quinta-feira, dezembro 15, 2016

Cinema Íris

Quando estive no 1º Festival Amálgama Brasis (Franca-SP), agora, em novembro, estive hospedado na casa de duas meninas muito maravilhosas, a Elaine e a Jack. Eu até disse, quando apresentava as músicas, na Confraria Cult, da importância que tinha sido pra mim ter me aproximado delas, do jeito como tinha sido, assim, as coisas que eu pude falar e o jeito como elas me ouviram e tudo. Um pouco, mas não apenas por conta disso, eu acabei não participando muito do que se disse nas reuniões do Festival, embora mesmo à distância eu pudesse ver que fosse algo, como quando estive no 2ª Seminário Internacional Desfazendo Gênero, em Salvador, mas num outro sentido, eu tava sabendo que a ideia fosse desfazer o modo como é construída a vida da gente e construir outra vez incluindo outras possibilidades.
Como sou esse artista que vocês sabem, com a impressão de deriva, mas sem que isso seja a verdade, tinha combinado e meio que ensaiado virtualmente, apresentar as músicas com o Tulio Freitas, que eu tinha visto na internet tocando viola caipira. E eu pedi que ele, ao invés de violão, colocasse sua viola caipira em minhas músicas e combinamos assim. Também tinha dito a ele que iria chorar com sua viola, porque sou da roça.
E em nosso ensaio, quando ele começou a tocar comigo o Poema Maldito (luís capucho/Tive Martínez) foi isso o que fiz. A voz embargou e fiquei um tempo assim até conseguir de novo cantar a música. Isso é normal, vocês sabem, porque depois, quando tocamos Velha (luís capucho), eu vi que as meninas choravam também.
Daí, vocês vejam que esse nosso encontro foi muito emocionante, porque todos estavam meio que se vendo pela primeira vez. E tudo estava muito à flor da pele.
A música Cinema Íris (luís capucho) de meu disco do mesmo nome, produzido pelo compositor e maestro Paulo Baiano, foi desse disco a primeira música que se “saltou” dele, porque meu ídolo Ney Matogrosso falou dela um pouco, disse ela ser excitante artisticamente na sua cabeça e isso, vocês sabem, não é pouco para uma música.
Infelizmente, não conseguimos tocar juntos no show. Mas as meninas gravaram no celular o ensaio e Tulio me mandou, hoje.
Vejam:

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