O Cartas
para o Edil, publicado pela É selo de Língua, por onde também publicamos o
Diário da Piscina, é o meu quinto livro e nele tem escritos de muito antes, de
quando eu já imaginava mesmo fazer livros, mas que eu não tinha esse caminho.
Agora, o
primeiro deles, Cinema Orly, foi reeditado muito belamente - emoldurado numa
coleção de clássicos eróticos pela Carambaia, uma coleção que chama Sete
Chaves, com curadoria da Eliane Robert de Moraes - e penso que esse caminho até
aqui, sem que tivesse ainda pavimento, começa a ser no Cartas para o Edil.
Eu acho
bonito ser um autor não profissional, que quis lançar um livro que não foi
escrito pra ser livro, mas que é um. São cartas, mas livro. E pedi ao Edil que
me autorizasse publicar, porque o exponho como destinatário. Ele me disse que ser
exposto dessa maneira, tudo bem! Então, com seu assentimento, está exposto...
Voltando ao
assunto do escritor não profissional, que é tido como artista underground, como
artista maldito, obscuro, de novo, sem pavimento, tenho pensado que esses
adjetivos todos e outros da mesma floresta, tipo quando dizem que sou selvagem,
é na verdade, um desejo social para que eu fique sem chão, quer dizer, não
estou fazendo queixa nenhuma, se liga, porque assim, sem chão, sou um artista
voador, um passarinho do Seu Mário, não tenho que precisar mesmo um chão.
Eu e a É
Selo de Língua temos o Cartas para o Edil. Quem se interessar, entra em contato
com a gente, plis!
- Aêêêh,
quem vai querer?!!
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