segunda-feira, agosto 12, 2024

Leitura Cinema Orly - último parágrafo pg 94 - primeira edição

Vai ter leitura do Cinema Orly, no show dessa sexta:

Eram trilha sonora do nosso romance, as batidas daquela música de suspense que sustentava os malabaristas no trapézio e que nos filmes pornôs usavam para o momento da foda. Somente o meu namorado via o filme, mergulhado que eu estava na profundidade infinita entre as suas pernas. Normalmente, nos momentos da foda, a câmera focava de um ângulo por baixo do casal, por entre suas pernas, de forma que pudéssemos ver um pau com seus bagos pendurados a penetrar numa boceta da qual só víamos a superfície de pentelhos, geralmente, loiros. Normalmente, a mulher estava de quatro e o homem ajoelhado, na direção de sua bunda comia a sua boceta por baixo. Também eram comuns as cenas em que a mulher deitava de costas, com a barriga para cima e pernas erguidas, esticadas ou dobradas, com os joelhos sobre os ombros dos homens. O homem então mergulhava o seu pau, num vai-e-vem ritmado na boceta da mulher para que, no fim, quando gozassem, moverem-se fora do ritmo e convulsos trepidarem. Se a mulher mantivesse as pernas esticadas e o homem continuasse a penetrá-la naquele vai-e-vem continuado e empurrasse as pernas dela para baixo, na direção do seu rosto, dobrando-a sobre a cama, dando-nos a sensação de que ele insistia em recolocar sempre o seu pau que parecia espirrar de dentro dela, como um carnegão espremido do olho de um furúnculo, vê-lo recolocar para sempre seu pau inteiro, fazia com que minha alma se elevasse e estonteasse no alto, extasiada.

                                         (Cinema Orly, pg 94 – 1ª ed.)


Nenhum comentário: