quarta-feira, março 26, 2014

O leit@r deve ainda se lembrar das formigas de que falei, que estavam escondidas atrás dos rodapés, tirados para a obra de assentamento do novo piso. E mesmo que eu tenha desfeito suas estradinhas espremidas contra a parede, eu as via andando pela casa e tudo. Pois, nessa uma semana em que minha casa ficou fechada e sozinha, elas começaram a colonizar o meu filtro de barro. Estavam embaixo do pé dele, que é oco. Eu não queria matar as bichanas, me bateu dó. Então, de vez em quando, inclinava o filtro, jogando luz na morada delas. E aquela onda de formigas começava a correr por sobre a mesa, um enxame se espalhando feito fogo, em tudo que é direção. Repeti isso por vezes, no dia, até que parei de jogar luz lá, porque desapareceram. Mas, aí, silencioso e bom leit@r, a tampa do filtro também é oca. E, depois, descobri que elas também estavam emboladas lá dentro. Quando comecei a bater a tampa do filtro na mão, saía por um buraquinho no centro, bolos de formigas em rolos, feito bolos de cabelos, era muita formiguinha lá dentro. Eu não enxergo direito, já sou um senhor, mas elas carregavam as ovas presas nas bundinhas, umas coisinhas brancas e mais macias. Joguei tudo na pia, abri a torneira e escorreu pelo ralo. Ô, dó!

Moral da estória: formigas expulsas, baixando a poeira da viagem, sou dono da casa, outra vez.

Fui.

Vejam o retrato que o Thyago, em Campinas, tirou meu:


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