terça-feira, junho 15, 2021
Apesar de que, em 2022, completarei 60 anos e apesar de, com a pandemia, com os remédios para o olho, com os 59 anos, com o Bozo, com os bozistas, eu ter reparado que o meu corpo se configura, definitivamente, como o corpo de um senhor e que tudo, o meu apezinho, a Linda Evangelista, o meu bairro, tudo o mais, me obrigam a uma posição, me empurram à equilibrar nesse arame, que é o arame onde se equilibram as pessoas adultas, eu, outro dia, participei de um grupo on line de rapazes que conversavam sobre masculinidade. Então, nessas conversas eu senti isso, que eu tinha entrado para o mundo adulto e que outros rapazes podiam participar disso muito mais jovens, rapazes de 23 anos eram adultos, de 29 eram adultos e eu tava me equilibrando ali chegando nos 60.
Eu tou falando isso, porque, outro dia, o Rafael Amorim ganhou um concurso literário do Sesc e me pediu pra fazer a orelha do seu “Como Tratar Paisagens Feridas”. Então, senti que tinha sido jogada uma bola pra mim, quer dizer, eu tinha a posição de estar com a bola dentro desse cercado onde estão as pessoas adultas e, aí, eu quis pegá-la pra jogar, avisei pro Rafael que eu queria, avisei que noutras vezes não quis, mas que, agora, eu queria e fui jogar. Eu sempre aviso que eu quero jogar não sabendo e, aí, eu jogo e participo do mundo adulto de 23 anos, de 29 anos, de 40.
Foi assim também que joguei a bola do “Conjugado” do Luiz Ribeiro e a bola do “Elvis e Madona” do Luiz Biajoni. Também, faz muitos anos, joguei a bola de A Intratável, de Kali C Conchinha, que faz um crowdfunding agora, para publicação. Também, no time, a bola da "Paganíssima Trindade" de Mô Ribeiro. Também "Um grifo-pedrês" de Murilo Guimarães.
Pra os que gostam de literartura:
https://www.catarse.me/a_intratavel
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