Eram trilha
sonora do nosso romance, as batidas daquela música de suspense que sustentava
os malabaristas no trapézio e que nos filmes pornôs usavam para o momento da
foda. Somente o meu namorado via o filme, mergulhado que eu estava na
profundidade infinita entre as suas pernas. Normalmente, nos momentos da foda,
a câmera focava de um ângulo por baixo do casal, por entre suas pernas, de
forma que pudéssemos ver um pau com seus bagos pendurados a penetrar numa boceta
da qual só víamos a superfície de pentelhos, geralmente, loiros. Normalmente, a
mulher estava de quatro e o homem ajoelhado, na direção de sua bunda comia a
sua boceta por baixo. Também eram comuns as cenas em que a mulher deitava de
costas, com a barriga para cima e pernas erguidas, esticadas ou dobradas, com
os joelhos sobre os ombros dos homens. O homem então mergulhava o seu pau, num
vai-e-vem ritmado na boceta da mulher para que, no fim, quando gozassem,
moverem-se fora do ritmo e convulsos trepidarem. Se a mulher mantivesse as
pernas esticadas e o homem continuasse a penetrá-la naquele vai-e-vem
continuado e empurrasse as pernas dela para baixo, na direção do seu rosto,
dobrando-a sobre a cama, dando-nos a sensação de que ele insistia em recolocar
sempre o seu pau que parecia espirrar de dentro dela, como um carnegão
espremido do olho de um furúnculo, vê-lo recolocar para sempre seu pau inteiro,
fazia com que minha alma se elevasse e estonteasse no alto, extasiada.
(Cinema Orly, pg 94 – 1ª ed.)
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