terça-feira, maio 28, 2024

 

Eu tinha oito anos, quando em frente à igreja do seminário de Jerônimo Monteiro, sentávamos, eu e mamãe, num banco daqueles de cimento e curvos, iguais aos que havia na rua principal de Marapé, com um caderninho, onde eu anotava os versinhos que ela sabia de cor, tipo, batatinha, quando neace... e vi agora, numa folha de papel solta, que anotei, agora, depois do ano dois mil, nove ditados de que ela se lembrou:

 

Ditados de mamãe:

Seja que santo for – ora pro nobis

Não faço cortesia com chapéu dos outros

Coração dos outros é terra que ninguém viaja

Amigo igual ao que vc tem, o diabo caga às dúzias e não arde o rabo

Não sou merda de pouco bicho, sou de muito bicho

De hora em hora, Deus melhora

Quem rouba uma agulha, rouba um cavalo

Pra encontrar com o diabo, não precisa madrugar

Tudo que é de Deus, vem devagar

Nenhum comentário: