quarta-feira, abril 30, 2014



Como vocês sabem e sempre digo, eu, no meu euísmo, tenho abertas várias frentes de expressão artística pelo meu caminho, quer dizer, silenciosos leit@res, por ele, pelo caminho, eu disse “não” pra muita coisa e “sim” pra muitas outras, daí, que tenho os livros e tenho os discos e tenho as “Vizinhas de Trás” e pra esse ano, estou me preparando, façam figa por mim, pls, para lançar o disco “Poema Maldito”,  e também, depois de ter encontrado a senda do “Diário da Piscina”, tou às voltas com aparar-lhe os brotos e, aí, Pedro esteve aqui em casa e fez um panorama de minhas “Vizinhas de Trás”, que, doidamente, estou estocando para uma exposição.

Vejam:


terça-feira, abril 29, 2014

Dei um bom tapa no “Diário...”, leit@r, e o bichano, não sei se já disse, começa a tomar um caminho mais definitivo. Há muito o que fazer, mas ele encontrou seu leito, seu enxergão, sua primeira camada, mais funda e primeira, por onde corre ou deita seu corpo, se liga.
É uma alegria que eu tenha encontrado esse fundo, silencioso leit@r, e isso não quer dizer que tenha encontrado ouro, uma preciosidade ou coisa assim. Encontrei foi a natureza do livro, não sei, de onde brota?



sábado, abril 26, 2014




Dividido entre minha casa e a do Pedro, não consigo fazer um café tão gostoso, quando tomo café na cozinha dele. Nem sei se meu café é tão gostoso assim, quando feito na minha cozinha, com as minhas medidas, o meu fogo, a minha pia e vasilhas. Vai ver é só uma ilusão esquisita de achar que na sua cozinha não fica igual, leit@r. Porque tudo está posicionado em outro lugar, ta se ligando, e, às vezes, demoro a entender a posição delas, e o momento do café fica outro, ta se ligando, silencioso leit@r?
Hoje, ele vai chegar. E vai acabar a ilusão, porque retomaremos as posições antigas, quer dizer, bom leit@r, retomarei minhas medidas.
Fui.

sexta-feira, abril 25, 2014



Preta gosta de ficar a meu lado, onde e o que esteja eu fazendo.
Ela tem uns momentos quintal, e é quando sinto sua falta.
Agora, ta aqui na mesa do computer, deitada, entre dormir e olhar o nada.
Seria muito bom se tivéssemos compreensão para ardarmos juntos, os dois, numa ida à rua, para um afazer qualquer.
Mas, não.
Deixemos a Preta ser gata.
Fui.

quinta-feira, abril 24, 2014



Nesses dias em que estou dividido entre minha casa e a de Pedro, Preta esteve um dia estranha, mas voltou a estar bem comigo.
É que, leit@r, ela é uma gatinha muito afetuosa, quer sempre estar perto, deixa-se deitar com a barriguinha pra cima, pra receber cafuné, e tudo. Mas estranhei que, um desses dias, estivesse arredia.
Hoje, estive pensando que, talvez, na hora de dormir – ela dorme comigo, mas do lado de fora do mosquiteiro – eu tenha lhe dado muita pernada, cotuvelada, braçada, sei lá, vai ver que não tenho dormido quieto, como saber?
Então, se aconteceu isso e Preta melindrou-se comigo, já esqueceu. Voltou a ser como antes, cheia de manha e amor.
Fora isso, porque a casa do Pedro é mais silenciosa em minha cabeça, voltei a dar meus tapas no “Diário...”, silencioso leit@r. Que está tomando um rumo mais definitivo, em que as primeiras ligas começaram a aparecer, os pontos começaram a encontrar seus lugares, o desenho do bichano surgiu e, quem sabe, fique bom...
Fui.

terça-feira, abril 22, 2014



Reorganizando, muito lentamente, alguma ordem sobre o novo piso.

Além disso, para que eu sustente a organização que sou, bom leit@r, você sabe, preciso fazer alguma coisa pra comer e isso é todo dia e tal.

Não faço a menor ideia do motivo, se é que há algum motivo, de eu viver as circunstâncias que vivo, de eu querer trocar tudo, de, às vezes, ser possível e de, n’outras vezes, não haver opção de troca e tudo fica por isso mesmo, se liga...

Sempre quero apreender essas circunstâncias onde estou, ter uma noção do que acontece em meu torno, mas outro dia, vi de relance na televisão uma mulher que ensinava desenhar as coisas, leit@r, e ela explicava que devemos começar o desenho pelo centro e não por seu entorno. E, então, fez uma demonstração disso e ficou muito bonito o seu desenho. Era um buquê. Um vaso de planta, não me lembro direito.

Eu comecei esse texto a partir de um centro, que é o piso e, querendo dar ao leitor uma noção de seu entorno, precisaria continuar construindo, até que a coisa desabrochasse na sua cabeça, mas, silencioso leit@r, você sabe, não curto posts longos, então, vai ficar só a intenção.

Fui.


sexta-feira, abril 18, 2014



Estou no Pedro com a Preta e isso não é um trava-língua, leit@r.  
Ele viajou.
No início, fico meio perdido, porque sou todo armado em minha casa, o que faço e o que não faço. Mas, depois, trago toda a armação pra cá.
Então, bondoso leit@r, a moral da estória é que sou uma armação.
 A Preta é uma armação.
Quando acordei essa manhã, armado de barriga pra baixo na cama do Pedro, vi que a Preta se armou, encostada à minha coxa esquerda e ficou ali, no meu calor, armada.
E meus primeiros pensamentos da manhã foram que eu e a Preta estávamos armados, dividindo o calor, entrados no calor, um no calor do outro, de modo que estávamos e éramos uma única armação na cama do Pedro, sem rir, sem falar, sem olhar pra trás e tudo, e o meu primeiro pensamento da manhã foi que eu e Preta, misturados em nossa armação, tínhamos os milhões de bichos em movimento que carregamos e que nos habitam,  transitando de uma para outra armação e me lembrei de minha neurotoxoplasmose, que me deixou em coma por um mês e que me tornou essa nova versão que sou de mim mesmo e vi que, agora, com todos os movimentos de minha armação controlados, não corro mais o mesmo risco, nem ofereço risco a Preta e ficamos ali até mais tarde, porque é feriado, silêncio e a temperatura do dia está boa e tal.
Depois, me ergui, ergui a armação do mosquiteiro sobre a cama, saí, chamei por ela, que pareceu pensar um pouco, antes de se decidir por sair do calor de panos que estava ali, naquela armação de coisas sobre a cama e tudo.
 Aí, leit@r, saiu e veio comigo pra cozinha, ficou comigo, enquanto eu preparava o meu desjejum e, quando vim pro computer, desapareceu no quintal.
Dito isso, voltarei a minha casa e ficarei por lá um tempo, onde é meu território.
Fui.

quarta-feira, abril 16, 2014



Ás sextas-feiras, tem tido baile funk no morro em frente a minha casa.
Quer dizer, tem morro em frente a minha casa e atrás de minhas casa, moro num vale, o leit@r sabe. Outro dia, um morador antigo, no ponto do ônibus, estava dizendo que isso aqui era conhecido como Valados, onde ele vinha com os amigos caçar passarinhos e tal.
Voltando ao baile funk, pode ser que ele aconteça atrás de casa e que o som bata no morro em frente e volte, ecoando, de modo que pareça vir do morro da frente. O Pessoal da Frente diz que o baile é na “boca”, porque, agora, com as UPPs no Rio, estão dizendo que as “bocas” estão se abrindo nos morros daqui. E uma delas, vigia nosso portão e tudo. É em frente, no alto, no morro...
Já houve dias em que ouvi um homem gritando os preços da maconha, ele estava anunciando a de dez reais e tal. Achei que era um maluco lá no alto, mas, talvez, fosse a boca se estabelecendo, aberta, pra sempre. E, nas sextas tem o baile, estabelecendo a boca mais e mais, quer dizer, as bucetas e as pirocas varam pelo céu do valado por toda a noite e madrugada. È bonito!
O da última sexta-feira foi mais light de altura, as partes baixas das meninas e meninos voaram mais ao longe, mais alto no céu, ta se ligando, leit@r, ou porque o primeiro deles já nos acostumou, ou porque foi mais baixo mesmo, o som. E menor, porque, de manhã, quando acordei, já tinha acabado...
Fui.

terça-feira, abril 15, 2014



Passei no mercado ante-ontem, com Pedro, e enquanto ele comprava as coisas dele, comprei uma abóbora pra mim. Era uma abóbora bem pequena, muito linda, e eu queria saber o nome dela.
Quando chegamos no caixa, comecei a reparar com Pedro a falta de cortesia das pessoas que atendem a gente no comércio do Rio de Janeiro, porque a moça da caixa deu um grito pra outra, porque ela também não sabia o nome e iria registrar a minha pequena abóbora como um tipo qualquer de abóbora e ficou chateada que eu quisesse saber o tipo da bichana, ta se ligando bom leit@r, a tensão? Aí, veio a outra moça atendendo ao grito enfezado da primeira e disse que era abóbora baiana.
Trouxe minha pequena abóbora baiana pra casa e ontem descasquei ela pra fazer pro almoço, como quem descascasse um bichinho, leit@r. Era incrível a sua aparência com um bicho, um filhotinho de bicho delicado e macio.
E delicioso.
Fui. 

segunda-feira, abril 14, 2014



Tenho direito à gratuidade nos ônibus urbanos, desde antes do ano dois mil, por conta das sequelas a que fui acometido decorrentes do coma de um mês, por neurotoxoplasmose. Nos últimos anos, essa gratuidade começou a precisar ser renovada de tempos em tempos. Fiz o meu recadastramento, com laudos médicos comprovando minha incoordenação motora, que afetou meu caminhar e minha fala. Eu estou a cada dia melhor, leit@r, mas para que eu esteja melhor, tenho necessidade de tratamentos constantes e tudo. E me devolveram o novo passe com direito a dez passagens mensais, quer dizer, cinco saídas de casa, sendo que metade dessas passagens me foram dadas pra que eu andasse de trem, que não tem em Niterói e que não uso para ir a lugar nenhum.
Então, leit@r, tenho estado às voltas com pegar outros documentos que comprovem minha necessidade de gratuidade para as terapias. E tenho andado devagar e muito, muito a pé. Vou entregar o mais rápido lá no terminal, pedindo que revejam a situação. Sorte, que Niterói é miudinho. A fono, que é no Rio, diminuí o número de sessões.
Todos os terapeutas estão me dando força. E a advogada do Grupo Pela Vidda Niterói, Patrícia Diez, está me orientando.
Fui.

sábado, abril 12, 2014

Essa é minha Vizinha de Janela, leit@r, Fátima Arantes, que faz Gigantismo e que está atualmente numa fase de abstratos. É ela quem me estimula na feitura de minhas Vizinhas. Ela expõe e vende suas telas no Campo de São Bento, nos finais de semana.  Hoje, Pedro esteve lá e pegou ela com seus quadros. Veja:


sexta-feira, abril 11, 2014



Como de costume, não pude vir aqui, hoje, pela manhã.
Manhã atribulada, mas nada que organizasse minha casa. Fui na rua e foi bom.
Hoje, à noite, irei com Pedro, assistir a um desfile de moda, na Marina da Glória.
Ele avisou:
- Vá bem bonito!
Vou.
obs: Um Cinema Orly e um Mamãe me adora para Nova Iguaçu!

quinta-feira, abril 10, 2014



Bem avançado na história de Catarina, filha do senhor Sloper.
O senhor Sloper acha sua filha burra, porque ela é afetuosa e quieta. E ela se apaixonou por um caçador de dotes, leit@r. Essa é a equação que Catarina, quieta e afetuosa, está para resolver.
Fui.

quarta-feira, abril 09, 2014



Fui convidado para participar de um projeto aprovado pela prefeitura de São Paulo, leit@r. 
Eu tou adorando participar e já tem alguma coisa pronta, veja:

terça-feira, abril 08, 2014

Apesar de os meses estarem se passando e de eu não ter movido uma palha para colocar de volta as coisas reviradas para seus lugares antigos, ainda não ficou estabelecido que minha casa é esse acampamento em que se tornou. Não perco de vista que preciso tirar as roupas dos sacos plásticos e retorná-las ao guarda-roupa, que preciso dar um jeito nos móveis que perderam os lugares, quer dizer, leit@r, não acho que tenha mais lugar pra eles depois do rebuliço todo, por que minha casa passou. Há muita coisa mesmo que precisaria fazer, assim, um retorno, ta se ligando, silencioso leit@r, para que minha casa restabeleça sua ordem antiga.
Mas também eu fico pensando, que não há como voltar. Que aquela ordem não existe mesmo mais, que ela não está em lugar nenhum que eu possa encontrá-la, outra vez. Então, eu me sinto correndo um certo perigo, quer dizer, eu sinto que eu me coloco em risco, se fico cagando e andando pra entrar de volta nela. Sei lá, talvez, ela exista, você sabe. E seja um erro não voltar...
Então, a Mônica me pediu uma Vizinha solitária, ela queria e me deu umas dicas de como ela queria, mais ou menos, como eu penso haver uma ordem, para onde eu deva retornar.
Então, encomendei um painel 20x15 e caí nele, onde existe a ordem das Vizinhas.
O leit@r sabe, que eu já tentei explicar de onde vem a ordem delas, que existe.
Aí está, veja.
Em breve estará indo para BH.
Fui.