segunda-feira, agosto 29, 2016

Tirando a música nova, que Renato musicou, pra apresentar junto com as outras no show do Loki Bicho, em SP, onde me apresentarei com o Gustavo.
É uma entrada diferente na música, quando não sou eu quem faço a melodia.
Porque, quando faço a música, trago a letra pra mim, que fica parecendo ser eu quem fiz, ta ligado? Aí, quando não sou o melodista, sou eu quem vou lá, sou eu quem tenho de entrar lá naquele clima e é isso que tou fazendo e, óbvio, dando a minha contribuição e colocando no meu jeito, como tenho dito, no esqueleto dos acordes de apenas o violão.

Fora isso, fazendo a primeira de uma série de Vizinhas de Trás novas, em que saí do meu padrão de 20x70 cm. Decidi fazer uma série de Vizinhas solitárias e maiores, 70x50 cm.

domingo, agosto 28, 2016

Reencontrei o Renato na igrejinha que tenho ido em frente à minha casa.
O meu silencioso leitor já sabe, aqui do Blog Azul, que moro num lugar teluricamente priveligiado: tem très igrejinhas encarreiradas em frente a nosso predio e, pelo último mês, uma Vizinha de Trás, resolveu fazer cultos às quartas-feiras, do tipo rústico, mas amplificado nos milagres e também no último volume.
Quando mamãe era vida, íamos à igrejinha do meio. Agora, tenho ido na da ponta esquerda...
Mas o que quero dizer é que eu e Renato nos conhecemos de antes da Universidade, onde nos encontramos depois, quer dizer, amigos jurássicos... e, aí, tanto eu quanto ele continuamos a fazer as músicas.
Eu, essa MPB tornada punk agora e ele rock and roll.


Eis a nossa primeira parceria:

sexta-feira, agosto 26, 2016

Andando na rua, ontem, no sol gostoso de agosto, entrei nas minhas lembranças de um jeito tão forte, que não era mais a Rua Gavião Peixoto, nem mais na esquina iria passar pelo posto de gasolina e entrar na Mariz e Barros.
Eu sei lá... estava andando na rua, mas na lembrança, no cheiro e textura dela, no seu bojo, cercado absolutamente do suco que vinha de seu bagaço.
Isso, a lembrança tava aberta pra mim, eu dentro dela, sem importância pras pessoas que passavam na rua por mim.

Foi assim.

quinta-feira, agosto 25, 2016

Foi no show do Audio Rebel, logo no início das apresentações Poema Maldito, quando vi que se eu usasse algo que me suspendesse a perna de apoio pro violão, isso me daria maior estabilidade e, aí, que eu estava me sentindo diferente, mais centrado e tudo.
Os shows que a gente faz em bar, sem ter um palco que nos deixe mais à vista, faz com que a gente tenha de tocar naqueles bancos altos e não tem como apoiar o pé em algo que nos levante a perna de apoio – como os violonistas clássicos – e o violão fica meio caído na perna, assim, como se estivesse para cair no abismo no que se torna o chão, na hora do show, e tudo.
Então, no show do Laurinda Santos Lobo, a Ruth estava com uma mala e improvisamos ela como apoio dos pés para que a perna ficasse mais alta, sustetando o violão, como eu vi, no Audio Rebel, que era bom.
Moral da estória: além de minha camisa de fazer show e do tótem que o artista Alan Lanzé me deu, fiz uma malinha de apoiar os pés, para os shows.
Pedro me ajudou.

Vejam:


terça-feira, agosto 23, 2016

Hoje, 23 de agosto, é aniversário de meu coma, que me tornou essa outra versão de mim mesmo, sem que eu tivesse morrido. Eu tenho pensado nesse lance de morrer, eu tenho sentido, tenho a sensação de que eu estou de luto, sabe. Então, eu fico um tempo quieto, fico sem falar, porque eu não posso falar de um lance que não entendo.
Outro dia, ouvi alguém elogiando as pessoas que sabem do que dizem, do que fazem e tudo. Porque isso é que é razoável.
E tem aqueles textos loucos, em que a pessoa fica tentando falar do que ela não sabe, do que não tem razão, como a morte. E, aí, só na tentativa, escreve um texto enorme. Um lance sagrado, porque a morte, de que não se pode falar, é um lance sagrado, sem razão.
O meu coma foi uma morte, porque saí dele, mas saí numa outra pessoa, o bom leitor sabe. Já morri de várias maneiras, eu poderia enumerar contando essas maneiras aqui.

Têm muitas maneiras das pessoas morrerem, sem morrer... e tem os lutos... tudo muito difícil de falar. É engraçado mesmo.

segunda-feira, agosto 22, 2016

SE PÁ SEM P.A. convida GUSTAVO GALO e LUÍS CAPUCHO

Gustavo Galo viu o Luís cantando “Pessoas são seres do mal” e gostou.
Luís Capucho ouviu Gustavo no disco “Asa” e gostou.
Tiraram fotos abraçados, se beijando.
Beberam vinho e cerveja.
Comeram pizza.
Tocaram violão no quintal da casa.
Gustavo foi pro Sol e levou “Para pegar” do Luís. Luís vem do “Poema Maldito” tocar em SP, com o Gustavo.
Aqui, no Loki bicho.
Tudo bem, tudo amor.
De um, tudo. De outro, tudo.
Apenas voz e violão.

domingo, agosto 21, 2016

ocupa capucho - Centro Cultural Laurinda Santos Lobo

E sempre reclamo um pouco, porque acho que as coisas não são suficientes – eu disse. Aí, ele disse que eu precisava ser o luís capucho... e aí, como o Poema Maldito, meio que foi se desfazendo e, principalmente, porque é uma ocupação minha... mas também é uma ocupação comum... a expressão da boca... mais ou menos isso 

quinta-feira, agosto 18, 2016

No dia 18 de agosto do ano passado, um dia como é o dia de hoje, postei aqui no Blog Azul, essa foto em que estou eu, Gustavo Galo e Felipe, nos apresentando em SP, no Bar do Mancha. E armamos de fazer de novo, dessa vez, no Loki Bicho, dia 3 de setembro de 2016, um lugar 24 horas, em SP.
O Gustavo ta pra lançar um disco novo, o Sol ( http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/post/segundo-album-solo-de-gustavo-galo-sol-subverte-jorge-mautner-e-lira.html), que fez através de financiamento coletivo e eu, o boníssimo leitor sabe, ando mostrando as minhas músicas, como dizem agora, no total. E a gente vai fazer no voz e violão apenas e tou dizendo aqui pra os amigos que tenham curiosidade de conhecer o trabalho de música que a gente faz ou o pessoal que conhece e curte, saber...

terça-feira, agosto 16, 2016

No fim do show do Semente, na sexta-feira que passou, ganhei do EduardoLuna seu livro “Falta Misandria no movimento Trans”. E adorei demais, porque o livro o tempo inteiro é a confusão entre o que seja homem e o que seja mulher, quer dizer, depois de ter assistido à peça da Dandara Vital, fiquei meio que jogado nisso.
E quando eu disse isso ao luna, ela me disse que pra os radicais, essa diferença nem existe e foi por isso que ele tem sido expulso dos grupos de internet e tal.
É um livro muito lindo, feito por ela/e mesmo/a.
Quem quiser, é só falar com ele/a.
Vejam:

segunda-feira, agosto 15, 2016

Camuflagem - luís capucho

Conheci o Tive Martínez faz um tempo e ficávamos conversando on line sobre sua versão para o Cinema Orly em língua espanhola. A versão acabou não sendo publicada. Ele colocou o livro num site para impressão sob demanda, mas isso não vingou direito e estamos ainda em busca de uma publicação de verdade.
Uma vez, quando lhe contei no facebook, in box, um caso que me aconteceu na praia, ele me devolveu aumentando o seu ponto de poesia, o Poema Maldito, que musiquei e tornou-se o nome do meu último disco.
Agora, no show do Bar Semente, cantei uma segunda parceria nossa, a Camuflagem, que fará parte de um disco que estamos montando e que terá a produção do Bruno Cosentino, o Homens Machucados.
Sobre a Camuflagem, o Tive disse em seu perfil:

‪”#camuflagem‬ es uno de los poemas que me sobrevivirán
- porque parte de una anécdota real tan subjetiva que la puede asumir cualquiera
- ha sido traducido al portugués y al rumano
- fue publicado por B/polar fanzine
- Luís Capucho lo ha convertido en canción, así que ya es cosa de leyenda...”
"A terceira regravação – ou “subversão”, como prefere conceituar o cantor e compositor paulistano – é Para pegar, música de Luis Capucho, registrada pelo artista capixaba radicado em Niterói (RJ) no álbum Cinema Íris (2012)."
http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/post/segundo-album-solo-de-gustavo-galo-sol-subverte-jorge-mautner-e-lira.html


Dois grandes cantores em cena - falo de Filipe Catto e Simone Mazzer (em foto de Rodrigo Goffredo) - fazem um show extraordinário como as vozes deles. Um olhar sobre o show em que Catto e Mazzer cantam João Bosco, Nirvana, Luís Capucho e até Gonzaguinha:

sábado, agosto 13, 2016

Maluca - luís capucho

Contei umas estórias, ontem, sobre as músicas. Quando escrevi o Rato, eu não disse, mas muita música é daquela época da Cabeça de porco. É uma doideira como essa cena do banheiro, enquanto eu contava, voltou pra mim tão emocionante!... e os closes que o Pedro fez de meu Tótem feminino:

sexta-feira, agosto 12, 2016

quinta-feira, agosto 11, 2016

Amanhã, apresentarei minhas músicas no Bar Semente, na Lapa do Rio, às 20 horas. São músicas que extraí de meus pouco conhecidos discos, Lua Singela, Cinema Íris, Antigo e Poema Maldito. E também músicas novas, que fiz de pouco.
O boníssimo leitor sabe, durante o tempo em que fiquei sem fazer músicas – por causa da neurotoxoplasmose - fiz uns livros, que embora sejam objeto de estudos acadêmicos de gênero em algumas capitais, também não são muito conhecidos.
Daí que sou um artista obscuro e a Aline, do Bar Semente, depois de o meu primeiro show em seu bar, conversamos, e dissemos que eu voltasse mais vezes, pra eu ir criando um público. Não sei se estarei pra sempre inserido nesse escaninho do artista maldito, como n’algumas vezes falam de mim e como eu mesmo alimentei colocando o nome de meu último disco de Poema Maldito (luís capucho/Tive Martínez). Na verdade, à essa altura, ser maldito é um lance bonito, que me alça ao lugar de grandes artistas, como o meu conterrâneo Sérgio Sampaio, apenas pra citar um compositor que veio de minha cidade. A verdade também é que não me sinto grande assim, não me sinto poeta nem nada. É que mesmo que eu pense ser um tanto tímido e sério, e que eu erre – eu não desafino - adoro demais mostrar as minhas músicas e tou dizendo isso aqui, apenas como pretexto pra chamar o bom leitor pra ir me ver amanhã.
Vai ser um prazer grande:

segunda-feira, agosto 08, 2016

Surpresa e homenagem mais linda o Mário Fonseca fez pra mim, pra minha música e pra minha vida - depois que os compositores estão morrendo - tocando, com esse arranjo de ouvido, a Máquina de escrever, parceria com Mathilda Kóvak.
Outro dia, eu tava dizendo aqui de como eu adoro ser cantado. É uma emoção muito grande, ver de fora, a gente quietinho, em repouso, um movimento que tava muito no fundo da gente, sabe. É de ficar sem saber o que dizer, de não ter voz, de ficar embargado...rs...
Foi o mesmo com a Letícia cantando Velha e com o Frederico, na Música do Sábado(luís capucho/Kali Ce), com a Ciria, na Céu...
Mario Fonseca19 h · 
i Júpter Maçã. Então resolvi publicar este vídeo de uma música do poeta e escritor carioca Capucho. Que eu, particularmente, curto muito. Espero que gostem.
MÁQUINA DE ESCREVER
(Luís Capucho)
Meu coração é uma máquina de escrever
As paixões passam, as canções ficam
Os poemas respiram nas prisões
Pra ler um verso, ouvir
Escutar meu coração falar
Até se calar a pulsação
Meu coração é uma máquina de escrever
No papel da solidão
Meu coração é
Da era de Gutemberg
Meu coração se ergue
Meu coração é
Uma impressão meu coração
Já era
Quando ainda não era a palavra emoção
Mas há
Palavras em meu coração
Letras e sons
Brinquedos e diversões
Que passem as paixões
Que fiquem as canções
Nos poemas nos batimentos das teclas da máquina de escrever
Meu coração é uma máquina de escrever ilusões
Meu coração é uma máquina de escrever
É só você bater
Pra entrar na minha história.



domingo, agosto 07, 2016

As músicas de luís capucho vivas, no esqueleto.
Elas sem carne e vivas, apenas na luz do violão cru e da voz vermelha.
As músicas azuis dos discos Poema Maldito, Cinema Íris, Antigo e Lua Singela. Também músicas novas que vão entrando na apresentação de outras cores.
Músicas obscuras e músicas cintilantes, músicas rudes e músicas sofisticadas, organizadas em torno à masculinidade do tótem, o homem primordial, presenteado às apresentações pelo artista Alan Lanzé.
E onde derrama, decanta, centrifuga, liquefaz, se organiza a energia feminina d’As Vizinhas de Trás, a mulher primordial pintada outra vez e outra vez e outra vez e outra vez.
No Semente.
Preço:30,00 reais.
lista amiga: 20,00 reais.

sábado, agosto 06, 2016

Ouvi um cara dizendo na internet que, segundo Maquiavel, todas as pessoas querem a porra da glória e dinheiro e que, se elas dizem o contrário, estão mentindo – ele disse assim mesmo, a porra da glória e dinheiro.
O boníssimo leitor sabe que a gente fala sempre da gente mesmo, mesmo quando quer falar de Maquiavel e de um cara que falou na internet sobre ele e, ontem, estive no estúdio do Pedro Carneiro, o Aienai, pra fazer o esqueleto, voz e violão, de minha música “Cérebro Independente”. O Lucas De Paivafoi também e ele e o Pedro monitoraram a gravação, porque o Lucas é quem vai ajeitar os outros instrumentos na “Cérebro Independente” pra que ela fique gloriosa, empoderada, como dizem agora, e, tudo.
Depois, eu fiquei falando com o Pedro que eu gostaria de colocar essa música num disco de vinil, como o que fez o Johann Heyss pra o seu disco Mercurial, mas aí declinei disso, porque o Pedro disse que é caro. E ficamos conversando sobre o que ficaria mais viável, sem conseguir concluir direito. Por fim, saí pensando que as músicas são feitas pra gente espalhar elas, como, dentro de nós, as doenças se espalham e como espalhamos amor.
Fora isso, vejam minhas nov’As Vizinhas de Trás – perda:

terça-feira, agosto 02, 2016

O vento, entre triste e raivoso, ora um, ora outro, uivou por toda a tarde, por fora do meu apezinho todo fechado. E hoje a tocha olímpica está atravessando Nicty City rumo à cidade do Rio de Janeiro. Quando estive na rua, estava tudo tranquilo, mas ouvi gente reclamando que a gente é que ta pagando essa festa e gente dizendo que deveriam gastar esse dinheiro pra melhorar o funcionamento das nossas cidades que estão cheias de miséria e tudo.
Também ouvi a canção:
“A tocha do mundo é nossa...” – e, aí, eu ri um pouco.
Eu não me meto nos assuntos e não gosto nem desgosto da festa. Essa não é uma questão para meu gosto.
Eu gosto é de parada de 7 de setembro!
Fui.