Já faz um tempo Suely Mesquita me mandou uma letra chamada
Estágio da Audácia. Preciso aprender a colocar música aqui no blog para mostrar
ao meu silencioso leit@r as gravações caseiras que ultimamente tenho curtido
fazer aqui no meu computer. Quando fiz o Estágio da Audácia, isso há anos, fiz
uma gravação dela e me acompanhava o Dudu Caribé, na guitarra. E o Dudu ficou
me acusando de egocêntrico, por eu fazer umas músicas com um tempo ritmico que
só eu entendia e que os músicos não tinham como acompanhar, assim, de primeira.
E, ontem, fiz uma outra gravação aqui sozinho, sem Dudu. Então, vi que ficou
bem diferente. E eu queria mostrar ao bom leit@r, porque para os ouvidos de
quem não seja músico, o que o Dudu chamava de meu egocentrismo, não aparece.
Porque o tempo da música flui gostoso como córrego descendo a montanha. Um
tempo que flui que é uma beleza! E para um córrego correndo não existe
egocentrismo.
O mesmo vale para a letra de Suely, veja:
Estágio da Audácia
(luís capucho/suely mesquita)
O estágio da audácia é atingido, quando uma pessoa perde o
medo de ficar com medo e pode assim aproveitar a oportunidade de morar num
corpo humano, que num dia se dá bem e noutro entra pelo cano. Aparelho
vulnerável, flexível, mortal, fonte de prazer e dor, cartilha de um milhão de
ensinamentos, morada do espírito, emoção e pensamento, cada um com seu formato,
louro ou preto, alto ou baixo, magro ou gordo, pá pá pá pá...
No estágio da audácia uma pessoa vai direto ao ponto,
cultiva uma certa preguiça de fazer rodeios, de deixar as coisas pelo meio, a
não ser que fique claro que o rumo é outro e nesse caso a gente encerra,
imediatamente, muito obrigado, vá com deus e siga em frente, o próximo que se
apresente pá pá pá pá pá pá...
No estágio da audácia a gente ta ligado, faz o que sabe
inventa, depois vira pro outro lado e não esquenta. No estágio da audácia a
gente ta ligado, faz o que sabe inventa, depois vira pro outro lado e não
esquenta pá pá pá pá pá pá...