Vi uma vez
que há pessoas de pele mais lisa, mais sedosa, e pensei que isso é porque têm
os poros menores. Elas têm os poros menores e mais perto uns dos outros. Eu
posso ver na minha mão, quando olho, que seus poros são maiores e mais
espalhados. Isso está em toda a minha pele. Mas funciona igual, não suo mais
por isso.
Fui.
segunda-feira, abril 29, 2024
A Filipe
postou essa foto da esquerda, ontem, entre as fotos que tirou no camarim do
show de sábado, no Rio. E quero repostar aqui com uma outra foto que tenho com
o Ney Matogrosso. Essas duas fotos se ligam, primeiro, por causa da música. Mas
aí outros sentidos vão se fractalizando disso, por exemplo, a Cinema Íris, por
exemplo, a minha alegria, por exemplo, a política, exemplo, a dança, exemplo, a
pose, exemplo, a foto, exemplo, os dois, exemplo, exemplo...
O Tulio Staffuza, com quem conversei no aniversário do Alexandre, me disse que minh’As Vizinhas de Trás lembravam a ele as composições do Bach e me deu o número de uma delas, pra que eu conferisse, a Fuga em sol menor BWV 1000, que é a repetição de um mesmo tema durante toda a música, em várias alturas, como entendi. Então, me lembro que há anos, musiquei um poema do Mario Newman, meu colega de escola, que tem o nome de Bach-bei seu violão. E vi que tenho um registro antigo dela, que fiz numa fita cassete, na casa do Naldo ou Suely, um dos dois. E pedi ao Pedro que juntasse o áudio, Às Vizinhas. Então, tem Rubia, Debora, Walter, Julião, Ana Maria, Pedro, eu, Jack, Roser:
sábado, abril 20, 2024
Nesse início de ano fiz duas visitas ao sul do Espírito
Santo, de onde sou. Nasci em Cachoeiro de Itapemirim e, aos sete anos, quando
precisei entrar na escola, minha mãe tirou minha certidão de nascimento, na
cidade de Alegre, onde me alfabetizei, no Professor Lellis. Meu primo Adão, se
lembra de quando nasci e me contou os detalhes do episódio, tipo, a cor do
carro que me e levou a mim e mamãe do hospital para casa, que era um carro
amarelo, esqueci o nome do carro, vou perguntar-lhe. E, quando nasci, fomos pra casa dele, no
alto do Sumidouro.
Zélia, mulher do Adão, faz pinturas lindas:
sexta-feira, abril 19, 2024
Quando eu era pré-adolescente, comprava nas bancas umas
novelas eróticas que faziam parte de uma coleção que tinha o nome de coleções
médicas, algo assim. Não encontrei na internet, para relembrar. Dessa vez, meu
primo me disse que uma de nossas brincadeiras de pequeno, nos anos 60 ainda,
tinha sido inspirada por um unicórnio desenhado numa embalagem de biscoito Alcobaça.
Também não encontrei...
Eu e Felipe, com a Dinastia Zé – Mario, Lemão e Jesus –
cantando e tocando Provar, música dele. E abrindo o Festival Velho Bandido, em
Cachoeiro de Itapemirim.
É a segunda edição do Festival e a Dinastia Zé foi chamada
para abrir, por ter sido a vencedora da primeira edição com a música Os Raios.
E Felipe me chamou.
Tudo som e amor.
terça-feira, abril 16, 2024
Só orgulho e honra:
quinta-feira, abril 04, 2024
Estes são meus livros em estado de sono, com Dona Linda
Evangelista. Faltam, na foto, os discos, também em sono. E alguma d’As Vizinhas
de Trás, silenciosas, mas essas não dormem.
Eu disse, uma vez, que me tornei artista, porque me
alfabetizei. Tem uma plantinha rasteira, com folhas como lacraias, e que vivem
nos pastos, que tem o nome de dormideira. Também lembro de um caderno: eu
estava me alfabetizando e tinha aquele caderno. Ele tinha letras grossas
desenhadas na capa, azuis, com um fundo branco. E não tinha nada escrito nas
suas folhas.
Os meus livros e as minhas músicas e minh’As Vizinhas de
Trás me lembram aquele caderno e me lembraram que eu não tinha me alfabetizado
ainda, quer dizer, não sabia escrever.
Lua Singela
começa meu primeiro disco, de 2003, com esse mesmo nome. Depois, no disco La
Vida es Libre, canciones de luís capucho (Porangareté/2023), Lucia Santalices
fez uma versão lindíssima, suingada, que vai levando a gente sempre mais pro
alto, sem asas, porque a gente vai se juntando no éter, no vazio, na escuridão
do céu organizado, vai ficando uma coisa só, claro e escuro, com os relevos bem
marcados, subindo pro alto.
Honestamente,
me aflige estar noutros momentos que não sejam os momentos de fazer música e
livro, porque não acho que vá fazê-los, não sou o artista que sabe fazer e que,
por isso, tem certeza de sua fertilidade. Noutro momento diferente de estar
fazendo, sou estéril, não sei se vou fazer. Também, já estive pensando na
desimportância disso. Do que adianta me afligir?