sexta-feira, junho 30, 2023
Peixe Abissal, con Luís Capucho
quinta-feira, junho 29, 2023
“Homens machucados eram mais bonitos pra mim”. O verso de uma das músicas de Luis Capucho traduz, de certa forma, o que Rafael Saar faz no documentário sobre o compositor e escritor, que ganhou um prêmio especial do júri do @ineditbr. Para contar a história de um homem que se define como um autor de ficção biográfica, Saar buscou um caminho que combina uma interpretação de três de seus livros, cenas encenadas com atores junto ao próprio Capucho e momentos confessionais em que ele mesmo narra recortes de sua trajetória.
É uma costura bastante sofisticada que não apenas nos documenta a vida e a obra deste artista como nos lança em seu próprio universo particular, onde o devaneio e o sexo têm papéis fundamentais. Saar e Capucho nós convidam para os bastidores dos cinemas pornôs frequentados por ele e que viraram matéria-prima para muitos de seus trabalhos. Trazer seu objeto para o papel de intérprete de sua própria narrativa muda a textura do filme, que parte do pragmático realista para o lúdico por causa da encenação.
No meio de uma estrutura fragmentada e cheia de ideias visuais e sonoras, Capucho fala de seu processo de criação e Saar compõe uma série de imagens que podem virar clipes para as músicas do artista ou apenas intervalos criativos que ajudam a compor esta atmosfera de suspensão do estado comum. A parceria funciona na maior parte do tempo, inclusive para compor sua complexa relação de devoção à figura da mãe que ele parece procurar sempre, mas o filme se alonga talvez um pouco demais e a fórmula fica mais à mostra no quarto final.
Mesmo assim, o filme é um achado. A colaboração entre diretor e retratado tem uma química rara que deixa “Peixe Abissal” num lugar muito particular do cinema documental brasileiro. Uma parceria rica e imprevisível que ajuda a traduzir mais que um artista, um homem que se alimenta de sua visão única e multifacetada do mundo.
#inedit #rafaelsaar #luiscapucho
terça-feira, junho 27, 2023
Do disco La Vida es Libre, depois do vídeo muito maravilhoso da Nehedar (https://www.youtube.com/watch?v=LNY5ISazRRE&list=PLgKrU4qrSULosNTo-RmpgxPHzDxcmY_BI) a Triste, com o Luís Augusto, é uma música que também saltou, saiu, soltou também, maravilhosa, no programa do Jorge LZ, na ponta da agulha. Na ponta da agulha, vale, recorta, a produção brasileira de música, agora:
Triste por Luís Augusto Trio
Luís Augusto: voz e guitarra
Vovô Bebê: baixo, guitarra, órgão, efeitos
Daniel Fernandes: bateria
Produzido por Vovô Bebê
Mixagem: Rafaela Prestes
Arranjo: Luís Augusto Trio
https://napontadaagulha10polegadas.bandcamp.com/album/na-ponta-da-agulha-10-polegadas-170-bons-sons
domingo, junho 25, 2023
sábado, junho 24, 2023
O Júri concedeu ainda uma Menção Especial para Peixe Abissal, de Rafael Saar, pela coragem de mergulhar na vida e obra de um personagem pouco conhecido, controverso e passível de preconceito. Utilizando linguagem cinematográfica rica e diferenciada, o filme entra no submundo da cultura gay para retratar os diferentes perfis do protagonista.
https://br.in-edit.org/terrua-para-e-o-vencedor-do-15%e2%81%b0-in-edit-brasil/
Você conhece luís capucho?
quinta-feira, junho 22, 2023
quarta-feira, junho 21, 2023
terça-feira, junho 20, 2023
quinta-feira, junho 15, 2023
sábado, junho 10, 2023
No ano da
morte de mamãe, eu e Pedro fizemos um vídeo com a música “A Vida é Livre”, do
meu disco Lua Singela, de 2003. Isso fez parte do nosso luto e faz mais ou
menos quatorze anos, mamãe morreu em 2009. Agora, junho de 2023, La Vida es
Libre é a música-título desse disco em pre-save no spotify, youtube, deezer,
apple music... funciona assim: você segue o link, escolhe a plataforma onde
quer ouvir o disco e no dia 23 desse mês, será notificado de que o disco está
no ar.
Todas as
músicas têm versão espanhola do parceiro Tive Martinez:
https://bfan.link/la-vida-es-libre-canciones-de-luis-capucho-vol-1
quinta-feira, junho 08, 2023
Esse assunto
é imenso de detalhes, mas eu não tenho fôlego, aqui, para textão, então, o
resumo... (terei ainda muito tempo para
falar das canções, de como eu recebo amor):
Cada faixa
de meu último disco, Crocodilo (2019), foi produzida por um artista diferente, broto
de ideia do Felipe Castro, que tinha produzido o disco anterior, Poema Maldito
(2014).
O Crocodilo,
mais ou menos concentrado no estúdio do Vovô Bebê, ficou com as músicas muito
mais bonitas com as ideias de arranjo de, para cada faixa respectiva, Gustavo
Galo, Lucas de Paiva, Vovô Bebê, Claudia Castelo Branco, Bruno Cosentino,
Evaldo Luna.
Outra vez,
agora broto de ideia do poeta espanhol, Tive Martinez, que verteu o Cinema Orly
e algumas de minhas canções para sua língua, vamos lançar pelo selo
Porangareté, do Rodrigo Garcia, um disco em que cada faixa é produzida e também
cantada por artistas diversos.
Já ta na
boca de sair. Terei ainda muito tempo para falar das canções, de como eu recebo
amor:
segunda-feira, junho 05, 2023
Dona Odaleia,
que me alfabetizou, tinha um vaso de pena de pavão, na sala, que era como planta,
mas não exigia cuidados. Quando moramos com ela, eu e mamãe, eu aguava as
plantas que beiravam os lados da casa. Me lembro até hoje das gotas bem gordas
que rolavam nas folhas impermeáveis de uma planta que eu chamava de
chuveirinho. Eu aguava com uma mangueira.
Agora, estou bem feliz com minha moita de samambaia e avenca, na sala. O
caruru não deu certo, morreu por falta de sol: