quinta-feira, fevereiro 26, 2015

Ganhei um livro de presente da Kali C. É de um polonês chamado Witold Gombrowicz. O livro chama-se A Pornografia. Eu comecei curtindo. Me lembrou um pouco o jeito de escrever de amigos, o Edil, o Rodrigo e eu fui indo. Mas depois começou a ficar absurdo demais, sem que eu me tivesse preparado pra isso, aí, abandonei a leitura, chegando no final.
Eu fiquei lembrando de um livro sul-americano que li há muitos anos e que era assim, absurdo, era, se bem me lembro, uma ilha onde as pessoas eram projeções, não eram reais, algo como um filme passando, pessoas marionetes, assim, leit@r.
Não curto abandonar a leitura, o livro, gosto de ir até ao final. Mas não gosto de absurdos desse tipo ou talvez eu não esteja contextualizado ali naquela estória e perdi o interesse, o leit@r sabe. Também pode ser que seja o meu contexto, mas que eu não tenha alcançado e não bateu.


quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Muito lindo ver Cinema Orly se espalhando pelo Brasil.
Dois Cinemas Orlys para São Caetano do Sul. De lá, serão presenteados: um Cinema Orly para Salvador e um Cinema Orly para Americana.
Yahhhhhhhhhhhh!


terça-feira, fevereiro 24, 2015

cinema
Publicado em 24 de fevereiro de 2015 | por Luiz Antonio Ribeiro
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Cinema Orly, de Luís Capucho

Autor: Luís Capucho
Editora: Interlúdio, 1999
Páginas: 142
“Sou Luís Capucho, escrevi o Cinema Orly e tenho namorado.”
Poema Maldito – Luís Capucho
Será que existe uma parte de nosso corpo que nos representa? Uma pedaço nosso que, mais que os outros, faz com que nos tornemos mais vivos, mais urgentes, que nos dê a exata medida e sensação de estarmos no caminho da nossa realização, seja momentânea ou duradoura? Se sim, será que podemos dizer o mesmo de um lugar? Será que um espaço físico e características excêntricas podem representar....

Um Cinema Íris, um Poema Maldito e um Ovo para Aracaju, no Sergipe:




Essa noite, refrescou aqui no meu apezinho. Dormi sem ventilador. E não tinha mosquito.

Depois de ter blogado aqui sobre o cheiro forte de café, a catinga foi ficando cada vez mais forte e sufocante. Eu ia pra janela respirar e tentei saber o que era e nada. Fiquei aqui. Uma hora depois, na cozinha, vi a panela de feijão torrado e apaguei o fogo. Que coisa!

Fora isso, tivemos uma conversa, eu e Rafael sobre o filme dele – Peixe – focado na minha produção artística. Os meus livros, as minhas músicas e As Vizinhas têm a mim como tema, então, bom leit@r, o documentário será focado em mim. Conversamos sobre essa mistura cheia de imaginação a que vai se misturar, agora, a imaginação dele. Às vezes, aparecem conflitos, a gente é egocêntrico, tem questões reais e questões que são de imaginação. Às vezes, parece um documentário.

É nóis!

Fui.

segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Luis Capucho - Poema Maldito 1


A Klaudia ficou num cantinho, sentada ao lado do palco, no
chão, que não tinha cadeira na platéia, aí, todos no chão.
Hoje, descobri que ela postou algumas das músicas que
filmou, no lançamento do Poema Maldito, no festival de música autoral – Bulha. E pelo vídeo, dá pra ver a posição em que ela estava, ali, embaixo.
A primeira que tocamos foi A Música do Sábado, parceria com
Kali C, e não está no Poema Maldito. Eu já disse a meu bom e generoso leit@r,
que ouvir é melhor que tocar. E repito, porque ouvindo não me importo tanto com as imperfeições que ao tocar são reais, quer dizer, ouvindo, não existem mais, se liga.
Também adoro o baixo do Felipe, dando eixo pra melodia.
Vejam:


Tem um cheiro muito forte de café entrando no apezinho.  
Tudo vai acontecendo sem que a gente veja. E, aí, vai chegando pra gente.
Começo a duvidar que isso seja cheiro de café. Está me sufocando, como quando alguém fuma tabaco  a meu lado. Ouço uma serra elétrica vindo d’algum lugar lá embaixo, no vale. Acho que isso é madeira serrrada, que chegou no apezinho como cheiro de café.
As coisas chegam colocando questões pra gente.
Fui.

domingo, fevereiro 22, 2015



Quando penso que tenho vindo escrever no Blog Azul desde o ano de 2003, como digo ali na explicação ao lado, acho isso muito legal, que eu tenha conseguido manter isso que para mim é um luxo e tal.

Agora, que moro no apezinho do terceiro andar, quando antes de vir ao Blog, preparo o meu desjejum, todos os dias, avisto a duas casas daqui, a cozinha de Dona Suzela. Quando chego na minha cozinha e olho, elas – Dona Suzela, as netas e uma ajudante - já estão na azáfama de aprontar o almoço, mas leit@r, tudo é muito tranqüilo, uma cena que poderia estar em qualquer tempo, um lance perene, ta se ligando, uma cena que poderia ter se passado no século XIX, que poderíamos supor no próximo século, do mesmo modo como eu aqui na cozinha do apezinho, sozinho, preparando meu café, é um troço perene e poderia estar em qualquer tempo que eu não conheça. Mas que conheço, porque as possibilidades da vida não são tantas assim, se liga. Afinal, teremos de nos alimentar para sempre.

Quer dizer, como se diz naquela música sobre a mulata que samba, aqui, no final do vale da Martins Torres, pra mim, é um luxo só, bondoso leit@r, a cozinha de Dona Suzela funcionando todos os dias, a minha cozinha funcionando todos os dias, o Blog Azul.

Fui.

sábado, fevereiro 21, 2015

Participação de Luís Capucho no show de Bruno Cosentino

Pedi ao Pedro que colocasse a minha participação no show do Bruno Cosentino inteira no youtube. Eu curti muito os elogios que ele me fez, embora na hora do show, eu não tenha conscientemente me dado conta. E pra mim, vendo a cena de fora, na gravação do celular de Pedro, vejo que tudo, a partir de quando ele começa a falar até ao fim, ficou incrível, como ele mesmo disse, quando me chamou.  Quer dizer, silencioso leit@r, eu adorei que ele tivesse me chamado pra participar do show.
Eu tava dizendo sobre isso com o Gustavo Galo, um compositor de Sampa que assistiu. Ele estava no Rio para o Bulha – Festival de música autoral. E disse a ele que eu achava ter rolado uma convergência muito legal de desejos, entende? Aí, ele entendeu.
E continuei:
- Isso é uma coisa que eu achava que já tivesse passado por ela e que não iria acontecer mais. Aí, de repente, rolou outra vez. Eu me sinto jogado outra vez na força!
- Foi muito lindo! – ele disse.

sexta-feira, fevereiro 20, 2015



Ontem, me senti honrado por ver compartilhado no facebook um texto do Leonardo Davino, onde ele fundamenta nas palavras dele que a poesia está fora da ordem do dia e, aí, mira o meu Poema Maldito, quer dizer, mira especialmente a música que fiz com o Tive: Poema Maldito.

O texto está em seu blog Lendo Canção onde ele, já faz um tempo, do ponto de vista literário, tem falado de música brasileira, leit@r, aqui: http://lendocancao.blogspot.com.br/2015/02/poema-maldito.html

Fora isso, pedi ao Felipe que colocasse no youtube todos os meus discos pra os meus silenciosos leit@res conhecer. E ela sabe como coloca e ta colocando.

Veja, já tem esses dois:


quinta-feira, fevereiro 19, 2015

maluca


Assistimos ontem ao documentário sobre a carreira de Cassia
Eller. O cinema estava lotado. A meu lado sentou-se um rapaz enorme, que chorou pelo filme afora. Ele queria tudo de Cassia Eller, só pra ele. Quando as meninas atrás da nossa fileira de poltronas, falaram alguma coisa, ele reclamou silêncio, disse que estavam atrapalhando ele. Elas ficaram quietas.
Todos estavam cheios de amor. Eu estava cheio de amor. Uma
ficha caiu, eu pensei “a Cassia Eller ter gravado minha “Maluca” me deu um grande entusiasmo. O que me incentivou a querer voltar a tocar o violão que eu tinha abandonado." Então, bom leit@r, logo que consegui fazer um acorde, fiz o Inferno, música minha com Sacramento. Quando fiz dois, saiu outra parceria nossa, a Fonemas.
Então, quando ela gravou a “Maluca” eu telefonei pra ela pra
agradecer. Eu tinha a voz muito, muito lenta, por conta da incoordenação motora e lhe disse que ela tinha colocado tanta ternura na música que eu sentia que era pra mim. Fiquei como o rapaz enorme que sentou ao meu lado chorando na poltrona do cinema, achava que era só pra mim.
Aí, ela disse rindo:
- Mais calma, Luís! Tem pra todo mundo... – e tem.

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Fênix - A foto onde eu quero estar


A impressão é a de que pra mim, de meu ponto de vista, quer
dizer, se eu for levar em conta que eu seja um lugar de onde se olha as coisas, que seja um lugar que importe – porque no fim não há importância alguma – o carnaval não desarrumou nada, porque as coisas já estavam reviradas e na manhã de quarta-feira de cinzas não me veio um pensamento assim “agora, é colocar tudo no lugar, outra vez.”
Isso me fez lembrar do disco do Fênix “A foto em que eu quero estar” em que na música-título ele canta algo como o sonho é samba.
Veja:

terça-feira, fevereiro 17, 2015


Quando chegamos de Paquetá, ontem, decidimos ir olhar os carros alegóricos na concentração das Escolas na Presidente Vargas, como costumamos fazer, desde o Sacramento e Valfredo. Mas a gente teve de sair batido. A gurizada tava brincando de arrastão. De cinco em cinco minutos explodia um. Os meninos, com os trecos que arrastavam, em fuga, atravessavam na frente dos carros em alta velocidade. Um perigo. Não entendi até agora como aquele garoto conseguiu não ser atropelado na minha frente, quando eu esperava pelo sinal fechar e ele vazou atravessando a rua na frente de tudo.

A gente veio embora.
Pedro fez essa foto: