quarta-feira, janeiro 10, 2018

Fico me sentindo muito orgulhoso, quando outro artista enxerga o meu trabalho inteiro de uma vez só. Vi o Maurício Kiffer pela segunda vez, no sábado, quando ele me presenteou com o Máquina de Escrever, um trabalho modesto e lindo demais dele, de janeiro de 2016. Era uma festa embaixo de chuva e, no meio dela, achei uma brecha pra lhe dizer que eu tava emocionado, orgulhoso, envaidecido e, por isso, eu gostaria de saber o que tinha motivado fazer uma obra temática, assim, As Vizinhas de Trás, os livros, as músicas.
Aí, ele me disse o lance mais singelo e bonito, que foi por causa de uma rosa pequenina. É que, na primeira vez em que nos vimos, acho que em 99, eu tinha levado florezinhas miúdas de plástico para os amigos que assistiam, comigo e mamãe, ao show da Cassia Eller, onde ela cantaria a minha Maluca – o Maurício é amigo de meu amigo, Marcio, por isso recebeu uma florzinha. Também me explicou que era amigo do pai do Felipe e, aí, eu vi que estamos todos, mais ou menos, embaixo da mesma chuva e tudo – existirmos, a que será que se destina.
Fora isso, há muitos anos, quando eu era rapazinho, os amigos, vez ou outra, diziam que eu não gostava de nada, só gostava daquilo que eu próprio fizesse. E eu achava esse um grande erro de observação de meus amigos, porque, comigo mesmo, sou inseguro demais com o que faço. Daí, pensava que não me viam direito. Apesar de serem tão próximos, meus amigos estavam muito errados, porque gosto de coisas mais seguras que as minhas.
Eu sei que eu faço postagens aqui sempre voltadas para mim, que sempre estou envolvidíssimo com as minhas próprias coisas e, daí, meus amigos, numa primeira vista, podem ter toda a razão. Mas só numa primeira vista, porque depois, não vou dizer, é um grande foda-se pra mim?
Também pra eles, ne, não vou ficar sozinho nisso.
Pedro tirou foto na vidraçaria. Vai ficar mais lindo.
Vejam:


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