terça-feira, dezembro 14, 2021

 

Na médica examinando o meu olho esquerdo, olhando pra lente de um aparelho tipo um microscópio, mas que tinha uma luzinha dentro, olhando pra luz, eu disse pra médica que eu estava vendo a luz fora do aparelho:

- Estou vendo a luz no sua orelha, Dra!

- Fique quietinho, não fale agora, não – ela disse e ficou examinando as imagens que apareciam num monitor. Eu poderia falar depois, mas era importante falar naquela hora, e não podia falar, do lance incrível de eu olhar pra dentro do aparelho e ver a luz na orelha da médica.

Daí pra diante, comecei a tirar minhas conclusões independente do exame dela. Vi que o exame que ela fazia com um aparelho tinha mais autoridade que a minha experiência de ver, quer dizer, era na descrição que o aparelho fazia do meu olho que ela estava se fiando. Logo que cheguei e que ela me perguntou como eu estava, disse que não estava conseguindo ver as letras com o olho esquerdo. Mas o que ela viu no aparelho, não tinha a ver com isso, porque a consulta foi se conduzindo pra uma ausência de resposta e de comunicação.

Moral da estória: tenho de estar mais esperto!

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