O leit@r deve ainda se lembrar das formigas de que falei,
que estavam escondidas atrás dos rodapés, tirados para a obra de assentamento
do novo piso. E mesmo que eu tenha desfeito suas estradinhas espremidas contra
a parede, eu as via andando pela casa e tudo. Pois, nessa uma semana em que
minha casa ficou fechada e sozinha, elas começaram a colonizar o meu filtro de
barro. Estavam embaixo do pé dele, que é oco. Eu não queria matar as bichanas,
me bateu dó. Então, de vez em quando, inclinava o filtro, jogando luz na morada
delas. E aquela onda de formigas começava a correr por sobre a mesa, um enxame
se espalhando feito fogo, em tudo que é direção. Repeti isso por vezes, no dia,
até que parei de jogar luz lá, porque desapareceram. Mas, aí, silencioso e bom
leit@r, a tampa do filtro também é oca. E, depois, descobri que elas também
estavam emboladas lá dentro. Quando comecei a bater a tampa do filtro na mão,
saía por um buraquinho no centro, bolos de formigas em rolos, feito bolos de
cabelos, era muita formiguinha lá dentro. Eu não enxergo direito, já sou um
senhor, mas elas carregavam as ovas presas nas bundinhas, umas coisinhas
brancas e mais macias. Joguei tudo na pia, abri a torneira e escorreu pelo ralo. Ô, dó!
Moral da estória: formigas expulsas, baixando a poeira da viagem, sou dono da casa, outra
vez.
Fui.
Vejam o retrato que o Thyago, em Campinas, tirou meu:
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