Os remédios que tive de voltar a tomar para a toxoplasmose
no olho esquerdo deixam-me com pouca energia, porque são muitos e porque tive
de modificar o horário de acordar, quer dizer, não durmo direito. E sou a
pessoa que eu conheço que mais dorme na vida, que a hora de me deitar é um
momento que eu adoro, deixar tudo em silêncio na casa e só os barulhos lá fora,
longe, entram.
Continuo sem pegar no violão, nos livros e n’As Vizinhas de
Trás.
Quieto e parado, às vezes, cismo que o barulho é aqui dentro
do apezinho. As casas têm vida, elas se mexem, ficam ruindo no silêncio, você
sabe. A médica me disse que a toxo pegou outra vez em minha retina, que é um
lugar onde ainda não há o que se fazer, a não ser tentar parar a infecção. Daí,
ela me disse que tenho ainda uma chance. Pedro acha um absurdo e não se
conforma que um óculos não possa resolver o problema no olho. Eu tenho tomado
muita água, porque os remédios ajudam a me constipar todo. Além dos vírus que
adentram a casa pela janela e se ajeitam pelo cantos, porque sou preguiçoso
para ficar limpando tudo, toda hora.
Como da outra vez, os remédios vão me deixando cada dia mais
gordo, e não curto isso, ter a cara mais redonda, num homem com mais de 50 anos.
Há muito o que dizer de meu ponto de vista e tenho de ter paciência com isso.
Olhar todos os pontos e ver que não há o que fazer. Só ficar diluindo esse
domigo de carnaval.
Nada.
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