Então, bom leit@r, continuando com a idéia de que artistas
são visionários que antevêem na matéria com que trabalham o resultado a que irão
chegar ao se debruçarem sobre ela, os artistas pensando e os artistas sentindo
e os artistas fazendo, eu, que finalmente e cada vez mais tenho me assumido
enquanto artista, porque o silencioso leit@r sabe, essa é uma decisão difícil
de ser tomada, quer dizer, ser um artista assumido nas condições emboladas em
que estou, nas circunstâncias de contra-mão em que sempre estive e tudo, sem
músicos, sem editora, sem banda, sem distribuição, sem pai e mãe e, por isso,
fora da engrenagem de mercado que faz com que o produto seja mostrado ou chegue
facilmente ao meu hipotético público, então, ainda penso que se eu tivesse um
pouco mais de coragem e fosse menos tímido, e julgasse que fosse só paz e amor,
pegava meu violão e iria só com ele, assim como vou apenas com o endereço de
meu blog e tal e tal etc, etc...
Mas o que eu queria voltar a dizer é que, talvez, eu esteja
sendo fraco ou ainda, que tudo isso é um erro de visão minha, que eu esteja
perdendo o foco de ver pra dentro da pedra, perdendo o foco de olhar para as
imagens a se desenrolarem na minha frente e que, na verdade, tudo esteja indo
bem, nada é confuso, está tudo certo, tudo ok, tudo limpo, tudo beleza. E se eu
quero ser um artista sem arte, possivelmente, o meu caminho é um caminho
místico e eu seja, como disse o Henry Miller em sua divagações do Nexus, um pequeno
Jesus, um pequeno Buda, um pequeno Oxalá.
Dessa maneira, fuuuuuuiii.
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