Tenho mania de escrever pra mim mesmo desde que fiquei adolescente. Então, quando não havia blogs para socializar as bobagens, escrevia em cadernos. Os cadernos de minha época de adolescente, um dia, rasguei todos e joguei fora pela janela do quarto onde dormíamos, no lugar onde mamãe trabalhava. E, ontem, comecei a procurar uma coisa que eu sabia ter escrito no ano 2000 e não achava entre os meus cadernos.
Achei muita carta que não mandei pros amigos e também achei muita coisa escrita de que me envergonho. E muita putaria!
No ano 2000, mantive um diário da piscina. Finalmente, encontrei.
Vou transcrever um desses escritos, hoje:
“15 de julho de 2000
A piscina, agora, tem sido minha igreja. Sou assíduo como um beato louco. Hoje, Kali me deu carona. Kali vai apenas às terças e quintas, os dias de Mamãe Fernanda. Hoje os fisioterapeutas também não foram. Será que estão de férias? Mamãe Fernanda – mamãe haverá de morrer de ciúmes disso – estava tranquila ao redor da água. Ela é sempre um espelho de como está a piscina. Se está agitada, cheia de nadadores, de gente, fica agitada. E como a água estava fria, tinha pouca gente. Ficamos todos concentrados em nadar para esquentar. E ela estava mais quieta.”
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