quarta-feira, julho 27, 2016

Fiquei meio sem saber o lugar onde estou, assim, sem saber mesmo o que dizer e qual o sentido de tudo o que anda acontecendo comigo, então, aqui é um mundo que é diferente do que era o mundo de quando as coisas aconteciam comigo antes, por exemplo, no tempo em que eu não tinha pra onde ir e, então, de madrugada, ficava sentado num banco do centro da cidade, embaixo da luz elétrica, observando o movimento do pessoal que curte a noite e era como se todos nós quiséssemos escapulir.
Então, agora, eu sou um cara, um senhor - me respeitem - que escapou pra o mundo da arte, onde vou escapando para sempre e depois e depois, sem mais parar e tenho tido alguma sorte de ter feito de verdade coisas que ganharam valor, porque podem ser revisitadas várias vezes sem que percam o frescor, ao contrário, ganham nuances que não estavam ali antes e tudo.
Por fim, eu que fico aqui só falando de mim, mas pensando sempre no boníssimo leit@r, porque tamo junto, porque é nóis e estamos ligados, quero mostrar-lhes a produção de caixinhas produzidas pelo grupo artístico InT, sediado em SP, a partir de minh’As Vizinhas de Trás e que tinha como objetivo criar condição para a montagem da peça Cinema Orly.
Vejam:


sábado, julho 23, 2016

Desenho feito por alunos de aulas do curso de teatro da Unirio, a partir de minha obra artística sob o título de: Corpo nu de homem no pódio-altar recebe orações.

quarta-feira, julho 20, 2016

Trip to center of hybrid fractal

Eu sinto que eu fui catapultado do lugar onde eu estava, boníssimo leit@r, assim, do lugar onde eu vinha vindo, de repente, sumiu. Então, agora, que outras coisas vêm chegando – a vida é livre e não pára de chegar – vou aos poucos reconfigurando, do que ficou, um novo panorama, uma nova perspectiva, um novo contorno pra tudo o que tou sentindo agora...
Eu sei, parece que fui eu mesmo quem me catapultei, mas que também parece que não fui eu, porque o boníssimo leit@r sabe, esse movimento que veio vindo e que tornou a situação muito diferente do que estava, esse movimento além de ser meu, porque sou eu que tou indo com os meus batimentos, com o meu pulso e tal, é também o movimento de outros corpos e coisas e pessoas, que vão batendo e pulsando e sentindo e vindo e configurando outras formas e outras situações, ao mesmo tempo, tudo preso e livre, interligado e solto, tudo assim em proporção e também como se nunca saíssemos do lugar...
Assim:
Desenho feito por alunos do curso de teatro da Unirio, a partir de meus livros e discos=amor:

domingo, julho 10, 2016

Hoje, às 16 horas, vamos repetir o ocupa capucho na Sala Laurinda Santos Lobo. Entre as músicas, eu estava dizendo que minha sensação de que há um território a ser ocupado nunca é suficiente, que eu tenho essa impressão comigo mesmo - eu não disse assim, porque os momentos não se repetem, você sabe – mas no calor entre as músicas, com as palavras da hora, eu disse que isso era um lance meu, ao mesmo tempo em que, respeitosamente, por conta da natureza das músicas, era um lance comum e tudo.
No fim, o que quero dizer é que é amor. A equipe do Laurinda preparou uma sala linda de ocupação, os poucos e lindos que me conhecem e que chegaram junto, só amor com seus reveses, a Ruth e o Pedro.
De tarde, te esperamos.
Vejam:

quinta-feira, julho 07, 2016

Algo assim, final de semana na Laurinda santos lobo. Promoção Roquete Pinto. Ligue e garanta seu ingresso. É só dar o play:

É bom demais, quando fazem contato comigo pra dizer que conheceu alguma coisa que eu fiz e curtiu. E tem aqueles que fazem a seu modo o ocupacapucho, quer dizer, produzem alguma coisa enquanto me ocupam. Hoje, recebi esse desenho da Flora.
Como a música, achei que é um universo em expansão, silencioso leit@r.
Vejam:


quarta-feira, julho 06, 2016

De repente, tudo enlargueceu e minhas nov’As Vizinhas de Trás, ficaram paradas, incompletas e, aí, começo a tentar imaginar qual cor colocarei no fundo delas. Fico tentado a manter o branco, mas pintar branco pra mim é tão difícil. Porque ficam aparecendo as outras cores nele, como se ele se sujasse.
É uma daquelas telas do tamanho antigo e cabem quatro vizinhazinhas, 15x20cm cada. A primeira delas, acho que colocarei um fundo verde.

Vejam:

terça-feira, julho 05, 2016

Mamãe me Adora - luís Capucho

Fiz a “Mamãe me adora” há tanto tempo que nem mais consigo
situar quando nem onde foi, pra dizer aqui no Blog Azul. Digo as coisas muito à
vontade aqui, porque frequento aqui já faz mais de 10 anos, como quem vai na
escola, diariamente. E no show do Bar Semente na semana passada, toquei pela
primeira vez músicas ainda no meu processo de restauração delas, que surgiram
antes que eu tivesse sido acometido do coma por neurotoxoplasmose, em
decorrência do HIV, e que me deixou por muito tempo impedido de tocar essas
músicas que fiz mais ao estilo MPBzona, como eu falei durante o show e antes de
tocá-las.
Daí ser uma alegria pra mim, poder mostrá-la outra vez ao
vivo, assim, ainda meio camba, meio esmaecida ainda, as notas da melodia ainda
sem cor e tudo, tudo ainda, apenas na luz da voz e violão, no esqueleto, cru,
duro e frio, tudo somente amor...


Vejam, no celular do Pedro:

segunda-feira, julho 04, 2016

Final de semana que vem terá mais Ocupa Capucho, dessa vez, no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa. É um hiato que tou fazendo das apresentações, ao vivo, Poema Maldito (Independente/2014). Então, tive que modificar tudo, porque além de músicas desse disco, vou cantar músicas inéditas e também músicas dos discos anteriores - Lua Singela ( Astronauta Discos/2003), Cinema ìris (Multifoco/2012), Antigo (Independente/2012).
Dei esse nome de Ocupa Capucho, que é um desejo de eu me ocupar mais completamente e é um desejo de ser ocupado também, quer dizer, que vocês se sintam à vontade pra de olhos interiores dos ouvidos, ocupar a matéria fluida das melodias e palavras e tudo, que vou estar munido apenas de voz e violão, no pequeno espaço de uma hora.
Então, vou tocar desde músicas mais conhecidas, já gravadas por grandes nomes da MPB, até as mais obscuras, mostradas apenas no esqueleto, sem nenhuma carne, apenas a luz que advém do violão mais cru e da voz mais abrasada.
Fiquem à vontade:


domingo, julho 03, 2016

a expressão da boca - luís capucho

Uma vez em que fui assistir a um show da Maria Alcina num
teatro do Rio de Janeiro, no final, enquanto todos aplaudiam sua apresentação
lindíssima, com um penacho na cabeça e meio curvada, ele se desculpava por ter
esquecido um verso de uma letra das músicas que cantou, o que não faz grande
diferença na verdadeira expressão de um artista... mas é horrível, quando
acontece, sabe, eu sei.
Fora isso, estou muito satisfeito com o show de ontem. É
sempre um aprender mais o modo como vamos apresentar a produção da gente. E
feliz demais com as pessoas que vieram ver.
Semana que vem tem mais na Laurinda Santos Lobo, em Santa
Teresa. Vamos?


Pedro filmou A Expressão da boca:

sexta-feira, julho 01, 2016

Talvez, eu tenha ficado bastante nervoso pra me apresentar apenas voz e violão no Bar Semente amanhã, 20 h, 2 de julho, e fiquei rouco, garganta inflamada. Ou a essa altura, os amigos dizem, não se fica mais nervoso pra estrear um show e o que aconteceu foi por causa desse frio, porque as doenças estão aí pra sair pegando mesmo, nada de doença sem pegar, sem sair espalhando...
O fato é que já tou com os remédios tomados e ansioso pra ter vocês comigo, no bar, tudo salutar e com proteção.
São todos muito bem-vindos: