Sobre o monte do capeta, a que tenho a pretensão de fazer a destrinça, devo estripar por partes, como convém a um homem cuidadoso, que não deseja se enrolar e se perder atolado em tripas de fezes fedorentas.
Sem Virgílio que me guie por esse bolo mortal, por essas estações infernais, serei lento e atento como, antigamente, gostava de ser lento e atento na cata do feijão para o almoço, a ajudar mamãe à mesa da cozinha.
E começado a catar o feijão, grão a grão, semente a semente, palavra a palavra, vou refazendo o bolo, compondo ou recompondo o meu Frankstein, dessa vez meu e que se foda o capeta!
Então, esse duplo humano que são as obras de arte, os livros( a língua) ou as músicas, e que nos penetra o espírito, esse meu Frankstein terrível, também me enche de prazer.
Feito esse primeiro dedo de minha prosa, vou almoçar que está na hora.
Fui.
segunda-feira, novembro 01, 2010
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