Depois de ter construído o livro Cinema Orly e a música
Cinema Íris, é especial pra gente reapresentar o Poema Maldito no Cine Jóia, um
cinema pequeno e colorido no sub-solo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. É
como se a gente tivesse repetindo um lugar, uma posição. Eu tenho dito sobre as
modificações das músicas, que elas estão vivas, que os lugares mudam de lugar,
de posição e tudo. Então, a gente fica repetindo esse show, e o silencioso
leit@r sabe, que dentro dele, a gente ta construindo um lugar também. Eu, ontem
mesmo, costurei um fiapo da blusa da Moça que faz Streap-tease no Cinema Íris –
Mery Ellen Alentejo – num arranjo em torno ao breve que mamãe me deu, com a
escama do corpo de Tritão – Ney Matogrosso – no meio.
Então, a construção dessa camisa heráldica, de fazer os
shows Poema Maldito, é esse lugar que vamos construindo, um lugar que vai se
modificando, trocando de lugar e tudo. Também o Tótem-Poema Maldito, presente
do artista Allan Lanzé, é isso. Ele marca uma posição pra gente, de onde partir
com as músicas do repertório e prolonga nele a Camisa de Shows e tal, quero
dizer, pra esse show, coloquei umas florezinhas no seu arame.
Ontem, no ensaio, conversamos sobre as modificações das
músicas. Eu fiquei triste, porque a sensação é de que perdemos constante e
inevitavelmente uma coisa de que gostamos.
Aí, o Felipe concluiu:
- É assim que acontece, luís!
Daí, vai ser grande o prazer da gente ter você nesse nosso
lugar, ocupando o Cine Joía de Poema Maldito. O show é na segunda e tem a
produção de Pedro Paz, projeções de Rafael Saar e o Felipe Castro na guitarra.
Vamo, gente!
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