Embora, muito no íntimo, meus livros tenham, todos, um mesmo narrador, eles dialogam entre si, cada qual em seu tom de voz muito particular.
Esse diálogo existe entre meus livros, entre eles e a música que faço, entre elas, entre eu e elas, e é, assim, como se em todas as minhas tentativas de expressão, eu também estivesse a conversar comigo próprio, solitário, silencioso leit@r, se liga.
Achar o tom de voz particular de um narrador é fundamental para que se abra o fluxo por onde ele irá seguir, assim, como achar o tom em que irá seguir uma canção é como encontrar e seguir um leito de rio serpenteando entre os montes, pela planície, onde as aves voam pairando na brisa.
Por tudo isso, porque dialogo só, felizmente, decidi nomear meu novo disco de “Cinema Íris” para formar com o meu primeiro livro, “Cinema Orly”, e nomeei meu terceiro livro, ainda inédito, “Mamãe Me Adora”, para formar com uma de minhas primeiras canções, e que tem esse mesmo nome.
Foi “Mamãe Me Adora”, a música, que me rendeu ser chamado nos anos 90 pela imprensa paulista de o Jean Genet da MPB. Porque como uma vez me disse minha parceira Mathilda Kóvak, rock and roll é literatura e literatura, bem, literatura é rítmo, eu digo.
Daí, bom leit@r, Vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
domingo, dezembro 07, 2008
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