sábado, dezembro 31, 2011

Emoções se repetindo...

Coloquei o Roberto Carlos que ganhei do Sacramento de presente de Natal pra ouvir.

“Pare!

Pense!

Olhe que esse dia já vem!

Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia!”

Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

sexta-feira, dezembro 30, 2011

As pessoas ficam brotando em torno à minha casa, nessa época de final de ano, como chuchu na cerca. E elas brotam de todos os tamanhos, assim, grandes feito eu e pequenas também. Pequenas de todo tipo, umas falam e outras nem falam ainda, dão mugidos, guincham, tentando falar...uma coisa. Isso me deixa muito irritado, fico querendo sumir. Porque eu não quero ouvir nada nem ninguém que não seja eu mesmo. O meu bom leit@r sabe, eu sou quieto, daí, que se não ficassem brotanto em baixo, atrás, na frente e em cima, aqui estaria no mais perfeito e delicioso silêncio.

Aí, como o Pedro foi visitar a família em São Paulo e eu fiquei de cuidar do Neno, vou pra lá.

E dos vizinhos dele vem música clássica!

Que ódio!

Ta tudo dominado!

Fui.

quinta-feira, dezembro 29, 2011

O Natal vai ficando pra trás com as comidas e, agora, vem 2012.

Um homem me ligou e disse:

- Posso falar com o Luís Capucho? – era do banco.

- Pode, sou eu – e, aí, bom leit@r, ele começou a falar de um sorteio e explicou como tudo acontecia e das vantagens e tal. Eu nunca me interesso por telefonemas do banco, acho que não compreendo muito bem e ele ainda estava explicando o sorteio, quer dizer, é um sorteio muito complicado e não soube o que dizer e nem precisava, ele ainda estava explicando, então, por fim, perguntou:

- O que o senhor faria se ganhasse 100 mil reais, Seu Luís? – e eu não tinha a menor idéia. Agora é hora do almoço e não faria nada com 100 mil reais, eu tenho comida pronta em casa e fiquei quieto.

- Seu Luís?... Seu Luís Capucho?... Seu Luís!?... Seu Luís... tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu...rs.

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Ainda comendo coisas que trouxe do Natal, no Sacramento!

Um arroz cheio de coisas dentro, um pedaço de pernil também com coisas dentro, fatias de peru, farofa com coisas dentro. A maionese acabou no primeiro dia.

Aí, fiz um feijão preto limpinho, só com dois dentes de alho dentro, pra misturar tudo, quer dizer...fui.

terça-feira, dezembro 27, 2011

Valfredo me deu um livro de presente. É um livro muito original e muito gostoso de ler. Tem uma forma de escrever com que não se está acostumado. Não é gostoso pela falta de costume, mas porque seu jeito é bonito. Chama-se “Infância”. E o escritor J.M. Coetzee é da África do Sul. Eis, aí:







E Penha mandou um link em que se fala de meu livro Rato, veja bom leit@r: Aqui

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Vou passar o Natal com a casa, um brinco.

Quarta- feira arrumei o quarto com computer. Ontem, a sala e o quarto de mamãe, onde durmo. Hoje a cozinha, banheiro e lá fora. Amanhã, acabamento.

Faxina, fui.

quinta-feira, dezembro 22, 2011

Tem que limpar a casa todos os dias, como fazer comida e tomar banho e os remédios. Mas, aí, silencioso leit@r, criar essa rotina e não deixar de escrever, tocar violão, ler, quer dizer, ao mesmo tempo em que eu não deixe todas as outras coisas assimiladas pra trás, tipo, não deixe de me exercitar algumas vezes na semana, e consiga voltar a pintar os meus quadros e tal e tal, então, para isso eu precisava ser mais de um ou, ao menos, precisava não gostar de dormir como gosto.

Daí que preciso escolher o que seja minha prioridade.

Essa confusão não aparecia, por exemplo, aos quinze anos, quando o tempo estava inteiro na minha frente sem que eu pensasse nele. O tempo estreitou e encurtou sua garganta. Então, fica passando apertado, meio engasgado.

Se eu não penso nele, ele desengasga.

Que coisa!

quarta-feira, dezembro 21, 2011

As pedras estão rolando.
Ontem, assinamos para lançar o disco Cinema Íris pelo selo de música da Multifoco, uma casa Multimídia que fica na Lapa. Daí, que estava vendo que tudo em torno ao disco é por ali, na Lapa. O escritúdio Cobaia, onde ele foi gravado, fica na Cinelândia, no prédio do Odeon. O Cinema Íris fica por ali também, perto da Praça Tirade
ntes.
E a Multifoco,
perto dos Arcos.

terça-feira, dezembro 20, 2011

Além disso, e isso é muito antigo, repetido, o pessoal de baixo está a se vangloriar dos seus pássaros engaiolados, como mães que se vangloriassem de seus pimpolhos, no parque aos domingos à tarde. Ou se vangloriassem de cachorros presos, gatos que não rodam os telhados do quarteirão etc, etc...

De minha parte detesto esses gritos de passarinhos, fixos, embaixo de minha janela.

Fui.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Estivemos no Saara para as compras de Natal.

Comprei bobagens para os amigos de perto e, na hora, decidi que compraria presentes para as crianças da vizinha de trás, de baixo, de janela e da frente.

Isso era uma coisa que mamãe gostava de fazer, então fiz.

Quando estávamos vindo embora, numa ruazinha que ía dar no Largo São Francisco, uns pivetes já de voz engrossada e cheios de pentelhos no saco, pediram nossa água, que bebíamos distraídos. A gente deu. Aí, olharam pra nossa cara cheios de ódio, nos chamaram de viados e, sem beber, jogaram nossa água fora.

Que ódio!

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Neno foi ao hospital, ontem, para ser castrado.

De tanto ferver na night, estava todo estropiado, o coitado, e Pedro quis dar esse trato nele pra ver se o bichano sossega o facho em casa. Chegou, trazido pela médica, quando anoitecia. Estava muito grogue e fiquei preocupado, porque me vieram todas as lembranças que tenho de hospital, o que o bom leit@r sabe, são sempre drama!

Ele não tava se aguentando, mas queria seguir Pedro, onde quer que Pedro fosse, não queria ficar deitado na caminha de travesseiro armada na sala para esperá-lo. Aí, ía corredor afora trocando as pernas, a bundinha cambava de um a outro lado.

Pedro falou:

- Ele tá uma Gisele Bundchen, Luís! – e estava.

E não conversava. Ele gosta muito de falar com Pedro, mas não respondia nada, tava estranho, não falava.

A médica disse que ele não comeria nada, por conta da anestesia. Mas, aí, comeu ração e tomou leite. Depois dormiu.

Na madrugada, quando acordou, quis sair de casa.

Saiu, dormiu fora!

Esse é o Neno!

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Diminuí na metade o meu pote de café diário, mas fico querendo mais.

Então, eu começo a pensar que a vontade de mais café seja sede, aí, bebo água. E isso aplaca um pouco o desejo de mais café...

quarta-feira, dezembro 14, 2011

vida nua

Bem descansado e fazendo comida para o almoço.

Paulo Azeviche vai cantar minha “Vida Nua”. Estou bastante feliz com isso.

Eu me lembro: estava numa casinha em Mury, do meu amigo Ciro. A casa tinha sido antigamente uma estação de trem e tinha nos fundos um córrego, que vinha descendo morro abaixo. Em Friburgo, as casas têm jardins muito belos e o Ciro tinha levado uns filmes pra gente assistir. Entre eles o “Vida Nua”, título em português para “The Naked Civil Servant”, uma autobiografia de Quentim Crisp, livro em que o filme tinha sido baseado. Aí, fui pro jardim e era mesmo um jardim, não era um quintal. Eu sempre levava o violão, quando saía com o Ciro pra Friburgo. E comecei a fazer. Foi assim...

terça-feira, dezembro 13, 2011

Sinto a atendente do P.A. sempre de má vontade, quando vou perguntar se tem vaga para o almoço e, hoje, não foi diferente. Disse que não tinha vaga. Tive que ficar lá por muito tempo. Tava meio zoneado. Aí, resolvi me adiantar, quer dizer, silencioso leit@r, ao invés de ficar esperando, fui procurar por notícias do próximo atendimento.

E a menina disse pra eu entrar na sala para medir os sinais vitais. Tudo começou a fluir. A partir dali, não esperei mais pelo próximo passo, fui sendo mastigado pela máquina do ambulatório que nem um pedaço de músculo numa máquina de moer, em açougue.

A enfermeira disse:

- Tira a roupa – e eu fiquei de cueca, descalço no chão frio.

- Tem que tirar a camisa? – eu perguntei, porque o ar condicionado tava gelado.

- Tem.

Aí, ela mediu meus peitos, minha barriga, me pesou, viu a presssão, mediu a bunda, a altura, tudo. Quando saí, um trans miúdo e feioso ficou me olhando com interesse e um outro trans mais bonito, não me olhou.

Encontrei meu médico novo em frente ao prédio. Ele me disse que eu não ficasse preocupado, porque o sintoma que tenho é efeito do Efavirenz, um dos anti-retrovirais.

- Que bom doutor, fico mais tranquilo! Tava achando que era câncer!

Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

segunda-feira, dezembro 12, 2011

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Calorzão de chuva para cair.

Essa luz de anoitecer, antecedendo o temporal e aprisionada entre o chão e as nuvens cinzas, é muito linda. Os barulhos vêm de longe e chegam aqui agradáveis. Latidos de cachorro que respondem aos latidos que descem do morro, passarinhos gritando, cigarras cantando...tudo.

Então, esses barulhos que atravessam o vale que é meu bairro, quando avança a noite ficam mais legais, porque vão caindo bem de longe, no silêncio daqui, de minha casa.

Entretando, como bem sabe meu bom leit@r, hoje é sexta-feira ... ha ha.

Ontem, estava rindo com Pedro no telefone, porque me lembrei, que semanas antes de eu entrar em coma, em 1996, comecei a ouvir um pássaro de barulho esquisito, que atravessava às madrugadas, o céu da casa onde eu morava.

Na época, não me dei conta disso. Mas, depois de acordado, relembrei dos pássaros gritando como quem relembra de um aviso.E, tenho ouvido um pássaro gritando na madrugada cortando o vale.

Quer, dizer, bom leit@r, apesar de adorar os sons que caem de longe aqui, trouxe, hoje, para casa, protetores de ouvido. Não vou ouvir os pássaros agoureiros.

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Pedro de noel... inauguração da árvore de natal de Marcos Sacramento!
Feliz natal pra todos, bons e silenciosos leit@res, feliz natal!!!

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Liguei o rádio para dormir e abafar o bochicho do pessoal de trás.

Estava tocando um programa do Sérvio Túlio, na madrugada.

Como teve aquele dia em que reclamei, o pessoal de trás, falava baixinho. E suas vozes abafadas, vinham pra mim, e apareciam por trás da música como num surto de esquizofrenia. De repente, sumiam. E, outra vez, nas depressões das músicas, apareciam como um bolo de serpentes ondulando sob a crosta de som. Foi uma madrugada de horror.

Cruz credo!

terça-feira, dezembro 06, 2011

A “Meu Irmão” foi feita de cabeça, generoso leit@r, como imagino que sejam as músicas do Claudinho e Bochecha, e como imagino seja o funk, quer dizer, músicas que aparecem sem auxílio de nenhum instrumento, vêm direto na cabeça, sem apoio. Desde que comecei a fazer música, os acordes que tiro do violão é que me sugerem as frases melódicas, que se sustentam nesses acordes, que vou fazendo um, depois o outro, e tal. Então, as músicas já nascem sustentadas nessa armação de notas. E poucas delas, das que fiz, têm apenas sustentação na minha imaginação, como é o caso de “Meu Irmão”, que depois de pronta é que fiz a cama de acordes para sustentá-la.

Os acordes do violão são, então, assim, uma espécie de alavanca, que jogam a melodia um pouco mais no alto e um pouco mais afastadas da gente, mais espirituais, voadoras, leves, finas e tal...então, quanto mais leve o som do instrumento que a gente usa pra dar essa alavancada na hora de construir a melodia, mais leve e fina, subimos com a música.

É isso aí, se liga...

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Meu Irmão - Luís Capucho

As fotos que tiramos na exposição da India, Pedro colocou no Meu Irmão, de uma gravação juvenil que tinha aqui...

domingo, dezembro 04, 2011

Maquinas me Respeitem

Fiz meu café.

Estivemos passeando em Jurujuba, ontem, que a meu ver, é um dos lugares mais lindos de Nikity. Decidimos andar um pouco pela estrada margeando o mar da baía e em nossa direção veio vindo uma senhora acompanhada de seu cachorro preto e branco. Pedro quis brincar com o cachorro, mas ele, arredio, ía passando direto.

Então, a senhora obrigou o cachorro a parar e a cumprimentar Pedro.

Paramos na curva da estrada e enquanto o cachorro não deu a patinha pra cumprimentar Pedro, não nos separamos.

Nos debruçamos na balaustrada pra olhar a enseada cheia de barcos e ficamos lembrando de 2007, quando fizemos o vídeo do “Máquinas me respeitem”.

Pedro disse:

- Teve tudo a ver, né, Luís? – e concordei.


sexta-feira, dezembro 02, 2011

Estive na rua, ontem, para comprar meus incensos.

Havia, por um tempo, desistido de comprá-los, porque começaram a ficar mais vagabundos, então troquei de lugar de compra e continuaram vagabundos. Aí, resolvi perguntar à balconista se ela tinha alguma informação a respeito da mudança de qualidade dos incensos e ela foi escolher comigo outros, na prateleira.

Disse:

- Você tem que escolher! – e escolheu pra mim.

Escolheu vários que eram bons com certeza.

Começou com o Olho Grego.

É bom.

O Olho Grego é uma versão grega do Olho de Horus dos egípcios. Que tem versão no Olho Turco.

Muitos olhos...

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Ontem, fiz minha primeira sessão com as máquinas de levantar peso. Em todas as máquinas o orientador colocou 18 quilos e não fiquei doído. Mas me cansei e dormi cedo. À meia-noite o pessoal de trás chegou tilintando copos de cerveja, conversando fiado e gargalhando. Então, silenciosos leit@res, me acordaram. Fiquei muito chateado, na verdade, fiquei irado e, na escuridão, debruçado no muro de minha área, comecei a brigar com eles. Foi horrível...