O bafão dos meses de verão, finalmente, se instalou sobre a cidade.
Preciso decidir sobre o Natal.
Estou só!
O que fazer
eu não sei que rumo tomar
há tanta coisa
demais pra mim...lá lá lá...
terça-feira, novembro 30, 2010
segunda-feira, novembro 29, 2010
Estive olhando, para amostra de um trabalho escolar, a qualidade com que foi transcrito para a Web, um trecho do poema Martim Cererê, publicado em São Paulo por Cassiano Ricardo, em 1928.
Eu adoro café, certo?
Selecionei alguns blogs que haviam postado, nesse ano de 2010, o trecho intitulado Café-Expresso e comparei com a edição crítica. O meu bom leit@r acredite, nenhum dos blogs comparados havia transcrito o poema com fidelidade. Pude observar a verdade daquela máxima do telefone sem fio, ou seja, quem conta um conto, aumenta um ponto e diminui outro...rs.
E, ainda, se as modificações tivessem a intenção de aperfeiçoar o texto, isso seria de grande valia, mas a luta para chegar à perfeição esgota-se no trabalho do autor.
Claro, eu sei, que ninguém tem a intenção de avacalhar o trabalho do Cassiano Ricardo, muito pelo contrário. As modificações se dão pela natureza das cópias, que é a imperfeição, acho.
Fui.
Eu adoro café, certo?
Selecionei alguns blogs que haviam postado, nesse ano de 2010, o trecho intitulado Café-Expresso e comparei com a edição crítica. O meu bom leit@r acredite, nenhum dos blogs comparados havia transcrito o poema com fidelidade. Pude observar a verdade daquela máxima do telefone sem fio, ou seja, quem conta um conto, aumenta um ponto e diminui outro...rs.
E, ainda, se as modificações tivessem a intenção de aperfeiçoar o texto, isso seria de grande valia, mas a luta para chegar à perfeição esgota-se no trabalho do autor.
Claro, eu sei, que ninguém tem a intenção de avacalhar o trabalho do Cassiano Ricardo, muito pelo contrário. As modificações se dão pela natureza das cópias, que é a imperfeição, acho.
Fui.
sábado, novembro 27, 2010
A primeira vez em que ouvi falar em Vilém Flusser foi quando estive em Sampa com Ruth e conheci o Rodrigo, que me deu um livro dele chamado Bondelos. Ao comentar com Ciro, ele me disse que, realmente, o pessoal de São Paulo gosta muito desse autor. E, ontem, pedi ao Pedro que me comprasse a “História do Diabo”, porque acho que vou gostar muito.
Estive pensando que vou me identificar bastante, porque pelo que comecei a entender, uma questão importante para Flusser, é não ter conseguido viver naturalmente onde nasceu e ter que ter sido estrangeiro nos lugares para onde foi. Em Sampa, por exemplo.
E embora eu nunca tenha deixado meu país, de um modo particular, existencial, durante grande parte da vida, tive essa mesma questão comigo, a de que não estava contextualizado e a de que deveria estar sempre em fuga (como o diabo foge da cruz he he he!).
Quer dizer, bom leit@r, um estado meio que de paranóia, do que, aos poucos, vou me safando, escapando, escamando, desfiando, desfazendo, me livrando, abandonando, deixando pra lá, pra trás etc...
Que coisa!
Estive pensando que vou me identificar bastante, porque pelo que comecei a entender, uma questão importante para Flusser, é não ter conseguido viver naturalmente onde nasceu e ter que ter sido estrangeiro nos lugares para onde foi. Em Sampa, por exemplo.
E embora eu nunca tenha deixado meu país, de um modo particular, existencial, durante grande parte da vida, tive essa mesma questão comigo, a de que não estava contextualizado e a de que deveria estar sempre em fuga (como o diabo foge da cruz he he he!).
Quer dizer, bom leit@r, um estado meio que de paranóia, do que, aos poucos, vou me safando, escapando, escamando, desfiando, desfazendo, me livrando, abandonando, deixando pra lá, pra trás etc...
Que coisa!
sexta-feira, novembro 26, 2010
quarta-feira, novembro 24, 2010
Valeu, Nina, pela alegria do comentário!
Que consiga uma árvore linda pra você. Eu ainda tenho que ir no mato, ver se acho uma legal pra mim!...rs.
E pegando de volta o fio da meada que vinha pensando aqui comigo mesmo, consequentemente, para meus leit@res também, tinha pensado antes nas palavras, com que levamos adiante a vida, como uma espécie de ovo primordial de onde saímos, um sopro divino que nos deu vida e manipulado como um bem e tudo, mas aí achei um pensamento muito interessante, na internet, do Vilém Flusser, pegando a coisa por um outro ângulo:
."A língua é o inimigo visceral da fé, e tudo o que por ela for tocado ficará imune à intervenção do divino. Toda palavra é uma espada flamejante do diabo, e a língua como um todo é um único protesto contra as limitações do intelecto, um grito de articulação contra o inefável, um brado de guerra contra a divindade, uma expressão da inveja do intelecto humano dirigida contra Deus.
E, comentando com minha professora, ontem, ela jogou mais luz pra mim. Ela disse:
- Entendo... como o fogo que Prometeu roubou dos deuses.
E mais Flusser:
”Somos indivíduos, somos intelectos individuais, porque consistimos de palavras (expressões da inveja diabólica contra Deus) consolidadas pela gramática (expressão da avareza diabólica que tenta preservar a realidade por ele criada). A mente humana, essa suprema ilusão de realidade, é a obra mais perfeita do diabo, e é neste sentido que a nossa insistência avarenta na manutenção da nossa individualidade é o triunfo supremo do diabo. O nosso empenho em prol da língua (que é o empenho em prol do nosso intelecto), e nosso empenho em prol da propagação do enriquecimento da língua (que é o empenho em prol da imortalidade do nosso intelecto), é o ponto culminante da carreira gloriosa do diabo. A superação da língua, que seria o abandono do intelecto, implica a perda da nossa individualidade, e, do ponto de vista oposto ao diabo, a salvação da nossa alma"- Vilém Flusser, A História do Diabo, São Paulo, Annablume, 2006, pp.149-150.
Daí, que se pensarmos que a língua seja um oceano profundo em que estejamos mergulhados e que nada fazemos senão participar de seu fluxo ou que sejamos apenas onde se fundamente o seu fluxo, assim, como numa corrida coletiva em que passamos o bastão adiante, deste modo, sem pensar em nossa individualidade, mas no coletivo, estaríamos devolvendo a posse do fogo aos deuses. Né, não?...rs.
Que consiga uma árvore linda pra você. Eu ainda tenho que ir no mato, ver se acho uma legal pra mim!...rs.
E pegando de volta o fio da meada que vinha pensando aqui comigo mesmo, consequentemente, para meus leit@res também, tinha pensado antes nas palavras, com que levamos adiante a vida, como uma espécie de ovo primordial de onde saímos, um sopro divino que nos deu vida e manipulado como um bem e tudo, mas aí achei um pensamento muito interessante, na internet, do Vilém Flusser, pegando a coisa por um outro ângulo:
."A língua é o inimigo visceral da fé, e tudo o que por ela for tocado ficará imune à intervenção do divino. Toda palavra é uma espada flamejante do diabo, e a língua como um todo é um único protesto contra as limitações do intelecto, um grito de articulação contra o inefável, um brado de guerra contra a divindade, uma expressão da inveja do intelecto humano dirigida contra Deus.
E, comentando com minha professora, ontem, ela jogou mais luz pra mim. Ela disse:
- Entendo... como o fogo que Prometeu roubou dos deuses.
E mais Flusser:
”Somos indivíduos, somos intelectos individuais, porque consistimos de palavras (expressões da inveja diabólica contra Deus) consolidadas pela gramática (expressão da avareza diabólica que tenta preservar a realidade por ele criada). A mente humana, essa suprema ilusão de realidade, é a obra mais perfeita do diabo, e é neste sentido que a nossa insistência avarenta na manutenção da nossa individualidade é o triunfo supremo do diabo. O nosso empenho em prol da língua (que é o empenho em prol do nosso intelecto), e nosso empenho em prol da propagação do enriquecimento da língua (que é o empenho em prol da imortalidade do nosso intelecto), é o ponto culminante da carreira gloriosa do diabo. A superação da língua, que seria o abandono do intelecto, implica a perda da nossa individualidade, e, do ponto de vista oposto ao diabo, a salvação da nossa alma"- Vilém Flusser, A História do Diabo, São Paulo, Annablume, 2006, pp.149-150.
Daí, que se pensarmos que a língua seja um oceano profundo em que estejamos mergulhados e que nada fazemos senão participar de seu fluxo ou que sejamos apenas onde se fundamente o seu fluxo, assim, como numa corrida coletiva em que passamos o bastão adiante, deste modo, sem pensar em nossa individualidade, mas no coletivo, estaríamos devolvendo a posse do fogo aos deuses. Né, não?...rs.
segunda-feira, novembro 22, 2010
domingo, novembro 21, 2010
Achei o Chico César falando do Festival de São Luis do Paraitinga (3ª semana da Canção), em que fui selecionado para a final. Fiquei com saudade e feliz, porque ele falou especialmente de mim, de Nikity...rs.
Ouça, bom leit@r:
http://www.semanadacancao.com.br/blog/?tag=novos-compositores
Ouça, bom leit@r:
http://www.semanadacancao.com.br/blog/?tag=novos-compositores
sábado, novembro 20, 2010
sexta-feira, novembro 19, 2010
Ainda dentro de meus cobertores, dessa vez sem delírio, e ainda não eram seis da manhã, ouvindo a sabiá do outro lado da rua, no sopé do morro, e ouvindo os motores dos ônibus 30 que esquentavam antes de dar suas voltas de ida e vinda para o centro de Nikity, porque tudo tem um ritmo e o dia estava a começar o seu, pensei que a vida é boa, que o ritmo é bom, que o frio já se vai e que, amanhã, deverá ser um sábado de praia.
Vou fazer comida...
Vou fazer comida...
quarta-feira, novembro 17, 2010
Quando me deitei e me embrulhei no cobertor, sentindo meus dentes de baixo enganchados nos meus dentes de cima, deitado como um morto feliz, e, lá embaixo de mim, os meus pés enganchados no pano da coberta, sobre a minha cama macia, no meu quarto quentinho, as mãos enfiadas dentro da cueca com os dedos enganchados entre minhas pernas, sentia esses ganchos todos, no delírio de estar com muito sono, como ganchos iguais, quer dizer, bom leit@r, sentia que tinha meu caralho dentro de minha boca, deliciosamente, guardado pelos ganchos de meus dentes e tinha minha língua, deliciosamente, enganchada pelo calor dos dentes de meus dedos dentro da cueca e, lá embaixo de mim, o dente de meus pés enganchados na minha coberta, que me tinha dentro de seu casulo, fazendo com que eu me sentisse como uma língua dentro de uma boca, um caralho dentro de uma boca, eu, uma língua dentro da coberta da boca , dentro da cueca, dentro dos dentes dos dedos e tudo isso dito de pernas pro ar, outra vez, também é uma possibilidade de verdade.
Quer dizer, bom leit@r, é isso aí.
Quer dizer, bom leit@r, é isso aí.
domingo, novembro 14, 2010
Antigamente...
Depois do que disse, ontem, sobre minha memória, nem sei se ainda posso me referir ao tempo de antes, sem que pareça que estou inventando. Por isso, e porque devo ser um cara em acordo comigo mesmo, devo dizer que o dito ontem é verdade, sim, não desdigo o que falei, mas não sou desmemoriado, assim, absolutamente.
Sem esforço, posso garantir, garantir mesmo, a meu generoso leit@r, que meu almoço, ontem, foi um macarrão delicioso, que eu mesmo fiz, e que não devo me esquecer de Nina Simone.
E, outra vez, garantido, ao menos por mim, o crédito para tudo o que digo, voltemos ao antigamente...
Antigamente, eu não tinha muitas coisas começadas e por acabar. Começava a fazer um troço e ia até o final, sem que nenhuma outra coisa me dispersasse. Eu não me sentia descolado das coisas, bom leit@r, e não era possível que eu pensasse em abandonar um troço começado pra fazer outro, ta se ligando?
Mas, agora...
Fui.
Depois do que disse, ontem, sobre minha memória, nem sei se ainda posso me referir ao tempo de antes, sem que pareça que estou inventando. Por isso, e porque devo ser um cara em acordo comigo mesmo, devo dizer que o dito ontem é verdade, sim, não desdigo o que falei, mas não sou desmemoriado, assim, absolutamente.
Sem esforço, posso garantir, garantir mesmo, a meu generoso leit@r, que meu almoço, ontem, foi um macarrão delicioso, que eu mesmo fiz, e que não devo me esquecer de Nina Simone.
E, outra vez, garantido, ao menos por mim, o crédito para tudo o que digo, voltemos ao antigamente...
Antigamente, eu não tinha muitas coisas começadas e por acabar. Começava a fazer um troço e ia até o final, sem que nenhuma outra coisa me dispersasse. Eu não me sentia descolado das coisas, bom leit@r, e não era possível que eu pensasse em abandonar um troço começado pra fazer outro, ta se ligando?
Mas, agora...
Fui.
sábado, novembro 13, 2010
Está frio.
Quando me deitei, ontem, para dormir, achei muito esquisito que estivesse frio em pleno novembro, mas como minha memória é ruim, e não consigo nem mesmo saber, sem esforço, o que andei almoçando por esses dias, não me esforcei.
Deixei pra lá.
Seria muito legal se a minha memória não fosse como ela é, porque se eu soubesse o que andei almoçando por esses dias, decerto me lembraria de outros novembros e poderia pensar melhor a respeito desse frio que perdura desde ontem. E ver que o frio pode ser um troço normal, em novembro, sei lá...
Que coisa!
Quando me deitei, ontem, para dormir, achei muito esquisito que estivesse frio em pleno novembro, mas como minha memória é ruim, e não consigo nem mesmo saber, sem esforço, o que andei almoçando por esses dias, não me esforcei.
Deixei pra lá.
Seria muito legal se a minha memória não fosse como ela é, porque se eu soubesse o que andei almoçando por esses dias, decerto me lembraria de outros novembros e poderia pensar melhor a respeito desse frio que perdura desde ontem. E ver que o frio pode ser um troço normal, em novembro, sei lá...
Que coisa!
sexta-feira, novembro 12, 2010
Sereia na avenida
(Marcos Sacramento)
A sereia no meio da avenida
pronta pro desfile
Toda maquiada, toda empetecada,
toda “vaudeville”
Cheia de esplendor, cheia de esplendor!
Como antigamente cheia de confete,
plena de glamour
Sem saber se o dia de amanhã viria ela se acabou
E no fim da folia
Ela brilhava tanto que se desmanchou
O canto da sereia prateada
invadindo a passarela
No meio da rua, toda preparada,
Toda cinderela
Cheia de vapor, cheia de vapor
Como antigamente, mar de serpentina,
plena de torpor
Sem saber se o dia de amanhã viria
ela escancarou
E no fim da avenida
O fim da própria vida,
ela desencantou.
(Marcos Sacramento)
A sereia no meio da avenida
pronta pro desfile
Toda maquiada, toda empetecada,
toda “vaudeville”
Cheia de esplendor, cheia de esplendor!
Como antigamente cheia de confete,
plena de glamour
Sem saber se o dia de amanhã viria ela se acabou
E no fim da folia
Ela brilhava tanto que se desmanchou
O canto da sereia prateada
invadindo a passarela
No meio da rua, toda preparada,
Toda cinderela
Cheia de vapor, cheia de vapor
Como antigamente, mar de serpentina,
plena de torpor
Sem saber se o dia de amanhã viria
ela escancarou
E no fim da avenida
O fim da própria vida,
ela desencantou.
quarta-feira, novembro 10, 2010
Ruth me ligou:
- Já sabe da novidade?
- Que novidade? - e, aí me disse sobre a notinha d’O Globo de ontem.
Eu já devia ter uns 30 anos, quando no sopé do morro que dava na casa da Regina, no Fonseca, eu ia para atravessar a rua e me chamou a atenção o burburinho de gente pra ver o passageiro no banco de trás de um carro. Ligando as minhas antenas pro em volta, me inteirei rapidamente do assunto, era o Ney Matogrosso que tinha acabado de fazer um show no que antigamente tinha sido o cinema da Alameda São Boaventura.
Fiz sinal pro carro, porque eu queria falar-lhe e, claro, o motorista ia passando batido, mas vi quando o Ney pediu para que parasse e ele parou e desceram a janela de trás.
Eu disse pro Ney que tava lá do outro lado, na outra janela:
- Oi, tudo bem? Sou compositor e queria que você ouvisse minhas músicas...- e não me lembro da resposta nem da continuação da conversa muito rápida e logo o motorista partiu e tal.
Quase 20 anos depois, ele me ouviu, bom leit@r, veja:
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
- Já sabe da novidade?
- Que novidade? - e, aí me disse sobre a notinha d’O Globo de ontem.
Eu já devia ter uns 30 anos, quando no sopé do morro que dava na casa da Regina, no Fonseca, eu ia para atravessar a rua e me chamou a atenção o burburinho de gente pra ver o passageiro no banco de trás de um carro. Ligando as minhas antenas pro em volta, me inteirei rapidamente do assunto, era o Ney Matogrosso que tinha acabado de fazer um show no que antigamente tinha sido o cinema da Alameda São Boaventura.
Fiz sinal pro carro, porque eu queria falar-lhe e, claro, o motorista ia passando batido, mas vi quando o Ney pediu para que parasse e ele parou e desceram a janela de trás.
Eu disse pro Ney que tava lá do outro lado, na outra janela:
- Oi, tudo bem? Sou compositor e queria que você ouvisse minhas músicas...- e não me lembro da resposta nem da continuação da conversa muito rápida e logo o motorista partiu e tal.
Quase 20 anos depois, ele me ouviu, bom leit@r, veja:
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
terça-feira, novembro 09, 2010
Estive, ontem, no show do Sacramento, uma temporada que ele começou a fazer no Centro Cultural Carioca, sempre com um convidado e às segundas-feiras. O convidado de ontem foi Soraia Ravenle e fui com Pedro.
Fiquei em frente ao prédio, olhando, esperando Pedro chegar e as luzes, os prédios, a fresca da noite, aquele cantinho ali da cidade ficou me fazendo lembrar de Salvador e fiquei pensando nos prédios europeus e, aí, Pedro veio e subimos para o show.
Maria tinha reservado um lugar bem legal pra gente ficar, mas ficou tão frio, tão frio, bom leit@r ( eu não entendo esse troço de que faça que tempo fizer, tudo, ônibus, bares, lojas, fica com esse frio infernal) que eu tive de sair do meu lugar e fui lá pra trás, pro balcão.
É um show num formato e repertório bem diferente do que vimos na Sala Funarte e, quando Sacramento cantou a segunda música, cochichei pro Pedro:
- Acho que Sacramento fez essa música pra mamãe – e Pedro ficou na dele. E no final, Valfredo perguntou:
- Curtiu a música de Dona Luzia, Luís? – quer dizer, bom elit@r: acertei!
Fiquei em frente ao prédio, olhando, esperando Pedro chegar e as luzes, os prédios, a fresca da noite, aquele cantinho ali da cidade ficou me fazendo lembrar de Salvador e fiquei pensando nos prédios europeus e, aí, Pedro veio e subimos para o show.
Maria tinha reservado um lugar bem legal pra gente ficar, mas ficou tão frio, tão frio, bom leit@r ( eu não entendo esse troço de que faça que tempo fizer, tudo, ônibus, bares, lojas, fica com esse frio infernal) que eu tive de sair do meu lugar e fui lá pra trás, pro balcão.
É um show num formato e repertório bem diferente do que vimos na Sala Funarte e, quando Sacramento cantou a segunda música, cochichei pro Pedro:
- Acho que Sacramento fez essa música pra mamãe – e Pedro ficou na dele. E no final, Valfredo perguntou:
- Curtiu a música de Dona Luzia, Luís? – quer dizer, bom elit@r: acertei!
segunda-feira, novembro 08, 2010
Tenho acordado, habitualmente, com a conversa de passarinho de meu vizinho de baixo. Ele recebe visita que não entra em sua casa. Fica embaixo de minha janela a falar de passarinhos, olhando pras suas gaiolas e ele vai vendendo produtos que vêm da Paraíba: queijo, rapadura, mel e tudo.
De repente, fica tudo quieto outra vez...
De repente, fica tudo quieto outra vez...
sábado, novembro 06, 2010
Ainda sobre os eixos, para os quais devo voltar com discernimento cada feixe de coisa de minha composição, criando, assim, muitos pequenos núcleos de onde deva brotar os braços, as pernas, boca, olhos e tudo de meu equilibrado Frankstein, este ser provindo desse meu bolo enorme de merda do capeta e bla bla bla bla bla bla, devo dizer que tinha pensado em formar uma banda e que, ontem, conversando com Pedro, ele deu muito sentido a esse meu propósito.
É que estou na beira de conseguir que o “Cinema Íris” seja, independentemente, lançado e não vai ter sentido ter o disco e não ter como divulgar o bichano para que, então, o seu bolo independente também possa crescer ou, como imagino que mamãe diria:
- O capeta precisa desejar fazer suas necessidades sobre seu monte, Luís.
Tinha pensado em ensaiar as suas músicas, além de com meu violão, com um baixo e uma guitarra, mas, aí, Pedro disse:
- Não, tem que ter percussão também! - e isso, bom leit@r, é a insinuação de merda no ânus do capeta, certo?
Cruz credo!
- Alguém?
É que estou na beira de conseguir que o “Cinema Íris” seja, independentemente, lançado e não vai ter sentido ter o disco e não ter como divulgar o bichano para que, então, o seu bolo independente também possa crescer ou, como imagino que mamãe diria:
- O capeta precisa desejar fazer suas necessidades sobre seu monte, Luís.
Tinha pensado em ensaiar as suas músicas, além de com meu violão, com um baixo e uma guitarra, mas, aí, Pedro disse:
- Não, tem que ter percussão também! - e isso, bom leit@r, é a insinuação de merda no ânus do capeta, certo?
Cruz credo!
- Alguém?
sexta-feira, novembro 05, 2010
Depois do assalto sofrido na Profº Otacílio, andei meio atordoado, mas, de novo, tudo entrou nos eixos, pois que há muitos eixos a que as coisas devem estar encaixadas pra que a gente tenha a sensação de vida fluindo naturalmente, sem nada agarrando.
O mesmo vale para o monte do capeta cheio de eixos a dar-lhe o seu peculiar equilíbrio e a dar-lhe a ilusão de um único centro na direção do qual se voltam morte, língua, duplo, sexo, livro, música, filme, e tudo isso que, especialmente, faço assemelhar-se a seu redemoinho de merda e a seu monte profundo.
Andei pensando que os assaltantes, que nos arrastaram os pertences no bar, é que fossem e estivessem no olho do furacão, mas Teresa veio com uma outra idéia que achei cheia de sentido.
Ela disse:
- Isso é um lance orquestrado, Luís. Faz parte de um interesse em desestabilizar o bairro, interesse este forjado pela especulação imobiliária, que começou a explorar esse pedaço da cidade! - diante dessa sacada, o que vou dizer, bom leit@r?
Diga você...rs.
O mesmo vale para o monte do capeta cheio de eixos a dar-lhe o seu peculiar equilíbrio e a dar-lhe a ilusão de um único centro na direção do qual se voltam morte, língua, duplo, sexo, livro, música, filme, e tudo isso que, especialmente, faço assemelhar-se a seu redemoinho de merda e a seu monte profundo.
Andei pensando que os assaltantes, que nos arrastaram os pertences no bar, é que fossem e estivessem no olho do furacão, mas Teresa veio com uma outra idéia que achei cheia de sentido.
Ela disse:
- Isso é um lance orquestrado, Luís. Faz parte de um interesse em desestabilizar o bairro, interesse este forjado pela especulação imobiliária, que começou a explorar esse pedaço da cidade! - diante dessa sacada, o que vou dizer, bom leit@r?
Diga você...rs.
quinta-feira, novembro 04, 2010
quarta-feira, novembro 03, 2010
Faz um dia lindíssimo de sol, hoje, na manhã de Nikity, mas na segunda-feira passada, fez um dia chocho por aqui e estive numa copiadora para xerocar um dos livros que me levaram no arrastão que sofremos num bar aqui perto de casa.
O cara disse, quando deixei-lhe o livro para a cópia:
- Volte às 16 horas, que já estará pronto! – então, como tinha estiado, andei até a praia e sentei-me na areia.
Fiquei olhando os pombos ciscando em meio ao lixo que as últimas ondas tinham deixado na beirinha do mar e lembrava de um verso do Renato Russo que diz que o tempo ou o vento vai levando tudo embora e tal. Do meio das nuvens descia uma luz muito branca e ofuscante, de modo que não consegui mais manter meus olhos abertos a ver os pombos.
E mesmo no dia chocho tinha um calor bom na praia, então, recostei meu queixo no cabo do guarda-chuva fincado na areia e amodorrei dentro da luz e do calor bom que estava ali.
Sentia o movimento dos pombos a meu redor e num lance rápido em que abri meus olhos tinha um pássaro diferente correndo na areia para alçar vôo e achei que fosse um Atobá e não conseguia lembrar desse nome.
E, aí, bom leit@r, começou a acontecer uma coisa que achei bonita: outras pessoas, como eu, começaram a vir para a areia e veio um grupo de garotos com um cachorro, o que não me deixou mais fechar os olhos.
O cachorro corria numa alegria contagiante e os garotos atrás dele e começou a passar um e outro atleta correndo e eu distraído com isso, mas vigiando o relógio para voltar à copiadora e pegar meu livro.
Muitas outras coisas aconteceram e já ia dar 16 horas, quando, de repente, o tempo fechou e acabou a luz ofuscante, começaram a cair pingos muito gordos na praia, que ficou deserta outra vez.
Abri meu guarda-chuva e saí da praia também. Peguei meu livro na Álvares de Azevedo e vim pra casa de 30.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Que coisa!
O cara disse, quando deixei-lhe o livro para a cópia:
- Volte às 16 horas, que já estará pronto! – então, como tinha estiado, andei até a praia e sentei-me na areia.
Fiquei olhando os pombos ciscando em meio ao lixo que as últimas ondas tinham deixado na beirinha do mar e lembrava de um verso do Renato Russo que diz que o tempo ou o vento vai levando tudo embora e tal. Do meio das nuvens descia uma luz muito branca e ofuscante, de modo que não consegui mais manter meus olhos abertos a ver os pombos.
E mesmo no dia chocho tinha um calor bom na praia, então, recostei meu queixo no cabo do guarda-chuva fincado na areia e amodorrei dentro da luz e do calor bom que estava ali.
Sentia o movimento dos pombos a meu redor e num lance rápido em que abri meus olhos tinha um pássaro diferente correndo na areia para alçar vôo e achei que fosse um Atobá e não conseguia lembrar desse nome.
E, aí, bom leit@r, começou a acontecer uma coisa que achei bonita: outras pessoas, como eu, começaram a vir para a areia e veio um grupo de garotos com um cachorro, o que não me deixou mais fechar os olhos.
O cachorro corria numa alegria contagiante e os garotos atrás dele e começou a passar um e outro atleta correndo e eu distraído com isso, mas vigiando o relógio para voltar à copiadora e pegar meu livro.
Muitas outras coisas aconteceram e já ia dar 16 horas, quando, de repente, o tempo fechou e acabou a luz ofuscante, começaram a cair pingos muito gordos na praia, que ficou deserta outra vez.
Abri meu guarda-chuva e saí da praia também. Peguei meu livro na Álvares de Azevedo e vim pra casa de 30.
Ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Que coisa!
terça-feira, novembro 02, 2010
Ainda catando o meu feijão e guiado pela lembrança da cozinha de mamãe, para compor mais um dedo de prosa do meu Frankstein, nascido do grande bolo de merda do capeta, de sexo, morte e duplos (quiçá de drogas e rock and roll), advindos do tema “leitura”, devo dizer que desse emaranhado de onde nascem os textos, de onde nascem dedos de prosa, num contínuo, onde costuro e teço meu Frankstein, fonte de vida ressuscitada, colhida de corpos mortos, esses retalhos de onde nascem ainda outros dedos e se constrói uma das mãos, braço, ombro, pescoço, cabeça e boca, no intuito de devorar leitores, triturar, moer, processar na grande engrenagem do sistema, no oceano do sistema da língua portuguesa, onde meu barco é o Blog Azul, se avisto terra, como Angélica, vou de táxi ou como os portugueses que avistaram o monte Pascal, na Bahia, se eu me aventuro a esmiuçar e explorar o monte do capeta, sobre o qual mamãe disse ser um monte grande, vou levando a cruz.
Cruz credo! Mangalô três vezes...
Yahhhhhhhhhhhhaaaahaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Cruz credo! Mangalô três vezes...
Yahhhhhhhhhhhhaaaahaaaaaaaaaaaaaaaaa!
segunda-feira, novembro 01, 2010
Sobre o monte do capeta, a que tenho a pretensão de fazer a destrinça, devo estripar por partes, como convém a um homem cuidadoso, que não deseja se enrolar e se perder atolado em tripas de fezes fedorentas.
Sem Virgílio que me guie por esse bolo mortal, por essas estações infernais, serei lento e atento como, antigamente, gostava de ser lento e atento na cata do feijão para o almoço, a ajudar mamãe à mesa da cozinha.
E começado a catar o feijão, grão a grão, semente a semente, palavra a palavra, vou refazendo o bolo, compondo ou recompondo o meu Frankstein, dessa vez meu e que se foda o capeta!
Então, esse duplo humano que são as obras de arte, os livros( a língua) ou as músicas, e que nos penetra o espírito, esse meu Frankstein terrível, também me enche de prazer.
Feito esse primeiro dedo de minha prosa, vou almoçar que está na hora.
Fui.
Sem Virgílio que me guie por esse bolo mortal, por essas estações infernais, serei lento e atento como, antigamente, gostava de ser lento e atento na cata do feijão para o almoço, a ajudar mamãe à mesa da cozinha.
E começado a catar o feijão, grão a grão, semente a semente, palavra a palavra, vou refazendo o bolo, compondo ou recompondo o meu Frankstein, dessa vez meu e que se foda o capeta!
Então, esse duplo humano que são as obras de arte, os livros( a língua) ou as músicas, e que nos penetra o espírito, esse meu Frankstein terrível, também me enche de prazer.
Feito esse primeiro dedo de minha prosa, vou almoçar que está na hora.
Fui.
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