Quando penso que tenho vindo escrever no Blog Azul desde o
ano de 2003, como digo ali na explicação ao lado, acho isso muito legal, que eu
tenha conseguido manter isso que para mim é um luxo e tal.
Agora, que moro no apezinho do terceiro andar, quando antes
de vir ao Blog, preparo o meu desjejum, todos os dias, avisto a duas casas
daqui, a cozinha de Dona Suzela. Quando chego na minha cozinha e olho, elas –
Dona Suzela, as netas e uma ajudante - já estão na azáfama de aprontar o almoço,
mas leit@r, tudo é muito tranqüilo, uma cena que poderia estar em qualquer
tempo, um lance perene, ta se ligando, uma cena que poderia ter se passado no
século XIX, que poderíamos supor no próximo século, do mesmo modo como eu aqui
na cozinha do apezinho, sozinho, preparando meu café, é um troço perene e
poderia estar em qualquer tempo que eu não conheça. Mas que conheço, porque as
possibilidades da vida não são tantas assim, se liga. Afinal, teremos de nos
alimentar para sempre.
Quer dizer, como se diz naquela música sobre a mulata que
samba, aqui, no final do vale da Martins Torres, pra mim, é um luxo só, bondoso
leit@r, a cozinha de Dona Suzela funcionando todos os dias, a minha cozinha
funcionando todos os dias, o Blog Azul.
Fui.
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