segunda-feira, novembro 16, 2009

Fiz duas novas músicas com letras de Marcos Sacramento, meu parceiro mais antigo.
Fiz “Azarão” e “Dentro de Mim”.
E, ontem, na casa de Pedro, Simone estava com um pandeiro e ficamos brincando e, aí, quis gravar pra mostrar pro Sacramento, mandar por e-mail.
Na brincadeira, Pedro aprendeu mais um pouco sobre o programa que usamos.
Cada aprendizado é mais um truque que melhora a edição da música, o seu resultado final.
E, agora de manhã, li uma entrevista de um escritor chamado Paulo Lins, no Verbo21, site de cultura baiano, e me lembrei de minha infância.
Dorinha veio limpar minha casa.
Está um dia gostoso em Nikity. Sem sol.
Estou fazendo feijão. Ainda preciso me organizar melhor sobre fazer comida.
Eu já tinha pensado na minha infância de noite e também nessa madrugada, antes de ler a entrevista do Paulo Lins, mas a entrevista reavivou a lembrança.
A lembrança é só como a ponta de um iceberg, porque a infância mesmo está submersa e não emergirá, a não ser que eu invente.
Vejam as letras:


AZARÃO


Falei de amor, abri o coração
Joguei no ar o bafo
Do que, pra mim, era razão

A razão me arrasou
A razão me arrasou

Os passos, todos eles
Pedaços de rua
Becos, becos, becos
Pedaços de amor

A razão me arrasou
A razão me arrasou

Agora indo ali
Indo em frente, ali
Sem amor
Abafar o tempo
Rever os pedaços
Pedaço s de rua
Desabafo:

A razão me arrasou
A razão me arrasou

Azar da razão
Ali na frente deve ter amor
Ali no tempo da frente
Ali no vento
Dali da frente
Do pedaço de rua
Ali a diante tem amor

A razão me arrasou
A razão me arrasou
Azar da razão.


DE NTRO DE MIM

A bagunça do meu peito
Do fundo do peito
Que é o leito da bagunça
Não tem jeito
O que foi feito de mim?
Quem abrirá a cortina
Da íris enfumaçada
Esse embaço de memória
O peito
Quem descortina?
Quem disse que era pra fechar
Por causa da bagunça?
Quem é esse que manda fechar?

Descortina-se o fundo do peito
Pra que eu chegueO rei da bagunça
E a íris apontada pra você.

Nenhum comentário: