sexta-feira, maio 25, 2012


Entre as pessoas que moram na rua, na Mariz e Barros, mora, agora um negra gorda, que é, assim, uma versão feminina de um negro gordo, também morador de rua, que sempre via na Cinelândia, fazendo ponto ali bem próximo do Amarelinho. Já vi esse negro no centro de Niterói também, próximo à Estação das Barcas, mas a mulher da Mariz e Barros nunca tinha visto, antes, por aqui. Ela usa um dread que soma todo o cabelo atrás e outro dia, quando passei por ela, sentada feito um guru indiano na calçada, vi que ela é ou estava cheia de orgulho.
Então, continuei meu caminho pensando nisso, na vaidade que uma pessoa pode ter por ser morador de rua, porque as feições dela era, sim, a de quem estivesse envaidecida. Ou, então, quando passei, ela estivesse se lembrando de algo que a tivesse envaidecido noutra época.
Também já vi moradores de rua que se parecem príncipes, rainhas, todas essas pessoas que temos como superiores. Quer dizer, eu acredito no individualismo.
Fui.

3 comentários:

Nina Blue disse...

Então tá! Ficamos combinados assim!

Beijos pra você!

Márcia Ribeiro disse...

Eu estava aqui,lendo uma bobagem qualquer sobre literatura e não sei porque cargas d'agua me veio sua lembrança. Corri para o google atras de seu nome e do título de algum livro seu. Surpresa! Você esta vivo e bem - alguem da pop goiaba dissera algo sobre sua morte-. Nossa!, as lembranças de um tempo meu vieram de chofre, eu era tão criança e não sabia do bem que tinha, bons tempos.
Um abraço, apertado e saudoso

luiscapucho disse...

Sim, Márcia, estou por aqui ainda. É sempre estranho quando surge um amigo que me descobre vivo, quer dizer, é supreendente pra mim também e estranho.
Vamos nos falando e nos rever, pow...rs.
um beijo :)