Essa etiqueta de maldito – eu nem me dei conta dela – apareceu pela primeira vez numa matéria do Antônio Carlos Miguel para o jornal O Globo, isso faz muito tempo, eu tinha acabado de sair do coma. Depois, isso foi ficando – eu não dou conta – e gosto de me aliar a tanto artista bom, benditos, aqui, de vanguarda. Fiquei feliz, ontem, que o Raphael me incluiu nessa seleção:
“Cinema Íris” (balada,
2012) – Luís Capucho
Quando Cássia Eller o gravou, em 1999, pouca gente
procurou saber quem era o autor dos versos de “Maluca”. Quando Ney Matogrosso
anunciou que o gravaria em 2013, muita gente foi atrás do homem do “Cinema Íris”. Por conta
de versos sobre masturbação e mudanças no projeto, Ney não registrou a música
de Luís Capucho. “O disco mudou de rumo, ele achou dificuldade no projeto e não
sei se irá retomá-lo”, explica o entrevistado. Natural de Cachoeiro do
Itapemirim, no interior do Espírito Santo, Capucho, que é cantor, músico,
artista plástico e escritor, não vê ligação da arte que pratica com os outros
filhos ilustres do município. “Não sou parte dessa tradição de artistas em
Cachoeiro. Não sinto que eu faça parte de um núcleo que a cidade tenha produzido.
É uma coincidência”, afirma. Além de Capucho, os músicos Roberto Carlos, Sérgio
Sampaio e Raul Sampaio nasceram lá. Capucho também é autor de vários livros.
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