Há dez anos, talvez, me lembro de
ter postado aqui no Blog Azul sobre o entupimento do tanque da casa de trás,
onde morávamos, eu e mamãe. E de ter relacionado isso com o cansaço de suas
pernas, além de a postagem ter me lembrado de uma amiga sua, que dizia os
problemas de água numa casa, entupimentos, torneiras que pingam, vazamentos,
umidade, tudo isso de a água na casa não ter um fluxo certo, ter a ver com os
eguns. E que isso, de a água não ter fluxo certo na casa, era problema de reza
e tudo.
Depois que mamãe partiu e que me
mudei para o apezinho, achei que os problemas nos encanamentos das pias da
cozinha e banheiro eram resultado das obras feitas pelo inquilino anterior,
essas coisas que a gente pensa pra tentar entender o que está acontecendo e
tudo. E que, logo, seria resolvido.
Só que não consegui resolver o
escoamento da pia do banheiro e, depois de um monte de procedimentos, já vinha
convivendo com a sua água empoçada para escovar os dentes, que era uma água que
ficava escoando devagarinho e que me fez desenvolver uma tecnica para usá-la e,
aí, isso era um caso que pairava no meu pensamento, uma sombra no meu espírito,
uma nuvem negra, assim, um pio de coruja na janela, no telhado, à noite.
Então, quando o Tulio esteve aqui
para os lançamentos do Diário da Piscina no Rio de Janeiro, ele cutucou no cano
e conseguiu que a água escoasse melhor. Quando perguntei alegre o que ele tinha
feito, ele disse que nada, apenas tinha jogado um pouco de água sanitária.
E outro dia eu troxe da vendinha
aqui perto alguns litros de cloro e joguei.
Pronto! Adeus nuvem negra, adeus
pio de coruja, adeus eguns.
Dois Diários da Piscina para
Belém do Pará.
Um comentário:
Isso!!!
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