles fazem.
Nossa próxima apresentação será dividida com o inspirador Bruno Cosentino, dia 27, na Lapa. E gostaríamos muito que o boníssimo leit@r fosse nos ver. Será de grátis!
Felipe tirou retrato, vejam:

quinta-feira, outubro 29, 2015

É amanhã, leit@r, que eu e meu comparsa, Felipe Castro, nos esparramos dentro do nosso Poema Maldito, ao vivo, no Bar Semente, às 20 horas.

quarta-feira, outubro 28, 2015

Então, leit@r, eu aqui no Blog Azul, cotidianamente, mais ou menos nesse horário... já vai pra mais de uma década isso e os que, por ventura, vieram aqui no início, sabem que esse era um blog coletivo, um coletivo de mulheres chamado Bolsa Nova, a que eu carinhosamente chamava de Blog Rosa.
Depois, quando ganhei o bichano, porque somente eu continuei a frequentá-lo, quis que ele fosse o Blog Azul e, assim, é.
Estou falando dos primórdios daqui, porque a ideia era mesmo essa, a de divulgar na internet o trabalho artístico do pessoal, especialmente, o trabalho de música. No fim, a gente acaba ficando livre, o bom leit@r sabe.
E, voltando aos primórdios, pra lembrar, o show é depois de amanhã:



terça-feira, outubro 27, 2015

Ontem, à noite, tivemos um ensaio portas abertas aqui no apezinho. Quando digo portas abertas, quero dizer os dois apezinhos, leit@r, de portas abertas. Pedro tirou fotos e, ontem, serviu também para que decidíssemos o roteiro. Assim, as ideias todas que sobraram, ficarão rondando o nosso papel e entrarão ou não pra ele, à medida que as forças forem se fazendo, forem se decantando, forem se discernindo e, aí, o show, como o buraco negro que é, vai trazendo a bichana definitivamente pra dentro dele, ou não, porque esse mesmo processo de forças que atraem ideias para dentro dos ensaios, dos shows, também expele elas, silencioso leit@r, um liquidificador.
O bom leit@r sabe que o Poema Maldito é uma construção de minhas composições –algumas em parceria - com intervenções do Felipe, lacrada por último com o pessoal que entrou no nosso crowdfunding, inclusive o cantor Ney Matogrosso, que se juntou a nosso clã pra que o disco físico viesse à luz. Eu acho perigoso falar em clã, que é um lance segregador, de escolhidos e tudo. Mas essa é uma ideia para a gente liquidificar também...
O post ta ficando grande, vou parar...



segunda-feira, outubro 26, 2015

Essa foto foi o Edil quem tirou, num de nossos ensaios portas abertas aqui no apezinho. Ela representa o leito, a cama, uma vaguíssima avenida, por onde o rio da melodia corre no Poema Maldito, ao vivo. Ou, se pensarmos em mais espaço, o berço por onde o brilho da melodia escorre, por onde ela vai desbravando os terrenos, os lugares, bandoleira, encouraçada, as mãos armadas por raiva e desafio, como dizia Sueli Costa/Tite de Lemos, a cem mil anos-luz debruçada, proscrita, mas o que fazer, nós queremos, nós queremos, nos queremos...


domingo, outubro 25, 2015

Ontem, vimos, pela primeira vez, Fernanda Montenegro, viva, pertinho da gente. Estávamos eu, Pedro e Julia. A Julia tinha acabado de apresentar-se no “6 modelos para jogar”, um espetáculo de teatro em que somos levados a um clímax, sem que tenha havido antes um enovelamento das coisas que se mostraram, então, tinha uma expectativa como enredo, eu achei, ta se ligando, silencioso leit@r, e o clímax veio daí. É muito lindo ter um clímax, um êxtase, um enlevo, de surpresa, sem que estivéssemos nos dando conta de que tava rolando uma preparação pra ele, o tempo todo, e a gente sem se dar conta.
Então, de repente, sem preparo algum, apareceu Fernanda Montenegro. A gente tava se despedindo na porta do teatro Sesc- Copacabana. Ela veio devagar, como se participasse de um cortejo e todos abismados olhamos pra ela, que foi indo lentamente para o interior do teatro. Todos abismados e em enlevo. Que coisa!
Vejam:


sábado, outubro 24, 2015

Luís Capucho - Mamãe me adora

Já faz muitos anos que fiz a música “Mamãe me adora” e
mostrei pros amigos. Foi quando, pela primeira vez, me relacionaram a Jean
Genet, um Jean Genet da MPB. Depois, quando apareceu o Cinema Orly, esse foi
mais um motivo de me linkarem a sua literatura de escritor bandido. Eu não
tenho nada de bandido, o silencioso leit@r sabe, e muito me apraz ser comparado
a ele, por ser bom, por ser belo e por ser uma literatura que vai se criando à
margem e, por isso, tem alguma possibilidade de ampliar seu centro, trazendo-o
para as bordas, ta ligado?
Quando eu tinha treze anos, fiz uma longa entrevista com
mamãe enquanto ela fazia almoço – foram vários dias. E, no quartinho onde
dormíamos, escrevi sua biografia, do jeito como ela tinha contado. Depois,
bolei com aquilo.
Piquei o caderno, onde escrevia, em pedacinhos miúdos e
joguei fora, pela janela. Sempre que me lembro disso, visualizo os pedacinhos
de papel rodopiando no vento, até ao chão. Mas a verdade é que não olhei pra
eles, apenas joguei fora.
Em 2012, lançamos o “Mamãe me adora”, o livro. Acho que é
meio realizar o que aos 13 anos, havia tentado. Mas, não. O livro conta apenas
um trecho de tempo que corresponde a uma viagem de ônibus. É uma história de
meu ponto de vista e não o de mamãe. Não sei ser mamãe. No meu euísmo não sei
ser ninguém, leit@r.
 

sexta-feira, outubro 23, 2015

Conheci o Tarcísio Buenas na vez em que lançamos o Lua Singela.
O Tarcísio é roqueiro e gosta de literatura, então, o Lua Singela, que ele achou numa loja de rock em Salvador, chamou sua atenção e de uns seus amigos e tudo. Por conta disso, estive em sua cidade pra me apresentar, no Rio Vermelho, com produção dele.
Atualmente, ele está morando em São Paulo e está ligado ao Cemitério de Automóveis, a que, por coincidência, outro amigo que fiz por causa da música, também se liga, o Rodrigo.
Pelo correio chegou seu livro, do Tarcísio, aqui em casa. E, por causa disso, ontem, me droguei, pra homenagear o seu “18 de maio, quanto tens por dizer...”.
Sei que foi uma reação pueril essa de abrir o vinho e de fumar, pra escutar rock and roll no youtube, silencioso leit@r, mas sei lá, esses lances precisam ser comemorados. Não é sempre que um da nossa laia, fura o cerco e aparece com seu livro na superfície.

Vejam:

quinta-feira, outubro 22, 2015

Fizemos outro ensaio portas abertas no apezinho, ontem.
A questão é sempre a mesma, encontrar o pulso das músicas.
A gente não é enfermeira desastrada que fica furando, furando, furando, silencioso leit@r. O caso é que tem música que resiste um pouco em nos dar sua veia. Porque as músicas não sabem, mas quando vamos na veia, tudo se alegra. Mesmo que seja triste, estar na veia, entrar no coração, na mente delas, deixa o sangue bom demais:

quarta-feira, outubro 21, 2015

Algo Assim - Luís Capucho

O Pedro adora tirar fotos, fazer selfies, fotografar o Rio de Janeiro quando ele anda pela cidade, fotografar outros lugares por onde vai,
outras pessoas, bichos, pedras, árvore, mar, tudo, e postar pra gente ver. Ele é um homem rosa, o leit@r sabe. Eu, no meu euísmo e independente da bilirrubina, sou pálido.
Não somos em nada parecidos, em nada, mas desde o início,
perguntam se somos irmãos. A gente nem precisava ter inventado que somos primos, boníssimo leit@r.
Eu sei dos meus lugares míticos, porque sonho com eles transformados e repetidamente. E assim é com Marapé-Paquetá e com a cabeça de porco, onde aparecem, dentro de paredes, grandes cemitérios, de catacumbas imensas, lustradas de velhice, de muita velhice, velhice demais, assim, catacumbas eternas, com sua morte eterna.
Essa noite sonhei com uma briga com ele. Estávamos na cabeça
de porco. 
Por isso, vou postar essa foto que ele fez.
Estávamos em Paquetá e simulávamos a vez em que fizemos o
vídeo de 
Algo assim (Mathilda Kóvak/ luís capucho) para as filmagens do Peixe, de Rafael Saar:


Algo assim
(Mathilda Kóvak/ luís capucho)

Com isso eu era pra estar
Magoado, deprimido
Com isso eu era pra estar
Chateado, enlouquecido
Eu era pra morrer enforcado
Tomar veneno, me jogar da ponte
Algo assim, algo assim
Mas não estou nada Luís
Estou mais Claudia, mais Lestat
Em meu juízo final, fui o único juiz
Eu resolvi me perdoar
Com isso eu fiquei um pouco Cazuza
Com isso me tornei um pouco Brás Cubas
Um pouco Indianna Jonnes
Um pouco Indianna Jonnes
Algo assim, algo assim
E quero roubar um pouco de dinheiro
E quero matar um pouco de inimigo
Quero amor, muito amor
Algo assim pra eternidade
Algo assim, algo assim
Algo assim.






terça-feira, outubro 20, 2015

Nas fotos, a gente não é a gente, porque a gente mesmo, a gente não sabe o que a gente é, leit@r, porque a gente vai mudando, eu fico bem grilado com isso, com não ter controle e tudo. O instante existe e é fugidio pra qualquer lugar. E parece que a direção não é a gente quem ta no comando, ta ligado? 
Então, foto é ficção igual romance.

Essa foi o Bruno quem tirou:


segunda-feira, outubro 19, 2015

Sueli Costa - 1975 - Retrato (Completo)

Eu gosto muito da Suely Costa, que conheci quando estava
adolescente. E o post de hoje vai ser ao som dela. Tenho ouvido bastante que o
meu Poema Maldito faz chorar, que ele é muito triste.
Quando conheci a Suely Costa e que eu tinha conhecido os
discos do pessoal que faz música pra classe média no Brasil, que chamam MPB,
tive muita dificuldade em assimilar essa melodia mais pensada que acompanha a
poesia das letras. Eu até cheguei a dizer isso uma vez pro ACM e, aí, ele me
disse que o Milton Nascimento é considerado um grande melodista e tal. Eu
concordo com isso, hoje, mas naquela época, eu tive muita dificuldade de achar
a melodia ali nas músicas da MPB, porque a chave para chegar na beleza delas é
diferente da chave que eu tinha e que eu encontrava muito rapidamente, quando
ouvia por exemplo as músicas do Fernando Mendes.
Então, tenho pensado nisso, de a minha música ser triste,
triste de fazer chorar, com sua melodia de MPB, sua melodia de classe média, que
hoje sei entender bem, tenho a chave pra apreciar a beleza dela, ta ligado, bom
leit@r?
O que quero dizer é que ouço esse “triste” que me dizem do
Poema Maldito, como bonito. Uma beleza e uma tristeza que, sem modéstia, não
consigo entender. Talvez, porque a tristeza esteja tão naturalizada em mim, que
eu não perceba que meu ponto de partida, seja ela, ta ligado?


Vejam:
Sexta-feira, teve ensaio de portas abertas aqui no apezinho, as minhas portas e as portas do apezinho do Pedro, ali atrás, de amarelo. Nosso ensaio foi maravilhoso, de músicas arrebentadas e também de músicas já alinhavadas, bom leit@r, já prontas pra o que a gente quer mostrar. Então, os próximo ensaios antes do show, irão servir para trazer de volta para o ponto delas, as músicas que se desmancharam. O silencioso leit@r saiba que o ponto das músicas é importante e que quando fazemos elas nos shows, ter chegado em seu ponto nos ensaios, não é garantia de nada, porque a bichana pode desandar na hora de a gente fazer, no show.
Quer dizer, ontem, a gente sacou que entrar no horrível das músicas, é muito importante pra que a gente traga elas de volta pra beleza delas. Isso, dito assim, parece papo de doidão, mas o importante foi a gente ter sacado isso, que é uma coisa que a gente percebeu ensaiando, e que o silencioso leit@r, porque a gente abriu as portas de nossos apezinhos, teria sacado também, se tivesse tido a oportunidade de entrar por nossas portas abertas.
Felipe tirou essa foto que me mostra um pouco antes de ele entrar nas músicas comigo.
Vejam:

sábado, outubro 17, 2015

sexta-feira, outubro 16, 2015

Lá no interior, de onde venho, era comum, quando pequeno, eu ouvir as mulheres dizer com orgulho, que fulano nunca tinha ido ao médico e, aí, bom leit@r, eu achava bonito aquilo e o fulano ficava honrado pra mim, quando as mulheres comentavam isso.
Antigamente, lá no interior, era assim, e eu adoraria ter a honra de nunca ir ao médico.
Esse ano, além das minhas consultas de praxe, tive que ir ao médico muitas outras vezes e aumentaram os remédios e tudo. Até tivemos que adiar o último Poema Maldito. Que coisa!

Hoje, com Felipe, ensaiaremos o show do dia 30, no Bar Semente, e estaremos moles no roteiro. O leit@r sabe, água mole em pedra dura...

quinta-feira, outubro 15, 2015

Ontem, ensaiamos o Poema Maldito, ao vivo, pra ir atarrachando as peças que ficaram soltas ou que estavam soltas, ou que se soltaram, essas coisas que a gente faz, quando vai mostrar um lance outra vez. E, aí, ele vai se modificando, saído de quando foi registrado no disco, o bom leit@r sabe.
O roteiro que escrevemos, ontem, é praticamente o do show anterior. Mas ele vai se modificando, à medida dos ensaios. Por exemplo, eu tinha feito um planejamento para o show que fiz, voz e violão, em Salvador. Mas quando chegou na hora, fui tomado pelas circunstâncias que rolaram e fiz tudo diferente.
O Felipe chegou a tocar nisso, quando estava no ponto do ônibus para ir embora. Disse que sentia falta de uma estrutura mais fixa, onde a gente pudesse se prender. Não sei, não soube o que dizer assim imediatamente e logo o ônibus levou ele.
Quer dizer, o roteiro é meio essa estrutura. Mas a gente, quando passa as músicas através dele, é mole.

Vejam:

quarta-feira, outubro 14, 2015

Não é que eu esteja bem confuso. Não estou nada confuso embora me sinta no meio de uma confusão. Então, quando escrevo confusão, essa palavra abre a imagem na minha cabeça de quando me coloco na janela do quarto e vejo o visual de casas subindo o morro. Na foto é uma coisa chapada, mas vendo aqui da janela, aquela parte azul dela, que é o céu, o silencioso leit@r sabe, é atordoante, porque estou na minha janela e aquilo, que é o céu azul de que estou à beira, é como um rio que se vê sem que a gente saiba nadar, tipo, eu não sei voar, leit@r, e me sinto atordoado.
Eu já disse que o meu medo de morar num edifício era o desejo, de repente, de me jogar pela janela. Mas aqui no apezinho, vejo que não. A confusão, o desejo, de repente, são outros, estão ligados?
A confusão me abre outras janelas também, por exemplo, a janela de quando eu perguntei à médica sobre a minha uveíte e ela disse:
- Mas a uveíte é um livro de muitas páginas, luís, e pode ser muita coisa e tal... – e não gostei disso, porque é a minha uveíte, é o meu olho e tou conseguindo ler. Mas, já pensou?
Também quero lembrar ao leitor nosso show:

Vejam a foto:

terça-feira, outubro 13, 2015

Depois que eu tive me tratando da uveíte que me pegou o olho, tive de dar um tempo n’As Vizinha de Trás. O pessoal tem me perguntado como vai o olho. Fiz o tratamento, o leit@r sabe. Tenho muita dificuldade com médicos, problema de comunicação, e não sei direito ainda. Talvez, eu não saiba dizer, porque a médica também não sabe, sei lá. Ela ta me acompanhando, tenho consultas agendadas de cada vez que vou nela. O fato é que o olho esquerdo não voltou, ficou embaçado. A médica disse que a uveíte pegou uma área nobre dele, a retina. Não sei. Não é um problema que o óculos resolva, porque não é o um problema de refração, eu acho. Na próxima consulta é que vou perguntar... acho que o problema foi porque a minha uveíte não doeu, aí, demorei a procurar socorro.
Pedro tá me entusiasmando a voltar com As Vizinhas... e vou voltar mesmo com o embaçamento, silencioso leit@r.
Tenho algumas comigo que espalho pelas paredes da casa. Eu adoro essa que ainda tenho, especialmente a Vizinha de fundo azul.

Vejam:

segunda-feira, outubro 12, 2015

Quando mamãe começou a trabalhar na casa de Dona Odaléia, foi lá que a minha direção tomou viço, que o meu caminho começou a criar matéria, verdade, foi quando ele começou a engrossar, sem que ninguém tivesse se dando conta. A gente não tem foto dessa época, pra que eu possa mostrar ao leit@r, então, vai só o texto. Essa conformação de corpo que tenho agora, naquele tempo, eu não tinha. Eu era um menininho de seis anos e o leit@r sabe que a configuração de todas as coisas se modificam, vão se modificando sem nunca mais parar de se modificar. Na casa de Dona Odaléia mamãe tinha um corpo. Dona Odaléia tinha um corpo. E mamãe tinha sido contratada pra cuidar do corpo entrevado da mãe de Dona Odaléia, que era uma senhorinha que vivia de boca escancarada deitada numa cama de solteiro de um quarto penumbroso.
E achei on line essa foto do trabalho do artista Flavio de Carvalho com que quero exemplificar o post de hoje:



As músicas têm uma pulsação, o bom leit@r sabe.
Não sei ler partituras, mas a pulsação das músicas pode ser escrita nelas e, aí, cada pessoa que saiba ler, vai poder interpretar aquela pulsação a seu modo. Então, leit@r, as músicas estão em algum lugar fora das partituras com o seu pulso e, aí, quando eu tiro elas de lá e faço a interpretação delas, sei que pode haver interpretações melhores que as minhas, mesmo que eu me tenha como autor das bichanas. O que eu quero dizer é que o jeito original de as músicas pulsarem, ele deve  ficar, seja qual for a interpretação.
Então, o disco Poema Maldito é um jeito meu de interpretar o pulso das músicas que encontrei. Eu não sei de onde as músicas vêm. Sei que não vêm das partituras. Tem uma música que diz que o baião e o chachado vêm debaixo do barro do chão. “Mais uma canção do sábado” minha música com letra do Alexandre Magno e que é parte do repertório desse CD, deve vir desse mesmo lugar, música e letra, e almeja por mais espaço, o leit@r que já ouviu, sabe.
Ao vivo, o Poema Maldito é diferente, embora como disse, seja o mesmo pulso. Tenho a impressão de que a ajuda do Felipe para tocar comigo as músicas, define melhor a pulso delas, clareia, sei lá, coloca a gente mais dentro e elas ficam mais visíveis, pra usar uma palavra da moda de que gosto, as bichanas ficam mais empoderadas.
Claro, a gente parte sempre do que se fez no disco. E também partimos do que fizemos nos shows anteriores. Essa foto é de um dos shows do Bar Semente, que repetiremos no dia 30 de outubro:
https://www.facebook.com/events/1046326178719770/