Quando preparava o Diário da Piscina, vi que a repetição dos
dias é meio como um tempo que não se move, que está sempre na eternidade daquela repetição de si mesmo, como um tic-tac de relógio e tudo.
dias é meio como um tempo que não se move, que está sempre na eternidade daquela repetição de si mesmo, como um tic-tac de relógio e tudo.
Então, me lembrei de uma música de Gilberto Gil que eu conhecia
chamada “Nova Era”. Uma música de um disco de 1977 – o Refavela.
chamada “Nova Era”. Uma música de um disco de 1977 – o Refavela.
E eu não conhecia ela de 1977.
Em 1977, eu tinha 15 anos e não conhecia o que chamam MPB,
que era uma música mais pra quem tivesse toca-discos em casa, pra quem tivesse televisão e rádio. Conheci mesmo a “Era Nova”, eu devia ter uns 20, já nos anos 80, e morava em Niterói, no centro da cidade, na Cabeça de Porco que se tornou o cenário para o livro Rato(Rocco-2007) e tudo.
que era uma música mais pra quem tivesse toca-discos em casa, pra quem tivesse televisão e rádio. Conheci mesmo a “Era Nova”, eu devia ter uns 20, já nos anos 80, e morava em Niterói, no centro da cidade, na Cabeça de Porco que se tornou o cenário para o livro Rato(Rocco-2007) e tudo.
E então, na Cabeça de Porco, eu ouvia direto um radinho que
eu e mamãe tínhamos e foi lá que conheci. Era cantada por uma mulher de que não me lembro o nome. Quem souber, pode dizer, eu gostaria de lembrar.
eu e mamãe tínhamos e foi lá que conheci. Era cantada por uma mulher de que não me lembro o nome. Quem souber, pode dizer, eu gostaria de lembrar.
E, por isso, porque os dias se repetem na eternidade, usei,
como mote para o Diário, essa frase:
como mote para o Diário, essa frase:
“Falam tanto de uma nova era, quase esquecem do eterno é”.
Depois, é que veio a coincidência de lançar pela É selo de
língua – editora É... quer dizer, tudo ali na mesma situação, e o livro, também, a situação de uma piscina com sua repetição.
língua – editora É... quer dizer, tudo ali na mesma situação, e o livro, também, a situação de uma piscina com sua repetição.
Tudo: hoje, um Diário da Piscina para o Jardim Botânico!
Era Nova
(Gilberto Gil)
Falam tanto numa nova era
Quase esquecem do eterno é
Só você poder me ouvir agora
Já significa que dá pé
Quase esquecem do eterno é
Só você poder me ouvir agora
Já significa que dá pé
Novo tempo sempre se inaugura
A cada instante que você viver
O que foi já era, e não há era
Por mais nova que possa trazer de volta
O tempo que você perdeu, perdeu, não volta
Embora o mundo, o mundo, dê tanta volta
Embora olhar o mundo cause tanto medo
Ou talvez tanta revolta
A cada instante que você viver
O que foi já era, e não há era
Por mais nova que possa trazer de volta
O tempo que você perdeu, perdeu, não volta
Embora o mundo, o mundo, dê tanta volta
Embora olhar o mundo cause tanto medo
Ou talvez tanta revolta
A verdade sempre está na hora
Embora você pense que não é
Como seu cabelo cresce agora
Sem que você possa perceber
Os cabelos da eternidade
São mais longos que os tempos de agora
São mais longos que os tempos de outrora
São mais longos que os tempos da era nova
Da nova, nova, nova, nova, nova era
Da era, era, era, era, era nova
Da nova, nova, nova, nova, nova era
Da era, era, era, era, era nova
Que sempre esteve e está pra nascer
Embora você pense que não é
Como seu cabelo cresce agora
Sem que você possa perceber
Os cabelos da eternidade
São mais longos que os tempos de agora
São mais longos que os tempos de outrora
São mais longos que os tempos da era nova
Da nova, nova, nova, nova, nova era
Da era, era, era, era, era nova
Da nova, nova, nova, nova, nova era
Da era, era, era, era, era nova
Que sempre esteve e está pra nascer
Falam tanto
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