Assisti à chuva de ontem da sala de Pedro.
Não chovia muito por aqui, era mais um temporal de raios, eu
estava pensando. E as goteiras cantavam lá fora.
Acabou a luz e abri a porta pra que os raios iluminassem
aqui dentro, porque eu estava quase com medo da escuridão.
Pequeno se estirou na porta, como o dálmata que Pedro diz
ele pensar que é, e destemido, ficou olhando pra o show de raios que caíam do
céu. Ficou recebendo a chuvinha da água que se estilhaçava no chão e
pulverizava-se pra dentro da casa.
Tininha subiu na mesa e ficou.
A Pretinha apareceu e deitou-se no sofá.
Eu via isso como se a casa tivesse se transformado num nigt
club, ta se ligando, silencioso leit@r, embora a festa estivesse primeiro no
quintal, as árvores dançarinas de vento e as goteiras cantantes de muitas
vozes.
Esse texto continuaria nas minhas elucubrações dentro da
casa, enquanto Pedro estava para chegar, ainda engarrafado na entrada da
ponte...
É isso.
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