sexta-feira, julho 31, 2009

Outro dia embruscado e terei de encarar a pia de louça suja.
Depois do almoço, faremos, no Cobaia, uma reunião para ouvir o “Cinema Íris” e decidir quais ajustes ainda teremos de fazer para finalizá-lo. Depois será mixar, masterizar e conseguir prensar e colocar no mercado...
Estou pensando em escolher uma de minhas carinhas para capa do disco...
Essa noite fez muito frio e foi ótimo para dormir...
Quando eu era adolescente, fiz parte de um grupo de dança que dançou uma peça chamada “Laços”.
Somente agora, pela manhã, depois de muito mais de uma década passada, me dei conta do sentido daquele título. Que coisa!
Naquela época, esse nome não tinha efeito nenhum sobre os meus sentidos, sim, porque a dança foi toda sentidos, mas o nome pairava sobre ela ao leo.
É isso aí!

quinta-feira, julho 30, 2009

Dia embruscado e muita louça pra lavar, mas não vou lavar com o frio. Vou esperar um dia de sol, como ontem, que foi bom pra lavar um pouco de roupa...
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

quarta-feira, julho 29, 2009

Pedro mandou um e-mail:
"Olá, Pessoa!
Votem no Lua Singela do Capucho na Garagem do Faustão, pls.
http://domingaodofaustao.globo.com/Domingao/Garagemdofaustao/0,,16989-p-V1090306,00.html
Vlw,
Pedro."
Ontem, estava a anoitecer, quando começou a chuva e uma forte ventania varreu o meu vale. Aí, fiquei sem luz e, como nunca aconteceu antes, fiquei à luz de velas até onze da noite.
Hoje, está sol e vou aproveitar para lavar roupa. Fui...

terça-feira, julho 28, 2009

Acordei muito tarde outra vez.
No domingo, eu já tinha acordado muito tarde, porque, no sábado, estive na festa do Muru.
E, ontem, outra vez, estive na festa do Sacramento, que foi uma festa maravilhosa, porque era para comer, silencioso leit@r.
E o Sacramento ficava me dizendo:
- Por que você está tão sério, Luís? – e eu estava mesmo muito sério, porque eu não sou muito de ficar conversando, eu gosto mais de ficar ouvindo e eu estava ouvindo.
E, na verdade, eu não consigo entender muito, porque quando as conversas passam de uma pessoa pra outra, quando as pessoas estão dialogando, o assunto muda tanto, porque as pessoas não têm muita preocupação com a “concatenagem”, nem mesmo eu tenho, mas aí, eu me sinto perdido, porque sou um imbecil e, bom leit@r, eu sei que não fico sofrendo por ser um imbecil...
E teve uma hora em que perguntei pro Sacramento se o vinho que tava no balcão era de grátis.
- Claro, claro! Você está no aniversário de Marcos Sacramento, meu amor! Meu amoooor? Meu amoooooooooooooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrrrr? – e aí, o garçon ficou vindo me servir.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

segunda-feira, julho 27, 2009


Um sol tímido em minha janela me animou a levantar essa manhã.
Minha casa está toda bagunçada, mas me oriento bem nela desse jeito.
Pessoas como eu, próximas dos 50 anos, já estão um pouco loucas, bom leit@r.
Descobri essa semana uma foto minha de muito tempo atrás no orkut do Muru, uma foto tirada na casa da Bia.
Então, me lembrei que naquela época tinha achado a foto esquisita, assim, meio espiritual, e não tinha reparado que pareci tão viadinho nela! Veja:

sábado, julho 25, 2009

Outro dia frio.
Estou ainda com a tosse, e, não sei, deve ser assim mesmo.
Ontem, iríamos nos reunir para ouvir o “Cinema Íris” no pé em que ele está e, assim, decidir pelos próximos passos, mas não deu certo, não houve reunião.
E estou muito curioso para ver como está ficando a “Para Pegar”, minha velha música.
Sabe, eu fico feliz demais, porque foi por um triz que eu não perdi a possibilidade de continuar conseguindo fazer músicas. O meu leit@r já sabe, eu fiquei em coma por um mês e o protozoário que me atacou o cérebro, instalou-se, justamente, na área relativa aos movimentos, daí eu não conseguir, por um tempo, articular nada, nem passos nem voz.
Então, se o bichano tivesse se distraído um pouco mais por essa área, eu poderia ter perdido os movimentos todos, bom leit@r, e ser hoje um pobre morto da silva, sem movimento algum, daí, tudo é maravilhoso e, ontem, nós falávamos sobre isso, eu, Pedro e Sacramento.
E todos ficamos contando as maravilhas ocorridas para cada um e foi maravilhoso, porque ficamos nos sentindo maravilhosos...
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

sexta-feira, julho 24, 2009

Amanheceu muito frio em Nikity City. Parece que vai chover...
Quase todos os dias, pela manhã, eu me recordo do sonho que sonhei com minha mãezinha.
Acho, bom leit@r, que todas as noites sonho com ela, mas se o sonho não acontecer na parte da manhã, não me recordo dele.
Para mim, que sempre adorei dormir, a cama tornou-se mais atraente, porque minha mãezinha é uma maravilha pra mim.
Eu e ela tivemos nossas questões resolvidas ou não chafurdávamos em nossa lama pra nos afogar, ao contrário, a gente pastava feliz na nossa sujeira, porque essa era a nossa liberdade.
Os sonhos é que são, às vezes, ruins, mas por conta da morte, que é, assim, uma maravilha às avessas, triste demais, como é a sujeira e a lama, um dia frio e a chuva...sei lá...

quinta-feira, julho 23, 2009

Estivemos em Papucaia por uns dias...
Quando cheguei em casa, ontem, estava tão cansado que dormi cedinho.
Hoje, pela manhã, sonhei ter ouvido uma música linda. Então, ainda sonhando levantei e fui até ao violão para ver se eu descobria os acordes dela e ver se eu não a esquecia. Mas, quando me vi diante do violão, na sala, eu ainda estava tão cansado que voltei pra cama sem memoriza-la.
Depois, quando acordei outra vez, de verdade, não pude saber se eu realmente tinha ido até ao violão, na sala, ou se o sonho tinha me enganado, tipo aqueles em que, ao contrário, você sonha que ta mijando e acorda com a cama toda mijada, ta se ligando, bom leit@r?

Moral da estória: É ou não é?

sexta-feira, julho 17, 2009

quinta-feira, julho 16, 2009

Não sei, acho que porque, nessas noites frias, um dos caixilhos de sobre minha janela, escondido sob a cortina, dormiu entreaberto, amanheci, há uns dois dias, com minha sinusite ardida. E eu já percebi que o frio da noite em contato com o calor que se forma em torno a meu corpo agasalhado pelas cobertas, entrando pelo meu nariz morno, não é bom. Deve acontecer algo como uma tempestade microscópica, o meu bom leit@r sabe, deve haver alguma explicação...
E, agora, o ardor do fundo do nariz desceu, afundou, e arde-me o peito.
De quando em vez, tusso, bom leit@r. Uma tosse seca, ardida...
E, aí, ontem, quando eu voltava pra casa, no 30, uma moça sentou-se a meu lado e quando vagou um lugar na poltrona da frente, ela saiu de meu lado e sentou lá, ficou olhando pras coisas na janela e eu, sem querer, tossi.
Um tufo de minha tosse deu uma baqueada nos cabelos negros de sua nuca, assim, um acidente de trânsito, rápido e fatal.
Não sei, acho que ela ficou puta, mas não disse nada. Uma puta educada, nem me olhou...
Só que passou a viagem inteira passando a mão nos cabelos da nuca.
Eu acho que não deve ter adiantado nada, porque os vírus não são limpáveis com a mão e, sei lá, ela não deveria ter saído de meu lado...

terça-feira, julho 14, 2009

Eu não me lembro do que tinha nessa moldura que encontrei abandonada aqui em casa. Sei que a encontrei pronta para colocar o desenho que Helio Braga me deu.
Cor e tamanho vieram justos para o desenho. Que coisa!
Passei a tarde de ontem ajeitando o desenho nela, pregando, colando, tudo. E, aí, pendurei.
No dia em que ganhei, um pouco depois, em Copacabana, encontrei um amigo e mostrei. Ele olhou o desenho e disse, imediatamente:
- Onde você vai colocar, Luís?
- No meu quarto – eu disse.
E, ontem, quando anoiteceu, ajeitamos a cama de minha mãezinha.
Pedro tinha um estrado, trouxe, serrou, e a cama ficou, outra vez, para usar.
Então, onde o bicho tinha comido no colchão, costurei um pano, que minha vizinha de janela me deu. Arrumei tudo e iria dormir nela, mas não consegui, silencioso leit@r.
Voltei pra minha cama!
Agora, vou fazer comida...

segunda-feira, julho 13, 2009

No show do Sacramento, na sexta, Baiano me deu a notícia entusiasmante:
- Terminei seu disco! – e aí explicou que, agora, somente ficaram faltando pequenos detalhes de acabamento, porque na semana passada, ele bolou o arranjo para a última das músicas que iremos incluir no bichano, a antiqüíssima “Para Pegar”, que o Pedro vindo de Sampa no dia das mães, teve a idéia de incluir entre as músicas do “Cinema Íris”.
E, quando Sacramento cantou a música do Cartola, foi o momento em que estive mais alto, o meu bom leit@r sabe, um monte de vibrações boas vêm na cabeça da gente e a massa de violões que vinha atrás era como a sensação do rock and roll, mas nada de pedras rolando, era suave e bom como o céu e sol dessa manhã de inverno que banha minha janela em meu vale, mesmo com o dramalhão da letra:
“ Deve haver o perdão para mim... lala lala lala lala la...
...
Porque é que eu, Senhor,
Que errei pela vez primeira
Passo tantos dissabores
E luto contra a humanidade inteira lala lala lala lala la...”

domingo, julho 12, 2009

Ola:

temos o prazer de informar que a música "Na Cabeça / Marcos Sacramento",
esta sendo divulgada em nosso site
www.karioca.com.br ,
o qual trabalhamos de graça a divulgação de Artistas Independentes
e assim que a mesma obtiver 50 votos,
ela entrará na programação da Rádio Virtual Karioca ok.

Abração e Sucesso !!!

quinta-feira, julho 09, 2009

Marcos Sacramento Na Cabeça


Dias 10 e 11 de julho, amanhã e depois, às 19h30, Marcos Sacramento estará lançando seu mais novo CD no teatro da Caixa - Avenida Almirante Barros, 25, centro do Rio.
Comecei a entrevistá-lo no meio de seus shows na Europa, os e-mails se perderam no éter da web, a gente recuperou os bichanos e aqui estão perguntas e respostas, como vieram ao mundo, desde os anos 80 do outro século, até agora, o fim, esse curto espaço de tempo de Blog Azul.
Eu me lembro bem, quando ainda dois rapazinhos, mostrei uma música que eu tinha feito, pra ele. Eu gostava da Ângela Rorô, que ouvia no rádio, e fiz a música naquele estilo. Sacramento disse:
- Vá lá em casa pra gente fazer música – eu peguei o violão e fui pro Fonseca. Mas nada aconteceu e Sacramento começou a ir na minha casa, no centro, onde começamos a fazer as músicas sob o olhar vigilante de minha mãezinha. Quando Sacramento colocava besteira nas letras, mamãe vetava, não podia. Mas era só de onda, porque mamãe deixava tudo e as músicas continuavam como eram.
Vejam:

1-Você começou, nos anos 80, com o grupo Cão Sem Dono, onde você interpretava, basicamente, suas composições com Paulo Baiano. Eu, particularmente, era fã do grupo, que considerava de qualidade tal qual ou melhor que aqueles grupos de rock que tomaram conta da mídia naquela época. O que você considera ter havido para que o Cão Sem Dono não tivesse passado do primeiro disco? Hoje, décadas depois, qual sua opinião sobre aquele trabalho de vocês?

Marcos Sacramento-
Eu era tão jovem e entusiasmado com o Cão sem Dono que não tinha a menor idéia da realidade.Éramos um grupo de garotos malucos fazendo uma música experimental, no meio de muitos grupos de garotos ricos fazendo músicas comerciais.Claro que não podia dar certo!Mas o Cão sem dono é minha base. Foi ali que comecei a ser profissional (deslumbrado é verdade) mas profissional.

2-Depois do disco Cão Sem dono você fez o Modernidade da Tradição? O que aconteceu entre um e outro? Você lembra? Como se construiu a idéia desse seu disco solo?

Marcos Sacramento-
Lembro de muito pouca coisa deste período. Estava sempre bêbado...rsrsrs...Entre 87 (que foi quando o Cão sem Dono acabou) e 94, ano de lançamento da “Modernidade...”, fiz algumas coisas bacanas. O Grupo FIGURAS, por exemplo. Shows esporádicos com Paulo Baiano, etc.Mas principalmente fiquei pensando no futuro. E o futuro era uma incógnita.Então, fiquei meio incógnito nesse período.


3- Você esqueceu a minha última parte da pergunta? Ou devo concluir que a ídeia do "Modernidade..." veio a partir desses pensamentos sobre o futuro? Ou que a construção do "Modernidade..." ainda seja uma incognita?

Marcos Sacramento -
A vida é um mistério.Pra mim, a vida sempre foi um mistério.Desde pequeno me pego pensando nisso. Por que o tempo? Como é isso de bilhões de anos?O ser humano? Por que o ser humano?O planejamento do “modernidade” foi resultado de encontros e acasos.Sérgio Natureza me apresentou a Mauricio Carrilho; fizemos muitos shows e resolvemos gravar o CD. Marcos Suzano apareceu e se ofereceu pra participar. Encontros, acasos, mistérios.

4- Outro dia estava pensando em como o acaso tem sempre um papel tão importante na construção artística, quer dizer, o acaso me parece ser um elemento primordial, é como se ele trouxesse o que está faltando para fechar uma unidade. Você está me entendendo? Então, foi a partir do "Modernidade..." que foi se criando o perfil do artista que você é hoje? O Cão Sem Dono é sua base, você disse, mas você começou a estruturar sua carreira com a "Modernidade", né? Foi com esse disco que você teve a atenção de quem entende de música no Brasil e no exterior?

Marcos Sacramento -
Sim, é exatamente isso. O “Modernidade” teve uma visibilidade muito boa no exterior. No Brasil passou quase em branco, mas abriu algumas frentes. Voltando ao acaso, creio que ele seja um elemento importantíssimo, mas talvez, não primordial. Acho que os elementos vão se complementando. O acaso, o talento, a sorte são elementos complementares.Quanto ao artista que sou hoje, não sei direito como é isso. Em mim, o artista e o cara normal que sou estão associados peremptóriamente. Amo a frugalidade, vou à feira, compro tomates, corro na Praça Paris, cuido do meu pequeno apartamento, compro ração pros meus gatinhos, faço meus shows, gravo meus discos. Entende? Tudo está no mesmo “vibe”.


5- Sim, você tem razão. O acaso não é primordial, é apenas mais um elemento, me expressei mal. E é importantíssimo, como a sorte e o talento. O que quis dizer é que sem o acaso uma obra como que não se completa, fica faltando um pedaço. E como uma coisa só começa a existir depois que se completa, daí pensei em primordial. Mas esqueçamos isso, porque isso é maluquice minha. Voltemos aos primórdios de Marcos Sacramento...então, o Marcos Sacramento de hoje e que tem sua base no Cão Sem Dono, começou a ficar visível primeiro no exterior com a "Modernidade da Tradição", que foi um disco por acaso, certo? Depois daí, você começou a ter uma agenda de shows super-engrenada e já está no quinto disco solo, né? Quais foram os discos que sobrevieram?


Marcos Sacramento -
Insisto que “Modernidade...” não nasceu “só” por acaso. Houve também muito planejamento e conceituação, principalmente por parte de Mauricio Carrilho, que é um músico exigente e radical. Aprendi muito com ele, tivemos vários ensaios/encontros, conversamos bastante até chegarmos à idéia do CD. O acaso ficou por conta da adesão do Suzano e alguns outros detalhes.Depois de “Modernidade” vieram “Saravá, Baden Powell” (com Clara Sandroni) “Caracane”, “Memorável samba”, “Fossa nova” (com Carlos Fuchs), “Sacramentos” e o mais recente que está em fase de lançamento “Na cabeça”.


6- Você voltou da Europa faz uma semana, onde ficou por um mês, fazendo shows na França, Holanda e Itália. Você lançou o “Na Cabeça” primeiro no exterior? Conte um pouco de seus shows por lá? O Europeu continua te recebendo, quer dizer, te ouvindo melhor que o brasileiro ou isso não é bem assim? Qual a diferença nos dois ouvidos, o brasileiro e o estrangeiro? Como você sente isso?



Marcos Sacramento -
Minha carreira no exterior ainda é incipiente, aliás, aqui, de certa forma, também. Digo isso não sem uma certa ironia, é claro. Meus discos não tocam nas rádios, não apareço nas TVs, nas novelas e nem nas mídias mais badaladas, no entanto estou sempre trabalhando e conquistando cada vez mais espaço. Portanto, depois de 25 anos de carreira ainda sou, muitas vezes, considerado um iniciante ou simplesmente desconhecido. A desinformação causa esses aleijões. Convivo com isso há muito tempo e, ora entro em desespero, ora curto com bom humor e ironizo tudo. A tournée de shows na Europa foi bacana pra caramba. Fizemos shows maravilhosos em Amsterdam, Paris, Marselha, Anecy, Toulon e Bordeaux. O show novo foi um sucesso. Fiquei superfeliz porque fiz um disco mais radical, com a presença só de violões e levei esse show pra lá (exatamente o mesmo que estréia aqui no Rio, 10 de julho)Mas não vejo diferenças tão gritantes entre os públicos europeu e brasileiro. Claro que reagem diferentemente a determinados momentos ou têm intensidades também diferentes na efusividade da recepção, mas isso é uma questão cultural.


7- Esse seu disco novo, o “Na Cabeça”, que você estréia dia 10, no teatro da Caixa Econômica, no centro do Rio é um disco muito lindo, sabia? Eu adorei aquela música em que você cita a Billie holliday, acho que numa música do Cartola, e numa outra você faz uma citação à Tropicália do Caetano Veloso, tem uma outra em que você fala de Nelson Cavaquinho e tal, e deve ter muitas outras referências para as quais eu precisaria de mais informação para notar. E os violões também, formam uma unidade sonora muito cheia de detalhes para ouvir. Então, você que começou cantando o que você diz ter sido música experimental, firma sua carreira de cantor com uma música brasileira muito tradicional, não?


Marcos Sacramento -
Pois é, continua o lance da modernidade inserida nessa tradição.Já no Cão sem dono cantávamos Paulinho da Viola e herivelto Martins com arranjos “desconstrutivistas”. A música brasileira é muito rica nesse sentido. Temos um cancioneiro da pesada. Neste Cd, trago também composições próprias e inéditas, e estas peças estão, sem dúvida nenhuma, impregnadas das mais diversas influências. A música do Luiz Flávio, por exemplo, tem uma pegada meio Ataulfo. As citações são uma marca registrada. Tenho isso como uma forma de prestar homenagem aos que me antecederam. Aos que abriram os caminhos. Acho, sinceramente que continuo o mesmo experimentalista de sempre, talvez com mais maturidade.


8 – Além de cantor, seu veio de compositor sempre foi muito elogiado pelos que te conhecem, mas você tem sido comedido com ele nos discos e, consequentemente, nos shows, quer dizer, as suas composições sempre ficaram um pouco mais atrás.
Na Cabeça, que dá nome ao novo disco, é música de sua autoria com o Luiz Flavio. Esse disco abre o caminho para um trabalho mais autoral?


Marcos sacramento - Ainda não sei. Não faço planos nesse sentido. Gosto muito das músicas que faço com você, mas nos últimos tempos tenho me transformado numa pessoa muitíssimo exigente. Muitíssimo exigente, principalmente comigo! Não sei se um próximo disco será totalmente autoral ou se será uma volta às regravações. Tudo que escrevo acaba não passando pelo meu crivo forte de exigência. Mas adorei X-tudo. Adorei essa música que você fez com minha letra. Penso muito em fazer um disco só com nossas composições. Não sei quando. Sou um velho novo. Estou sempre pensando que nossos antecessores tipo Caetano, Chico, Gil, Milton, Bethânia, Gal, etc. Estão no apogeu do sucesso e da (boa) forma aos sessenta e tantos, então, nós que estamos chegando nos 50 ainda temos alguma chance, algum tempo para futuras realizações. Concorda? Além do mais, hoje em dia, pegamos leve. Eu, por exemplo não me drogo mais, não bebo mais, estou mais dentro da boa forma e curto isso, o que aumenta bastante minhas chances de chegar aos sessenta com energia para fazer discos autorais, regravações, e tudo que for pintando de excitante.Pretendo me excitar muito ainda com a música e com a criação.Mas vou ter que passar por essa fase (que não sei quanto tempo pode durar) de auto-crítica extrema. Quase doentia, com relação a compor, bem entendido.


9- Ontem, eu e Pedro depois de termos tirado sangue para checar a quantidade de HIV no nosso sangue e depois de tentarmos, sem conseguir, resolver alguns problemas nossos, pegamos um ônibus ao leo e saímos por aí.
Estávamos sentados próximos ao cobrador e eu ia dizendo pra o Pedro que já estou velho e que, por isso, se eu fosse um cara de mais decisão, eu me esqueceria de música e livros e me mudaria para o interior, onde eu teria mais qualidade de vida, um quintal, galinhas, rio, verde e tal. Aí, o trocador se meteu.
Ele disse:
- Velho? Você? – e começou a falar de minha juventude e do tanto tempo que ainda tenho pela frente. Então, como a voz do povo é a voz de Deus, concordo contigo que ainda temos alguma chance, algum tempo para futuras realizações.
Voltando ao Marcos Sacramento Na Cabeça, que já teve uma mostra de shows na Europa, por aqui, onde você já tem shows confirmados?

Marcos Sacramento - Faço o show de lançamento aqui no Rio nos dias 10 e 11 de julho. Depois, em agosto, vamos numa tournée pelo interior de São Paulo, nos Teatros do SESI, até novembro.Isso é o que já está confirmado.Estamos confirmando datas para levar o show para São Paulo (capital), Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Fortaleza, que são as capitais onde o povo já me conhece bem...rsrsrs...também não te acho velho. Você parece um garoto. É o que disse, me sinto um velho novo. A velhice também tem um começo. É onde me situo, e, com sua licença, você também.Estamos no começo da velhice, e com toda essa modernidade e ciência, vamos longe.Você, eu, Pedro, Baiano, vamos até o fim.no fim, espero, teremos realizado nossos sonhos, ou pelo menos, teremos sonhado bastante.


10 - Os amigos sempre me dizem mesmo que você não aparenta ter a sua idade, dizem que você é bem mais jovem. Hoje, parecemos mesmo mais jovens que nossos pais, quando na idade que temos. E as mulheres sempre dizem que você é um gato!
Você que aparece pra muita gente nos shows, é muito abordado, tipo assim, recebe muita cantada? E os homens, como chegam em você?


Marcos Sacramento -
Esqueci de falar do Valfredo. Mas ele é tão especial pra mim, que acabo sempre o deixando só para intimidade. E ele é mesmo muito tímido. Com ele, certamente, vou até o fim.As mulheres me abordam pra caramba. Os homens me ignoram. Não estou mais querendo saber de sexo.


11- He he he você é mesmo radical, palavra que usou por duas vezes nas respostas da minha curta entrevista. Sexo é bom!
Para terminar, você fez um especial muito elogiado para Carmen Miranda, nas comemorações do centenário dela. E o público gay? Como você penetra esse público?


Marcos Sacramento -
Penetro bem. É uma penetração delicada e crescente. O público gay gosta muito de mim e de Tia Carmem. Obrigado.
Descobri que o governo Lula deixou meu CPF irregular.
Que merda!
Se uma pessoa é isenta ela deveria passar ao largo da burocracia e não ter que todo o ano dizer no papel:
- Sou isento!
Que coisa!

quarta-feira, julho 08, 2009

Ontem, saímos cedo para tirar sangue e depois, estivemos tentando resolver umas coisas, o que acabou me trazendo de volta para casa já na hora de dormir.
Não resolvemos nada!
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

segunda-feira, julho 06, 2009

E tinha umas negrinhas lindas dançando com uns paraibanos feiosos num espaço mínimo que restava entre a cadeira que ocupei e a parede. Então, pedi a Teresa que chegasse mais para perto da árvore e arrastamos mesa e cadeiras mais pra penumbra, dando mais espaço para eles dançarem na luz.
E a bichinha da minha rua também estava lá. Sorria sem parar, dançando.
Ela tinha uma blusinha vaporosa, umbigo pra fora e uma micro-saia branquinha, dentro do quê eu não conseguia deixar de supor seu caralho. E uma maquiagem pesada, pesadíssima, para matar.
E também tinha um negão, que se roçava numa mulher forte, madurona, e que dançava meio junto, meio sozinho e que eu achava estar olhando sempre pra mim, meio que se mostrando, sei lá, acho que era gay.
Aí, Pedro dançou com minha vizinha de janela e Teresa. Ciro também.
Eu fiquei só olhando.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

domingo, julho 05, 2009

E, ontem, estivemos num forró, no morro ao lado de minha casa.
Eu adorei. É sensual para caramba!

sábado, julho 04, 2009

Minha vizinha de janela guardou Bob em seu apartamento e veio até a entrada do quarto de mamãe, de onde entramos para a catinga, para ver se conseguia encontrar o bicho morto, porque além de um rato, será possível, bom leit@r, que seja uma dessas rolinhas que vêm até a área comer canjiquinha e que tenha entrado para morrer dentro de casa.
Ela entrou e começou.
E nada!
Eu também entrei e comecei.
Colocamos uma escada para subir e ver sobre o guarda-roupa, tiramos o colchão de mamãe do lugar, arrastamos a cama, tiramos o armarinho de mamãe do lugar, arrumamos, e de tudo onde aproximávamos nosso nariz o cheiro, a catinga, desaparecia.
Nada!
Ela estava na janela, no canto da cama, no outro canto, em cima da escada, tipo, maluca. Eu olhava pro teto, sem entender e cheio de horror, dizia por várias vezes:
- A catinga ta no meio do quarto, não é estranho? – e minha vizinha de janela, sem me dar ouvidos vasculhava tudo feito fosse o Bob.
E nada!
Eis, o mistério, silencioso leit@r!
Que coisa!

sexta-feira, julho 03, 2009

Obrigado ao senhor Mavinho e ao Fred pelo comentário de ontem.
E, hoje, o dia embruscou.
Não sei o que houve. Faz uns dois dias sinto que um cheiro de rato morto entra pela casa adentro, mas, ontem, achei que o cheiro, a catinga, estava aqui dentro, então, fiquei cheio de horror, porque eu não conseguia saber de onde vinha e o meu bom leit@r sabe o que o mistério faz com a gente, certo?
E, quando a Bella veio aqui em casa, disse:
- Será que não é alguma roupa molhada que mofou em algum canto? – mas não era. Tirei todas as roupas do quarto de mamãe e não era. Aí, ela disse:
- Você vai ter que esperar ele apodrecer mais, pra você acha-lo...
Que coisa!

quinta-feira, julho 02, 2009

Tem feito manhãs maravilhosas de inverno, em Nikity City.
Todos os dias, assim que me levanto, faço meu pote de café, que, como meu silencioso leit@r sabe, era feito, toda manhã, pela minha deliciosa mãezinha.
Um dia, quando a distância daqueles dias de hospital tiver diminuído o horror da lembrança, talvez, eu conte aqui, no blog azul, como tudo aconteceu. Mas, agora, o sofrimento ainda é grande e não conto.
Como eu tive que dominar minha cozinha, que antes era dela, e ali era um sítio que nunca me esforçava muito para entender, por conta da necessidade, fiz algumas modificações no seu funcionamento, e isso, fez sentir-me com culpa, porque eu deveria ter feito essas modificações para minha mãezinha e não fiz. Ou, pode ser, que apenas não tivesse tido tempo, sacou?
Mas isso, bom leit@r, é um leite derramado sobre o qual eu não devo continuar chorando, certo?
Então, por hoje, é isso.

quarta-feira, julho 01, 2009

Me inscrevi na Pauta Funarte de Música 2009.
Coloquei os documentos e as músicas que pediram para a inscrição, ontem, no correio.
Agora, será ficar torcendo para ser selecionado.
Tocar na Sala Funarte é bem legal, porque os equipamentos são bons e a sala fica numa boa localização, o centro da cidade, o que garante um pouco de público.
Estou com uma boa expectativa, porque, embora a competição seja grande, já fui selecionado daquela vez em que me inscrevi, em 2006.
Então, devo ter alguma chance...
Eu também, às vezes, quando estou sentado aqui na minha sala, fico pensando no motivo porque fico me atirando nessas oportunidades de show. Eu não morro de medo? Que coisa!
Mas aí, eu tenho as músicas e é muito gostoso cantar. E eu não estou com o disco quase pronto?
Então...