sábado, outubro 06, 2007

Minha casa é muito clara, tem muita luz, é uma casa aberta pra o céu, bom leit@r.
Daí, que tem vento e calor, se faz calor. E frio, se frio.
E fica no fundo de um vale.
Por isso, a luz que bate nas telhas e que entra pela porta e janelas, vem do céu e, por tabela, reverberam das colinas que a cercam.
Entre as árvores da montanha, pelos barrancos, barracos de alvenaria, a cada dia, são construídos. E minha rua, abaixo, no vale, é um escoadouro de gente.
Daí, que adoro morar aqui.
Já morei em outras casas sem luz, onde a penumbra, as sombras que se formavam e que se evoluíam por dentro delas, davam a idéia de coisas escondidas, de preciosidades que se malocavam na meia-luz e que poderiam ser surpreendidas a qualquer busca.
Mas nesta minha casa no fundo do vale a luz não deixa que os segredos sedimentem-se pelos cantos. Escoam logo pra rua e todos ficam comentando, sem nenhuma necessidade de busca, de bisbilhote.
Eu é que não ligo.
Eu é que nem sei.
Não me interessa, não importa!

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