Mamãe está no fundo do oceano.
Outra vez, essa manhã, antes de acordar, eu disse pra ela que estava com muita saudade. Então, ela me deu sua mão.
Eu também imagino, Simply Mary, que o fundo do oceano seja o silêncio.
Mas consigo ouvir mamãe!
Na hora em que mamãe foi embora, no ano passado, a Império Serrano estava entrando na avenida com o enredo da Iemanjá. Era uma noite de maresia muito espessa e quem andasse pela orla de Copacabana era como quem andasse embaixo do mar e quem andasse pelas ruas internas de Copacabana, como nós andávamos, eu, Cláudia e Pedro, andávamos feito peixes.
Que saudade!
sábado, fevereiro 27, 2010
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
Bob veio aqui em casa hoje pela manhã.
Quis que eu abrisse a porta da cozinha para que ele entrasse na área.
Depois, voltou e ficou na porta da sala, deitado de barriga no chão, olhando para a rua.
Minha vizinha de janela veio e levou ele, no colo, pra casa.
Vou voltar a meus interessantes estudos...
O texto que fiquei a ler, ontem, me fez ficar pensando sobre a solidão, que me pareceu algo inexistente, porque a matéria verbal, sendo um instrumento social e porque, ninguém vive sem abrir a boca e, se ficar, não vive sem tecer seus próprios pensamentos, que são, enfim, efeito de se viver em grupo, ta se ligando, bom leit@r, quero dizer que as palavras, mesmo em pensamento, são criações coletivas, daí, ninguém, mesmo que apenas com seus próprios botões, fica livre de estar ligado, se liga...
E eu me lembrei da letra do Cazuza:
“A solidão é pretensão de quem fica escondido, fazendo fita...”
É isso aí!
Quis que eu abrisse a porta da cozinha para que ele entrasse na área.
Depois, voltou e ficou na porta da sala, deitado de barriga no chão, olhando para a rua.
Minha vizinha de janela veio e levou ele, no colo, pra casa.
Vou voltar a meus interessantes estudos...
O texto que fiquei a ler, ontem, me fez ficar pensando sobre a solidão, que me pareceu algo inexistente, porque a matéria verbal, sendo um instrumento social e porque, ninguém vive sem abrir a boca e, se ficar, não vive sem tecer seus próprios pensamentos, que são, enfim, efeito de se viver em grupo, ta se ligando, bom leit@r, quero dizer que as palavras, mesmo em pensamento, são criações coletivas, daí, ninguém, mesmo que apenas com seus próprios botões, fica livre de estar ligado, se liga...
E eu me lembrei da letra do Cazuza:
“A solidão é pretensão de quem fica escondido, fazendo fita...”
É isso aí!
quinta-feira, fevereiro 25, 2010
E o oceano, bom leit@r, o que é o oceano?
E o fundo do oceano, o que é, o que é, o que é?
Será a profundidade de minha cabeça, a profundidade de nossas cabeças, mas na superfície, agora, só a marolinha desse meu post?
E o éter infinito da internet, a sua teia, será um aceano inteiro ou será apenas efeito da superfície de seu cosmos, onde essa marolinha de meu post está para morrer, dando lugar a outra marolinha do post de amanhã?
E o cosmos da internet, o que será, o que será?
E onde é que isso fica? Será no meu computer, na nossa cabeça? E se acabar o luz do mundo, onde é que essa luz estará?
E mamãe, cadê mamãe?
É isso aí, silencioso leit@r, vou estudar...
E o fundo do oceano, o que é, o que é, o que é?
Será a profundidade de minha cabeça, a profundidade de nossas cabeças, mas na superfície, agora, só a marolinha desse meu post?
E o éter infinito da internet, a sua teia, será um aceano inteiro ou será apenas efeito da superfície de seu cosmos, onde essa marolinha de meu post está para morrer, dando lugar a outra marolinha do post de amanhã?
E o cosmos da internet, o que será, o que será?
E onde é que isso fica? Será no meu computer, na nossa cabeça? E se acabar o luz do mundo, onde é que essa luz estará?
E mamãe, cadê mamãe?
É isso aí, silencioso leit@r, vou estudar...
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Continuo com minhas interessantes leituras.
Como efeito de superfície, liguei pra Simone e saí falando:
- Acho que estou entendendo: a fala das pessoas é como uma marolinha no aceano, são muitas as falas e as marolinhas no oceano. As ondas são os discursos mais fortes, os mais dominantes. E um discurso que seja potente demais é, assim, uma tsunami. E tudo é manifestação dele, do oceano, em sua superfície.
-É, Luís, legal! É isso mesmo!- a Simone falou.
Depois, eu fiquei pensando: E o fundo do oceano, o que é o fundo do oceano?
Como efeito de superfície, liguei pra Simone e saí falando:
- Acho que estou entendendo: a fala das pessoas é como uma marolinha no aceano, são muitas as falas e as marolinhas no oceano. As ondas são os discursos mais fortes, os mais dominantes. E um discurso que seja potente demais é, assim, uma tsunami. E tudo é manifestação dele, do oceano, em sua superfície.
-É, Luís, legal! É isso mesmo!- a Simone falou.
Depois, eu fiquei pensando: E o fundo do oceano, o que é o fundo do oceano?
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Acordei muito cedo pra ir ao médico.
Nada demais, bom leit@r. Faço mesmo esse monitoramento habitual, por conta do vírus HIV.
Quando desci minha escada, a vizinha do térreo estava saindo com o neto, que ia para a escola. E, aí, me chamou pra ver ( calma, silencioso leit@r, não era um caminhão carregado de botão de rosas, não). Era uma poça de mijo que escorria pelo portão:
- Ó, Luís, tem alguém que mija em meu portão, veja! – e, aí, tava claro que ninguém tava mijando no portão. Meu olhar, assim, algo policial, logo viu que aquele mijo era do cachorro dela, da vizinha, que vive ali na área, área em que se entra pelo portão. E eu falei no ímpeto:
- Não, não Dona Maria. Esse mijo é do Scoob, veja: ele levanta a perna pra mijar na haste do portão e o mijo escorre pra cá, ó.
- Não, Luís. Não é não- e, aí, a outra vizinha que mora com ela, a mãe do garoto, confirmou:
- Não, não é o Scoob que mija aí, não. É gente! – e foi que eu me lembrei que elas tão sempre reclamando de gente que anda mijando no portão delas. Mas, silencioso leit@r, hoje eu vi. É o Scoob que mija no portão delas. É o Scoooooooooooooooobb!
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Nada demais, bom leit@r. Faço mesmo esse monitoramento habitual, por conta do vírus HIV.
Quando desci minha escada, a vizinha do térreo estava saindo com o neto, que ia para a escola. E, aí, me chamou pra ver ( calma, silencioso leit@r, não era um caminhão carregado de botão de rosas, não). Era uma poça de mijo que escorria pelo portão:
- Ó, Luís, tem alguém que mija em meu portão, veja! – e, aí, tava claro que ninguém tava mijando no portão. Meu olhar, assim, algo policial, logo viu que aquele mijo era do cachorro dela, da vizinha, que vive ali na área, área em que se entra pelo portão. E eu falei no ímpeto:
- Não, não Dona Maria. Esse mijo é do Scoob, veja: ele levanta a perna pra mijar na haste do portão e o mijo escorre pra cá, ó.
- Não, Luís. Não é não- e, aí, a outra vizinha que mora com ela, a mãe do garoto, confirmou:
- Não, não é o Scoob que mija aí, não. É gente! – e foi que eu me lembrei que elas tão sempre reclamando de gente que anda mijando no portão delas. Mas, silencioso leit@r, hoje eu vi. É o Scoob que mija no portão delas. É o Scoooooooooooooooobb!
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
Acordei sonhando com minha mãezinha.
Hoje faz um ano que ela faleceu.
Ontem, na capelinha de minha rua, fizemos uma missa.
Os meus parentes de mais idade, todos, estão indo embora.
Não tenho a menor idéia do que isso quer dizer.
Também tenho medo do dia de minha morte.
Mamãe ficou assustada.
Ela não me deixaria.
Se eu tivesse como, também não deixaria que ela fosse.
Que mistério!
Hoje faz um ano que ela faleceu.
Ontem, na capelinha de minha rua, fizemos uma missa.
Os meus parentes de mais idade, todos, estão indo embora.
Não tenho a menor idéia do que isso quer dizer.
Também tenho medo do dia de minha morte.
Mamãe ficou assustada.
Ela não me deixaria.
Se eu tivesse como, também não deixaria que ela fosse.
Que mistério!
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
Estou avançando em minhas leituras e, como já falei, de outra vez, pra meu silencioso leit@r, fico perdido em meio à matéria verbal dos textos, onde, de vez em quando, me maravilho com a visão de um iceberg e outro.
Como já falei também, a dificuldade é que essa matéria verbal em que os textos estão traduzidos não é a minha linguagem, então, se tento falar sobre o que leio não encontro as minhas palavras.
E, aí, deveria ter começado a ler bem antes que era pra eu poder assimilar melhor e poder navegar ali com facilidade e poder ter as minhas próprias produções também..
E aconteceu ainda, de ontem, eu ter que resolver na AMAR sobre o ISRC de Romena, minha música com Suely Mesquita, que vai estar no meu Cinema ìris e que vai estar num CD-Livro que o Bob Gaulker ta fazendo com as músicas de Suely.
Daí, que não estudei, ontem.
E, agora, vou ler...
É isso.
Como já falei também, a dificuldade é que essa matéria verbal em que os textos estão traduzidos não é a minha linguagem, então, se tento falar sobre o que leio não encontro as minhas palavras.
E, aí, deveria ter começado a ler bem antes que era pra eu poder assimilar melhor e poder navegar ali com facilidade e poder ter as minhas próprias produções também..
E aconteceu ainda, de ontem, eu ter que resolver na AMAR sobre o ISRC de Romena, minha música com Suely Mesquita, que vai estar no meu Cinema ìris e que vai estar num CD-Livro que o Bob Gaulker ta fazendo com as músicas de Suely.
Daí, que não estudei, ontem.
E, agora, vou ler...
É isso.
terça-feira, fevereiro 16, 2010
Ruth me deu uma máquina de escanear, que não cabia mais em seu computer.
Ainda não instalei. Pedirei a ajuda de Pedro.
Quando acordei, reli um dos capítulos de um livro que consegui num sebo próximo à rodoviária. É um capítulo que consta na bibliografia da prova que quero fazer.
Tenho me sentido, junto aos textos pra ler, assim, meio naif, porque eles me parecem ser elaborados demais e têm um nível de linguagem em relação a qual tenho me achado selvagem, quer dizer, embora eu consiga assimilar, compreender, o que está sendo lido, não sei fazer uso daqueles vocábulos específicos, ta se ligando bom leit@r?
De qualquer forma estou sedimentando a leitura, tentando construir um edifício de conhecimento com a minha linguagem mesmo e espero que isso seja suficiente para a prova.
Sei que o universo de matéria a ser apreendida é muito maior do que eu terei tempo pra satisfazer e, às vezes, acho a tarefa impossível, noutras, parece que estou conseguindo.
Por exemplo:
...a concepção do que seja um texto e do que seja sua leitura é condicionada pelo contexto histórico que essas duas coisas se dão, porque o texto e seu leit@r estão inseridos num momento “tal”. Definir esses objetos sem estar condicionado pela cultura do momento de definição é tarefa improvável.
Assim, definir um leit@r hoje em dia é diferente da definição que lhe foi dada antes, se quando houve essa definição.
De outro modo, a matéria verbal de que ele(o texto) é feito é um instrumento social de comunicação determinado historicamente.
Por isso, ler um aut@r do século XIX será diferente, para o leit@r do século XIX, daquela leitura feita desse mesmo texto por um leit@r do nosso século, claro!
Sobre leit@r de blog não há nada na bibliografia.
Talvez, ele seja um leit@r naif, selvagem como o blogueiro que escreve aqui...ó eu definindo...
Que coisa!
Vou pro Pedro...
Ainda não instalei. Pedirei a ajuda de Pedro.
Quando acordei, reli um dos capítulos de um livro que consegui num sebo próximo à rodoviária. É um capítulo que consta na bibliografia da prova que quero fazer.
Tenho me sentido, junto aos textos pra ler, assim, meio naif, porque eles me parecem ser elaborados demais e têm um nível de linguagem em relação a qual tenho me achado selvagem, quer dizer, embora eu consiga assimilar, compreender, o que está sendo lido, não sei fazer uso daqueles vocábulos específicos, ta se ligando bom leit@r?
De qualquer forma estou sedimentando a leitura, tentando construir um edifício de conhecimento com a minha linguagem mesmo e espero que isso seja suficiente para a prova.
Sei que o universo de matéria a ser apreendida é muito maior do que eu terei tempo pra satisfazer e, às vezes, acho a tarefa impossível, noutras, parece que estou conseguindo.
Por exemplo:
...a concepção do que seja um texto e do que seja sua leitura é condicionada pelo contexto histórico que essas duas coisas se dão, porque o texto e seu leit@r estão inseridos num momento “tal”. Definir esses objetos sem estar condicionado pela cultura do momento de definição é tarefa improvável.
Assim, definir um leit@r hoje em dia é diferente da definição que lhe foi dada antes, se quando houve essa definição.
De outro modo, a matéria verbal de que ele(o texto) é feito é um instrumento social de comunicação determinado historicamente.
Por isso, ler um aut@r do século XIX será diferente, para o leit@r do século XIX, daquela leitura feita desse mesmo texto por um leit@r do nosso século, claro!
Sobre leit@r de blog não há nada na bibliografia.
Talvez, ele seja um leit@r naif, selvagem como o blogueiro que escreve aqui...ó eu definindo...
Que coisa!
Vou pro Pedro...
domingo, fevereiro 14, 2010
Encontrei com minhas vizinhas na fila da quitanda, em frente ao que Pedro tem chamado de meu condomínio:
- E, aí, Luís, animado pro carnaval? – e eu fiquei sem saber o que responder, mas como numa fila de quitanda, nenhuma pergunta deve ficar sem resposta, peguei a primeira que me veio à cabeça e mandei:
- Não tenho mais energia pro carnaval!- ao que uma das vizinhas, e logo depois a outra, pelo mesmo motivo de dever, alimentou o assunto, mas tudo tão sem importância que eu nem mesmo sei o que mais dissemos uns aos outros.
Apenas ficou a impressão, que reparei nos olhares delas, de que somos bons vizinhos, de que nos curtimos e tal, cada qual no mundo de sua casa, ouvindo os barulhos excedentes dos mundos uns dos outros, que atravessam as paredes, e, tudo bem, nada agressivo, cada um na sua, como já falou a Rita Lee.
E, hoje, a gente, eu, Pedro e Simone, deve dar um bordejo pelo carnaval...
Ano passado, nessa época, nós, eu e Pedro, lutávamos com mamãe no hospital.
Claro, eu não tinha nenhuma noção de luta, porque eu estava inteiramente envolvido, muito entregue àquela situação de mamãe na cama alta do hospital e eu não tinha noção de nada, bom leit@r.
Nós estávamos, inteiramente, cegos. Não havia conflito, eu pensava que o hospital era a salvação de mamãe e que ela voltaria comigo pra casa.
Mas depois me pareceu, quando as lembranças terríveis ficavam voltando na minha cabeça, que tinha havido, sim, em mamãe, uma luta. Uma luta que eu não sabia precisar, na lembrança, em que direção ela se dava, porque por um lado tinha a força frágil dela que lutava para sair da situação em que foi ficando na engrenagem do hospital, e do outro lado tinha o seu corpo doente que era, talvez, justamente, o resultado da luta que ela travava para conseguir deixá-lo, ta se ligando, bom leit@r?
No que eu me lembrava, não sabia mais pensar que direção tinha tido, em sua doença, a luta. Se a luta, que se travava, era pra que ela ficasse boa ou se sua doença tinha sido uma luta que se travava em seu corpo para que ela morresse, para que ela conseguisse abandoná-lo. Eu fiquei pensando nisso...
E as atitudes que o hospital tomava eram por demais agressivas, era uma força contrária muito maior que as forças que mamãe tinha pra continuar aqui comigo e, aí, no domingo do carnaval do ano passado, ela foi embora...
Hospital é um troço sem noção, se liga...e a gente nem consegue brigar com ele, porque o hospital, com o seu peso e autoridade, silencia a gente.
Uma enfermeira, com quem eu tinha criado caso, porque demorou a vir atender mamãe numa das vezes em que fui buscá-la, disse, quando mamãe se foi:
- Nós não somos Deus...
- E, aí, Luís, animado pro carnaval? – e eu fiquei sem saber o que responder, mas como numa fila de quitanda, nenhuma pergunta deve ficar sem resposta, peguei a primeira que me veio à cabeça e mandei:
- Não tenho mais energia pro carnaval!- ao que uma das vizinhas, e logo depois a outra, pelo mesmo motivo de dever, alimentou o assunto, mas tudo tão sem importância que eu nem mesmo sei o que mais dissemos uns aos outros.
Apenas ficou a impressão, que reparei nos olhares delas, de que somos bons vizinhos, de que nos curtimos e tal, cada qual no mundo de sua casa, ouvindo os barulhos excedentes dos mundos uns dos outros, que atravessam as paredes, e, tudo bem, nada agressivo, cada um na sua, como já falou a Rita Lee.
E, hoje, a gente, eu, Pedro e Simone, deve dar um bordejo pelo carnaval...
Ano passado, nessa época, nós, eu e Pedro, lutávamos com mamãe no hospital.
Claro, eu não tinha nenhuma noção de luta, porque eu estava inteiramente envolvido, muito entregue àquela situação de mamãe na cama alta do hospital e eu não tinha noção de nada, bom leit@r.
Nós estávamos, inteiramente, cegos. Não havia conflito, eu pensava que o hospital era a salvação de mamãe e que ela voltaria comigo pra casa.
Mas depois me pareceu, quando as lembranças terríveis ficavam voltando na minha cabeça, que tinha havido, sim, em mamãe, uma luta. Uma luta que eu não sabia precisar, na lembrança, em que direção ela se dava, porque por um lado tinha a força frágil dela que lutava para sair da situação em que foi ficando na engrenagem do hospital, e do outro lado tinha o seu corpo doente que era, talvez, justamente, o resultado da luta que ela travava para conseguir deixá-lo, ta se ligando, bom leit@r?
No que eu me lembrava, não sabia mais pensar que direção tinha tido, em sua doença, a luta. Se a luta, que se travava, era pra que ela ficasse boa ou se sua doença tinha sido uma luta que se travava em seu corpo para que ela morresse, para que ela conseguisse abandoná-lo. Eu fiquei pensando nisso...
E as atitudes que o hospital tomava eram por demais agressivas, era uma força contrária muito maior que as forças que mamãe tinha pra continuar aqui comigo e, aí, no domingo do carnaval do ano passado, ela foi embora...
Hospital é um troço sem noção, se liga...e a gente nem consegue brigar com ele, porque o hospital, com o seu peso e autoridade, silencia a gente.
Uma enfermeira, com quem eu tinha criado caso, porque demorou a vir atender mamãe numa das vezes em que fui buscá-la, disse, quando mamãe se foi:
- Nós não somos Deus...
sábado, fevereiro 13, 2010
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Eu estava na sala, ventilador ligado, era de tarde, quando as cigarras de meu bairro começaram a gritar alto pra caramba e eu tive um sobressalto, porque parecia que elas estavam na minha sala. Eu ainda cheguei a pensar “nossa, que máximo as cigarras estão!” e estiquei meus olhos pela porta pra ver lá fora, quem sabe eu não conseguiria descobrir uma delas.
E aí, bom leit@r foi que eu saquei que era o meu ventilador!
E me lembrei que minha vizinha de janela tem óleo de máquina de costura e pedi a ela e coloquei no meu ventilador.
Isso é tudo...
E aí, bom leit@r foi que eu saquei que era o meu ventilador!
E me lembrei que minha vizinha de janela tem óleo de máquina de costura e pedi a ela e coloquei no meu ventilador.
Isso é tudo...
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
Não consigo encontrar a bibliografia para estudar pra prova que quero fazer. Nem mesmo na biblioteca da UFF, isntituição que está oferecendo o curso, tem os livros que me faltam da listagem.
Será que esses intelectuais ficaram malucos?
Corri todos os sebos e livrarias de Niterói e somente encontrei um ou outro.
Estive na coordenação do curso e falei disso. A secretária disse que tenho de correr atrás.
Cruz credo!
Será que esses intelectuais ficaram malucos?
Corri todos os sebos e livrarias de Niterói e somente encontrei um ou outro.
Estive na coordenação do curso e falei disso. A secretária disse que tenho de correr atrás.
Cruz credo!
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Sol escaldante sobre Nikity. Faz dias, não chove!
Estou ficando velho, de modo que a borda da sola de meus pés, na direção do calcanhar, está começando a dar sinais de rachadura.
Minha mãezinha também tinha seus pés assim e, uma vez, li que isso era sintoma de um fígado ruim. Acredito nisso, porque vez por outra, mamãe fazia um chá de boldo pra beber.
Que saudade!
Estou ficando velho, de modo que a borda da sola de meus pés, na direção do calcanhar, está começando a dar sinais de rachadura.
Minha mãezinha também tinha seus pés assim e, uma vez, li que isso era sintoma de um fígado ruim. Acredito nisso, porque vez por outra, mamãe fazia um chá de boldo pra beber.
Que saudade!
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
No dia 8 de janeiro anotei o número de visitantes de alguns vídeos meus, que Pedro fez e que estão há um tempo no youtube. Ontem, dia 7 de fevereiro fizemos a contagem e classificação dos bichanos de acordo com as visitas nesse período de um mês.
Veja como ficou, bom leit@r:
1- Algo Assim-de 2796 passou para 2996
2- Lua Singela- de 2683 passou para 2705
3- Máquina de Escrever- de 2371 passou para 2425
4 Céu- de 1286 passou para 1296
5- Romena- de 1266 passou para 1275
6- Peixe- de 1068 passou para 1079
7- Homens- de 883 passou para 897
8- Os Gestos das Mulheres- completa- de 750 passou para 760
9- Velha- de 637 passou para 670
10- Vai Querer?- de 490 passou ara 494
11- Parado Aqui - de 479 passou para 495
12- Para Pegar- de 471 passou para 520
13: entrevista no Mix - de 406 passou para 423
14- A Vida é Livre- de 75 passou para 76
Classificação:
1º lugar- Algo Assim - 200 visitas
2º lugar - Máquina de Escrever - 54 visitas
3º lugar- Para Pegar - 49 visitas
4º lugar- Velha- 33 visitas
5º lugar - Lua Singela - 22 visitas
6º lugar - entrevista no Mix - 17 visitas
7º lugar- Parado Aqui - 16 visitas
8º lugar - Homens- 14 visitas
9º lugar - Peixe- 11 visitas
10º lugar- Os Gestos das Mulheres e Céu- 10 visitas
11º lugar - Romena - 9 visitas
12º lugar - Vai Querer? - 4 visitas
13º lugar - A vida é Livre- 1 visita
Eu concordo que o mais visitado seja, de verdade, o que ficou melhor. E, possivelmente, o meu silencioso leit@r também, mas A vida é Livre, ficou um vídeo lindo!
Veja como ficou, bom leit@r:
1- Algo Assim-de 2796 passou para 2996
2- Lua Singela- de 2683 passou para 2705
3- Máquina de Escrever- de 2371 passou para 2425
4 Céu- de 1286 passou para 1296
5- Romena- de 1266 passou para 1275
6- Peixe- de 1068 passou para 1079
7- Homens- de 883 passou para 897
8- Os Gestos das Mulheres- completa- de 750 passou para 760
9- Velha- de 637 passou para 670
10- Vai Querer?- de 490 passou ara 494
11- Parado Aqui - de 479 passou para 495
12- Para Pegar- de 471 passou para 520
13: entrevista no Mix - de 406 passou para 423
14- A Vida é Livre- de 75 passou para 76
Classificação:
1º lugar- Algo Assim - 200 visitas
2º lugar - Máquina de Escrever - 54 visitas
3º lugar- Para Pegar - 49 visitas
4º lugar- Velha- 33 visitas
5º lugar - Lua Singela - 22 visitas
6º lugar - entrevista no Mix - 17 visitas
7º lugar- Parado Aqui - 16 visitas
8º lugar - Homens- 14 visitas
9º lugar - Peixe- 11 visitas
10º lugar- Os Gestos das Mulheres e Céu- 10 visitas
11º lugar - Romena - 9 visitas
12º lugar - Vai Querer? - 4 visitas
13º lugar - A vida é Livre- 1 visita
Eu concordo que o mais visitado seja, de verdade, o que ficou melhor. E, possivelmente, o meu silencioso leit@r também, mas A vida é Livre, ficou um vídeo lindo!
domingo, fevereiro 07, 2010
Meu condomínio ta silencioso, sem festa de domingo.
Vou lavar a louça, fazer comida e estudar um pouco, quer dizer, ler.
Depois, combinei com Pedro de fazer, finalmente, uma visita a Dona Glorinha.
Continuando as considerações que me tem vindo a partir das leituras que ando a fazer, essa noite, antes de dormir, fiquei pensando nas onomatopéias, silencioso leit@r, porque segundo meus interessantes estudos, as bichanas são signos marginais dentro do sistema da língua, porque não participam das possibilidades de articulação que esse sistema permite, ta se ligando?
E eu fiquei lembrando daqueles meninos que estudaram comigo, meninos que apareceram no meu ginásio e também no segundo grau, que faziam com que eu me sentisse um cara aprisionado, porque, no pátio, eles ficavam contando altas estórias, contando casos que aconteciam com eles e que eles traduziam tudo em gestos e muita, muita onomatopéia, fazendo sons de carros passando, coisas caindo, batidas, lutas, gritos, essas coisas. E que me deixavam mais quieto ainda, mais tímido do que eu era.
Porque aqueles garotos não usavam da língua pra conversar, não usavam apenas das palavras pra conversar. Eles usavam tudo, tudo o que era possível pra rolar a comunicação, ta se ligando, bom leit@r, hein? Eles eram muito, muuuuuuuuuuuinnnnnnto inteligentes!
Que coisa! Marginaaaaaaaaaais!...
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Vou lavar a louça, fazer comida e estudar um pouco, quer dizer, ler.
Depois, combinei com Pedro de fazer, finalmente, uma visita a Dona Glorinha.
Continuando as considerações que me tem vindo a partir das leituras que ando a fazer, essa noite, antes de dormir, fiquei pensando nas onomatopéias, silencioso leit@r, porque segundo meus interessantes estudos, as bichanas são signos marginais dentro do sistema da língua, porque não participam das possibilidades de articulação que esse sistema permite, ta se ligando?
E eu fiquei lembrando daqueles meninos que estudaram comigo, meninos que apareceram no meu ginásio e também no segundo grau, que faziam com que eu me sentisse um cara aprisionado, porque, no pátio, eles ficavam contando altas estórias, contando casos que aconteciam com eles e que eles traduziam tudo em gestos e muita, muita onomatopéia, fazendo sons de carros passando, coisas caindo, batidas, lutas, gritos, essas coisas. E que me deixavam mais quieto ainda, mais tímido do que eu era.
Porque aqueles garotos não usavam da língua pra conversar, não usavam apenas das palavras pra conversar. Eles usavam tudo, tudo o que era possível pra rolar a comunicação, ta se ligando, bom leit@r, hein? Eles eram muito, muuuuuuuuuuuinnnnnnto inteligentes!
Que coisa! Marginaaaaaaaaaais!...
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Dar nome pras coisas é um lance que me enche de indecisão.
Nos textos que estou lendo pra prova que quero fazer, há considerações a esse respeito, por exemplo, a de que Deus disse: “Faça-se a luz. E a luz se fez”.
Quer dizer, se Deus não tivesse dito nada, nada se faria, então, o nome e a luz nasceram colados, juntinhos, assim, como dois junto a dois são quatro. E Deus não parece ter tido indecisão alguma, era um tirano pleno...
Minha mãezinha lindíssima, quando me chamou de Luís, colou Luís a mim, mas eu poderia muito bem me chamar Pedro, João ou Marcos. E pela cabeça de minha mãezinha devem ter passado inúmeros nomes, mas ela curtiu Luís e eu gosto de Luís, que ficou.
Daí, conclui-se que, inicialmente, isso não tivesse nada a ver comigo, mas, agora, eu mais Luís é como dois mais dois.
Não é, bom leit@r?
Embora isso seja uma arbitrariedade, e que tivesse sido um capricho, puro e simples, que mamãe tenha me dado esse nome.
E voltando a minha decisão ou indecisão:
Eu demorei um tempo para chegar ao nome de meu novo disco, o “Cinema Íris”.
Mas agora, ainda antes de o filhote nascer, o nome já ta colado nele, como se fosse o próprio. E não tem outro. “Cinema Íris” é o meu disco!
E, depois de tudo pronto será como se tivesse havido um: Faça-se o Cinema Íris!
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Nos textos que estou lendo pra prova que quero fazer, há considerações a esse respeito, por exemplo, a de que Deus disse: “Faça-se a luz. E a luz se fez”.
Quer dizer, se Deus não tivesse dito nada, nada se faria, então, o nome e a luz nasceram colados, juntinhos, assim, como dois junto a dois são quatro. E Deus não parece ter tido indecisão alguma, era um tirano pleno...
Minha mãezinha lindíssima, quando me chamou de Luís, colou Luís a mim, mas eu poderia muito bem me chamar Pedro, João ou Marcos. E pela cabeça de minha mãezinha devem ter passado inúmeros nomes, mas ela curtiu Luís e eu gosto de Luís, que ficou.
Daí, conclui-se que, inicialmente, isso não tivesse nada a ver comigo, mas, agora, eu mais Luís é como dois mais dois.
Não é, bom leit@r?
Embora isso seja uma arbitrariedade, e que tivesse sido um capricho, puro e simples, que mamãe tenha me dado esse nome.
E voltando a minha decisão ou indecisão:
Eu demorei um tempo para chegar ao nome de meu novo disco, o “Cinema Íris”.
Mas agora, ainda antes de o filhote nascer, o nome já ta colado nele, como se fosse o próprio. E não tem outro. “Cinema Íris” é o meu disco!
E, depois de tudo pronto será como se tivesse havido um: Faça-se o Cinema Íris!
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
Sol escaldante, em Nikity.
Acordei tarde, suando, no abafado do quarto.
Com o calor, os meus horários mudaram todos, porque somente vou pra cama mais tarde, quando refresca um pouco. E eu gosto de dormir muito, é meu hábito.
Daí, que tudo mudou de lugar, quer dizer, o tempo.
Ante-ontem, fui assistir ao filme Avatar, com Simone.
Vimos em 3D, num cinema do Largo do Machado. Eu achei lindo demais!
Vou fazer uma comida e, depois, estudar...
É isso.
Acordei tarde, suando, no abafado do quarto.
Com o calor, os meus horários mudaram todos, porque somente vou pra cama mais tarde, quando refresca um pouco. E eu gosto de dormir muito, é meu hábito.
Daí, que tudo mudou de lugar, quer dizer, o tempo.
Ante-ontem, fui assistir ao filme Avatar, com Simone.
Vimos em 3D, num cinema do Largo do Machado. Eu achei lindo demais!
Vou fazer uma comida e, depois, estudar...
É isso.
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
A Receita...rs.
Cortar meia cenoura em rodelas bem finas.
Cortar em fatias bem pequenas um pedaço de repolho.
Picar um pedaço de cebola rocha bem miudinho.
Fazer o mesmo com um tomate maduro.
Cortar em rodelas dois ovos cozidos.
Misturar tudo com azeite, sal e molho inglês.
Cortar em fatias bem pequenas um pedaço de repolho.
Picar um pedaço de cebola rocha bem miudinho.
Fazer o mesmo com um tomate maduro.
Cortar em rodelas dois ovos cozidos.
Misturar tudo com azeite, sal e molho inglês.
terça-feira, fevereiro 02, 2010
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Ontem, no que Pedro chama de meu condomínio, teve festinha.
À tardinha, e a festa já atingia o seu clímax, quando a moça do terceiro andar apontou em sua janela e gritou pro pessoal embaixo:
- Ó, esse barulho que vocês fazem aí, está atrapalhando meu sono. Vou descer pra comer churrasco!
- Desce aí, mulher! Pára de palhaçada!- gritaram-lhe de volta, mas ninguém desceu.
E o barulho ficou até tarde, mas não tem mais varado a madrugada, porque nem todos gostam e andaram reclamando.
Eu prefiro ficar quieto no meu canto. Sou preso!
É isso aí, bom leit@r.
À tardinha, e a festa já atingia o seu clímax, quando a moça do terceiro andar apontou em sua janela e gritou pro pessoal embaixo:
- Ó, esse barulho que vocês fazem aí, está atrapalhando meu sono. Vou descer pra comer churrasco!
- Desce aí, mulher! Pára de palhaçada!- gritaram-lhe de volta, mas ninguém desceu.
E o barulho ficou até tarde, mas não tem mais varado a madrugada, porque nem todos gostam e andaram reclamando.
Eu prefiro ficar quieto no meu canto. Sou preso!
É isso aí, bom leit@r.
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