"Voce conhece Luís Capucho? Ele é o autor desses versos sacralizados por Cássia Eller e eu precisei de dois dias para organizar meus pensamentos e vir aqui descrever a emoção que me causou “Peixe Abissal”, filme do diretor Rafael Saar sobre sua existência.
Atropelado inúmeras vezes pelo trem da morte, Capucho tem corpo e alma imantados por Iemanjá e Nossa Senhora Aparecida, senhoras de seu destino eternamente atraído pelo wild side da vida.
Ao misturar ficção e realidade, Rafael Saar traduz com exatidão a pluralidade criativa desse artista que não quis optar entre canções, literatura, e artes plásticas. De tudo faz seu ofício.
Surpreendido pelo vírus HIV em 1996, Luís Capucho sofreu uma neurotoxoplasmose que alterou sua voz e o rumo de uma obra permanentemente em mutação.
Discípulo direto do cinema delirante de Derek Jarman, o diretor Rafael Saar com sua poética de imagens, faz justiça em vida ao legado de Luís Capucho, um retropicalista que o Brasil ainda há de se curvar de forma ampla, direta e aberta.
A exibição de “Peixe Abissal” acontece em mais duas sessões no Festival @ineditbrasil e você não pode perder.
P.S.: A aparição surpresa de Ney Matogrosso é um assombro de beleza."
(DJ ZE PEDRO)
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