quarta-feira, outubro 30, 2024



E eu, ainda, estive pensando:

E se eu com meus cabelos de bicho do mato, à escovinha, me levantasse no meio da palestra e fosse em direção ao palestrante, sem dizer nada e contornando todo o meu ser tacasse um beliscão na pele macia de seu braço. A dor interior do palestrante e minha contorção interior, não seriam reais, sem falar?

E se o palestrante também sem falar, se levantasse a minha frente, com seus cabelos escovados, de madame, e me acertasse um soco na boca do estômago me fazendo dobrar frente à plateia, sem falar, isso não seria realidade?

Sem falar na moça linda sentada à minha direita que recebe um beijo em silêncio na boca do namorado. Não iria ser real?

E se alguém chegasse em silêncio atirando?

Não era real? Fala aí, bom leitor!

Realiza!
 

quinta-feira, outubro 17, 2024

Tou feliz demais.

Ainda serei um homem que faça a barba todos os dias, mas ainda não cheguei nele e faço somente quando começa a incomodar, às vezes, cinco dias, às vezes, um pouco mais. E toda vez que faço ela no tanque da área, fica uma poça de água no chão, perto dos meus pés.

Achava que era a água que pingava de meu cotovelo, quando eu lavava a lâmina dos pelos, e com o braço dobrado para levar o barbeador no rosto, a cada lambida dele na minha cara, aí, eu pensava que nessa hora, a água da gilete lavada, rolava pela mão e braço e do cotovelo pingava no chão fazendo a poça.

Mas achava estranho que pingasse tanta água.

Aí o Pedro me avisou:

- Tem um buraco no cano do tanque, luís!

Pronto! Matou a charada.


 

segunda-feira, outubro 14, 2024

A primeira d'As Vizinhas de Trás emoldurada a gente nunca esquece. Está na casa do Luca, no Rio.


 

domingo, outubro 13, 2024

 

Essa casa azul, que era amarela e tinha uma varanda de fora a fora, com um terraço, no seu alto, fica em Cachoeiro de Itapemirim, no bairro do Coronel Borges, e nela, como ela era, estão minhas lembranças mais antigas, as primeiras de quando estou vivo, quando eu estava com três anos, em 1965.

Ali atrás do murinho branco, passava um córrego, que está seco, hoje. Tenho muita lembrança dela, do entorno, com o córrego, e o bairro. E vou dizer uma coisa que nunca digo: naquela época, ali, era muito melhor mesmo, melhor demais, muito para caramba, a cidade não sabe passar o tempo... he he!

Era a casa da Tia Nhanhá, com quem morávamos, eu e mamãe.




segunda-feira, outubro 07, 2024