Estivemos, ontem, no aniversário de 100 anos de Dona
Francisca.
Me lembrou um conto de Clarice Lispector do qual não me
lembro direito, mas que fala de uma festa de aniversário de uma senhora muito
velhinha, que fica isolada em sua própria festa. Assim estava Dona Francisca.
Ela não participava de nada, nem das conversas nem de coisa alguma que pudesse
fazer. Embora estivesse com um semblante orgulhoso pelos 100 anos, ficou
sozinha em sua mesa, onde vez ou outra um convidado ía felicitá-la. E ela ouvia
tudo meio sem entender. O único momento em que ela não esteve out, foi quando
teve de, após os Parabéns, apagar a vela. Mas parecia não estar entendendo também.
Ou, talvez, não tivesse interesse.
Que coisa!
Fui.