sábado, janeiro 30, 2021



Nessa foto que tirei de um vídeo que Pedro fez comigo para um clipe de uma música do Vitor Wutzki, Titanic, estou repetindo uma expressão de uma foto 3x4 que tirei para a identidade em 1978, talvez. Também, lembra outra foto de minha primeira comunhão, em Alegre, ES, quando eu tinha 7 anos, em 1969, quando ainda não era formado o peso nos olhos e nos cantos da boca que fazem o meu rosto, aí, agora, nessa foto que eu tirei do vídeo da Titanic do Vitor Wutzki e que Pedro filmou comigo.

 


 

sexta-feira, janeiro 29, 2021

Eu já contei aqui sobre a motivação de criar a Camisa de Apresentação, depois de Bruno Cosentino ter me chamado pra uma participação em show dele. Minha memória é ruim para que eu me localize no tempo – e isso é tão importante – mas, se não me engano comecei a fazê-la em 2015. Portanto são cinco anos de estórias coladas e contadas nela. Infelizmente, não tenho um registro disso e, por isso, minha memória é tão importante, quando eu quero descrevê-la. Então, não é apenas combinar os detalhes brilhantes no seu pano, numa proporção. Porque além dessa superfície que a gente vê com os olhos, tem uma vibração em seu entorno. E que formam sua estrutura e aura, sua carne de objetos brilhantes afetivos.

Seu nome, Camisa de Apresentação, é uma dobra do Manto de Apresentação do Arthur Bispo do Rosário e, como ele, sistematizado no conjunto embalsamado de suas peças, está sistematizada em muito do que faço, desde as outras coisas com que me apresento, o corpo sutil da músicas, os tótens, os livros e tudo o mais que vai se abrindo em ondas e que vão morrendo, depois.

É isso.

Veja:


 

quarta-feira, janeiro 27, 2021

sábado, janeiro 23, 2021

sexta-feira, janeiro 22, 2021

Saiu a primeira calçola de Crocodilo, de Túlio.
Interessados nas encomendas, um box!


 

quinta-feira, janeiro 21, 2021

 O Tulio borda. Quando estivemos em Limeira e Nova Odessa ele bordou nas camisas frases do meu repertório de músicas: A vida é livre, a transcendência da matéria, a substância da ilusão. E agora, ele tinha postado no Instagram o que ele chama de suas calçolas, que elogiei. Ele perguntou se eu queria uma. Então, leit@r, vêm aí, as calçolas de Crocodilo, de Tulio:




quinta-feira, janeiro 14, 2021

 Eu era criança e mamãe trabalhava na casa do Seu Eulâmpio e da Dona Dinalva, em Magalhães Bastos, muito perto da Vila Militar. Foi nessa época que aprendi a dizer oi para alguém que se aproximasse. Ou, pelo menos, que isso era o que as pessoas faziam. Seu Eulâmpio ou Dona Dinalva, tinha um irmão com filhos de minha idade que moravam na mesma rua, então, quando ía para lá brincar, ouvia o oi. Eu me lembro da primeira vez, uma menina, sobrinha do Seu Eulâmpio ou de Dona Dinalva, entrou na sala onde eu estava e disse: oi.

Ainda demorei muitos anos, muitos anos depois, é que disse meu primeiro oi, porque eu nunca dizia nada ao chegar perto de alguém. Ainda hoje não digo tanto o oi ou o bom dia. Não sou de dar bom dia com facilidade. Devo ser o tipo sisudo, talvez. Mas, não. Quer dizer, tenho algum juízo.

Bom dia!

 

quarta-feira, janeiro 13, 2021

 Fazia um bom tempo que não ía ao centro da cidade. Fui fazer um exame de sangue para saber melhor sobre o meu rim. No laboratório fiquei um pouco na dúvida sobre qual das partes, se os clientes ou as atendentes, estavam a lidar melhor com o mau humor da manhã. Leit@r, fiquei na dúvida sobre qual das partes desarmava o mal humor da outra. No fim, cheguei a ter dúvida, se havia mal humor.

Moral da estória: É nóis!

terça-feira, janeiro 12, 2021

 Chegaram pra mim mais quatro dos Cadernos de Música, dos quais o número 4 – recebi desta vez os números 10, 11, 12, 13 - foi um presente pra mim, quer dizer, sou o seu assunto. Eu estava me lembrando nesta semana da vez em que morei com a tia Maria e com meus primos no Caiçara, em Cachoeiro do Itapemirim. Nós morávamos em nove pessoas, entre adultos e crianças, numa casa de um cômodo, um barraco de pau-a-pique, sem móvel algum, um fogão a lenha do lado de fora da casa – era uma casa – e me lembro de muitas coisas dessa época, mas o que eu estava me lembrando era o modo como eu olhava para a situação, o modo louquíssimo como eu olhava pra tudo aquilo, quer dizer, sem ver. Porque eu estava posicionado num lugar de fantasia, que era o olho de mamãe na minha vida. Então, eu estava ali na minha tia com meus primos, mas estava separado daquele lugar, porque eu tinha mamãe, que era de todos os meus primos e que era de minha tia. Mas a minha posição era mais poderosa, se liga, então, o poder que vinha de mamãe me subia na cabeça e eu não via mais nada. Porque minha mãe sempre me tinha numa posição protegida e eu não via mais nada. E era mesmo uma época de loucura cega, ninguém via aquilo, estávamos abandonados ali, na época do Pra Frente Brasil!

Então, essas lembranças têm a ver com ser o assunto, pra mim, de um dos Cadernos de Música em par com o Tom Zé, porque é a mesmo posição cega essa a minha de ser artista. Eu sempre falo assim nas vezes em que penso nisso, dessa posição cega e de fantasia em que estou, quer dizer, todas as coisas estão rodeadas de outros mundos possíveis.

Essa foto é da Ruth:



segunda-feira, janeiro 11, 2021

Triste

Engraçado, por todo esse tempo de covid-19 não apareceu mosquito aqui no apezinho para atrapalhar o sono. Sempre me lembro disso com alegria. Mas, agora, mais cedo o fumacê deu três voltas no quarteirão espirrando um líquido no ar com muito barulho. Tomara funcione!

Fora isso, a próxima música mais ouvida do Crocodilo, e que é a preferida de muitos, é a Triste. Foi produzida pelo Marcos Campello e fiquei surpreendido em ver como a melhorou tanto, modificando o acento dela no meu violão. Ele trocou esse meu acento colocando uma guitarra que faz ele em outro lugar, ausente leit@r, entre as outras coisas, a cigarra e a caixa de fósforo, o cavalo, charrete, floresta:

domingo, janeiro 10, 2021

Mais uma Canção do Sábado e Vai Querer? - luís capucho

Eu gosto muito de cantar e de ficar olhando, depois, nos vídeos que o Pedro fez, como é que ficou. Eu já pedi ao Sacramento, uma vez, pra que ele me ouvisse cantar e me dissesse no que ele achava que eu pudesse melhorar minha performance. Ele, então, me disse que era pra eu fazer exatamente como faço e não sei se me disse que era pra eu mesmo me assistir e olhar. Então, eu gosto de me ver.

Também, a Rubia, uma vez, quando eu lhe disse que gostava de me assistir, disse que achava bom que eu me visse, disse uma coisa assim, que bom que você se vê.

Gosto muito dessas duas canções que estão gravadas nesse registro do Pedro, a primeira em parceria com Alexandre Magno e a segunda com Suely mesquita. É de 2018 e estamos tocando, eu, Vitor Wutzki e Felipe Abou.

Quando a gente toca uma música outra e outra vez, isso vai melhorando-a. Então, quando a música já foi gravada, a impressão é de que ela fica melhor que no disco a cada apresentação. Isso de algum ponto de vista.

Eu gosto de me ver e sou bom comigo mesmo.

Essa apresentação foi na casa do Bruno Cosentino:

 

sábado, janeiro 09, 2021

Acalanto do Amor

A sexta música mais ouvida no youtube, do disco Crocodilo é a Acalanto do Amor, que é uma música, desde o início, cheia de estória. Sempre fico muito pensativo sobre contar as estórias, porque as pessoas gostam que falemos sobre elas, mas gostam que falemos delas, as coisas boas. Tem aquele chavão, ne, falem mal, mas falem de mim. Acho justo, assim. Embora é questão nem seja o mal, mas o bom.

De qualquer forma, não irei falar de ninguém para contar a estória dessa música, agora. A não ser que é a única parceria do disco, com Douglas Oliveira, e que foi construída por Bruno Cosentino, Pedro Fonte e Vovô Bebê. É uma das que eu mais gosto e chamei ao Rafael Saar e a Alira Silva pra fazermos um vídeo com ela!

sexta-feira, janeiro 08, 2021

Girafa

A quinta música mais ouvida do Crocodilo, no youtube, é a Girafa, que tem o classudo piano da Claudia Castelo Branco. Essa é uma música de que tenho recebido resposta de pessoas bem interessantes e sobre esse disco, que foi construído a muitas mãos, eu me lembro de ter dado pitacos na construção dos arranjos de algumas músicas e em outras já fui surpreendido com elas inteiras, sem mais nenhum vazio que eu quisesse sugerir recheio.

Sobre a Girafa, me encontrei algumas vezes com a Claudia e lhe disse o que eu imaginava pra música e fiquei feliz com a sua expressão ao me ouvir, eu senti ter sido entendido e tal. Mas aí, quando ela construiu a música, o que apareceu foi nada igual e muito superior ao que eu tinha imaginado. Ela construiu a maravilha, vejam:

quarta-feira, janeiro 06, 2021

 Eu me sinto feliz, a despeito de tudo mais, tenho me sentido estranhamente feliz. Teve um dia no mês passado que eu estava tão feliz por nada desde a manhã, uma alegria completa e cheia, e nem cabia fazer um post, nem cabia outra coisa qualquer. Era só aquela alegria sem motivo, aquela admiração dela, mas porque é que eu estou assim. De qualquer modo, em hoje tendo post, a alegria não é pior, só que não é tão cheia.

Quer dizer, eu gosto de tudo na vida, desde dormir de um sono só, até dormir de sono picado. Por exemplo, outro dia estava vendo os galos quando começam a cantar, acho que falei aqui, não me lembro ao certo. Mas vi que eles respondiam a um galo que cantava mais grave, mais choco, mais triste, mais agourento, e aí, antes que caísse uma tempestade na madrugada, esse canto de galo mais agourado e rouco foi o último que se ouviu. Depois só o barulho da chuva.

Também numa outra madrugada eu vi, quando os bem-te-vis começaram a gritar no céu, eu vi que as galinhas respondiam, com o seu canto mais baixo, mais embaixo, mais curto, mais fosco e rude, entretanto, igual e em resposta ao que os bentevis voavam mais acima, livres e rápidos no ar.

E a impressão é a de que esse entusiasmo meu, ta rolando com mais pessoas. Eu até estava falando pra o Pedro sobre as matérias das festas gays, de aglomeração nos cercadinhos dos clubes, de aglomeração sem máscaras nas festas da praia, a juventude masculina e forte, gay, sem máscara, festejando a epidemia. Eu disse pra o Pedro que eu estava adorando, porque parecia uma resposta à epidemia da AIDS, onde a gente foi tão estigmatizado e, agora, vai todo mundo pra rave na praia, como se todos precisassem, gritando junto em belford roxo, em piabetá e em Manguinhos: Chuuuuuuuuuuupa!

terça-feira, janeiro 05, 2021

Já contei, talvez, no Blog Azul, sobre o rolo de onde saiu a “Edson do Rock” Ela desenrolou-se do mesmo episódio de onde surgiu também a “Pessoas são seres do Mal”, que está no Cinema Íris, e que também já contei para o silencioso, aparentemente, ausente leit@r. É uma música bem fácil de tocar e no Crocodilo, foi aprontada pelo Vovô Bebê.

Pra tocar em casa:

 https://www.cifraclub.com.br/luis-capucho/edson-do-rock/


segunda-feira, janeiro 04, 2021

Lives

Como eu disse num post anterior fiz uma play list no youtube com a minha modesta retrospectiva do chocante 2020. Porém ficaram faltando duas lives que foram muito legais: uma musical, de um voz e violão pela Prefeitura de Niterói feita numa lona cultural do Horto do Barreto e uma entrevista, no programa Love Live, do Marcos fanz, no Intagram.

Mas hoje baixei a entrevista do Marcos Araujo e subi no meu canal. É um resumão muito bonito, através das perguntas dele.

Curtam e se inscrevam em meu canal para receber notificações das novidades que eu postar. Façam-me popular, o mundo é enorme!

Sim! 


domingo, janeiro 03, 2021

Cérebro Independente

A quarta música no youtube mais ouvida do disco Crocodilo e a Cérebro Independente. Ela é a segunda música do álbum e foi construída pelo Lucas de Paiva. Eu adorei muito o jeito como ficou essa versão, é uma das que mais gosto no disco. E tem uma outra coisa a respeito dessa música que também adorei. O leitor sabe que tem músicas que a gente não entende bem a letra e só muito tempo depois é que vai descobrir que cantamos a música errado. Aconteceu comigo uma vez com uma música do Chico Buarque que tocava demais no rádio quando eu tinha uns 17, talvez. Eu cantava “Miriam ensina o exemplo daquelas mulheres de Atenas” ao invés de “Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas”... há há há!

E quando eu fiz aquela live pro #artenasredes do governo do RJ, Flora falou que só naquele dia tinha entendido. Porque ela cantava “Sorte minha que nasci e o diabo morreu” ao invés de “Sorte a minha que nasci e que um dia vou morrer”. Quer dizer, a Flora melhorou demais a música... há há há!

sábado, janeiro 02, 2021

 Fiz uma playlist com os vídeos subidos no youtube e que foram importantes de serem visualizados para a construção do meu perfil de artista. Isso é uma coisa que vem se construindo na minha vida há muitos anos e começou mesmo a pegar pé, quando morava na Cabeça de Porco, no centro de Niterói, e pedi a mamãe um violão, que o Zequinha tinha pra vender. Mas a lista que fiz é apenas de 2020, uma retrospectiva desse ano chocante.

Obs: curtam o meu canal e recebam as notificações de novidades.

Veja:

https://www.youtube.com/watch?v=MdLwRqQxWqw&list=PLgKrU4qrSULrb4_GWclx8KsHygUqEHqvN