terça-feira, fevereiro 22, 2022

Em dezembro último, nós voltamos ao Seminário de Jerônimo Monteiro, ES, onde morei com mamãe no ano de 1970, quando eu estava com oito anos de idade. 1970 foi o primeiro ano de funcionamento do Seminário e ele tinha suas paredes todas cheirando à tinta nova. Eram paredes branquinhas, mas havia uma delas pintada de verde-abacate.

Quando chegamos e vi o Seminário do mesmo jeito como era em 1970, chorei incontrolável. Não havia mais a parede verde-abacate e as árvores que não haviam, estavam todas maduras, sombreando o pátio.

Pedro registrou:



 

segunda-feira, fevereiro 21, 2022

escuta/ Luis Capucho

Tem uns lances que vejo ou coloco no youtube e que somem por um tempo, depois, reaparecem. 
Isso aconteceu com a Savannah e com uma música do Bronsk Beat que Pedro usou pra fazer um videozinho comigo. Aconteceu também com o programa Escuta, que foi uma audição entremeada de uma entrevista comigo, feita pelo Núcleo Canção da UFRJ, na altura do lançamento do disco Poema Maldito. Uma entrevista louca, tudo feito muito na beirinha.
Vejam:

domingo, fevereiro 20, 2022

Ontem foi um dia importante demais.

Estivemos sob a batuta de Bruno Cosentino, eu e Numa Ciro, dando voz para a Balada da Paloma, música minha com o Rafael Julião. A letra é uma poesia dele, do livro As Sereias do Hospício, a ser publicado por agora e que coloquei uma melodia.

Pedro registrou:



 

quinta-feira, fevereiro 17, 2022

Nado há muitos anos. Nadar tornou-se a fisioterapia para minhas sequelas motoras. Outro dia, tive uma experiência com correr e meu pé direito inchou para caramba e doeu muito. Minhas sequelas foram severas, saí do hospital numa cadeira de rodas e fiz muito exercício para treinar a caminhada outra vez. Todas essas coisas estão sinalizadas no filme Peixe, do Rafael Saar. Que me mandou uma fato das gravações:


 

segunda-feira, fevereiro 14, 2022

 

Uma conversa em que a gente não tem fluxo, porque eu nem tenho fluxo em conversas de um modo geral. E se fosse um jogo de futebol, eu não seria um goleador, nem um jogador desses que dão bons passes. Como se dizia nas vezes em que, em pequeno, joguei por ser o dono da bola, sempre fui assim um pereba.

Sendo assim, tenho arrumado outros modos de me socializar. Nem mesmo era bom nas mesas de bar, porque o tanto que a cerveja me desinibiu, desinibiu aos outros copos em triplo, ao cêntuplo.

Porque também, não é apenas inibição. Porque ela mesma causa um retardo, um lance que a gente só vai sacar quando o fluxo da conversa já está lá na frente e ficou tarde pra mim.

Fora isso, os muitos fluxos que não nos suga. Nesse aí, eu não vou.

Fui.

quarta-feira, fevereiro 09, 2022

 

Enquanto os indígenas da terra Caru, no Maranhão, montam sua guarda florestal e no ano de 2050 pedem sua independência do território brasileiro, Linda Evangelista é tímida. No tempo que durou a permanência dos visitantes do Pedro, Linda ficou no meu apezinho, enfurnou-se embaixo do altarzinho de mamãe. Fosse ela uma guajajara e as visitas não teriam vida fácil. É tempo de luta galera, bora nos juntar à tropa Krikati! Vamos ser livres em 2050! Vamos ser livres, agora!

terça-feira, fevereiro 08, 2022

Uirá Bueno e Vovô Bebê gravando Homens Machucados

Não me lembro direito, mas há alguns anos atrás fui eu quem deu a ideia pro Rafael de um filme sobre o meu universo artístico. Mas foi ele quem deu o nome, Peixe.

Agora são os alinhavos finais. Ontem, o Uirá Bueno fez um streaming no Instagram dele gravando, com o Vovô Bebê, a bateria para a versão que está no filme para a música Homens Machucados. É muito lindo vê-los construindo a música e ouvindo depois o resultado, despreocupados. Baixei aqui no computer o registro lindíssimo pra guardar e subi no meu canal do youtube pra quem gostar de ver.

Não esquece. Se inscreve lá pra estar a par das novidades:

quarta-feira, fevereiro 02, 2022

 

Então, continuando o assunto de perder o trem, de roupa nova, esse é um assunto que também me lembra de minha tia Elisa, que não gostava de ir à igreja, porque na igreja todos olhavam pra ela, de roupa lavada e passada e cheirosa e roupa mais nova que todas as outras suas roupas, porque essa era usada às vezes, no domingo, apenas, quando ela conseguia ir e deixar que todos a olhassem.

terça-feira, fevereiro 01, 2022

 

Tinha uma música que o pessoal de Minas cantava antigamente que era uma coisa de perder o trem, ao mesmo tempo estar de roupa nova, não me lembro bem se eram duas músicas em momentos diferentes, mas para mim, na minha cabeça eu punha essas informações no mesmo contexto e, agora, me aparecem juntas, lá se foram bem mais de vinte anos.

É que quando a gente está de partida, a gente se arruma, ne. E se a gente vai perder o trem, a gente vai perdê-lo de roupa nova ou, se não, ao menos, a gente vai estar com um visual diferente, porque as viagens são tidas como situações especiais e ninguém vai fazer uma viagem, assim, de qualquer jeito, tem sempre uma preparação pro visual da gente, sei lá, e vai ser de um modo diferente do comum que a gente vai perder o trem.

É isso!