Pedi a
Rafael Saar que me filmasse na escadinha sem saída do quintal de Pedro,
cantando minha música Ponto Máximo, com letra de Marcos Sacramento.
Então, ele, com o seu sorriso de gato, armou sua câmera na minha frente e
me filmou. É uma letra bem ao estilo das músicas que eu e Sacramento
fazíamos juntos na década de 80, quer dizer, aparentemente sem sentido,
mas acho que tem. E é música feita na minha versão pós-coma, assim, dois
acordes.
Coloquei
essa música em meu primeiro CD, o Lua Singela, com arranjo do Rodrigo
Campello. Todas as outras foram arranjadas pelo Paulo Baiano. E todas as
outras têm um sentido mais direto.
O
silencioso leit@r que conhece minha história pode notar minha alegria
em conseguir dedilhar outra vez o violão numa música. E outra vez
conseguir sutilezas no cantar que minhas sequelas vocais escondiam. Esse
é o meu Ponto Máximo de agora.
Veja:
8 comentários:
sempre lindo.
beijo
obrigado, Ana!
emocionante :)
parabéns, sou sua fã.
Suely!:)
Marcos Sacramento disse:
O sentido está na poesia, ela própria.
Assim como o sangue escorrendo da perna,
A formiga errante (?) pelo muro
O preto & branco insistente
A força do sentido está no próprio poema
Mesmo que não concreto
Mesmo que não correto
Mesmo que não exista poesia alguma
Ou que vejamos poesia em toda parte
O sentido estará sempre no que for mais atávico e forte e desmesurado
Como a minhoca que come a mulher
Pra nos livrar de todo o mal.
Pra que fiquemos livres da mulher como a conhecemos e
Pra que nossas línguas possam recomeçar uma nova aventura.
Eis o sentido.
Sentido algum.
Mas que seja tão de dentro do nosso estranho ser
Que não caiba mais nenhuma alternativa
Que não seja livrarmo-nos dele.
obrigado Luís! :D
Eu é quem agradeço, Rafael! Vc sabe...
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