quinta-feira, abril 30, 2015

Show Poema Maldito - luís capucho no Audio Rebel parte 2


Pedro liberou a segunda parte do que conseguiu gravar do Poema Maldito de domingo:

O Sublime na obra de luís capucho

Há um tempo atrás, Rogério Skylab me disse que faria um texto demorado sobre minha escrita literária e musical. Ele faria o que ninguém mais fez, que era juntar livros e músicas como partes de uma mesma coisa. E que ele já sabia que iria falar do sublime na minha obra. Imediatamente, veio-me na cabeça a palavra sublimação, porque ouço dizer que a arte tem a ver com isso. 
Aí, eu perguntei:
- Onde você vai buscar sobre o sublime, Skylab?
- Vou buscar na filosofia, luís! Na filosofia...
Nessa semana, o texto ta liberado em seu blog, bons leit@res.
Vejam:
http://godardcity.blogspot.com.br/

quarta-feira, abril 29, 2015

Eduardo-luna liberou o show Poema Maldito de domingo, no labirinto de seus links:
http://angg.twu.net/audios/2015apr26-luis-capucho.mp3
Um mimo de Elaine para o Poema Maldito:


Poema em linha reta
Fernando Pessoa(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?



Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.



CARTA PARA FERNANDO PESSOA (Álvaro de Campos também serve)
Caro Pessoa, conheço um maldito, um vil, um aquele lá que contou uma cobardia.
Sim, acredito que isso é da ordem dos grandes poetas. Envio-lhe o último CD de Luis Capucho, “Poema maldito”. É lógico que sei Pessoa que você está... vivo e faço o envio através da voz enlarguecida do Capucho.
Quero ter a honra de apresentar um artista covarde. Raríssimo, como sempre, entre nós.
Pessoa, depois de escutar o cd, você poderia trocar comigo algumas impressões? Porque eu não dou conta sozinha de tanta honestidade e despretensão. Ser poeta sendo gente é coisa difícil de assimilar nesse nosso tempo de grandes, enormes, sofisticados nadas.
Como pode, querido Fernando, uma velhinha ter tanta poesia aos olhos do poeta?
Eu escuto as canções e é como se eu tivesse feito outra coisa. Não parece que escutei, ouvi, entendi. É como se ele conseguisse criar outro mundo. E nesse mundo, a gente não pensa, não entende as coisas. A gente fica de sobre-aviso com a gente mesmo, tentando cavucar uma genuinidade pelada, pra existir nesse mundo despretendido do Capucho.
Você vai ver que tem barulho de rua e som de passarinho. Essas músicas corriqueiras do nosso dia a dia e que ele, assim....sem mais nem menos...coloca pra orbitar em outro lugar dentro da gente. O passarinho não é mais um pardal. Nem um sofisticado arranjo ou harmonia. Ali ele se torna quase intratável como ser... porque é pura poesia detida em som.
Eu não sei Pessoa, meu querido... fico estupefata diante desse Poema Maldito. É mesmo a coisa mais interessante que escutei nos últimos dez anos. E sabe o motivo? Humanidade exposta, com todas as suas perfurações, cabos pendurados, belezas maiores que o peito.
Enfim, quero conheça este poeta, meu querido poeta. E fico feliz de poder dar-lhe a satisfação real de conhecer um artista que poderia responder em forma de canção a um desejo seu: conhecer uma única pessoa gente ainda... taí Pessoa... nosso Capucho.
Eu e Pedro estivemos, ontem, na gravação do DVD do último disco do Rogério Skylab. O Rogério me deixou cheio de orgulho, por ter me chamado pra fazer uma participação em seu disco. 
Ele disse:
- Esse disco acho que vai decepcionar um pouco, não tem rock and roll. É MPB.
Participei de uma faixa do disco, não do DVD. Fomos assistir. E, aí, vimos as participações do Arrigo Barnabé e do Fausto Fawcet e do Tavinho Paes.
Eu disse pra o Rogério, na hora em que Pedro nos fotografava, que eu estava muito agradecido por ele me dar essa entrada no mundo dos poetas como ele e tal. Aí, ele pra, de novo, meu entusiasmo, disse:
- Você é um grande escritor, luís!

2 Cinemas Orlys e 1 Rato para Brasília:

O Eduardo-luna é uma alegria pra mim que vá aos shows Poema Maldito. E ele/a tem uma arte que é assim um labirinto de links, uns lances de política na universidade nos links que se ligam entre eles, assim, uma teia de crônicas com questões de gênero, um sem fim de links sobre coisas que interessam a ele/a e tal,  Quando conversamos no final do show de domingo, ele me disse da diferença entre os shows que tinha visto. De como estávamos perdidos no show do Bulha e de como estávamos mais integrados no show do Audio Rebel. E disse que curtiu os dois, porque no que estávamos perdidos, ele/a perde-se junto.
Aí, eu pedi que ele nos colocasse na sua arte de links.
Ele disse:
- Eu coloco! O show do Bulha ta completo, mas o de hoje, a bateria acabou. Começa no meio da 1ª múisca e interrompe, sei lá onde...

Show do Bulha:
http://angg.twu.net/audios/2015jan30-luis-capucho.mp3


Show Poema Maldito - Luís Capucho - No Audio Rebel (Botafogo) Parte 1

Pedi ao Pedro que filmasse o show no seu celular e disse pra ele que minhas falas eram importantes ser gravadas, porque é quando apresento meus parceiros e tudo. Sempre acho que as falas não são suficientes e fico tentando sempre aprender como falar as bichanas, dos meus parceiros, das melodias, sei lá, ocupar os silêncios e tudo, e vendo tudo gravado, fica mais rápido pra aprender, mas a verdade é que sobrecarreguei Pedro de pedidos e havia ele, quer dizer, as coisas que brotavam na cabeça dele, o silencioso leit@r sabe como é isso. Então, ele gravou o que deu e para os bondosos leit@res que gostariam de ver como foi, aí vai a primeira parte do que ele pegou. Essa primeira parte tem Poema Maldito( com o Tive), Generosidade, Os gatinhos de Pedro e Mais uma canção do sábado ( com Alexandre Magno J. Pimenta):

segunda-feira, abril 27, 2015

O show Poema Maldito, ontem, foi num desses lugares que aparecem nas cidades grandes, pra neguinho tocar rock and roll e voar um pouco, como o que disse ontem aqui. Voar de 14 bis.
Eu pedi ao Luan que arranjasse alguma coisa mais alta um pouquinho que o chão, pra que eu usasse de apoio para um dos pés. Então, a minha perna que apoia o violão ficou um pouquinho mais alta, ta se ligando bom leit@r? É como os violonistas clássicos fazem. 
Então, fiquei muito bem ali, e com aquele pé mais alto eu avançava para o microfone, porque deixei o microfone um pouco longe de modo que podia ir pra ele ma inclinando pra frente. Essa posição me deu um ataque que me deixou muito bem. O lugar não tinha como sentar, aí, Pedro magicamente apareceu com bancos e cadeiras e ficou uma capela, um lance escondido, tudo preto, sem luz e tal, que depois os convidados vieram se sentar pra ouvir a gente. O céu embruscado tinha se aberto em lua e estrelas para que todos desejassem ir ao show e tudo.
Eu fico feliz com o que disse a Paula no facebook  " Belíssimo show de luís capucho. Irreverente, atonal e com uma beleza que emerge de um estranhamento sem precedentes. Só dele.",quer dizer, leit@r, que o show tenha causado algo assim, porque, além do Felipe no baixo, é uma conjuminação de forças que produziram o bichano, que dá o efeito dele. Então, eu fico agradecido demais ao Alan, Rafael, Ruth, Janaina, Pedro, Nega, ao Atelier de Indumentária, ao lugar, convidados, amigos, tudo. 
Pedro tirou umas fotos:








domingo, abril 26, 2015

Cada show é diferente um do outro, por isso a gente sempre fica ansioso. A gente fica com medo de ter medo. Eu já disse, é como se voássemos num vôo curtíssimo de 14 bis. O céu está muito confuso para voar, entre abrir e fechar, mas torcendo para que até às 20 horas, ele se decida pelas estrelas, bom leit@r. Em qualquer caso, esteja ele aberto ou fechado, limpo ou confuso, de chuva ou de estrelas, convido a todos para voar conosco, hoje, às 20 horas, em nossa apresentação do CD Poema Maldito, no Audio Rebel, em Botafogo. 
Seremos eu, no violão e vocal e Felipe Castro, no baixo.

sábado, abril 25, 2015

velha - luis capucho

Chamei Edil para vir assistir ao ensaio de ontem. Ele trouxe a máquina de tirar retratos e tirou milhões de fotos minhas e do Felipe. Aos poucos, postarei tudo o que ele fez, inclusive, as coisas que ele disse sobre proporção invertida, talvez, a ver com a ótica das fotos.
Na parte do ensaio em que estou sozinho, tocando voz e violão, me virei pra janela do apezinho, pras fotos saírem com mais luz. 
Mas, aí, ele filmou:

sexta-feira, abril 24, 2015

Ontem, Ted, empinando-se sobre o meu teclado, disse:
-'CLM
OLNU888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888888
NNNNNNNNNNNN - oque os amigos viram como nova droga no mercado.
Hoje, Ai Weiwei, no livro "O que é um artista?", de Saraj Thorton, disse:
- Se não foi publicado, é como se não tivesse acontecido - e fiquei com a frase na cabeça, como quem se deparasse com uma árvore na calçada, sobre o que rasteja uma lagarta cheia de pus e com as costas muito desenhadas.
Hoje também, faremos um, talvez, último ensaio para o show do domingo, 20 horas, no Audio Rebel, em Botafogo.
Fui.
https://www.facebook.com/events/1435359626774852/

quinta-feira, abril 23, 2015

Preparando uma nova tela para colocar cinco de minh'As Vizinhas de Trás.
Depois daquelas que foram embora pra lagoa e que deixaram minha parede vazia, sem força, fiz uma que está chamando por outras. E já comecei a preparar a tela pra recebê-las.
Essa ficou pronta e já ta quase de mudança. Aproveito para dizer que o silencioso e bom leit@r que se interessar por ter uma para si ou para dar de presente, será apenas falar comigo. Tou vendendo e mando pelo correio ou outra combinação.
Vejam:

quarta-feira, abril 22, 2015

Ontem, Ruth me convidou pra um programa muito lindo, especial.
Embarcamos num escuna que saiu pela enseada de Botafogo, à noite. O barco tinha tudo para um espetáculo: o centro dele era um tablado com iluminação de palco e num cantinho dele uns instrumentos para a sonoplastia. Antes que ele partisse para o passeio, do porão veio saindo o ator Luís Salém e um músico. Foram para o tablado e narraram encenando a obra naturalista Bom Crioulo, do Adolfo Caminha.
Estou dizendo aqui no Blog Azul, porque vale assistir, bom leit@r. A gente consegue ver o Amaro, o Aleixo e a D Carolina no Rio do século XIX, mas estando agora, em 2015. O espetáculo é sempre às terças-feiras e rola uma lista amiga.

terça-feira, abril 21, 2015

O Poema Maldito somos muita gente, desde a ideia de fazê-lo até que a cambada do Crowndfunding se juntasse em colaboração e tornasse o bichano real e possível para ouvir. Mas o Rafael resumiu seu retrato, no que ele chamou de "3x4 maldito", num, tipo, Frankstein que somos eu e Felipe. Eu achei que o Felipe dominou a expressão do rosto, que ficou mais parecida com ele. Felipe achou que é mais parecida comigo.
Quem ouve o disco, pode ver que as músicas com as alturas, intervenções dele, durante 2014, nos shows que estamos fazendo nesse começo de 2015, estão ganhando mais eixo, ou essa é a impressão que eu tenho, porque com a repetição delas, se elaboram mais, se afinam mais e tal.
Mas isso, na verdade, é apenas pretexto pra, outra vez, chamar-relembrar meu leit@r pra nos assistir no domingo, no Audio Rebel, 20 horas.
Fica em Botafogo, na Viscontde e Silva, 55.

segunda-feira, abril 20, 2015

Hoje faremos outro ensaio e irei passar os acordes da Cinema Orly pro Felipe, que vai colocar seu baixo nela. Eu sou um artista sem noção, bondoso leit@r. Quando mostrei a Cinema Orly pro Felipe no ensaio que passou, ele disse que parecia uma música de igreja. Não tinha me dado conta disso, que faz o maior sentido, porque a letra fala de igreja.
Fora isso, começando a ler um livro, presente da Isabela, chamado "O que é um artista?" e, curtindo me informar sobre esse mundo valioso. 

Eis a letra:

Cinema Orly
                 ( luís capucho)

O cinema Orly é sujo
No cinema Orly me lambuzo
O cinema orly abençoa nosso amor
Ferve nossa alma no seu caldeirão
Ama-se a quantos quer o nosso amor
Ser o que se quer
No bafo do cinema eu me iludo
No mofo do cinema eu me afundo
No cinema Orly é humano o que era dos animais
É mundano o que era dos imortais
O cinema Orly, o cinema Orly
De terça à terça
De 10 às 10
Abre a porta pra os fiéis
Seja uma igreja seja um cinema
O Orly me beija
O Orly me beija.

sábado, abril 18, 2015

Outro ensaio, ontem, e as músicas continuam se movendo, como se fossem doces num tacho num momento de dar ponto. Felipe usou uma palavra que quase disse, ou disse, isso que acontece nas músicas, com os ensaios.
Ele disse:
- A gente tem uma utopia na cabeça e, às vezes, quase chegamos lá com as músicas e deixamos elas naquele ponto - então, leit@r silencioso e bom, tudo é muito subjetivo e a impressão é a de que as músicas só darão ponto, na hora do show, porque, aí, os ingredientes todos estão lá e tal, pra dar a liga. 
Acontece também de, na hora, desandar, de encruar, assim, de solar a música no show e isso também é subjetivo, porque há aqueles pra quem o bolo é gostoso solado, o bife é gostoso mais cru, o percurso é melhor e mais bonito, se desandado.
Além disso, começamos a subir o mastro da música Cinema Orly que, como eu já disse, está toda diferente da original, desenterrada, quase toda pra fora do chão, quase toda levantada e estamos lustrando a bichana, dando um trato nela, que começa a ficar tesa.
Fui.

sexta-feira, abril 17, 2015

Fonemas - Luís Capucho

O Audio Rebel, onde noa apresentaremos eu e Felipe Castro, dia 26, com o Poema Maldito, é um estúdio em Botafogo com um aquário, onde fazemos os shows. 
Conheci em 2011, quando ensaiamos para o show Cinema Íris, com a Banda Experiências de Lucy, hoje, diferente, é a Mutuca Bacana.
Na época eram o Pedro e Ricardo Richaid, Pedro tambelini, Huan Valpassos e Danilo Salim.
Aqui, estamos tocando Fonemas, minha parceria com Marcos Sacramento.
Vejam: 

quarta-feira, abril 15, 2015

O silencioso leit@r sabe, as coisas têm a força que são delas, mesmo que elas sejam resultado da gente. Daí, que no ensaio de ontem, paramos em algumas músicas que estavam se modificando e a gente queria acompanhar o ritmo delas, então, paramos pra conversar e ver que elas tinham se transformado e que a gente tinha que ir atrás. É como se tivesse havido um amadurecimento das bichanas, tão se ligando, bons leit@res?
- Elas tão mudando o tempo, por conta da letra, do que você diz... - Felipe disse. 
Fora isso, porque o nosso show do Audio Rebel está no calendário dos 450 anos do Rio e porque comemoramos a Cinelândia com seu entorno de cinemas, por sugestão do Rafael, comecei a tirar para o repertório a música Cinema Orly, porque já temos o Rex e o Cinema Íris.
A Cinema Orly é uma música inédita, parte do livro Cinema Orly, e que não sei mais tocar do jeito que era. Então, depois do ensaio, quando fiquei sozinho em casa, fiquei tirando ela com os acordes de agora. Fiquei restaurando a bichana, com as minhas possibilidades de agora e tudo. Eu não sei se foi a emoção de trazer de volta uma música esquecida, de ressuscitar um monte de outras coisas enterradas com ela e tal, mas comecei a ver como ela tá bonita, modificada, restaurada, mesmo depois dos anos todos de enterrada. Ainda não tirei o corpo inteiro do buraco, ainda faltam algumas partes que não encontrei, mas até o próximo ensaio terei tempo de desenterrá-la inteira e passar pro Felipe.
Yahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

terça-feira, abril 14, 2015

Ainda a ler o livro de Maria Juça sobre o Circo Voador, empréstimo de Ruth. É foda como o circo de hoje se resolveu. Pra quem vê de fora - passei lá outro dia e olhei - é como uma caixa forte, com a poesia de um presídio, visto de fora, tipo, perdeu total a ideia de voador, leit@r silencioso. É um ninguém entra, ninguém sai, que prevê os ataques a shows de astros queridos pela galera mais jovem, assim, muita segurança, tipo, estádio de futebol.
Lacrô!

segunda-feira, abril 13, 2015

Uma de minhas paredes da sala ficou vazia sem As Vizinhas de Trás que foram morar na Lagoa. Preciso produzir mais pra colocar no vazio que ficou.
Fora isso, hoje ensaiaremos, eu e Felipe o show Poema Maldito, porque dia 26 já está aí e quero convidar a todos pra nos assisitir e conhecer nosso trabalho de música. Será em Botafogo, no Audio Rebel, 20 horas, 15,00 reais(inteira), dentro das comemorações dos 450 anos da cidade. 
Outro dia eu tava dizendo sobre a minha dificuldade de assumir que as músicas, as Vizinhas, os livros, fossem trabalhos. Eu nunca entendia, quando ía assistir aos shows e os compositores diziam sobre o trabalho deles, explicavam, contavam, mostravam o trabalho e tudo. E eu pensava comigo mesmo "mas como esses caras tão chamando de trabalho essas ilusões..."
É isso aí.
Essas são minhas Vizinhas que foram pro Rio: 






domingo, abril 12, 2015

O Cinema Íris é um disco que gosto muito e que aparece no show Poema Maldito com 4 cançôes: A música do sábado(Kali C/luís capucho), Eu quero ser sua mãe, Cinema Íris e Pessoas são seres do mal. 
Também curto muito o projeto da capa, de que minh'As Vizinhas de Trás são o motivo. 
Uma delas, estampada na capa, faz a vez da moça que faz streap tease no cinema. Na época de seu lançamento, Pedro colocou várias delas como garotas propaganda do disco na internet. Também, para minha alegria, o imenso Ney Matogrosso adorou a música-título do CD e falou dela publicamente, leit@r, o que, junto às moças, divulgou bastante meu trabalho. Isso foi muito importante pra mim, você sabe, assim, uma espécie de autorização.
Eu sei que cada artista tem o seu caminho e que faço o meu, onde os espaços vão se abrindo, exatamente, como faz o veio de água que sai da fonte e flui o corpo por onde tem espaço. Se obstáculos represam a gente, a gente precisa ir mais alto e tal, pra superpor-se aos bichanos, as coisas são complicadas, por exemplo, quando fiquei impossibilitado de fazer música, descobri que poderia fazer livros. E, depois, comecei a fluir também nas Vizinhas, quer dizer, vou abrindo frentes. O monte vai aumentando e como dizia mamãe, o diabo só caga em monte grande, se liga.
Fui.


sábado, abril 11, 2015

Eu tou muito contente por nosso show Poema Maldito ter entrado na programação oficial das comemorações dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro. E por um motivo tão punk e divertido, juvenil, que é a entrada na cidade pela Cinelândia, que em minhas narrativas, nos anos 90, misturada à suntuosidade arquitetônica dos prédios como bolos de casamento, havia embaixo tudo de sujo, o leit@r sabe, a política da cidade ta limpando ali. Mas não tem jeito, porque o pessoal tem força e invade.
Como diz Ruth, Avante!
Fui.

sexta-feira, abril 10, 2015

Nossa próxima apresentação do Poema Maldito, dia 26 de abril, 20 horas, no Audio Rebel, entrou para o calendário dos 450 anos da cidade,leit@r silencioso. A gente vai homenagear a alegria de se chegar à Cinelândia com seu entorno de cinemas, especialmente, os cinemas pornôs. Bora lá, leit@r, homenagear o extinto maravilhoso Cinema Orly!





quinta-feira, abril 09, 2015

Eu e Felipe demos uma passada no show Poema Maldito, ontem, aqui em casa, porque dia 26 de abril, num domingo, às 20 horas, faremos show no Audio Rebel, em Botafogo. Então, como Pedro tem estado às voltas com o atelier, em Piabetá, pedi que Felipe trouxesse a máquina de tirar retratos para fotografar minhas Vizinhas novas, para os certificados. Ele saiu fotografando e as Vizinhas ficaram em outras posições, leit@r.
Vejam:






quarta-feira, abril 08, 2015

Outro dia recebi um e-mail de São Paulo, procurando pelo Poema Maldito. Eu disse isso, que o disco não tinha distribuição e que somente eu e Felipe tínhamos ele. Dei meus dados e recebi um e-mail de volta do interessado dizendo que encontrou o disco na livraria Cultura, lá, de São Paulo. Aí, papo vai, papo vem, o e-mail se deu conta de que havia comprado o Lua Singela, no lugar do Poema Maldito.
Então, caridoso leit@r, aproveitando a postagem do Felipe em seu perfil, apenas eu e ele temos o disco pra vender, pois o leit@r sabe, o disco foi finalizado através do sucesso de uma campanha de crowndfunding e não estamos ligados a qualquer atravessador, é tudo com a gente mesmo. É na chuva pra se molhar.
Fui.

terça-feira, abril 07, 2015

Chovendo em Nikity.
Ontem, o Rafael fez uns exercícios de memória comigo, na casa de Pedro. Ele disse que eram exercícios que o pessoal do teatro faz. Foi a primeira coisa que gravamos para o filme Peixe. Então, eu falei sobre as coisas que eu lembrava. É sempre frustrante falar, o leit@r caridoso sabe, que não se consegue trazer à luz a intensidade do que brota na cabeça da gente, então, a comunicação é sempre pela metade, se liga. Mas o Rafael tava gravando tudo - com Guilherme e Dudu - e, aí, tem o lance do trabalho do cinema e tudo, que vai intensificar a lembrança e tentar o efeito de como ela brotou na fonte da cabeça e tal. Quer dizer, não sabemos exatamente a direção das coisas que irão brotando na cabeça do Rafael. Porque são várias as fontes. É um manancial de fontes, no fim. O bom leit@r também sabe que não brota tudo, que muita coisa fica amortecida e que as coisas que vêm, depois ficam remoendo e vão se melhorando e vão se polindo, ficando menos brutas...
Eu não sei também se a direção vai ser rumo às coisas brutas, se vai ficar tudo bruto, a vida bruta e triste, amarga, com alguma beleza mais polida dando a gota doce.
A gente não sabe...
Fui.

segunda-feira, abril 06, 2015

Este blog tem história. Peguei essa foto do arquivo dele. Já não sei mais do texto, 
Mas quando mamãe alimentava as rolinhas na área de trás da casa de baixo, onde moramos, as bichanas ficavam à espreita, no telhado da casa de trás. Como que não quisessem nada, elas estavam sacando os movimentos de mamãe, silencioso leit@r. Aí, quando mamãe sinalizava, elas vinham pra os coités de canjiquinha, que eram postos pra elas. 
 Essa foto foi Pedro quem fez. 
Vejam que lindinhas:

domingo, abril 05, 2015

Acordei pensando naquela estória de quando eu era pequeno e, então, uma gata que tinha acabado de dar cria, comeu todos os filhotinhos, ainda melados de líquido amniótico e sangue. Me contaram muitas outras estórias em que acreditei pra sempre, como o vidro cheio de água com um verme dentro, que disseram ter sido um cabelo transformado em coisa viva, a vez em que Verônica me disse ter sido pisoteada por cavalos em frente à igrejinha da Vila do Sul, em Alegre, a estória da sereiazinha que vive sobre a catedral de Aparecida do Norte e que se tornou, assim, um motivo no meu Mamãe me adora e tudo. 
Mas depois que o Pedro mandou a foto da Grecthen, sua mini-filha de Piabetá, coloquei em dúvida a estória da gata. Como é que pode uma mãe comer, leit@r caridoso?
Vejam a Grecthen:

sábado, abril 04, 2015