quarta-feira, outubro 16, 2019


Eu morei um tempo, quando era um menino, numa cidade que tinha o nome de Marapé, uma cidade pertinho de Cachoeiro do Itapemirim e que, hoje, tem o nome de Atílio Viváqua, um antigo político parente da Luz Del Fuego.
Marapé ficou pra mim como um lugar mítico meu, porque Marapé não está mais onde está Atílio Viváqua e uma vez, Marapé esteve em Paquetá, quando estivemos lá, eu e Pedro. Já encontrei Marapé também na minha rua, que, às vezes, Marapé vem e a amendoeira que tem em frente ao apezinho, se cobre, envolve-se de Marapé e fica castanheira, porque em Marapé as amendoeiras são castanheiras. Mas lá, em Atílio Viváqua, não existe mais Marapé. Da vez em que estive lá, não tinha. Só na frente de nossos apezinhos e em Paquetá, é que ainda existe um pouco. Mas Marapé mesmo, o muito de Marapé, não sei mais onde está. Talvez, tenha ido parar em Belém. Quando estive lá, para o Arte da Palavra, esse projeto do Sesc que me levará semana que vem a Santa Catarina, vi Marapé, que estava lá, um sonho, uma cidade que vai voando, flutuante, uma nuvem.
Havia cobras verdes no cafezal e, ontem, tirei essa foto.
Chama-se cobra cipó:


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